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FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL-FACIMED CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
ANGELA CRISTINA ALVES DA COSTA
ESTUDO DE CASO
CACOAL/RO 
2017
ANGELA CRISTINA ALVES DA COSTA
ESTUDO DE CASO
Relatório apresentado à Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED, disciplina de Psicologia da Saúde I, sob orientação da Professora Michele Romão, como atividade complementar para obtenção de nota.
CACOAL/RO 
2017
Caso Clínico:
Paciente com 32 anos, vítima de acidente automobilístico, com politrauma e estado comatoso. No segundo dia de internação na UTI, foi solicitado pela enfermeira auxílio da psicologia para avaliação da possibilidade da permanência do familiar ao lado da paciente. Segundo a enfermeira, mesmo tendo o médico plantonista informado sobre o prognóstico (possível morte encefálica), o marido parecia não compreender a gravidade do quadro. Apresentava-se ansioso, desejando permanecer ao lado da esposa e solicitando constantes cuidados a ela. A enfermeira concordava com a solicitação do marido em permanecer ao lado da esposa, pois a paciente estava vivendo suas últimas horas. Entretanto, não acreditava que ele tivesse condições emocionais para permanecer na UTI. O marido foi entrevistado pela psicóloga, demonstrando um estado de ansiedade exacerbada, por ter entrado em contato com a realidade, mas mantendo-se ambivalente – esforçava-se para negá-la.
A discussão inicial do caso com a equipe de saúde centralizou-se na ambivalência apresentada pelo marido e nas formas com que a equipe poderia organizar-se para contribuir com o seu processo de adaptação à realidade da paciente. Neste caso, a compreensão dessas alterações e a escolha da intervenção psicológica devem considerar as diversas inter-relações entre as características do paciente, sua história prévia e as manifestações psíquicas decorrentes de alterações físicas, como os distúrbios do sono, a amnésia dissociativa, a irritabilidade e a ansiedade , ou os estados confusionais.
Com base no presente relato elabore uma possível intervenção considerando o uso de:
 (a) manejo ( componentes fundamentais para a intervenção).
(b) diagnóstico diferencial, 
(c) atendimento psicológico de apoio, 
(d) manejo ambiental 
(e) técnicas complementares 
 (f) intervenção familiar
A atenção ao paciente e familiar e parte fundamental no processo de internação hospitalar. O impacto do prognóstico (possível morte encefálica) não afeta apenas ao marido, mas estende a toda família, impondo mudanças e exigindo uma reorganização da dinâmica familiar, onde irão se apoiar nesse processo de luto. Segundo Freud (1916/1917):
O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante. E segue dizendo que o luto normal é um processo longo e doloroso, que acaba por resolver-se por si só, quando o enlutado encontra objetos de substituição para o que foi perdido. (Freud, apud Valmir Uhren 1916/1917, p. 249).
Uma vez que a paciente vive suas ultimas horas de vida, o psicólogo solicitado pela enfermeira devera fazer o acolhimento ao marido, ouvindo o que o mesmo desejar falar, amparando neste momento difícil, ao que se nota o marido se encontra no estagio da negação, definido por Elizabeth Kübler- Ross (2005), segundo ela este é o primeiro estagio do luto onde a negação e o isolamento servem como um mecanismo de defesa temporário, um para-choque que alivia o impacto da notícia, uma recusa a confrontar-se com a situação. Ocorreu com o marido ao ser informado abruptamente a respeito da morte da esposa; embora considerado o primeiro estágio, pode aparecer em outros momentos também.
Segundo estágio, a raiva é o momento em que as pessoas externalizam a revolta que estão sentindo. Neste caso, tornam-se por vezes agressivos. Há também a procura de culpados e questionamentos, tal como: "Por que ele?", com o intuito de aliviar o imenso sofrimento e revolta pela perda.
 Terceiro estágio, a barganha de reação à perda, é uma tentativa, de negociar ou adiar os temores diante da situação; as pessoas buscam firmar acordos com figuras que segundo suas crenças teriam poder de intervenção sobre a situação de perda. Geralmente esses acordos e promessas são direcionados a Deus e mesmo aos profissionais de saúde que a acompanham.
Quanto estagio, a depressão que é divida em preparatória e reativa. A depressão reativa ocorre quando surgem outras perdas devido à perda por morte, por exemplo, a perda de um emprego e, consequentemente, um prejuízo financeiro, como também a perda de papéis do âmbito familiar. Já a depressão preparatória é o momento em que a aceitação está mais próxima, é quando as pessoas ficam quietas, repensando e processando o que a vida fez com elas e o que elas fizeram da vida delas.
Quinto estagio, que é a aceitação. Quando se chega a esse estágio, as pessoas encontram-se mais serenas frente ao fato de morrer. É o momento em que conseguem expressar de forma mais clara sentimentos, emoções, frustrações e dificuldades que as circundam. Quanto mais negarem, mais dificilmente chegarão a este último estágio. Cabe ressaltar que, esses estágios não são um roteiro a ser seguido e que podem sofrer alterações de acordo com cada perspectiva pessoal.
O luto é o processo inevitável de elaboração de uma perda e todas as pessoas que perdem um ente querido tendem a passar por isso. O luto possui vários tipos de sentimentos, mudanças que invadem e interferem no funcionamento emocional de uma pessoa. A perda repentina da esposa pode refletir em um grau ainda maior de dificuldades em relação a uma perda que pode ser, de certa forma, preparada. Sendo assim, o psicólogo devera trabalhar as fases do luto com o marido, avaliando quais são as principais preocupações do mesmo, defini-las, priorizá-las; e, por fim, abordá-las, levando em consideração o apoio familiar e auxiliando na tomada de decisões, pois o marido encontra-se em estados psicológico e emocional prejudicados. Sendo fundamental que o psicólogo tenha empatia, respeitar e possa adequar-se ao o ritmo do marido, principalmente no decorrer do uso das estratégias e técnicas terapêuticas. Outro ponto importante é trabalhar a confiança que ele tem condições para lidar com esse momento difícil e que seus familiares vão apoia-lo.
Em relação ao diagnóstico diferencial para o esposo, seria interessante ouvi-lo e acolher o seu sofrimento a fim de amenizar a crise em um primeiro momento, tendo em vista que um calmante poderia amenizar os sintomas, sendo assim poderia solicitar um medico para que este o prescreva. Posteriormente pode ser solicitado também um atendimento multiprofissional onde um cardiologista poderá estar verificando como se encontra a saúde do esposo frente aos sintomas que o mesmo apresenta e o psiquiatra será importante também na verificação se há necessidade de intervenção medicamentosa, sem esquecer o trabalho do psicólogo que e fundamental para a reinserção do esposo em convívio com a sociedade, através de técnicas individuais e em grupo de apoio.
	
REFERENCIAS:
BASSO, Lissia Ana; WAINER, Ricardo. Luto e perdas repentinas: contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 7, n. 1, p. 35-43, jun. 2011. 
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872011000100007&lng=pt&nrm=iso>. acesso em  08  maio  2017.
UHREN, Valmir. Luto como processo para elaboração da perda. Disponívelem:<http://www.dombosco.sebsa.com.br/faculdade/revista_10ed/arquivos/pdf/dezembro2012_artigo10_1.pdf>. acesso em 08 maio 2017.

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