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Resenha Economia Politica uma introdução crítica

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Resenha: 
Economia Política: uma introdução crítica. 
Resenhistas: Natália Priscila Silva Modesto¹ e Nataliana Cativo² 
 
Economia política: uma introdução crítica (São Paulo: Cortez, 2008, 257 páginas), é 
obra de José Paulo Netto e Marcelo Braz. Lançada pela editora Cortez, a obra foi escrita para 
estudantes universitários, objetivando servir como texto introdutório à investida crítica da 
Economia Política. Com fins didáticos, os autores buscam contribuir de modo a estimular uma 
reflexão dos profissionais ligados às ciências sociais e humanas, tendo em vista, sobretudo, a 
formação intelectual e profissional de Assistentes Sociais. O desígnio do texto, é a atividade 
econômica na qual estrutura-se nossa sociedade, a sociedade burguesa. Através da Economia 
Política marxista, os autores pretendem fornecer elementos que, para eles, são de suma 
importância para a formação dos profissionais supramencionados. 
Resenha descritiva do texto: 
A obra está dívida em nove capítulos. Em seu Capitulo I os autores discorrem sobre as 
temáticas; “Trabalho, sociedade e valor”. Apresentando de início, o trabalho como algo além 
de um tema ou componente teórico da Economia Política. Que por aventar-se de uma categoria 
indispensável para o entendimento da atividade econômica, este, sobretudo, faz menção à 
própria maneira de ser o homem e da sua sociedade. Tendo isto como causa para, não tratar o 
trabalho somente como relacionado à Economia Política, mas sobretudo, indicar suas 
consignações que o fazem uma condição para a abrangência do próprio fenômeno humano-
social. Pois, ao falar das atividades econômicas tem-se o trabalho como base, pois o mesmo, 
faz um intercâmbio entre homem e natureza, sendo o homem um transformador da natureza, 
com o objetivo de atender suas necessidades sociais. 
Este capitulo I foi dividido em quatro tópicos, intitulados; 1.1 Trabalho: transformação 
da natureza e constituição do ser social; 1.2 Trabalho, natureza e ser social; 1.3 Práxis, ser social 
e subjetividade; 1.4 Trabalho, valor e “fim da sociedade do trabalho”, fundamentais para o 
entendimento do tema proposto. 
O capítulo II aborda sobre “Categorias (crítica da) Economia Política”, e é divido em 
cinco tópicos 2.1 A comunidade primitiva e o excedente econômico; 2.2 Forças produtivas, 
relações de produção e modos de produção; 2.3 Produção, distribuição e consumo; 2.4 O 
escravismo e o feudalismo; 2.5 A crise do feudalismo e a Revolução Burguesa. Neste capítulo 
os autores iniciam com uma reafirmação acerca do objeto de estudo da Economia política, 
sendo este, as relações sociais estabelecidas pelos homens no que se refere a produção dos bens 
que garantem a manutenção e a reprodução da vida social, sendo este objeto, algo histórico. 
Dando seguimento, os autores, neste capítulo, apontam algumas categorias básicas da 
Economia Política e da sua crítica, e buscam utilizar de referências históricas sine qua non para 
o avanço de suas argumentações. Enfatizando assim a natureza, pois sem esta, não seria possível 
a existência de uma sociedade, pois é da natureza que são tirados e transformados o essencial 
para a sobrevivência da sociedade. 
No capítulo III o autor traz como tema a “Produção de mercadorias e modo de produção 
capitalista”, sendo este divido em seis subtemas, que tem por nome; 3.1 Mercadoria e produção 
mercantil; 3.2 Produção mercantil simples e produção capitalista; 3.3 A acumulação primitiva; 
3.4 Valor e dinheiro; 3.5 A lei do valor; 3.6 O fetichismo da mercadoria. Os autores iniciam 
este, fazendo citação a obras de autores que trazem a discussão sobre o modo de produção 
capitalista, tendo como objetivo oferecer subsídios teóricos e históricos para uma melhor 
compreensão da historicidade de algo que foi tão “naturalizado”. 
 Ao longo do capítulo é realçado que o ser social não limita-se nem acaba-se no trabalho, 
mas que este é próprio de racionalidade, sensibilidade e atividade, tendo estes uma auto 
objetivação, na qual o trabalho, além de um modelo é também uma dessas objetivações, sendo 
este vital para um avanço continuo. 
Em seu IV capítulo, os autores cogitam sobre “O modo de produção capitalista: a 
exploração do trabalho”, divido em oito subtemas designados; 4.1 Lucro- o objetivo da 
produção capitalista; 4.2 A produção capitalista: produção de mais- valia; 4.3 Salário e trabalho 
concreto/abstrato; 4.4 A exploração do trabalho; 4.5 O capital comanda o processo de trabalho; 
4.6 Trabalhador coletivo e trabalho produtivo/improdutivo; 4.7 A repartição da mais-valia; 4.8 
A distribuição da renda nacional. No mesmo, os autores discorrem sobre, como se sucedeu o 
modo de produção capitalista, levando em consideração toda sua historicidade e, os conflitos 
até sua hegemonia. Segundo os autores, o modo de produção capitalista teve conflitos no 
percurso de sua evolução em concorrência com a experiência de caráter socialista, no entanto, 
este modo de produção, hoje, não se afronta a nenhum desafio externo à sua ideologia, somente 
com os antagonismos presentes em seu próprio sistema. 
Dando sequência, os autores buscam aprofundar-se no tema em comento, fazendo 
análises mais detalhadas sobre a produção capitalista, objetivando esclarecer aspectos até então 
deixados ocultos a sombra, como a exploração do trabalho. Ressaltando que neste modo de 
produção, a força de trabalho é transformada em mercadoria, tendo assim, uma dupla face, pois 
de um lado apresenta-se como outra qualquer, sendo esta paga, e por outro lado como a única 
mercadoria capaz de produzir valor, ou seja, capital. 
O capítulo V coloca em pauta “A acumulação capitalista e o movimento do capital”, e 
é composto por cinco tópicos intitulados; 5.1 A reprodução ampliada: a acumulação de capital; 
5.2 O movimento do capital; 5.3 Concentração e centralização; 5.4 A acumulação capitalista e 
os trabalhadores; 5.5 A acumulação capitalista e “questão social”. Neste, os autores enfatizam 
que em todas as configurações da sociedade no que se refere a organização econômica, carecem 
da produção de bens, pois estes, são necessários para a sustentação da vida social, sendo esta 
produção, um fator que não pode ser interrompido. Ressaltando que, a forma histórica da 
produção, é também a forma histórica de sua reprodução. 
No capítulo VI, o tema abordado pelos autores é “Mais – valia, lucro e queda da taxa de 
lucro”, este é dividido em três tópicos denominados; 6.1 A mobilidade do capital: a caixa media 
do lucro; 6.2 Preço de produção e mercado; 6.3 A tendência à queda da taxa de lucro. No 
capítulo comentado, os autores fazem um resgate às ideias já acordadas, buscando assim 
avançar, em seu próximo capítulo, com um esclarecimento acerca dos antagonismos que 
permeiam o modo de produção capitalista. 
Em seu capítulo VII, são discutidas “As crises e as contradições do capitalismo”, 
dividido em três tópicos intitulados; 7.1 As crises capitalistas e o ciclo econômico; 7.2 As crises: 
pluricausalidade e função; 7.3 As contradições do capitalismo. Os autores realçam que, a 
história do desenvolvimento do capitalismo está atrelada a um lapso de crises econômicas, 
trazendo fatos como; as vésperas da Segunda Guerra Mundial, a crise de 1929, entre outros, 
ressaltando que, as fases de prosperidade econômica foram por vezes acompanhadas de crises. 
O VIII capítulo traz como tema o “Imperialismo”, os autores dividiram este em nove 
subtemas, designados; 8.1 A evolução do capitalismo; 8.2 A transição a um novo estágio; 8.3 
O estágio imperialista; 8.4 A indústria bélica; 8.5 A constituição de um sistema econômico 
mundial; 8.6 A economia do imperialismo; 8.7 A fase “clássica” do imperialismo; 8.8 Os “anos 
dourados” da economia imperialista; 8.9 A intervenção estatalnos “anos dourados”, para um 
melhor entendimento da estrutura dinâmica capitalista, tratando dos aspectos sine qua non e 
estruturais desse modo de produção, fazendo um resgate ao contexto histórico do 
desenvolvimento do imperialismo e, fazendo análises mais detalhadas acerca de seu 
surgimento, até torna-se o capitalismo o que é hoje, identificando assim, os limites da 
democracia presentes nesse sistema. 
Em seu IX e último capítulo “O capitalismo contemporâneo”, os autores tratam da 
configuração denominada contemporânea do capitalismo, que emerge nos anos setenta do 
século XX, ressaltando que o capitalismo moderno constitui-se na terceira fase do estágio 
imperialista. Para fazer esta análise do panorama histórico em que o capitalismo presente está 
esboçado, os autores dividem o capítulo em seis tópicos, denominados; 9.1 Os “anos dourados”: 
a ilusão chega ao fim; 9.2 O capital: da defensiva à ofensiva; 9.3 Os novos domínios do capital 
e a concentração do poder; 9.4 Neoliberalismo: o capital sem controles sociais mínimos; 9.5 A 
financeirização do capital; 9.6 O “mundo novo” do capitalismo contemporâneo. 
Breve Apreciação Pessoal das Resenhistas 
A obra supramencionada apresenta de positivo a forma objetiva da exposição das ideias 
dos autores sobre a temática, pois faz um resgate histórico do modo de produção capitalista, o 
seu desenvolvimento até o designado capitalismo contemporâneo. Devido sua linguagem um 
tanto complexa por conta das fórmulas utilizadas ao longo dos capítulos, a interpretação acerca 
do assunto prolongou-se, mas, isto não foi empecilho para o entendimento do tema proposto, 
que por sinal foi ministrado, na obra, com maestria pelos autores. A obra apresenta, também, 
grande significância na formação de estudantes universitários e profissionais das áreas de 
ciências humanas e sociais, em particular de assistentes sociais. Trazendo, de fato, o seu 
objetivo que é estimular uma reflexão acerca do modo de produção capitalista, tendo em vista 
que, estamos inseridos nessa sociedade, que é a sociedade burguesa.

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