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Sociologia do Direito
Durkheim
Para Durkheim o objeto de estudo da sociologia são os fatos sociais, que é toda a forma de agir,sentir, pensar e é externa aos indivíduos e que provocam coerção, “A sociedade está num todo, e não nas partes”. Para o filosofo a consciência comum ou coletiva é o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns de membros de uma sociedade, não representa a nós mesmos, mas a sociedade agindo e vivendo em nós. A consciência individual nos representa no que temos de pessoa e distinto, nisso é que faz de nós um individuo. A coesão social está relacionada em quanto maior a coesão de uma sociedade maior é a consciência individual. 
Princípios:
Externalidade
Coercitividade
Dualidade – Embora sejam coercitivos os fatos sociais são desejados.
Precisa-se estudar o fenômeno para haver contato ao fato social, portanto, para o filosofo não adianta somente estudar o individuo individualmente para se chegar ao fato social, pois isso não seria possível, é necessário para Durkheim estudar o coletivo em um todo, junto ao fenômeno social. 
Representação coletivas são expressões do fato social, como a sociedade vê a si mesma e o mundo que a rodeia. Embora para Durkheim a consciência coletiva seja importante, ela não isenta a importância da consciência individual, tanto que se existe crimes, praticados por indivíduos que sabem diferenciar uma consciência da outra. 
A sociedade mecânica está associada a sociedades simples, com pouca divisão de trabalho. 
A sociedade orgânica está associada a sociedades complexas, com muita divisão do trabalho.
Sociedade onde não há divisão de trabalho, consequentemente não terá o direito civil, serão sociedades engessadas e homogêneas, onde ser diferente é ser excluído, há um grau baixo de pluralidade. Portanto, são sociedades com poucas diferenças sociais. Sociedades onde há divisão de trabalho, consequentemente terão o direito civil, serão sociedades heterônomas, com um alto grau de diversidade, pois a divisão do trabalho segmenta os conhecimentos, onde ser diferente é ser aceitável por algum grupo social. Portanto, são sociedades com uma variação de diferenças sociais, produzindo cada grupo seu interesse. Essas sociedades produzem o direito penal e o direito civil.
Durkheim escreveu o “Suicídio” descrevendo-o como fato social, um ato externo e coercitivo. A causa geradora do suicídio é exterior ao individuo que comete este ato. Ele exprime o suicídio em termos de taxas, mostrando por meio de pesquisas que as taxas do suicídio são fixas. 
Durkheim diz que o suicídio é uma morte que resulta mediata ou imediatamente de um ato positivo ou negativo realizado pela própria vitima. Contudo, Durkheim diz que essa definição é incompleta, pois não se pode tratar da mesma espécie duas mortes completamente diferentes, uma onde o homem é leigo e não tem consciência do suicídio que ira cometer, e outro o homem que atenta contra sua própria vida, já sabendo o resultado das consequências. 
O suicídio é vulgarmente e antes de mais nada um ato de desespero de um individuo a quem a vida já não lhe interessa. O que é comum a todos os homicídios praticados, é que o ato que a consagra é realizado com conhecimento de causa, é que a vitima, no momento de agir, sabe o que vai resultar de sua conduta.
Durkheim estudou e analisou as taxas de homicídios junto as taxas de óbitos, notando que as taxas de óbitos de ano a ano são variáveis e independentes, contudo, as taxas de homicídios são crescentes, e constantes, partindo do ponto que os fatores sociais interferem nos homicídios, não sendo causas particulares, e sim sociais. Se o homicídio fosse individual, as taxas seriam variáveis.
A sociedade está subordinada a coesão social, e é a sociedade que estabeleceu as formas a partir dos costumes e valores da própria cultura, distinguindo-se o ato ilícito do licito. 
Seu método é tratar o fato social como coisa, significa abandonar as prenoções. 
Marx Weber
Podemos dizer do ponto de partida da teoria de Weber é uma critica ao positivismo e consequentemente a teoria de Durkheim. Para Weber a realidade é algo infinito que só pode ser aprendido por diversos ângulos, mas jamais na sua totalidade e essência. O entendimento não é capaz de reproduzir ou copiar o real, mas unicamente a elabora-lo por força dos conceitos. Entre o real e o conceito a distancia é infinita. Weber nega a possibilidade de um conhecimento absoluto livre de quaisquer pressupostos, capaz de definir de modo completamente neutro qual a verdade absoluta. 
Valores não poderiam obedecer a critérios, que poderiam ser chamados de subjetivos. A realidade é a única casa que realmente existe para o filosofo, são sujeitos humanos agindo de uma forma e com um sentido especifico, produzindo de maneira intencional a não uma serie de consequências. Todas as categorias coercitivas, incluindo de natureza como o Estado, nação ou família teriam que ser formulados de modo que explicassem sua relação com ações concretas.
Racionalização
A crescente racionalização e intelectualização do mundo ocidental.
Desencantamento do mundo.
Racionalidade – Previsibilidade
Irracionalidade – Imprevisibilidade
Uma ação racional é aquela que praticamos sem constrangimentos físico ou psíquico, sem aflições pessoais e perturbações ocidentais que embaraçam a clareza do julgamento, são aquelas que perseguimos um fim claramente consciente graças aos meios adequados segundo nosso conhecimento. 
Sociologia compreensiva de Max Weber (continuação)
- Ciência da realidade?
A realidade humana é infinita e pode ser aprendida através de diversas formas diferentes,
- Nenhum fenômeno poderia ser definido por sua essência ou substância fixa. Seriam os agentes concretos, historicamente localizados, agindo segundo os valores mais diversificados e contraditórios, que construíram, de modo mais ou menos consciente tudo o que seria culturalmente significativo.
- Por que os indivíduos, em uma situação determinada, tomam determinadas decisões? Quais as razões/motivações?
O foco é o individuo e suas ações, e não mais o coletivo, como para Durkheim.
- Não só o objeto da pesquisa está imerso no fluxo da história, mas também o pesquisador.
- Método = tipo ideal.
- O tipo ideal não precisa identificar-se com a realidade no sentido em que exprimisse a verdade autentica desta. Ao contrario, ele nos afasta dela por causa da própria irrealidade, para melhor domina-la intelectual e cientificamente. 
1. Selecionar a dimensão do objeto.
2. Apresenta-lo de uma forma pura, despida de suas nuances concretas.
Ação social é um comportamento humano ou uma atitude voltada para uma ação ou abstenção
Esse comportamento só é uma ação social quando o agente atribui a sua conduta um significado ou um sentido próprio, e este sentido se seleciona com o comportamento de outras pessoas. 
Relaciona-se com o comportamento de outras pessoas:
4 tipos puros de ação social:
Ação social que visa fins
Ação racional que visa valores
Ação tradicional: reprodução do habito, vazia de racionalidade. Exemplo: casamento na igreja, seguimento de um habito e não de uma tradição religiosa.
Ação afetiva: reativa, não poderá, não pensa, puro coração, age e reage. Crimes passionais.