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Lei 1.606 85 Parcelamento do solo urbano

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Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 1 
 
 
 
PLANO DIRETOR 
 
 
LLEEII NNºº 11..660066 DDEE 1177//0044//11998855 
 
Lei de Parcelamento do Solo Urbano 
 
SÃO JOSÉ - SC 
 
 
 
LEI Nº 1.606, de 17 de Abril de 1985. 
 
 
 
DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO 
DO SOLO URBANO E DÁ OUTRAS 
PROVIDÊNCIAS. 
 
 
 A Câmara Municipal de São José, faz saber que aprovou a seguinte Lei: 
 
 
Art. 1º O parcelamento do solo para fins urbanos será regido pela presente Lei, elaborada 
nos termos da Lei Federal nº. 6.766/79 e demais disposições sobre a matéria, 
complementadas pelas normas específicas de competência do Município. 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
 
Art. 2º O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou 
desmembramento considerando-se: 
 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 2 
 I - loteamento, a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com a 
abertura de novas vias de circulação e logradouros públicos, ou prolongamento, 
modificação ou ampliação das vias existentes; 
 
 II - desmembramento, a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com 
aproveitamento do sistema viário existente, não implicando na abertura de novas vias e 
logradouros, nem no prolongamento, modificação ou ampliação das existentes. 
 
Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas zonas 
Urbana e de Expansão Urbana definidas na Lei de Zoneamento do Município. 
 
Art. 4º Na Zona de Expansão Urbana o parcelamento do solo para fins urbanos somente 
será admitido quando atender, além das disposições desta Lei, as referidas na Lei de 
Zoneamento. 
 
Art. 5º Não será permitido o parcelamento do solo: 
 
 I - em terrenos alagadiços e sujeitos às inundações, antes que seja implantado um 
sistema de drenagem da área, em concordância com o plano global de drenagem da bacia 
hidrográfica; 
 
 II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, 
sem que se tenham sido previamente sanados; 
 
 III - em terrenos situados nas áreas de preservação permanente (APP) e com uso 
limitado (APL): 
 
 a) topos de morro, áreas com declividades igual ou superior a 17º (30%) e áreas 
acima da cota 100 metros; 
 b) fundos de vale e faixas sanitárias dos corpos d’água; 
 c) manguezais e suas áreas de influência; 
 d) ilhas, costões, promontórios, tômbulos e faixas de praia; 
 e) dunas móveis, fixas e semi-fixas; 
 f) terrenos de marinha definidos pelo artigo 9º; 
 g) mananciais e áreas de captação d’água para abastecimento atual ou futuro; 
 h) reservas florestais e ecológicas; 
 i) áreas de paisagem notáveis; 
 
 IV - em terrenos situados em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias 
suportáveis. 
 
Art. 6º Os loteamentos serão divididos em três categorias: 
 
 I - Loteamentos Convencionais; 
 II - Loteamentos Populares; 
 III - Loteamentos de Interesse Social. 
 
§ 1º - Loteamentos Convencionais são aqueles em que se exige a implantação 
completa de infraestrutura, gerando uma área com plenas condições de vida urbana. 
 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 3 
§ 2º - Loteamentos Populares são aqueles em que se fazem exigências menores em 
tamanho de lotes e infraestrutura, visando o barateamento do custo da terra para classes 
menos favorecidas. 
§ 2º - Loteamentos Populares são aqueles em que se fazem exigências menores 
no tamanho dos lotes, visando o barateamento do custo da terra para classes menos 
favorecidas. (redação dada pela Lei nº. 2.956 de 17/09/1996) 
 
§ 3º - Loteamentos de Interesse Social são aqueles executados pelo Poder Público, o 
qual em cada caso define as exigências mínimas de tamanho de lotes e infra-estrutura, com 
o fim de resolver problemas de assentamento de populações de baixa renda. (ver art. 1º. e 
2º da Lei nº. 3.699 de 04/09/2001) 
 
CAPÍTULO II 
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS 
 
 
Art. 7º Qualquer projeto de loteamento ou desmembramento deverá ser elaborado em 
consonância com o Plano Diretor do Município, observando ainda: 
 
 I - o desenvolvimento urbano da região como um todo e do local em particular; 
 
 II - a conservação dos pontos panorâmicos e da paisagem local; 
 
 III - a manutenção das áreas de preservação, especialmente as citadas no artigo 
5º e dos monumentos do patrimônio histórico, arqueológico, antropológico, cultural ou 
artístico; 
 
 IV - nos parcelamentos situados na Zona Urbana as áreas destinadas ao sistema 
viário, à implantação de equipamentos urbanos e comunitários, bem como os espaços livres 
de uso público, serão, no mínimo, de 40% do total da gleba, dos quais, um mínimo de 15% 
será destinado especificamente à Áreas Verdes de Lazer e Áreas Comunitário-Institucionais; 
 
 V - ao longo das águas correntes e dormentes e faixas de domínio público das 
rodovias, ferrovias e dutos será obrigatória a reserva de faixa “non aedificandi “de 15 metros 
de cada lado, sem prejuízos entretanto do disposto no item VI deste artigo; 
 
 VI - nos fundos de vale e talvegues será obrigatória a reserva de faixas sanitárias 
para escoamento de águas pluviais e de rede de esgotos bem como para circulação, faixas 
estas proporcionais à bacia hidrográfica contribuinte considerada como totalmente 
urbanizada e levando em conta as condições mais críticas, e dimensionadas segundo a 
Tabela I anexa, integrante desta Lei; 
 
 VII - as vias do loteamento deverão integrar-se articular-se com o sistema viário 
oficial, existente ou projetado e harmonizar-se com a topografia local; 
 
 VIII - em nenhum caso as vias dos loteamento poderão prejudicar o escoamento 
natural das águas nas respectivas bacias hidrográficas, somente podendo os cursos de 
água serem tubulados com prévia anuência da Prefeitura, depois da manifestação do 
DNOS, a requerimento do interessado. 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 4 
 
 § 1º Na Zona de Expansão Urbana os percentuais citados no item IV serão 
respectivamente de 45% e 20%. 
 
 § 2º A observância ao item IV será apenas nos desmembramentos com 05 (cinco) 
lotes ou mais, no tocante a áreas verdes de lazer e áreas Comunitários-Institucionais. 
 § 2º A observância ao item IV será apenas nos desmembramentos com mais 
de 10 (dez) lotes, no tocante à áreas verdes. (redação dada pela Lei 4.977 de 
24/06/2010) 
 
 § 3º Nas áreas remanescentes quando desmembradas num prazo inferior a 05 
(cinco) anos, a observância ao item IV será exigida quando o somatório dos lotes 
parcelados neste período correspondem a mais de 05 (cinco) lotes. ( parágrafo incluído 
pela Lei 3683/01 e revogado pela Lei 4.977 de 24/06/2010) 
 
Art. 8º O poder público competente poderá complementarmente exigir em cada loteamento, 
a reserva de área pública destinada a equipamentos urbanos. 
 
 § 1º Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, 
serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de águas pluviais, pavimentação, rede telefônica, 
e outros que venham a ser criados e como tal classificados. 
 
 § 2º Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de saúde, educação, 
cultura, administração, recreação e equivalentes, bem como outros que venham a ser 
criados e como tal considerados. 
 
Art. 9º Nos loteamentos e terrenos situados na orla marítma e nas margens de rios e lagos 
de domínio marítimo, não será permitida a constituição de lotes numa faixa de 33 metros, 
medidos horizontalmente da posição do preamar para a parte da terra. 
 
 Parágrafo Único: as faixas de que trata este artigo, poderão ser computadas no 
percentual de áreas verdes, exigidas no artigo7º desta Lei. 
 
Art. 10º É condição necessária para a aprovação de qualquer arruamento em loteamento, a 
execução, pelo interessado, sem qualquer ônus para a Prefeitura, de todas as obras de 
terraplenagem, pontes e muros de arrimo, bem como os demais serviços, exigidos por esta 
Lei. 
 
Art. 11º Nos loteamentos situados em áreas industriais predominantes somente será 
permitido lotear um máximo de 30% da área com lotes residenciais. 
 
Art. 12º Nos loteamentos, a abertura de qualquer via ou logradouro público subordinar-se-á 
ao prescrito nesta Lei e no capítulo V da Lei de Zoneamento do Município, dependendo 
sempre da prévia aprovação da Prefeitura Municipal. 
 
 
Art. 13º A identificação das vias e logradouros públicos, antes de sua denominação oficial, 
só poderá ser feita por meio de números e letras. 
 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 5 
 Parágrafo Único: Os loteamentos populares deverão receber sempre a 
denominação Arraial, anteposta ao seu nome. 
 
Art. 14º O comprimento das quadras ou áreas similares não poderá ser superior a 200,00 
metros. 
 
Art. 15º As áreas e as testadas mínimas dos lotes obedecerão aos seguintes critérios: 
 
 I - lotes com área mínima de 360m2 e testada mínima de 12m na Zona Urbana; 
 
 II - lotes com área mínima de 450m2 e testada mínima de 15m na Zona de 
Expansão Urbana; 
 
 III - lotes e testadas com outras dimensões, conforme os anexos 1 e 5 da Lei de 
Zoneamento; 
 
 IV - lotes e testadas com dimensões especiais, em loteamentos de interesse social, 
executados pelo poder público, para o atendimento de populações com renda inferior a 3 
salários mínimos. 
 
 Parágrafo Único: As dimensões dos lotes citados no item V deste artigo serão 
definidas pelo Órgão Municipal de Planejamento, ouvido o Conselho de Desenvolvimento 
Urbano. 
 
Art. 16º Os lotes de esquina serão no mínimo 25% maiores que o lote mínimo exigido para 
a respectiva área de planejamento. 
 
Art. 17º As Áreas de Preservação, definidas nesta Lei e na Lei de Zoneamento, localizadas 
no interior de glebas objeto de parcelamento deverão ser convenientemente delimitadas e 
assegurada a sua destinação. 
 
Art. 18º Nas áreas definidas pela Lei de Zoneamento como áreas sujeitas a planos de 
urbanização integrada, o parcelamento do solo para fins urbanos só poderá ocorrer após a 
execução desses planos pelo Órgão Municipal de Planejamento. 
 
 § 1º Os planos de urbanização integrada deverão atingir a totalidade das 
propriedades da área. 
 
 § 2º Deduzidas da área total as áreas necessárias às vias e logradouros públicos 
será o restante, em forma de novos lotes, redistribuído aos proprietários proporcionalmente 
à contribuição de cada um. 
 
CAPÍTULO III 
DO PROJETO DE LOTEAMENTO 
 
 
Art. 19º O projeto de loteamento será precedido, independentemente uma das outras, das 
seguintes etapas legais: 
 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 6 
 I - Consulta de Viabilidade; 
 II - Estudo Preliminar; 
 III - Anteprojeto; 
 IV - Projeto Definitivo. 
 
Art. 20º A Prefeitura terá o prazo de 15 (quinze) dias para responder à consulta de 
viabilidade; 30 (trinta) dias para a execução do estudo preliminar; 15 (quinze) dias para o 
exame de anteprojeto e 45 (quarenta e cinco) dias para manifestar-se sobre o projeto 
definitivo. 
 
 § 1º As diretrizes fixadas no estudo preliminar vigorarão pelo prazo de um ano, após 
o que poderão ser alteradas se assim exigirem novas circunstâncias de ordem urbanística 
ou de interesse público. 
 
 § 2º Solicitados esclarecimentos ou feitas exigências pela Prefeitura, os prazos de 
que trata este artigo ficarão suspensos até o respectivo atendimento pelo interessado. 
 
Art. 21º A consulta de viabilidade configura mero pedido de informações sobre a 
possibilidade de determinada gleba ser parcelada através de loteamento ou 
desmembramento, não sendo porém conclusivas nem gerando direitos. 
 
Art. 22º O estudo preliminar é o esboço do loteamento elaborado pelo poder público, 
devendo sua solicitação ser instruída com os seguintes elementos: 
 
 I - título de propriedade do imóvel; 
 II - planta de situação do terreno; 
 III - planta da gleba a ser loteada, assinada pelo proprietário ou representante legal 
e por profissional registrado no CREA, contendo pelo menos: 
 
 a) dados de medição topográfica do terreno com curvas de nível de metro em 
metro; 
 b) localização dos cursos d’água, terrenos de marinha, bosques, construções, 
monumentos naturais e artificiais existentes; 
 
 c) indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, localização das vias de 
comunicação, das vias livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local 
e adjacências com as respectivas distâncias da área a ser loteada. 
 
 § 1º Quando o loteamento não abranger a área total do imóvel deverá o proprietário 
apresentar planta que englobe a totalidade do terreno. 
 
 § 2º Sempre que se fizer necessário, será exigida a extensão do levantamento 
altimétrico ao longo de uma ou mais divisas da área a ser loteada, até o talvegue ou divisor 
d’água mais próximo. 
 
 § 3º As plantas obedecerão sempre a escala 1:2000. 
 
Art. 23º Na elaboração do estudo preliminar, o órgão municipal competente traçará na 
planta da gleba a ser loteada os seguintes elementos: 
 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 7 
 I - as ruas e estradas existentes ou projetadas, que compõe o traçado básico do 
sistema viário principal da cidade e do Município, relacionadas com o loteamento pretendido; 
 
 II - a localização dos terrenos destinados a equipamentos urbanos e comunitários e 
das Área de Preservação; 
 
 III - as faixas sanitárias de terrenos necessárias ao escoamento das águas pluviais e 
as faixas “non aedificandi”, destinadas à proteção dos equipamentos dos sistemas viário, de 
saneamento e energia; 
 
 IV - a relação dos equipamentos urbanos (infra-estrutura) a serem projetados e 
executados pelo interessado; 
 
 V - áreas de uso dominante da gleba, com indicação dos usos compatíveis e dos 
limites de ocupação. 
 
Art. 24º Após a elaboração do estudo preliminar, o interessado apresentará ante-projeto do 
loteamento, contendo já o traçado das ruas com a respectiva hierarquia, a divisão da área 
em quadras e desta em lotes e, ainda, o cálculo aproximado da superfície de cada lote. 
 
Art. 25º Aprovado o anteprojeto, o requerente organizará projeto definitivo contendo 
desenhos, memoriais descritivos, cronograma das obras, título de propriedade, certidão de 
ônus reais e certidão negativa de tributos municipais. 
 
Art. 26º Os desenhos do projeto definitivo deverão conter: 
 
 I - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração; 
 
 II - sistema viário com respectiva hierarquia; 
 
 III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos 
de tangência e ângulos centrais das vias; 
 
 IV - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; 
 
 V - a indicação de marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de 
curvas de vias projetadas; 
 
 VI - a indicação de marcos de delimitação das áreas de preservação; 
 
 VII - a indicação em planta e perfil de todas as linhas de escoamento das águas 
pluviais; 
 
 VIII - a indicações das servidões e restrições especiais que, eventualmente, gravem 
os lotes ou edificações; 
 
 IX - projeto completo de rede de distribuição de água, indicando a fonte de 
abastecimento, o sistema de tratamento, o diâmetro das canalizações, especificação dos 
materiais empregados; 
 
 X - projeto da rede de energia elétrica;Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 8 
 
 XI - projeto da rede de esgoto pluvial; 
 
 XII - projeto do sistema de drenagem; 
 
 XIII - projeto da rede de esgoto sanitário, quando houver rede coletora de esgoto na 
respectiva bacia hidrográfica; 
 
 XIV - projeto de pavimentação e arborização com os cálculos respectivos e 
especificação dos materiais e espécies a serem empregados; 
 
 XV - outros documentos ou indicações que se julgarem necessários. 
 
 Parágrafo Único: Tratando-se de loteamentos populares, o projeto definitivo poderá 
ficar isento da observância dos itens XI a XIV deste artigo, acrescentando-se porém a 
execução de meio-fio acoplado à calha de escoamento pluvial, na forma de peça única e 
pré-moldada. ( revogado pela Lei nº. 2.956 de 17/09/1996) 
 
Art. 27º O memorial descritivo deverá conter: 
 
 I - a descrição sucinta do loteamento; 
 
 II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidirem sobre os 
lotes e as construções, além das já constantes nas normas do planejamento municipal; 
 
 III - a indicação das áreas livres e daquelas destinadas a equipamentos urbanos e 
comunitários que passarão ao domínio público no ato de registro do loteamento; 
 
 IV - a indicação dos equipamentos urbanos e comunitários já existentes no 
loteamento e adjacências. 
 
Art. 28º Os projetos dos equipamentos urbanos a serem executados pelo interessado, 
referentes a abastecimento de água, esgoto e energia elétrica deverão estar previamente 
aprovados pelos órgãos estaduais competentes. 
 
Art. 29º O Alvará de Licença terá vigência de 2 (dois) anos, prorrogáveis a critério da 
Prefeitura. 
 
 Parágrafo Único: A prorrogação será requerida pelo interessado, mediante 
justificativa do atraso ocorrido, a qual mesmo sendo aceita pela Prefeitura, obrigará o 
interessado a adequar o projeto às normas urbanísticas supervenientes para a área. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DESMEMBRAMENTOS E REMEMBRAMENTOS 
 
Art. 30º Para a aprovação dos projetos de desmembramento, deverá o interessado 
apresentar requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado do título de propriedade e 
planta do imóvel a ser desmembrado ou remembrado, contendo: 
 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 9 
 I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; 
 
 II - a indicação da divisão de lotes pretendida na área. 
 
 
Art. 31º A aprovação do projeto de desmembramento só será permitida quando: 
 
 I - os lotes desmembrados tiverem as dimensões mínimas previstas na presente 
Lei; 
 II - a parte restante do terreno, ainda que edificado, constituir lote independente, 
segundo as dimensões mínimas, previstas nesta Lei. 
 
Art. 32º Aplicam-se ao desmembramento e remembramento no que couber, as disposições 
relativas aos projetos de loteamento. 
 
CAPÍTULO V 
DA FISCALIZAÇÃO E ENTREGA DOS LOTEAMENTOS 
 
 
Art. 33º A fiscalização dos loteamentos se exercerá em todas as etapas, desde as 
especificações de ordem técnica, até as fases de execução e entrega das obras de infra-
estrutura. 
 
Art. 34º Na fase de execução das obras de infra-estrutura o setor reponsável da Prefeitura 
fará constante vistoria, no mínimo quinzenal, relatando o seu estágio em laudo que deverá 
ser juntado ao respectivo processo de aprovação e aceitação do loteamento. 
 
Art. 35º Realizados os serviços de infra-estrutura previstos em Lei, o loteador requererá a 
sua aprovação e aceitação com a entrega das vias e logradouros ao uso público. 
 
 § 1º É permitida a entrega parcial do loteamento, na medida em que os serviços 
forem executados na extensão dos respectivos logradouros e vias. 
 
 § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, porém, o loteador se compromete a 
permanecer responsável pela conservação e/ou restauração dos serviços e obras de infra-
estrutura que vierem a ser danificados, até a entrega e aceitação definitiva e global do 
loteamento. 
 
Art. 36º A entrega das vias e logradouros ao uso público será feita, sem qualquer ônus para 
a Prefeitura, após vistoria que os declare de acordo. 
 
Art. 37º Para os efeitos da presente Lei, os parcelamentos do solo deverão obedecer as 
normas referentes a registros, contratos, disposições penais e gerais da Lei Federal 
6.766/79, respectivamente, capítulos VI, VII, VIII e IX. 
 
CAPÍTULO VI 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Legislação Municipal de Parcelamento do Solo Urbano 10 
 
 
Art. 38º As infrações da presente Lei darão ensejo à revogação do ato de aprovação, ao 
embargo administrativo, à demolição da obra, quando for o caso, bem como à aplicação de 
multas pela Prefeitura, observadas, no que forem aplicáveis as disposições da Lei de 
Zoneamento, Código de Posturas, Código de Edificações e outras leis pertinentes à matéria, 
sem prejuízo das demais disposições deste capítulo. 
 
Art. 39º A presente Lei não se aplica aos projetos definitivos de loteamentos, 
desmembramentos e remembramentos que, na data de sua publicação, já estiverem com 
seus projetos definitivos protocolados ou aprovados pela Prefeitura, para as quais continua 
prevalecendo a legislação anterior até o prazo previsto pelo respectivo cronograma de 
obras. 
 
 Parágrafo Único: Após vencido o prazo do cronograma de obras que trata este 
artigo os pedidos de revalidação da licença dos referidos parcelamentos somente serão 
concedidos se obedecidas as disposições desta Lei. 
 
Art. 40º A tramitação dos processos referentes à aprovação de parcelamentos e à 
aplicação de multas serão regulados por legislação municipal específica. 
 
Art. 41º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando especialmente as 
Leis nºs 1.008 de 03.08.76, 1.150 de 17.03.78, 1.152 de 24.04.78, 1.222 de 11.04.79 e 
artigos 9º, 10º e 41º da Lei nº 06 de 07.05.48 e demais disposições em contrário e 
regulamentando-a o executivo Municipal no que se fizer necessário. 
 
 
Câmara Municipal de São José, em 17 de Abril de 1985. 
 
 
TABELA I (Lei 1606/85) 
 
FAIXAS SANITÁRIAS NON AEDIFICANDI 
 
ÁREA DA BACIA CONTRIBUINTE FAIXA NON AEDIFICANDI 
 
 ( Ha ) (m da margem ) 
0 a 500 ......................................................................15 
501 a 700 .....................................................................17,5 
701 a 100 ......................................................................20 
1001 a 1300 ....................................................................25 
1301 a 1500 ....................................................................30 
1501 a 1700 ...................................................................35 
1701 a 2000 ....................................................................40 
2001 a 5000 ....................................................................50 
5001 a 8000 ....................................................................70 
8001 a + ....................................................................100 
 
Nota: Texto redigitado e sujeito à correções. O texto transcrito não substitui a Lei original publicada.

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