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Apresentação PSICOLOGIA HOSPITALAR CASO CLINICO

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PSICOLOGIA HOSPITALAR
APRESENTAÇÃO DE CASO CLINICO SUPERVISÃO FORMAL. 
Fisioterapia 
Estagiária: Juliana Bellini 
Supervisora : Viviane C. Torlai
10º semestre- Manhã 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Paciente : S.M
Sexo : Feminino 
Idade: 60 anos 
Naturalidade: Recife-PE
Residente: São Paulo – SP
Religião: Evangélica
Diagnóstico médico: Câncer de mama(curado), diabetes e pneumonia.
Clínica : Acompanhante de paciente em tratamento na fisioterapia -UNIP- campus –norte 
Estagiária: Juliana Bellini de Vasconcelos
Supervisora: Viviane Torlai /CRP 06/59224-6
 
Diagnósticos Médicos 
 Neoplasia maligna da mama, não especificada (CID 10 C50.9): Como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
Diabetes mellitus : (CID 10- E10) É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo.
Pneumonia(CID 10.J15) É uma infecção que se instala nos pulmões, órgãos duplos localizados um de cada lado da caixa torácica. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
História da pessoa ( HP)
S. tem sessenta anos de idade, natural de Recife. Casada há 40 anos com o primo de primeiro grau. Mãe de cinco filhos e avó de cinco netos. Relatou que mora com marido e seus cinco filhos, que residem no quintal de sua casa.
Expôs que não está trabalhando no momento para poder cuidar do marido, porém sempre trabalhou como faxineira.
Contou que sua relação com marido era “boa”, até descobrir uma traição, dele. Nesse período começaram os desentendimentos entre eles. 
HistÓria pregressa da moléstia atual (HPMA)
S. acompanha o marido G que realiza fisioterapia para tratar sequelas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que teve há 3 anos.
S. relatou que há 6 anos teve câncer de mama, e por isso precisou retirar um dos seios. Falou que descobriu a doença em um exame de mamografia que fez por rotina. Ultimamente usa prótese móvel no lugar do seio retirado. 
Informou que está “curada”, mas que faz os acompanhamentos periódicos.
Disse que apesar do tratamento contra o câncer não parou de trabalhar nesse período.
Metodologia utilizada: 
Foi realizado atendimento psicológico com base na Psicologia Hospitalar, nos dias 21 , 28 de Agosto e 04 de Setembro de 2019, com o intuito de avaliar e conhecer o paciente e sua estrutura psicodinâmica, sua relação com a doença e tratamento, proporcionando apoio psicológico e fortalecimento dos recursos de enfrentamento já existentes. 
 
 Caracterização dos Atendimentos:
Psicoterapia Breve e Focal
 
  Fundamentação teórica: 
  Fenomenologia Existencial
AvaliaÇÃo psicológica dia 21 de Agosto de 2019 
10
Apresenta estado psicológico geral frágil, pois apesar de estar com suas funções psíquicas preservadas, foi possível observar alteração na afetividade. S. demostrou angústia de morte, pois disse “não aceita doença”, e “ter medo de morrer”. Traz a revolta inicial diante do diagnostico de câncer, quando disse ter tido vontade de se ‘jogar de uma ponte”.
 Nota-se sequelas emocionais devido processo pela perda concreta de um dos seios. Apesar de tentar fazer adaptações com uma prótese móvel, é visível a preocupação para que ninguém note .Ademais, aparenta sequelas emocionais de perdas simbólicas como; a perda da liberdade de trabalhar, mas que atribui a doença do marido. 
 Nesse sentido, percebe-se manifestações psíquicas e comportamentais de esquema corporais modificados, alteração autoestima devido a sua cirurgia. Ademais, agressividade, frustação e privação de liberdade, relacionada a doença e aos cuidados ao marido . Em relação a doença do G., S. demonstra revolta e conflitos em relação aos cuidados que o dispõe e entende o adoecer dele como “penitência”, principalmente pela “traição”. 
Demonstra que seus recursos de enfrentamento estão fragilizados, pois nota-se que paciente utiliza-se da negação como mecanismo de defesa, pois ao dizer que “não aceita a doença”, demostra entender o adoecer como “penitência” e não como um processo biológico. Nesse sentido, utiliza-se da fé, religião e Deus como dirigente de todos seus atos, bem como da doença que teve, e a do marido, e dos cuidados que ela tem com ele, se isentando das atitudes, escolhas e responsabilidades. Percebe-se que S., ainda nega a possibilidade de ficar novamente doente, isso fica claro quando disse que “não aceita a doença”. Além do fato, de apresentar dificuldade em falar o nome da doença que teve. Porém trata-se de negação parcial, uma vez que fez o tratamento corretamente, e o exames periódicos de controle.
 
Evolução e Intervenções 
Dia 21/08/2019
No atendimento psicoterápico, procurou-se trabalhar as percepções de escolhas de M., atitudes e responsabilidades. Procurando compreender o papel da fé e da religiosidade em sua vida, a fim de fortalecer seus recursos de enfretamento.
Dia 28/08/2019
 ( Paciente, relatou que descobriu que está com diabetes, mas afirmou não “aceitar doença”.
Ademais, trouxe em sessão que se sente incomodada com a sobrinha que está morando em sua casa. Todavia, espera que “Deus” “quebre” o contrato de trabalho, para que ela seja “mandada embora” e volte para sua cidade natal. Além de que, expôs que está com dificuldades para dormir, pois tem “pensamentos ruins”
 Trabalhou-se no atendimento psicoterápico fortalecimento dos seus recursos de enfretamento. Procurando compreender através de reflexões a suas possibilidades de escolhas e ações em situações que lhe geram incomodo. Ademais, trabalhamos sua retomada de autonomia e autoestima através da procura de novas ocupações.
Dia 04/09/ 2019 
(Paciente relatou que descobriu que está com pneumonia. Mencionou que o médico a informou que ela teria que tomar injeções por nove dias, que deveria “repousar’, e evitar pegar “friagem”. Porém, S. disse que não pode deixar o marido ir em suas consultas sozinho.)
Trabalhou-se com a paciente seu reposicionamento diante do processo de adoecer, compreendendo os significados latentes que esse possuía para si, além de que, a possibilidade de elaboração de recursos a fim de vivenciar essa situação de forma mais amena, refletindo acerca das agressividades autodirigidas observadas no processo. 
AVALIAÇÃO PSICOLóGICA 04 DE SETEMBRO DE 2019 
Apresenta estado psicológico geral frágil, pois apesar de estar com suas funções psíquicas preservadas, foi possível observar alteração na afetividade. S. demostrou através da sua fala a negação de qualquer doença que a acometa. Porém nesse sentido observa-se angústia de morte, pois paciente nega a doença por medo de pensar sobre adoecer, e consequentemente sobre a morte . Observa-se ansiedade reativa pelo o fato de estar constantemente adoecendo.
Nota-se que apesar de S. relatar que a perda de autonomia e liberdade é ocasionada pelo adoecimento do marido, pode ser perceber sequelas emocionais relacionadas ao próprio tratamento.
 Observa-se em S. manifestações psíquicas e comportamentais de impotência por a paciente notar que negar a doença não a faz saudável, bem como frustação e fracasso frente sua condição. 
Demostra que seus recursos de enfrentamento estão fragilizados, pois nota-se que utiliza-se da fé, religião e Deus como dirigente de todos seus atos, tanto de doenças, quanto pelas vivências que a incomoda. Ademais, esse recurso externo de enfretamento faz com S. sinta-se isenta de qualquer possibilidade de escolha e ações. Negando assim a possibilidade de compreensão da doença como um processobiológico. Nesse sentido percebe-se que S. utiliza-se também da barganha como mecanismo de defesa para enfrentar a doença, uma vez que traz em seu discurso desejo de troca com a divindade, afim da cura.
 
ANALISE TEÓRICA-PRÁTICA 
Compreende-se que S. entende seu processo de adoecimento diferente da forma que compreende o do seu marido. Nesse contexto, para lidar com seu adoecimento utiliza-se da negação e barganha. Pode-se entender que uma vez que ela compreende a doença como uma “penitência”, parece entender que ao seu marido faria sentido o adoecer, enquanto para ela não. 
S. diz frequentemente que “não aceita doenças”, mas ao se deparar com o adoecer sente-se punida, ocasionando frustações a paciente 
 Aparenta esperar que sua fé lhe proteja de situações que ela considera indesejadas, atribui as realizações somente a Deus. e espera que ele cuide de todas suas frustações, ficando muitas vezes em posição passiva nas situações que lhe incomodam. Nesse sentido, Fornazari e Ferreira, (2010) dizem que o enfrentamento religioso se configura em estratégias cognitivas ou comportamentais que utilizam da fé́, da religiosidade e da espiritualidade para enfrentar eventos estressores.
 S. se vale da condição de seu marido para explicar suas próprias frustações e conflitos. 
Entende-se que a falta de sono, pode estar ligada com pensamentos relacionados ao seu próprio medo de morrer, o que parece lhe gerar ansiedade. 
Nesse contexto, compreende-se a retórica relacionada a preocupação com marido, a necessidade de acompanha-lo pode estar emparelhado com medo da perda da motivação e depressão, sendo os compromissos do marido sua única atual função. 
Nesse sentido, compreende-se que ao cuidar do marido constantemente, S, sente-se na função de cuidadora e não de cuidados, o que pode lhe produzir a sensação de estar mais saudável, bem como não estar sendo “castigada” por Deus. Todavia, a “bondade” pregada pela religião também aparece na obrigação de cuidados com o marido, apontando mais uma forma de barganha.
Todas essas questões parecem gerar conflitos em S. 
`
Focos e condutas 
Estes atendimentos objetivaram oferecer uma escuta diferenciada, um suporte psicológico realizado através de acolhimento e apresentar intervenções e orientações psicológicas ao paciente diagnosticado com câncer de mama, diabetes e pneumonia, foco para conduzir à uma possível reflexão sobre sua vida, doença, tratamento e sua adesão, com a possibilidade de elaboração e adaptação ao ser/estar doente.
18
Considerações finais
Hipótese diagnóstica : Ansiedade reativa e angústia de morte.
Considera-se que S. procura não se compreender de maneira frágil, apesar de estar em uma posição de vulnerabilidade pelos adoecimentos, pois essa posição não é vista por ela como da ordem do biológico e sim do divino. Portanto, nos atendimentos realizados, por meio da escuta e intervenção psicológica, entendeu-se a importância de trabalhar com a paciente seu reposicionamento diante do processo de adoecer, compreendendo os significados latentes que esse possuía para si. Além de que, elaborar recursos a fim de vivenciar essa situação de modo mais ameno. Todavia considerou-se importante que S, desse um novo significado aos sentidos de sua liberdade de escolha, responsabilidades, limites e possibilidades. 
 Referências Bibliográficas.
FORNAZARI, Silvia Aparecida; FERREIRA, Renatha El Rafihi. Religiosidade/espiritualidade em pacientes oncológicos: qualidade de vida e saúde. Psic.: Teor. e Pesq.,  Brasília ,  v. 26, n. 2, p. 265-272,  June  2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722010000200008&lng=en&nrm=iso>. access on  21  Aug.  2019.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000200008.

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