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Resumo de Macroeconomia


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RESUMO DE MACROECONOMIA
Prof.José Luiz Ramos Duarte
Esse resumo contém informações básicas para a cadeira de macroeconomia no curso de 
administração.Ressalte-se a importância de leitura complementar de livros acadêmicos alusivos ao
tema.
Macroeconomia – Ramo da economia que analisa as variáveis econômicas de forma agregada. 
Ex.: taxa de inflação, taxa de juros, taxa de desemprego etc.
 Quem resolve os problemas relacionados à macroeconomia é o Governo. Ele é o agente
econômico prioritário, pois propõe soluções para os diversos problemas econômicos e tem à sua
disposição o instrumental econômico necessário.
Definições Básicas 
Crescimento Econômico – aumento da produção de bens ou serviços em relação ao período
anterior
 Produção ;  Emprego ,  Renda,  Impostos
Recessão Econômica – diminuição da produção de bens e serviços em relação ao período
anterior.
 Produção; Emprego, Renda, Impostos
Desaceleração econômica – crescimento menor que o período anterior. A economia produziu
mais, porém a uma taxa de crescimento menor que o apurado no período anterior. (ex.: 2000
produziu 15% a mais do que em 1999 e 2001 produziu 12% a mais do que em 2000).
Estagnação Econômica – Ausência de Crescimento Econômico.
Depressão Econômica – Queda acentuada da produção em relação ao período anterior.
CONTABILIDADE NACIONAL 
Ramo da macroeconomia que analisa o desempenho econômico do País.
Produto Nacional - Valor em Moeda Nacional dos bens finais e serviços fabricados em um país
em um determinado período de tempo.
PIB (Produto Interno Bruto) - Somatório de todas as riquezas geradas no interior da economia de
um país em um determinado período de tempo.
PNB (Produto Nacional Bruto) = PIB - Renda enviada ao exterior + renda recebida do exterior.
Valor Adicionado – Diferença entre o valor de venda de um produto e o custo de aquisição de
seus insumos. Tem importância na economia, pois permite conferir os cálculos do produto nacional,
bem como indica os setores mais representativos de uma economia.
Metas da Macroeconomia
- Crescimento econômico (aumento da compra e venda de serviço e produtos)
- Elevação do nível de emprego
- Estabilidade econômica (inflação sob controle, nível de preço sob controle)
- A melhor distribuição de renda
Observações:
Deflação: queda no nível de preços no interior de uma economia.
Inflação: aumento no nível de preços dos produtos e serviços disponibilizados à sociedade.
Política Econômica Governamental 
- Política Monetária: visa controlar a oferta de moeda no interior do país
- Política Fiscal: impostos recolhidos e gastos governamentais
- Política Comercial: taxa de câmbio e instrumentos de política comercial; as relações de um
país com outros países.
Demanda agregada - conjunto dos agentes econômicos do pais.
Custeio: gastos com funcionários
Investimentos: construção de obras públicas 
Y(demanda agregada) = C (consumo) + I (investimento) + G (gastos do governo) + balança
comercial (X exportações – M importações)
- Medidas restritivas < demanda agregada
- Medidas expansionistas > demanda agregada
- Obs.: Podemos aumentar a demanda agregada, por exemplo, diminuindo a taxa de juros.
Consumo das Famílias
Consumo: C = f(y) o consumo é notadamente função da renda
 - Função Consumo: C=Co + cy
C = Co (Consumo autônomo – é aquele consumo que independe da renda das famílias).
 cy (propensão marginal a consumir – é a variação no consumo a partir de uma dada variação na
renda do consumidor/sociedade)
 - Função Poupança: S = - Co + (1-c)y
Investimento
 É o aumento da capacidade produtiva na economia, através da aquisição de máquinas e
equipamentos, instalações, etc.
a)Determinantes do Investimento
1) Eficiência marginal do capital ( EMC ): quanto maior a eficiência marginal ou a taxa de retorno
esperada desse capital, maior tenderá a ser o investimento em uma dada economia.
2)Taxa de juros
Quanto maior a taxa de juros, menor tenderá a ser o nível de investimento das firmas em uma
dada economia, pois elas poderão ganhar mais recursos financeiros no mercado de capitais, sem a
totalidade de riscos que a empresa teria caso investisse.
A relação entre a taxa de juros e a taxa de retorno é inversamente proporcional. 
3)Riscos inerentes ao investimento
O ato de investir por parte de uma empresa é altamente instável, tendo em vista a enorme gama
de riscos que o empresário assume ao efetuar tal investimento. Ex. perda de recursos financeiros
investidos, mudança na política econômica, crise política, etc.
Gastos Governamentais
Tais gastos podem ser divididos em:
Custeio: gastos com a manutenção da máquina pública. Ex. pagamento de salários, manutenção
das instalações públicas, pagamento de juros, etc.
Investimento: construção de obras públicas. 
(X-M) ou Saldo da Balança Comercial
Dentre outros possíveis determinantes, destacam-se:
Determinantes das exportações:
- Nível de renda no resto do mundo.
- Evolução da Taxa de câmbio.
Determinantes das exportações:
- Nível de renda no próprio país.
- Evolução da Taxa de câmbio.
ANÁLISE DO SETOR EXTERNO DE UMA ECONOMIA
Política Comercial e Política Cambial
Política Cambial
Taxa de Câmbio – valor da moeda nacional em relação à moeda de referência. Ex. R$ 2,46 ->
1US$ - 
Divisas Cambiais – É o estoque de outras moedas nacionais em poder de um determinado país.No
caso do Brasil as principais divisas cambiais em poder do Banco Central são: dólar americano,
euro e yen.
A taxa de câmbio, quando não existe uma intervenção direta da autoridade monetária, é formada
pelos movimentos de oferta e demanda de divisas.
-Oferta de divisas (entrada de US$ no Brasil) Como obter? Empréstimos recebidos do exterior,
exportações, turistas estrangeiros em nosso país,etc.
-Demanda de divisas (saída de divisas cambiais do país) Como obter?Pagamentos de
empréstimos e financiamentos contraídos no exterior, turismo efetuado por brasileiros no exterior,
importações de mercadorias, etc.
Observações:
Quando há a desvalorização cambial: tendência de uma oferta de divisas < demanda por
divisas.Com isso, ocorre um enfraquecimento da moeda nacional em relação aquela de
referência.Um dos agentes econômicos beneficiados são os exportadores nacionais de
mercadorias.
Valorização cambial: tendência de uma oferta de divisas >demanda de divisas. Com isso, ocorre
um fortalecimento da moeda nacional perante aquela de referência.Isso tende a beneficiar agentes
econômicos como os importadores.
Política Comercial
Determina a relação comercial entre um país e o resto do mundo.
Instrumentos de Política Comercial 
 Conjunto de medidas que o país utiliza para facilitar ou dificultar a entrada de mercadorias
Política Protecionista – dificulta a entrada de mercadorias no país, podendo ser motivada no
sentido de proteger o mercado interno.
Política Liberal – facilita a entrada de mercadorias no país, podendo ser motivada para ampliar a
concorrência no mercado interno.
Barreiras Tarifárias – alguns produtos que, para entrar no país, têm de pagar tarifa. Essa tarifa
pode ser elevada ou reduzida para dificultar ou facilitar a entrada dessas mercadorias. Elas podem
ser fixas ou ad valorem
Fixa - Independe do preço do bem; valor constante fixado pelo governo na entrada da mercadoria.
Ad Valorem – O valor arrecadado pelo governo é obtido a partir de um percentual que incide sob o
preço do bem ou mercadoria importada.
Observações:
Alguns países podem implementar e de fato impõem impostos sobre as exportações de
mercadorias.Um dos principais objetivos de tais impostos – que, normalmente, dificultariam a saída
da mercadoria em questão -, seria o de evitar o desabastecimento no mercado interno do país
exportador.
Barreiras Não Tarifárias – todos os instrumentos (menosa tarifa ou imposto) que são usados
para facilitar ou dificultar a entrada de produto importado no país (geralmente significa bloqueios).
Cotas de importação – Limitação na quantidade de produtos que entrarão no país.
Barreiras fitossanitárias – Utilizam mecanismos que buscam proteger a população do país
importador de produtos que possam prejudica-la. Ex.:Proibição da importação de carne bovina de
alguns países por temor da doença denominada “ mal da vaca louca”.
Barreiras ecológicas – Buscam impedir o acesso de mercadorias que prejudicam o meio
ambiente do país importador. Ex. proibição da importação de pneus usados ou somente permitir a
entrada de produtos que disponham do “selo verde”, ou seja, produtos ecologicamente corretos.
Dumping social (prática desleal de comércio) – O preço do produto que é importado torna-se
reduzido, não somente em função da empresa produtora ser competitiva, mas porque os
trabalhadores que fabricam esse produto não possuem condições mínimas de trabalho, bem como
recebem reduzidos salários ou são submetidos a um número excessivo de horas de trabalho. 
 BALANÇO DE PAGAMENTOS
 Registro de todas as transações econômicas entre residentes e não residentes de um país em um
determinado período de tempo. Ex.: Empréstimos entre residentes e não residentes de um país,
importações e exportações, etc.
Residentes: Pessoas físicas nascidas no país;
Estrangeiros com residência fixa no país;
Pessoas físicas temporariamente ausentes do país (ex.: pessoas que estudam em
outros países, funcionários de embaixadas)
Pessoas Jurídicas sediadas no país (ex: empresas que possuem representação no
Brasil, Ex: a empresa Volkswagem do Brasil importa algo de sua matriz na
Alemanha. Tal importação será contabilizado no balanço de pagamentos)
Estrutura do Balanço de Pagamentos 
Principais contas presentes no Balanço de pagamentos):
1) Balança Comercial (exportação – importação)
- Se o país possui um valor exportado superior ao importado tem um superávit e se apresenta
um valor importado maior possui um déficit.É o registro das operações de entrada e saída de
mercadorias de um país.
2) Balança de Serviço (pagamentos de serviço)
- Pagamento pela utilização de serviços. Ex: pagamentos de royalties (uso de alguma tecnologia
de domínio ou patenteada por outra empresa ou país), fretes, seguros, viagens internacionais,
juros da dívida externa.
3) Transferências Unilaterais
- Doações ou ajuda humanitária a determinados países sem a necessidade de contrapartida dos
mesmos, bem como o envio de recursos por parte de residentes temporariamente fora do país.
(ex.: calamidades públicas, envio de recurso por parte de residente que estejam trabalhando
temporariamente em um outro país).
4) Balanço de Transações correntes /ou Saldo em Conta Corrente (resultado líquido das
contas 1+2+3)
- Saldo negativo: poupança externa positiva
- Saldo positivo: poupança externa negativa
-
5) Movimento de Capitais Autônomos/ou balanço de Capitais Autônomos (transações
monetárias)
- Investimentos diretos líquidos Ex: Instalação de firmas estrangeiras no país
- Empréstimos e financiamentos (Ex:Financiamento de bancos estrangeiros de curto e longo
prazo)
- Reinvestimentos (Ex: Reinvestimento de uma firma estrangeira já instalada)
- Amortização (Ex: Pagamento de empréstimos e financiamentos)
- Outros Capitais (capitais especulativos, de curto prazo, aplicados no mercado financeiro)
-
6) Erros e Omissões
- Conta residual que é utilizada caso ocorram discrepâncias entre os resultados apurados no
saldo do balanço de pagamentos e aquele apresentado na conta de movimentação dos
recursos financeiros.
7) Saldo do Balanço de Pagamento (resultado líquido da soma da conta 4+ 5+ 6)
- Saldo negativo: déficit (saíram mais divisas de um país do que aquelas que ingressaram).
- Saldo positivo: superávit (entraram mais divisas no país em relação aquelas que saíram).
8) Movimento de Capitais Compensatórios (= -7)
Registra a movimentação de haveres entre residentes e não residentes. Esta conta exerce
função similar àquela exercida pela conta caixa na contabilidade tradicional de empresas e
instituições bancárias.
FORMAS DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA
1) Preferências Tarifárias
Um país, através de acordos comerciais firmados com outra nação, concede a esta, determinados 
benefícios comerciais que não serão extensivos a outros países.
2)Zona de Livre comércio
A ausência completa de impedimento a livre circulação de mercadorias, entre os países que
compõem o bloco econômico. No entanto, os países possuem políticas comerciais diferenciadas
ou independentes.
Ex: O país A possui uma relação de livre comércio com o país B, porém um terceiro país que
não faz parte desta relação de livre comércio possui relação de exportação e importação com
o país A e com o país B. nesse sentido, o país C poderia ter barreiras comerciais diferenciadas
no comércio com o país A e o país B.
Um exemplo prático é o acordo de livre comércio denominado NAFTA – Acordo do livre
comércio da América do Norte (EUA, Canadá e México). Temos o estudo para criação da
ALCA – Associação de Livre Comércio das Américas (com exceção de Cuba)
1) União Aduaneira
Ocorre a união aduaneira quando, além da formação de uma zona de livre comércio entre os
países que a compõem, ocorre a formação de uma política comercial uniforme desses países em
relação ao resto do mundo, ou seja, a criação de uma tarifa externa comum.
Ex: Um país A possui uma relação de livre comércio com um país B, porém um terceiro país que
não faz parte deste livre comércio, país C, possui uma relação comerciais com o país A dispondo
de similares barreiras comerciais com o país B.
Um grande exemplo é o MERCOSUL _Mercado Comum do Cone Sul.
2) Mercado comum
Além da livre circulação de mercadorias ocorre a livre circulação de recursos produtivos (trabalho
e capital).Para que isso aconteça deverá existir uma unificação da política econômica e uma
legislação harmonizada entre as nações que o compõem.
Ex: - Mão de obra (trabalhador alemão trabalha na França, ou vice versa);
- Leis Trabalhistas (São iguais nos países que compõem este mercado);
- Política Econômica (É uniforme nos países que compõem este mercado).
3) União Econômica
Além da livre circulação de bens e de recursos produtivos ocorre a constituição de uma moeda
única entre os países e a existência de um banco central único.
Ex: União Européia (criação do euro). A união européia somente passou a existir com a circulação
do euro.
A MOEDA E O SISTEMA MONETÁRIO
A moeda é um sistema de aceitação geral, servindo como um meio de troca de bens e serviços,
obtendo garantias da lei por parte da Autoridade Monetária de um país.
 Funções da Moeda
1- Meio de Troca: Elemento intermediário entre a participação no processo produtivo
e a aquisição de bens e serviços. Instrumento facilitador e imprescindível para a
aquisição de mercadorias. . 
2- Unidade de Conta: Permite a comparação de mercadorias com unidades métricas
distintas disponíveis no sistema produtivo. Ex: 1 par de sapatos = 150 canetas.
Serve para comparar e agregar valores de mercadorias diferentes.
3- Reserva de Valor:Retemos moeda em nosso poder para: obter bens
(transacionar); por precaução (reter, guardar); para especulação (visando lucro). 
Oferta de Moedas: A oferta de moedas é controlada pelo banco central através dos meios de
pagamento da economia.
 Meios de Pagamento: Papel moeda em poder do público + depósito à vista no sistema
bancário.
A principal função dos meios de pagamento é permitir ao Banco Central ter um controle da
moeda de um determinado país.
 Quase Moeda: São outros ativos financeiros que possuem elevado grau de liquidez,
apesar de não serem a unidade monetáriade livre circulação na economia.
o M1 -> meios de pagamentos da economia;
o M2 -> “ M1 + Total de títulos públicos;
o M3 -> “ M2 + Total de depósitos em poupança;
o M4 -> “ M3 + Títulos emitidos pelos bancos comerciais.
o
 Monetização: É a denominação dada quando ocorre a maior aceitação por parte dos
agentes econômicos de um país de reter moeda em seu poder. Isso decorre de uma maior
estabilidade econômica no país.
 Desmonetização: É a denominação dada a menor aceitação por parte dos agentes
econômicos de um país em reter moeda em seu poder. Isso decorre da maior instabilidade
econômica no país.
 Autoridades Monetárias: São os órgãos responsáveis pelo controle da oferta de moeda
no país.
o Órgãos no Brasil: 1º Conselho Monetário Nacional
- Possui função normativa.
- Traça as diretrizes monetárias do país.
 2º Banco Central do Brasil 
É a autoridade monetária com função operacional.
o Atribuições: - Fiscalização do sistema financeiro nacional;
- Controle do estoque de divisas cambias;
- Emissão de Moeda (coloca em circulação a moeda no interior de
uma dada economia);
OBS: O Banco do Brasil não é mais uma autoridade monetária no Brasil.
Depósitos à Vista: Pode ser dividido de uma forma bastante superficial em três parcelas, são
elas: Encaixe Técnico, recolhimento compulsório e empréstimos.
o Encaixe Técnico: É a parcela de depósitos à vista provisionado pelos bancos
comerciais para fazer face as suas necessidades diárias, ou seja, garantir a
funcionalidade dos mesmos.Ex. abastecimentos de agências, caixas eletrônicos,
etc.
o Recolhimento Compulsório: É a parcela dos depósitos à vista que é
compulsoriamente recolhido pelo Banco Central, e onde os bancos comerciais
ficam impossibilitados de fazer qualquer aplicação.
o Empréstimos: A principal fonte de renda de um banco comercial, ou seja, a
realização de empréstimos aos agentes econômicos em uma dada economia. 
Observações:
A oferta de moeda pode ser elevada a partir de:
 Colocação em circulação por parte do Banco Central.
 Um determinado banco comercial pode aumentar a oferta de moeda através do
multiplicador bancário.
Multiplicador Bancário
É a capacidade dos bancos comerciais possuem de aumentar a oferta de moeda em um país.
O cálculo do multiplicador bancário é obtido através da fórmula abaixo:
K = 1/ r
Onde r = encaixe técnico + recolhimento compulsório.
 
Resultado do diferencial entre o total dos depósitos à vista nos bancos comerciais e a parcela
destes depósitos que foi alocada no recolhimento compulsório e no encaixe técnico. Assim, quanto
maior a parcela dos depósitos que foi disponibilizada para empréstimos, maior tenderá a ser a
possibilidade de expansão do multiplicador bancário. 
Ex 1: ET + RC = 20% (dos depósitos à vista)
Depósito à vista R$ 100,00.
100 – 20% = R$ 80,00 que é o valor que um banco comercial poderá emprestar. Faz-se um
empréstimo de R$ 80,00. Num outro momento só poderão ser emprestados R$ 80,00 – 20% =
R$ 64,00. Agora o limite de empréstimos será de R$ 64,00, em outro momento R$ 64,00 –20%
= R$ 51,20 e assim sucessivamente.
Ex 2: ET + RC = 90% (dos depósitos à vista)
Depósito à vista R$ 100, 00.
100 – 90% = R$ 10,00 que é o valor que um banco comercial poderá emprestar. Faz-se um
empréstimo de R$ 10,00. Em um outro momento só poderá ser emprestado R$ 10,00 – 90% =
R$ 1,00. 
Como podemos perceber nos exemplos acima quanto menor for o percentual de ET + RC
maior será o multiplicador bancário e conseqüentemente maior será a capacidade dos bancos
criarem moedas no interior de um país.
 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA
Alguns instrumentos de política monetária, utilizados pelas Autoridades Monetárias para o controle
da oferta de moeda em um país
- Reservas obrigatórias dos Bancos Comerciais(Recolhimento compulsório)
O Banco Central obriga os bancos comerciais a reterem um percentual de suas parcelas de
depósitos sob seus domínios. Assim, os bancos comerciais não poderão utilizar dessas parcelas
para empréstimos ou outras aplicações. Quanto maior o recolhimento compulsório menos recursos
o banco comercial poderá utilizar e quanto menor o recolhimento compulsório, mais recursos o
banco comercial poderá utilizar. Desta forma, quanto maior o recolhimento compulsório menor
tenderá a ser a expansão da moeda em uma economia. 
- Operações de mercado aberto (Open Market)
Esse tipo de operação consiste na compra ou venda de títulos públicos governamentais no
mercado de capitais por parte do Banco Central e do Tesouro Nacional. Quando o governo vende
esses títulos, ele enxuga, ou seja, retira moeda do sistema financeiro.No entanto, quando ele
compra títulos públicos em poder da sociedade, a moeda dada em troca do título representa um
aumento nos meios de pagamento de uma economia.
- Operações de redesconto
Empréstimos concedidos pelo Banco Central aos bancos comerciais que apresentarem má
situação financeira, ou seja, com saldos operacionais negativos.
O Banco Central conseqüentemente cobra uma taxa de juros sobre os empréstimos que
porventura tenham concedido a um banco comercial. Quanto maior a taxa de juros cobrada pelo
Banco Central, maior será a provisão dos bancos comerciais para evitar que sejam utilizados esses
empréstimos. Por outro lado, quanto menor a taxa de juros cobrada pelo Banco Central a título de
redesconto, menor quantidade de recursos financeiros será provisionada pelos bancos comerciais. 
POLÍTICA FISCAL
: Relação entre arrecadação de impostos (I) e os gastos governamentais (G).
a. Superávit Primário: Quando a arrecadação de impostos for maior que os gastos do
governo (Impostos – Gastos do Governo excluindo o pagamento dos juros da
dívida interna e externa);
b. Superávit Nominal: Inclui os juros (Impostos – Gastos do Governo incluindo os
juros).
Obs: - Superávit Fiscal (I > G);
- Déficit Fiscal (I < G);
- Equilíbrio Fiscal (I = G).
INFLAÇÃO
 Inflação: É o aumento generalizado no nível de preços em um país.
 Deflação: É a queda generalizada no nível de preços em um país.
 Principais tipos de inflação existentes:
o Inflação de Demanda: A demanda agregada está num patamar superior à oferta
agregada. Ocorre inflação de demanda quando a demanda agregada da economia
excede a sua oferta agregada. Ou seja, é uma inflação ocasionada pelo ritmo febril
da demanda por bens e serviços por parte dos agentes econômicos de uma dada
sociedade.
o Inflação de Custos de Produção: Quando insumos importantes no interior da
economia aumentam seus preços gerando um efeito desencadeador no conjunto
de custos de produção dessa economia. Ex: preço do petróleo, desvalorização
cambial.
o Inflação Inercial: Se alguns preços no interior de uma economia (alimentos,
aluguéis, por exemplo) crescem 10%, os trabalhadores também irão desejar um
aumento de salário de 10%, conseqüentemente a economia fica com um
movimento de inércia inflacionária. Isso ocorre quando a inflação é provocada pelo
fato de todos os preços, salários e contratos são reajustados periodicamente pelo
mesmo indexador de preços.
CONTABILIDADE NACIONAL 
Ramo da macroeconomia que analisa o desempenho econômico do País.
Produto Nacional – Valor em Moeda Nacional dos bens finais e serviços fabricados em um país em um 
determinado período de tempo.
PIB – Produto Interno Bruto – Somatório de todas as riquezas geradas no interior da economia de um país em
um determinado período de tempo.
PNB – Produto Nacional Bruto - = PIB - Renda enviada ao exterior + renda recebida do exterior.
Valor Adicionado – Diferença entre o valor de venda de um produto e o custo de aquisição de seus insumos. 
Tem importância na economia, pois permite conferir os cálculos do produto nacional, bem como indica ossetores mais representativos de uma economia.
	Prof.José Luiz Ramos Duarte
	Definições Básicas
	CONTABILIDADE NACIONAL
	Metas da Macroeconomia
	Política Econômica Governamental
	Consumo das Famílias
	- Função Consumo: C=Co + cy
	a)Determinantes do Investimento
	Gastos Governamentais
	ANÁLISE DO SETOR EXTERNO DE UMA ECONOMIA
	Política Comercial e Política Cambial
	Política Cambial
	BALANÇO DE PAGAMENTOS
	3) Transferências Unilaterais
	FORMAS DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA
	CONTABILIDADE NACIONAL