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AULA 2 DE CONTROLADORIA
Visão Sistêmica da Empresa e o Modelo de Gestão
Segundo Lauzel (1967, p.29) empresa é um grupamento humano hierarquizado que põe em ação meios intelectuais, físicos e financeiros, para extrair, transformar, transportar e distribuir riquezas ou produzir serviços, conforme objetivos definidos por uma direção, individual ou de colegiado, fazendo intervir em diversos graus, motivação de benefício e de utilidade social.
Toda empresa exerce uma atividade econômica, que se caracteriza por eventos econômicos como consumo, troca ou produção de recursos escassos.
Um recurso é escasso quando a quantidade demandada desse recurso é superior à quantidade ofertada desse mesmo recurso. Esses recursos escassos, chamados recursos econômicos, são constituídos de: Recursos financeiros;
Recursos materiais:
Recursos humanos;
Recursos tecnológicos;
Recursos de informação.
Os recursos apresentados são denominados recursos econômicos porque seu valor é válido pelo mercado em função de sua escassez, em uma determinada data. Assim, seu valor econômico tende a flutuar à medida que os recursos são mais ou menos escassos.
As empresas são sempre formadas por pessoas, quer em termos de propriedade ou em termos de operação, e o aspecto comportamental das pessoas que perfazem a empresa está disperso em todas as suas áreas.
Conforme nos ensina Peleias (2002, p.5-6) a discussão e o estudo sobre sistemas proporcionam uma série de raciocínios que levam à compreensão da complexidade da empresa moderna em seu todo e suas correlações em âmbito interno e externo, pois essas organizações, independentemente de seus setores de atividade econômica, possuem uma série de funções, tais como vendas, planejamento, compras, controle, atividades relacionadas a recursos humanos, produção, funções financeiras (pagamentos, recebimentos e gerenciamento de caixa), dentre outras.
É preciso buscar uma síntese ou ponto de ligação entre as diversas funções e divisões da empresa, entre produtos e mercados, bem como a identificação de pontos de relacionamento com os ambientes externo e interno. A empresa precisa ser vista como algo mais do que a mera junção de áreas, atividades e pessoas, de forma estática, para o meio da organização. É necessário considerá-la como um sistema, cujas partes devem estar inter-relacionadas e com fluidez dinâmica, para que a eficácia empresarial seja atingida.
O termo sistema envolve um amplo espectro de ideias e relações. Diariamente, as pessoas interagem com diversos tipos de sistema, como o de transporte, de comunicação, biológico e econômico, dentre outros. Também é correto imaginar o sistema solar ou o corpo humano como sistemas. Segundo Bio (1985), considera-se sistema um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo.
É possível dividir os sistemas em dois tipos:
Abertos: compreendem um conjunto de partes em constante interação (resultando um aspecto fundamental sobre as ideias de sistemas, a interdependência entre seus componentes) e constituem um todo orientado para determinados fins e em permanente interação com o meio externo, influenciando e por este sendo influenciado.
Fechados: são os que não mantêm relação com o entorno, não dependem de insumos externos para sua manutenção e não realizam nem fornecem saídas para esse ambiente, de tal forma que nenhum material entre neles ou saia.
Uma consideração crítica no estudo dos sistemas é a concepção de que a empresa é um sistema aberto, pois ressalta a dinâmica existente no ambiente em que a organização se insere, levando-a a procurar responder de forma eficaz às pressões exercidas pelas rápidas e contínuas mudanças, a fim de garantir sua sobrevivência, continuidade e crescimento.
O ambiente remoto é composto por entidades que, embora possam não se relacionar diretamente com ela, possuem autoridade, domínio ou influência suficientes para definir variáveis conjunturais, regulamentares e outras condicionantes de sua atuação. 
Exemplos dessas entidades são: governos, entidades regulatórias e fiscalizadoras, entidades de classe, associações empresariais, organismos internacionais, etc. 
Essas entidades normalmente desempenham papéis significativos na determinação de variáveis relevantes que caracterizam o cenário global em que a organização deve atuar, como por exemplo: regime de governo, acordos internacionais, inflação, taxa de juros, distribuição de renda, mercado de trabalho, etc. Na maioria dos casos, essas variáveis não são controláveis pela organização.
À luz da Teoria dos Sistemas, a empresa é considerada um subsistema inserido num sistema maior, o ambiente externo, e está sujeita às suas pressões, traduzidas em ameaças e oportunidades. A organização adquire recursos do meio ambiente, processa-os e fornece bens, produtos e serviços para atender às necessidades que o meio externo demanda.
A empresa pode ser considerada um sistema divisível em subsistemas, e essa decomposição pode ser de duas categorias: divisão em função da especialização das funções e divisão em função da dinâmica ambiental.
A primeira constitui a decomposição da empresa normalmente encontrada nos textos sobre sistemas e administração. Essa divisão destaca as atividades operacionais efetuadas por cada componente do sistema, geralmente apresentada como produção, vendas, finanças, recursos humanos e compras.
A segunda categoria é a abordagem utilizada pela gestão econômica, que considera a empresa parte do ambiente, com ele interagindo para o cumprimento de sua missão e satisfação das necessidades demandadas pelo entorno. Essa divisão sistêmica da empresa é fortemente influenciada por pressões do ambiente externo e apresenta-se na forma de seis subsistemas, cujas descrições são mostradas a seguir.
Subsistema Institucional
É composto pela missão, crenças e valores da organização. Visa direcionar esforços para alcance dos objetivos propostos.
A missão constitui-se na verdadeira razão de uma existência, e, no caso da empresa, consiste na linha de atividades que ela pretende seguir. A caracterização da missão da empresa condiciona seus subsistemas, ou seja, a própria configuração do sistema empresa, impactando, também, na sua continuidade.
As crenças são as convicções e os valores são as apreciações subjetivas que revelam as preferências das pessoas segundo as tendências e influências sociais a que estão submetidas.
Os requisitos básicos do subsistema institucional são:
• Definição a partir das crenças e valores dos proprietários ou principais executivos da empresa;
• divulgação interna e externa;
• de maneira ideal, formalização por meio de um documento, para que todos na organização conheçam as diretrizes institucionais;
• necessidade de validação pelo ambiente em que a organização se insere, pela realização de atividades lícitas e que satisfaçam às demandas do entorno em relação à empresa;
• indicação de “onde” a empresa quer chegar.
Subsistema Organizacional ou Formal
Diz respeito à forma de como a empresa está organizada, ou seja, como são agrupadas suas diversas atividades, o tipo de estrutura utilizada (vertical ou horizontal), a definição da amplitude administrativa (se é ou não descentralizada), o grau de delegação de poder e atribuição de responsabilidade, entre outros, e tem por objetivo primordial assegurar que todas as atividades da empresa sejam desenvolvidas. 
É influenciado pelo subsistema institucional. Seus requisitos básicos são:
• Definição da estrutura organizacional de modo que os vários gestores estejam interligados, considerando que as atividades a serem realizadas são interdependentes e devem levar em conta as relações antecedentes e consequentes;
elaboração, redação, divulgação e incentivo à utilização de instruções escritas (políticas, normas e procedimentos e instruções operacionais);
• contratação de pessoas competentes em suas áreas de especialização e treinamento para a utilização das instruções escritas;
• definição,identificação e aquisição dos materiais, equipamentos, instrumentos e outros recursos necessários à execução das atividades;
• ordenação dos recursos adquiridos para a execução das atividades de forma tal que possibilitem o cumprimento da missão da empresa.
Subsistema de Gestão
Caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle que perfaz o processo decisório de uma empresa. É influenciado pelo subsistema institucional e suportado pelo subsistema de informação, necessário ao planejamento, ao conhecimento da realidade (execução) e ao controle. Seus requisitos básicos são:
• Dependência da definição do subsistema institucional que, por sua vez, depende do modelo de gestão adotado pela empresa;
• indicação de “como” chegar aos objetivos definidos;
• atuação coordenada dos gestores convergente para o planejamento estratégico e definição do plano estratégico;
• após a definição do plano estratégico, realização do planejamento operacional, do qual resultam planos operacionais de curto, médio e longo prazos.
É um instrumento de suporte ao processo de gestão concebido à luz das diretrizes e políticas emanadas desse processo. 
Reflete os modelos decisórios dos vários gestores da empresa e sua concepção leva em conta como e quando a informação deve chegar aos usuários, para quais finalidades é utilizada, quais conceitos e critérios a suportam e os canais utilizados para sua comunicação, buscando a unidade na linguagem organizacional.
Seus requisitos básicos são:
• Concepção formulada após a identificação e formalização dos subsistemas anteriormente mencionados; 
• constituição com supridor das necessidades informativas para as decisões dos gestores, por meio de informações relevantes, tempestivas e confiáveis;
• formalização, conhecimento por todos na empresa e integração ao processo de gestão, nas etapas de planejamento, execução e controle;
concepção de forma a evidenciar os impactos que as variáveis internas e externas causarem ao patrimônio e aos resultados da organização;
• constituição que permita a avaliação do desempenho da empresa, dos gestores e das áreas de responsabilidade, do resultado dos produtos e serviços elaborados em cada área de responsabilidade.
Subsistema Físico-Operacional ou de Produção
Constitui-se no conjunto de elementos físicos (excluindo-se as pessoas) necessários à operacionalização, ou seja, à execução e ao Know how (como fazer esses elementos físicos se transformarem em produtos). É nesse subsistema que as coisas acontecem, que o planejado se materializa, ou seja, vira realidade. Seus requisitos básicos são:
Organização da estrutura de produção de acordo com as diretrizes estabelecidas no modelo de gerenciamento, para que a empresa possa cumprir sua missão;
• as interações e inter-relacionamentos entre os fornecedores de recursos, o sistema de produção e os diversos clientes consumidores dos produtos ou serviços gerados pela empresa devem ocorrer de forma pró-ativa;
• leitura correta pela empresa das variáveis do ambiente próximo (fornecedores de recursos, clientes e concorrentes) e das variáveis do ambiente remoto (econômicas, sociais, políticas, tecnológicas, entre outras), pois a eficácia empresarial depende do correto entendimento do ambiente como um todo;
• geração de valor superior aos recursos consumidos pelos produtos e serviços desenvolvidos no subsistema de produção, por meio da realização das atividades.
Subsistema Sócio-Psico-Cultural
Reflete o comportamento dos indivíduos da organização, considerando seus fatores pessoais, comportamentais e a estrutura organizacional. Aqui se busca harmonizar as características pessoais e eliminar ou minimizar as divergências, procurando obter unidade em diversos aspectos, para o alcance dos objetivos propostos. Seus requisitos básicos são:
• Sinergia entre os objetivos da empresa e os das pessoas;
• capacidade de liderança e conhecimentos multidisciplinares dos gestores, que lhes permitam tomar decisões considerando a realidade e os objetivos da organização;
• motivação para o alcance de objetivos e o cumprimento da missão da empresa como resultado da capacidade de aglutinar pessoas com especializações e crenças diversas;
• informação dos gestores e demais pessoas na empresa, do que deles se espera, bem como de seu desempenho e resultados.
Modelo de Gestão
 
Peleias (2002, p.19) ensina que o modelo de gestão compreende um conjunto de princípios que define a forma de gestão da organização. É formado pelas crenças e valores dos acionistas/proprietários e principais gestores, que orientam e influenciam as diversas atividades empresariais, em especial o processo de tomada de decisões; estabelece os parâmetros e regras básicas que norteiam a busca de objetivos e resultados; explicita princípios norteadores e uniformizadores para o cumprimento da missão da empresa.
Compreende a representação abstrata, por meio de ideias, valores, crenças, expressas ou não, por meio de normas e regras que orientam o processo decisório da empresa.
Podemos dizer que os subsistemas empresariais relacionam-se e influenciam diretamente o modelo de gestão da empresa.
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A empresa
A empresa é uma unidade produtora que visa criar riquezas, transacionando em dois mercados, um fornecedor e outro consumidor.
Toda empresa exerce uma atividade econômica que se caracteriza por eventos econômicos como consumo, troca ou produção de recursos escassos.
Os subsistemas empresariais
A empresa é formada primordialmente por pessoas, que por meio da utilização dos recursos fazem com que a riqueza aumente. Assim, para que ocorra o crescimento da riqueza é necessária a ação do homem, que está presente nos vários subsistemas que compõem o sistema-empresa.
Subsistema Institucional
O subsistema institucional tem a importância fundamental à medida que influencia profundamente todos os demais subsistemas da empresa, bem como condiciona a interação da empresa com os sistemas ambientais externos.
Subsistema Organizacional
Diz respeito à forma como a empresa está organizada, ou seja, o tipo de estrutura, a definição da amplitude administrativa, o grau de delegação de poder e atribuição de responsabilidade, entre outros.
É influenciado pelo subsistema institucional.
Subsistema de Gestão
É caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle.
É influenciado pelo subsistema institucional e apoiado pelo subsistema de informação.
Subsistema de Informação
Tem como objetivo principal dar o adequado suporte informativo ao subsistema de gestão, tanto no aspecto gerencial – planejamento e controle – quanto no âmbito da execução.
O SIC tem por finalidade prover relatórios para usuários internos e externos.
Subsistema de Físico-Operacional
Constitui-se no conjunto de elementos físicos (excluindo-se as pessoas) necessários à execução. Exemplos: compras, produção, vendas, finanças, manutenção, etc.
Subsistema de Sócio-Psico-Cultural
Reflete o comportamento dos indivíduos da organização, considerando seus fatores pessoais, comportamentais e a estrutura organizacional.
Busca harmonizar as características pessoais e eliminar ou minimizar as divergências.
Aula 02 COMPETENCIAS GERENCIAIS
Mas como os grupos sociais são formados?
AULA 02 DE ORÇAMENTO PUBLICO 
Elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa)
Antes de apresentar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) ao Poder Legislativo, o Executivo elabora o seu conteúdo em um processo conhecido como elaboração da proposta orçamentária.
A Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na qualidade de órgão específico do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, no cumprimento de sua missão institucional, tem, entre outras, a competência para coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta orçamentária da União, compreendendoos orçamentos fiscal e da seguridade social. Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Pública Federal e dos demais Poderes da União.
Os órgãos setoriais desempenham o papel de articuladores no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo decisório no nível das respectivas unidades orçamentárias (UO) subordinadas ou vinculadas. Sua atuação no processo orçamentário envolve, entre outras iniciativas, o estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias e a definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o processo de elaboração e alteração orçamentária.
As unidades orçamentárias UOs desempenham o papel de coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária nos seus respectivos âmbitos de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas unidades administrativas, com base no programa de trabalho do órgão.
Responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação e subtítulo, as UOs atuam no processo orçamentário por meio de algumas iniciativas, dentre elas, o estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e estudos de adequação da estrutura programática.
O processo de elaboração do Ploa é iniciado com a discussão dos parâmetros, diretrizes, objetivos, metas, projetos e atividades que devem ser adotados pelos órgãos que no ano seguinte receberão recursos à conta do orçamento público. Nesse processo, busca-se o equilíbrio entre receitas e despesas.
Na sequência, são estabelecidas as prioridades que serão atendidas dentro do limite das receitas estimadas. Como resultado desse processo, obtém-se um projeto de lei orçamentária que deve ser encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até 31 de agosto de cada ano. Vejamos o fluxo desse processo:
Atenção
A SOF utiliza o Sistema Integrado de Dados Orçamentários (Sidor) para a elaboração da proposta orçamentária do governo, sendo o Ploa o seu produto final. Ele registra toda a programação orçamentária – ações e programas de governo, com seus respectivos valores e destinações geográficas – planejada para a execução no ano seguinte.
Conforme o art. 26 da Resolução nº 1, de 2006-CN, o Ploa é dividido nas seguintes áreas temáticas:
I - Infraestrutura;
II - Saúde;
III - Integração Nacional e Meio Ambiente;
IV - Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Esporte;
V - Planejamento e Desenvolvimento Urbano;
VI - Fazenda, Desenvolvimento e Turismo;
VII - Justiça e Defesa;
VIII - Poderes do Estado e Representação;
IX - Agricultura e Desenvolvimento Agrário;
X - Trabalho, Previdência e Assistência Social.
Etapas do processo de criação de uma LOA
O processo de preparação e aprovação do Orçamento de um ente político (União, Estados e Municípios) é regido, em caráter geral, pelos artigos 165 a 167 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), bem como pela Lei Federal nº 4.320/1964. Envolve a preparação anual, pelo Poder Executivo, do Ploa (abrangendo inclusive as propostas orçamentárias dos demais Poderes, centralizadas pelo Executivo em sua função administrativa), seguida de seu envio ao Poder Legislativo para discussão, alteração e aprovação. Por ter natureza de lei ordinária, a lei orçamentária, após a aprovação final pelo Legislativo, segue ao Chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governador ou Prefeito, conforme o ente) para sanção.
A tramitação da proposta de lei orçamentária no Poder Legislativo Federal foi regulamentada pelo Congresso Nacional, por meio da Resolução nº 1/2006-CN, de 22 de dezembro de 2006 (Fonte: Senado Federal).
São seis as etapas do processo de criação de uma Lei Orçamentária Anual (LOA), como geralmente ocorre com qualquer lei: iniciativa, discussão, votação, sanção, promulgação e publicação.
Vejamos cada uma delas a seguir:
Primeira etapa – Iniciativa
Consiste na apresentação do Ploa ao Poder Legislativo. A CF/88 estabelece que a competência para apresentação de um projeto de lei pode ser do Executivo ou do Legislativo. No caso do Ploa, essa competência é exclusiva do Chefe do Poder Executivo, nos termos do art. 166 da Carta Magna.
Segunda etapa – Discussão
No Poder Legislativo, o Ploa é analisado conjuntamente pela Câmara e pelo Senado por meio da Comissão Mista de Orçamento (CMO), formada por Senadores e Deputados. Essa análise conjunta é uma característica marcante do processo de discussão do Ploa, pois só ocorre quando se trata de matéria orçamentária. Com o objetivo de facilitar a apreciação final pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional, a CMO emite parecer sobre o Ploa. Nessa etapa, também são apresentadas emendas a esse projeto, cabendo adicionalmente à CMO emitir parecer sobre emendas parlamentares, por atribuição decorrente do art. 166, § 2º da CF/88.
Terceira etapa – Votação
Consite na aprovação ou rejeição do Ploa. A LOA é uma lei ordinária, e sua aprovação ocorre por votação conjunta das duas Casas do Congresso Nacional e maioria simples, que consite na obtenção de 50% dos votos + 1.
Quarta etapa – Sanção
É um ato de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo e consiste na concordância com o texto legal do Ploa que vem aprovado do Poder Legislativo. O Chefe do Executivo pode concordar e sancionar ou discordar e vetar parcial ou totalmente o Ploa. No caso de veto, o Ploa retorna ao Legislativo para nova discussão e votação. Se o veto for derrubado, o projeto não volta mais para o Executivo, devendo o próprio Legislativo aprová-lo e promulgá-lo. Com a sanção pelo Poder Executivo, o Ploa torna-se a chamada Lei Orçamentária Anual (LOA).
Quinta etapa – Promulgação
Consiste na confirmação de que a lei foi aprovada pelas etapas anteriores. É como uma declaração de que o projeto de lei passa definitivamente a ser executado como lei, que entrará em vigorar após sua publicação. A promulgação, dependendo da espécie de matéria tratada pelo projeto de lei, pode ser um ato do Chefe do Poder Executivo ou do Poder Legislativo.
Sexta etapa – Publicação
Consiste na divulgação oficial do texto da LOA, de modo que seja possível a todos terem seu conhecimento, não sendo permitido alegar desconhecimento da LOA para não cumpri-la. Publicada a LOA, inicia-se o processo de execução do orçamento, que consiste na arrecadação das receitas previstas e no gasto das dotações autorizadas, dentro dos limites fixados.
Orçamento Impositivo
A Emenda Constitucional nº 86, de 17 de março de 2015, cujo texto tramitou por 15 anos, obriga o Poder Executivo a liberar até 1,2% da receita corrente líquida (RCL) do ano anterior para emendas apresentadas por parlamentares. Desse total, 50%, ou seja, 0,6% do valor permitido deverá ser aplicado na área de saúde.
A medida, conhecida como Orçamento Impositivo, dá mais independência para deputados federais e senadores porque direciona recursos para municípios e estados sem depender da boa vontade do Executivo. Ela modifica os artigos 165,166 e 198 da Constituição Federal de 1988.
O art. 166, § 6°, da CF/88, estabelece que lei complementar sobre direito financeiro deve estabelecer os prazos para as leis orçamentárias. Uma vez que a citada lei complementar ainda não foi editada, atualmente as normas gerais de direito financeiro, elaboração e controle dos orçamentos são reguladas pela Lei n° 4.320/64 e pela Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), as quais, entretanto, não tratam do prazo para envio das propostas das leis orçamentárias, o que faz com que tal prazo siga o disposto no art. 35, § 2°, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Dessa maneira, o Poder Executivo deve encaminhar o Ploa ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento de cada exercício (30 de agosto). O Ploa deve ser aprovado pelo Legislativo e devolvido para sanção do Chefe do Executivo até o final da sessão legislativa(fim do ano), de modo que o Ploa se transforme na LOA e passe a vigorar a partir de 1º de janeiro.
Um fato frequente no Brasil é a não aprovação do Ploa antes do final do exercício anterior ao que a LOA deve entrar em vigor, descumprindo o prazo estabelecido no art. 35 do ADCT. A aprovação do Ploa tem ocorrido no mesmo exercício em que a LOA deve ser executada, o que se caracteriza uma afronta ao princípio da anualidade, pois essa situação faz com que a LOA tenha duração inferior a 12 meses. Uma consequência da não aprovação do Ploa dentro do prazo é a liberação mensal de fração equivalente a 1/12 do valor das despesas “inadiáveis”, contidas no Ploa em discussão. Essa prática, conhecida como liberação de duodécimos, não está regulamentada e decorre da impossibilidade de paralisação da máquina pública.
Outro fato que pode ocorrer é o Chefe do Executivo não enviar o Ploa ao Legislativo no prazo estipulado, caso em que, nos termos do art. 32 da Lei n° 4.320/64, o Poder Legislativo deve considerar como Ploa a LOA em vigor.
O Quadro a seguir apresenta resumidamente os prazos de tramitação do Ploa e as consequências do descumprimento desses:
Processo de elaboração e aprovação do Ploa
A Figura a seguir apresenta uma visão abrangente do processo de elaboração e aprovação do Ploa. Vejamos:
Fonte: Cristóvão Araripe Marinho
A partir dos objetivos do Estado, destacadamente o de gerar o bem comum da população, o governo, com a utilização dos órgãos que integram a estrutura da Administração Pública, promove a identificação dos recursos que poderão ser utilizados no exercício seguinte.
Na sequência, são identificadas as necessidades dentro de padrões e níveis aceitáveis de satisfação. Da comparação entre as necessidades e os recursos disponíveis, é possível dimensionar o déficit, característico dos países pobres ou em desenvolvimento.
Estimados os recursos (receita) e mapeadas as necessidades (despesa), o Poder Executivo decide politicamente as ações prioritárias que serão atendidas e elabora o Ploa, alinhado com o planejamento definido no Plano Plurianual (PPA), em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Na sequência, o Chefe do Poder Executivo envia o Ploa ao Legislativo a fim de que seja discutido, aprovado e devolvido ao Executivo para sanção e publicação, transformando-se na LOA, que passa a vigorar.
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Lei Orçamentária Anual (LOA)
O processo de preparação e aprovação do Orçamento de um ente político (União, Estados e Municípios) é regido, em caráter geral, pelos artigos 165 a 167 da CF/88, e pela Lei nº 4.320/1964. 
Envolve a preparação anual, pelo Poder Executivo, do PLOA, abrangendo as propostas orçamentárias dos demais Poderes. 
A tramitação da proposta de lei orçamentária no Poder Legislativo Federal foi regulamentada pelo Congresso Nacional, através da Resolução 01/2006-CN, de 22/12/2006 (Fonte: Senado Federal).
Iniciativa
Consiste na apresentação do PLOA ao Poder Legislativo. A CF/88 estabelece que a competência para apresentação de um projeto de lei pode ser do Poder Executivo ou Legislativo. No caso do PLOA essa competência é exclusiva do Chefe do Poder Executivo, nos termos do art. 166 da Carta Magna.
Discussão
Analise conjunta pela Câmara e pelo Senado através da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Entre 31/08, e 22/12, os parlamentares podem, mediante apresentação de emendas, remanejar, incluir e cancelar gastos de acordo com o que consideram necessário para o País, cabendo ser observado o que estabelece o art. 166, §§ 3° e 4º, da CF/88.
Votação
Consite na aprovação ou rejeição do PLOA. A LOA é uma lei ordinária e sua aprovação ocorre através de votação conjunta das duas Casas do Congresso Nacional e maioria simples, que consite na obtenção de 50% dos votos + 1.
Promulgação
Consiste na confirmação de que a lei foi aprovada pelas etapas anteriores. É como uma declaração de que o projeto de lei passa definitivamente a ser executado como lei, que entrará em vigorar após a publicação. 
Dependendo da espécie de matéria tratada pelo projeto de lei, pode ser um ato do Chefe do Poder Executivo ou do Poder Legislativo.
Publicação
Consiste na divulgação oficial do texto da LOA, de forma que seja possível que todos tenham conhecimento, não sendo permitido alegar desconhecimento da LOA para não cumpri-la. Publicada a LOA inicia-se o processo de execução do orçamento que consiste no processo de arrecadação das receitas previstas e de gasto das dotações autorizadas, dentro dos limites fixados.
AULA 02 DE AUDITORIA CONTABIL 
Regulamentação profissional
Perez Júnior (2012) relata que é exclusiva do contador. 
Para que o profissional possa executar o exame das demonstrações financeiras de capital aberto, é necessário que:
• Ele seja registrado na CVM;
• Tenha registro no Conselho Federal de Contabilidade.
De acordo com a Resolução 1.328/11, que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, e que tem como principal objetivo seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais, houve uma divisão das normas de auditoria da seguinte forma:
Artigo 3º.
II – Do auditor independente – NBC PA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes;
III – Do auditor interno – NBC PI – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos;
Artigo 4º. 
III – De auditoria independente de informação contábil histórica – NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria, convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente, emitidas pela IFAC.
Normas de auditoria
De acordo com Attie (2011) sim, uma vez que estas se relacionam com as ações a serem praticadas. 
Deste modo, as normas tratam das medidas de qualidade da execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados mediante procedimentos.
As normas dizem respeito não somente às qualidades profissionais do auditor, mas também à sua avaliação pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido.
Para Araújo et al (2008, p. 73), “as normas de auditoria são regras ou parâmetros que o auditor deve respeitar em relação aos objetivos a serem alcançados, aos procedimentos e técnicas de auditoria utilizados, aos relatórios que devem ser elaborados e à qualidade do trabalho”.
De forma geral, as normas dividem-se em três categorias, são elas:
Normas profissionais do auditor independente
Dispõem sobre a formação e a experiência profissional do auditor.
Normas técnicas relativas à execução do trabalho 
De acordo com Araújo et al (2008), estas normas  deverão compreender as análises e exames preliminares, para que seja definida a amplitude do exame a ser realizado, de acordo com objetivos realizados.
Normas técnicas relativas ao parecer de auditoria
Dispõem sobre os principais aspectos do parecer de auditoria.
As normas profissionais do auditor podem ser classificadas, segundo Perez Júnior (2012), em:
• Treinamento técnico;
• Competência técnica profissional;
• Zelo profissional;
• Independência mental.
Vejamos alguns dos tipos de ameaça ao trabalho do auditor, conforme relata Araújo et al (2008):
Ameaça de interesse próprio 
Quando uma empresa ou membro de auditoria pode auferir benefícios financeiros da entidade auditada ou outro tipo de conflito de interesse próprio;
Ameaça de autorrevisão 
Quando o resultado de um trabalho anterior precisa de reanálise ou quando um membro da equipe de auditoria era administrador ou funcionário-chave da entidade auditada;
Ameaça de defesa de interesses da entidade auditada 
Quando a entidade ou algum membro defendem ou parecem defender a posição ou opinião da entidade auditada, a ponto de se comprometerem ou darem a impressão de estar comprometidos;Ameaça de familiaridade 
Quando, em virtude de um relacionamento estreito com a entidade auditada, com seus administradores ou funcionários;
Ameaça de intimidação 
Quando ameaças, reais ou percebidas por parte de administradores ou funcionários de uma entidade auditada, impedem que um membro da auditoria possa agir de forma objetiva e profissional.
Normas profissionais do auditor independente
Ao lado, podemos ver as normas profissionais do auditor independente, já alteradas, de acordo com as mudanças trazidas para a contabilidade e consequentemente para a auditoria, decorrentes da Lei 11.638/07.
Cada uma destas normas apresenta um aspecto que deverá ser observado pelo profissional com relação à sua profissão.
Normas técnicas relativas à execução dos trabalhos
Segundo Perez Júnior (2012), as normas técnicas de auditoria relativas à execução dos trabalhos são classificadas em:
Planejamento do trabalho 
O trabalho deverá ser adequadamente planejado e documentado;
Supervisao da equipe 
Avaliação dos controles internos Deverão ser feitos estudos e avaliação apropriados dos controles internos da empresa, como base para determinar a confiança que neles possa ser determinada, para se definirem a natureza, a extensão e a época dos procedimentos de auditoria;
Na execução dos trabalhos de auditoria, o auditor deverá observar todas as normas apresentadas, para que esteja sempre respaldado e de acordo com a legislação.
Identificação das demonstrações auditadas O relatório deverá identificar as demonstrações contábeis auditadas e a responsabilidade assumida pelo administrador e pelo auditor.
Adesão às normas de auditoria O parecer deve declarar se o exame foi efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas e se as demonstrações financeiras examinadas estão de acordo com os Princípios de Contabilidade.
Opinião do auditor O parecer deve expressar a opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras examinadas em seu conjunto.
Quando não puder expressar opinião sem ressalvas sobre todos os elementos contidos nas demonstrações financeiras e notas explicativas, devem ser declaradas as razões que motivaram esse fato.
Estas normas são denominadas pela sigla CTA (Comunicado Técnico de Auditoria), de caráter transitório e informativo, destinado a esclarecer sobre a adoção das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Ética nos trabalhos de auditoria
Uma vez que a função de auditor é prerrogativa exclusiva do contador, este também tem sua regulamentação baseada no CEPC, emitido pela resolução 803/96 do Conselho Federal de Contabilidade.
Assim, além dos aspectos normativos já abordados, o auditor deverá observar em especial o disposto ao lado:
Art. 5º O contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá:
Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida;
Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;
Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação;
Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º;
Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos;
Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;
Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;
Atender à fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de Contabilidade, no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.
Assim, este profissional, além de observar todos os aspectos normativos em relação ao profissional, desenvolvimento das atividades e emissão do parecer, deve estar atento ao CEPC.
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TIPOS DE AUDITORIA
Quanto ao campo de atuação
Governamental e Privada
Quanto à forma de realização
Interna e Externa
Quanto ao objetivo do trabalho
Contábil ou financeira e Operacional;
APLICABILIDADE DOS TIPOS DE AUDITORIA
Fundamental conhecer e compreender a aplicabilidade dos diferentes tipos de auditoria;
Incide na qualidade dos demonstrativos analisados.
AUDITORIA GOVERNAMENTAL
Atua diretamente sobre a administração do patrimônio público
É uma importante técnica de controle do Estado em busca da melhor alocação de seus recursos
Atua para corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão, mas, principalmente, antecipa-se a essas ocorrências e busca garantir os resultados pretendidos
Destaca os impactos e benefícios sociais advindos das políticas públicas.
AUDITORIA PRIVADA
Seu foco é a empresa privada
Seu campo de atuação é definido pelo seu objetivo, que visa a expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira da empresa auditada;
Representa o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame de acordo com os princípios de contabilidade aplicados em determinado período.
Ressaltamos que todas as auditorias podem ser realizadas por um profissional que integra o quadro de recursos humanos da entidade (interna) ou por uma pessoa contratada somente para realizar esse serviço (externa).
AUDITORIA INTERNA
Realizada por profissionais empregados da própria entidade - parcialmente independente
Além das informações contábeis e financeiras, a auditoria interna se preocupa também com os aspectos operacionais: avaliação de desempenho, controles internos, sistemas de computação, qualidade de serviços e produtos, etc. 
Busca a identificação de não conformidades, prevenção e/ou detecção de falhas de operação, discrepâncias nas atividades administrativas, possibilitando maior confiabilidade das informações geradas, bem como garantindo a salvaguarda dos ativos da empresa.
RESOLUÇÃO n. 986/03 – CFC
Define a auditoria interna como um conjunto de exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações sistematicamente estruturadas
 Tem a finalidade de avaliar integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, do controle interno, dos sistemas de informações e de gerenciamento de riscos, para que a entidade possa atingir seus objetivos.
Auditoria interna tem a finalidade de agregar valor ao resultado da organização ao apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos.
AUDITORIA EXTERNA OU INDEPENDENTE
Expressar opinião sobre as demonstrações contábeis e assegurar que estas representam adequadamente a posição patrimonial e financeira da empresa
No Brasil, a auditoria externa está regulamentada pelo CFC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central do Brasil (Bacen)
Pela Lei das Sociedades Anônimas as demonstrações contábeis das companhias abertas devem ser auditadas por auditores independentes ou externos registrados na CVM (Art. 177 da Lei n. 6.404/76).  
Tem a função primordial de garantir a fidedignidade das demonstrações contábeis utilizando os métodos especificados no ordenamento jurídico. 
AUDITORIA CONTÁBIL OU FINANCEIRA
Visa escriturar os fatos administrativos e apresentá-los por meio das demonstraçõescontábeis
Verificar se todos os dados apresentados estão corretos e
Analisar a situação econômica e financeira da entidade.
Tem como objetivo principal o exame das Demonstrações Contábeis
AUDITORIA OPERACIONAL
Processo de avaliação de riscos e de sistemas de controles internos da atividade operacional, comparado o resultado com a projeção esperada, o que propicia, inevitavelmente, a apresentação de recomendações destinadas a melhorar o desempenho e aumentar o êxito da organização.
Objetiva a revisão metodológica da atividade ou segmentos operacionais
AUDITORIA INTERNA
Art. 70 CF/88 – Empresas e Órgãos da Administração Pública;
Por determinação da Matriz ou Controladoria;
Similar a auditoria independente;
Por determinação da Administração.
AUDITORIA EXTERNA
CVM – Sociedade por Ações de Capital Aberto
BACEN 
 Bancos Comerciais e de Investimentos
Financeiras
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
Corretoras de Câmbio e Valores
Sociedades de Arrendamentos Mercantil
 Sociedade de Crédito Imobiliário
SUSEP – Seguradoras
ANS – Planos de Saúde
SPS/MPAS – Previdência dos Servidores Públicos
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR 
Identificar exatamente suas atividades
Avaliar sua capacidade técnica, profissional e pessoal para aceitação de um trabalho
Entender do negócio do cliente e o setor em que o negócio se situa
Respeitar e seguir todas as normas pertinentes ao exercício da sua profissão
Formar e expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras.
Moral e Ética
Social
Civil 
Criminal:
Tanto o auditor como o cliente-auditado tem obrigações e responsabilidades perante todos os stakeholders;
As demonstrações contábeis são de propriedade e responsabilidade exclusiva do auditado e por isso é o responsável direto por tudo o que nela conste ou seja omitido.
Preparar e apresentar as demonstrações financeiras cabe à administração da entidade;
Fornecer ao auditor todos os elementos e condições necessárias ao perfeito desempenho de suas funções;
Fornecer carta de responsabilidade da administração.
CARTA DE RESPONSABILIDADE
Emitida pelo cliente e destinada à auditoria; 
É uma declaração de veracidade das informações prestadas nas demonstrações contábeis, documentações e demais informações.
Além de atender ao requerimento de normas de auditoria independente, sua maior utilidade é a delimitação de responsabilidades do auditor e da administração da empresa auditada.
Deve ser assinada pelo membro da administração que tiver a responsabilidade primária sobre a entidade e seus aspectos financeiros: diretor-presidente, diretor financeiro ou diretor de relações com o mercado e pelo contabilista responsável pelas demonstrações contábeis;
Mesmo com a carta, o auditor ainda assim precisará obter evidências sobre transações realizadas
Caso a instituição se recuse a assinar a carta de responsabilidade da administração isto se caracterizará numa limitação no escopo do trabalho do auditor.
Aula 02 contabilidade social 
Definições conceituais
As atividades econômicas, nas quais os agentes econômicos estão envolvidos e que são objeto e natureza do estudo da contabilidade social, destacam-se principalmente pelas suas categorias (ou contas) mais significativas que são:
A ideia de produção atualmente está também identificada à complexa organização existente das etapas interpostas decorrentes da maior especialização e divisão social do trabalho. 
Novas dimensões da atividade produtiva são formadas diversificando e processando-se em um número cada vez mais amplo de bens e serviços, fazendo com que a contabilidade social tenha uma metodologia que compreenda e mensure adequadamente o esforço social de produção.
A produção, na verdade, é um processo transformativo no mundo de hoje, estando incluídas neste processo as atividades realizadas por empresas de distribuição e de comercialização, pois estas atividades são também produtivas, porquanto criam mais valor monetário de produtos, assim como mais utilidades para a sociedade de um determinado país.
Nesse sentido, o sistema econômico é alimentado e realimentado por uma série de produtos que são transformados pelas unidades produtoras, ou seja, pelas diversas empresas existentes.
Há, no âmbito da produção das empresas, produtos para alimentar o seu processo produtivo, ditos insumos, e que sofrem sucessivas transformações, pelas quais chegam a converter-se em produtos finais. A produção constitui, então, uma longa cadeia de redes e de fases, nas quais há transformações de produtos em outros produtos, incorporando progressivamente características com que se deverão apresentar no mercado quando os produtos estiverem para serem utilizados.
Insumos - Indústria (Processos de produção) - Produto final Distribuição e Comercialização
Pela contabilidade nacional, costuma-se medir, na prática, o que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final no país, em cada etapa do processo produtivo.
O adicionamento no valor do produto final (conceituado como valor adicional) é a forma mais operacional para medir o produto, assim como para se mensurar a geração de renda da economia do país. O valor adicionado em cada setor é igual à soma das remunerações do capital (lucros) e do trabalho (salários).
Veja um exemplo de valor adicionado, por setor, para o produto final:
Paralelamente à produção (de um país), a geração de renda é uma atividade decorrente da especialização e da divisão do trabalho. Estas se desenvolvem no processo produtivo de um sistema econômico e ficam associadas à utilização da moeda como instrumento que efetiva os diferentes tipos de transações econômicas.
Como já foi visto na aula anterior, na diversificação da realização da produção de mercadorias (por meio da especialização e da divisão do trabalho), são empregados (e mobilizados) os chamados fatores (ou recursos) de produção. Os mesmos conduzem a economia de um país a pagar remunerações em função do custo que se tem pela utilização destes fatores. A produção dá, assim, nascimento à geração de renda.
O somatório dessas remunerações classificadas em salários, juros, alugueis e lucros concorrem para a feitura da produção nacional.
Salários São as remunerações pelo fator trabalho;
Juros Incidem sobre o uso do capital e da capacidade administrativa e empreendedora do empresário, auferidos pelas empresas.
Lucros gerados pela utilização dos recursos financeiros
Aluguéis Aluguéis (ou mesmo os arrendamentos pelo emprego do fator terra) Gerados  pelo uso de imóveis.
Nesse contexto, a contabilidade nacional mensura as várias etapas de que são constituídos os produtos do país e o resultado monetário de geração de renda devido às contribuições de todos os agentes que participaram do esforço social de produção.
No conjunto, em função das tomadas de decisões dos agentes econômicos, uma parte da geração de renda do país será destinada ao consumo e a outra parte será alocada para a acumulação. Mas a geração da renda, assim como o consumo e a acumulação, dependem do esforço social de produção, de onde advêm os bens e serviços que serão consumidos ou acumulados.
A figura 2 abaixo esquematiza os fluxos que interligam esses conceitos de atividades econômicas consolidadas nas contas de produção, (geração de) renda, consumo e acumulação.
A partir da atividade econômica, são realizadas as remunerações nas formas de salários, lucros, alugueis e juros a todos os proprietários dos recursos (ou fatores) de produção. 
Uma parte destas remunerações recebidas vai diretamente para as despesas em consumo de bens e serviços finais que irá realimentar a atividade de produção do país.
Uma outra parte da renda não será gasta, ou seja, formará a poupança da economia. Mas tal poupança irá se transformar em despesas (de formação) de capital e em formação de estoques, demonstrando que tal acumulação irá voltar-se para a produção novamente.
Logo, todo o processo circulatório das principais categorias das atividades econômicas (realizadas pelos agentes econômicos), concretiza-see dá continuidade às operações do sistema econômico de um país. Como veremos nas aulas futuras desta nossa disciplina, os agentes - famílias e empresas -, assim como o governo (e até o resto do mundo) exercem funções econômicas que são refletidas nessas categorias e que são destacadas no sistema, criando um conjunto de fluxos que se interligam e que são mensurados pela contabilidade social.
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Atividades Econômicas
As atividades econômicas, nas quais os agentes econômicos estão envolvidos e que são objeto e natureza do estudo da contabilidade social, destacam-se principalmente pelas suas categorias (ou contas) mais significativas que são: 
Produção
Consumo
Renda
Produção
A definição conceitual de produção econômica está relacionada à criação de todos os bens e serviços com utilidades necessárias à sociedade.
A ideia de produção atualmente está também identificada à complexa organização existente das etapas interpostas decorrentes da maior especialização e divisão social do trabalho. 
A produção, na verdade, é um processo de transformação no mundo de hoje.
Processo de Transformação
Há, no âmbito da produção das empresas, produtos para alimentar o seu processo produtivo, ditos insumos, e que sofrem sucessivas transformações, pelas quais chegam a converter-se em produtos finais. 
A produção constitui, então, uma longa cadeia de redes e de fases, nas quais há transformações de produtos em outros produtos, incorporando progressivamente características com que se deverão apresentar no mercado quando os produtos estiverem para serem utilizados, ou seja, o produto final. 
Valor Adicionado 
(ou Valor Agregado)
Pela contabilidade nacional, costuma-se medir, na prática, o que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final no país, em cada etapa do processo produtivo.
O adicionamento no valor ao produto final (conceituado como valor adicional (ou adicionado)) é a forma mais operacional para medir o produto, assim como para se mensurar a geração de renda da economia do país. O valor adicionado em cada setor é igual à soma das remunerações do capital (lucros) e do trabalho (salários). Vamos ao exemplo.
Interpretação do Valor Adicionado
Renda
Paralelamente à produção (de um país), a geração de renda é uma atividade decorrente da especialização e da divisão do trabalho. Estas se desenvolvem no processo produtivo de um sistema econômico e ficam associadas à utilização da moeda como instrumento que efetiva os diferentes tipos de transações econômicas.
Nos slides anteriores, a renda = produto = valor adicionado = $ 1.400,00, sendo o lucro = $650,00 e os salários = $ 750,00
Salários: são as remunerações pelo fator trabalho
Lucros: incidem sobre o uso do capital e da capacidade administrativa e empreendedora do empresário, auferidos pelas empresas. 
Juros: gerados pela utilização dos recursos financeiros de propriedade das famílias
Aluguéis (ou mesmo os arrendamentos pelo emprego do fator terra/recursos naturais): gerados  pelo uso de imóveis.
Consumo e Poupança
Os rendimentos vão para as famílias 
Sendo: Y = renda das famílias
C = consumo
S = poupança = acumulação
S = Parte da renda que não é gasta. Mas tal poupança irá se transformar em despesas (de formação) de capital e em formação de estoques, demonstrando que tal acumulação irá voltar-se para a produção novamente.
Aula 02 Comunicação mas empresas
Reparou que a colocação pronominal utilizada em nosso dia a dia é distante da Norma Culta?
Você já ouviu falar de próclise, ênclise e mesóclise?
Próclise Ocorre quando o pronome vem antes do verbo. Como norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos, chamados de palavras atrativas .
Palavras Negativas:
não, nada, nunca, jamais, nem, nenhum, ninguém.
Exemplo:
O assessor não lhes forneceu detalhes do projeto?
Jamais nos afastaremos das promessas de campanha.
Relativas:
quem, o qual, que, quanto, cujo, como, onde.
Exemplo:
Os homens que se prezam sabem que devem pensar antes no interesse público no que no pessoal.
O chefe de departamento com quem nos entrevistamos afirmou que o problema está resolvido.
Interrogativas:
quem, (o) que, qual, quanto(a)(s); como, onde, quanto.
Exemplo:
Quem nos apresentou  o projeto?
Quanto  tempo  se perde!
Conjunções subordinativas:
quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que etc.
Exemplo:
Quando me despedia  do chefe da divisão, falei que não estava satisfeita.
 
Se  eles  se dispusessem  ao diálogo...
Logo que o vi,  falei que era melhor conversarmos.
Ênclise Ocorre quando o pronome deve vir após o verbo. As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise pronominal.
Veja:
Cumpre comportar-se bem.
Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente.
Aqui estão as ordens: cumpra-as.
Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.
A ênclise é forçosa em início de frase, ou seja, não se começa frase com pronome átono.
 
Exemplo:
 
Pediram-lhe (e não *Lhe pediram) que comparecesse à reunião do Congresso.
Mesóclise Ocorre quando o pronome deve vir no meio do verbo. Na Mesóclise usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou do pretérito do indicativo. 
Exemplo: 
Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações.
Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.
Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes do futuro do presente ou do pretérito, uma das palavras ou expressões que provocam a próclise:
 
Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até termos confirmação do fato.
 
Essa é a resposta  que  lhe  enviaríamos  (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele voltasse ao assunto.
 
Espera o Estado  que  a União lhe  dará  (e não *que ...dar-lhe-á) mais verbas.
Casos Especiais
A inflação havia-se aproximado (nunca: *havia aproximado-se) de limites intoleráveis.
Jamais nos tínhamos enfraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.
Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento constante?
Nas combinações de verbo pessoal (auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo. 
 
Devemos-lhe dizer a verdade. 
ou
Nós lhe devemos dizer a verdade. 
ou, ainda
Devemos dizer-lhe a verdade. 
 
Podemos notar com facilidade que a próclise com o infinitivo é própria da linguagem oral ou escrita informal: 
 
Devemos lhe dizer... 
 
Portanto, devemos evitar esta colocação na redação oficial.
 
Se, no caso mencionado, houver palavra que exige a próclise, só duas posições serão possíveis para o pronome átono: 
 
Antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo (ênclise). 
Não lhe devemos dizer a verdade.
Não devemos dizer-lhe a verdade.
Já é possível perceber que é preciso ter muito cuidado com prováveis erros cometidos durante o ato comunicacional, principalmente em relação ao emprego dos pronomes, não é mesmo?
Durante o almoço, o gerente de vendas recebe em seu celular a seguinte mensagem: “Encontrei o seu diretor e resolvemos fazer uma reunião em seu escritório às 15h.”
Imediatamente ele ligou para sua secretária e pediu que ela preparasse tudo para a tal reunião, que organizasse a mesa, providenciasse mais algumas cadeiras, café e água.
15h em ponto, lá estava ele à espera, mas o Diretor tão pontual ainda não havia chegado.
Às 15:30h toca o telefone. Era o diretor que de imediato perguntou: 
― Onde você está? Está atrasado para a reunião!
Só então ele entendeu que o “seu escritório” não era o dele próprio, mas sim o do diretor. 
Não foi demitido, mas foi obrigado a ouvir algumas “belas” palavras, por não ter percebido a ambiguidade da mensagem.  
É óbvio que quem escreveu a frase também não tinha notado a ambiguidade.Para o autor, que sabia onde seria a reunião, a frase estava “claríssima”: 
“Encontrei o seu diretor e resolvemos fazer uma reunião em seu escritório às 15h” .
(= no escritório dele, do diretor)
O gerente, por sua vez, ao ler a frase, também não percebeu o duplo sentido. Para ele, a mensagem também estava clara: 
“Encontrei o seu diretor e resolvemos fazer uma reunião em seu escritório às 15h”.
(= no seu próprio escritório)
Essa situação comprova o “perigo” das ambiguidades na comunicação interna ou externa das organizações. 
Frases ambíguas podem ser interessantes e curiosas, e até muito úteis, na publicidade. Para fazer piadas, então, são excelentes. Porém, fora desse meio, podem gerar muitos problemas.
É interessante observar que na frase ambígua da mensagem não havia erro gramatical.
O pronome possessivo seu é de 3ª pessoa e permite perfeitamente a dupla interpretação: 
Seu = dele (de quem se está falando = o diretor) 
ou 
Seu= de você (com quem se está falando = o receptor da mensagem). 
Portanto, cuidado ao utilizar o pronome possessivo SEU!
Lembre-se do básico
Na próclise, o pronome surge antes do verbo.
Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, desde que não se justifique a próclise. O pronome fica intercalado ao verbo.
A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo.
Quem nunca teve dúvida em relação à crase? 
Você já ficou com raiva por um detalhe tão pequeno fazer tanta diferença?
Martim César, no poema A navalha do censor, retrata bem o distanciamento que mantemos da crase, muitas vezes, por medo de utilizá-la de forma errada.
A navalha do censor
Martim César
Em princípio parecia ser somente um acento inofensivo
Um mero traço no papel, meio inclinado e um tanto fino 
Quiçá uma mesura ofertada a algum vocábulo feminino
Ou uma lágrima escorrendo sobre um amor substantivo 
 
Porém era grave o tal acento, e bem mais grave o seu motivo
(e esse ser ‘grave’ me dá medo desde os tempos de menino)
Se fosse agudo feito um dente, cortando a carne e incisivo
Não seria tão daninho, nem tão crucial ao meu destino 
 
Mas um acento assim inverso, em uma avessa trajetória
(Tal qual navalha de censor, que sem pudor, a tudo arrase)
Chegou assim ceifando tudo e mudou o rumo desta história
 
Fez naufragar o meu poema ― e vejam só ― que triste fase!
Era um poema que eu sonhei ver florescer cheio de glória
Mas sucumbiu a ver navios (pobre de mim!)... maldita crase!
Como vimos nestes exemplos, não indicar a crase pode passar uma mensagem completamente diferente da que tínhamos em mente. Por isso, aproveite essa revisão para ficar craque e começar a utilizar essa “ferramenta” tão valiosa a seu favor.
A crase está estritamente relacionada à regência e podemos encontrá-la quando o termo regido está ligado ao termo regente por meio da preposição  a  e vem antecedido do artigo a ou dos pronomes demonstrativos a, aquele, aquela, aqueles e aquilo. 
Como vimos:
A crase é a fusão:
 
- da preposição a com o artigo definido a (ou com o a do seu plural as);
- da preposição a com o pronome demonstrativo a (e seu plural as); e
- da preposição a com as vogais iniciais dos demonstrativos aquilo, aquele(s) e aquela(s) e dos relativos a qual e as quais.
Agora que você já compreendeu o que é a crase e a sua utilidade, vamos analisar os casos em que ela é necessária, começando pelos princípios básicos.
O uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório nas seguintes situações: 
Como nomes de lugares que admitem artigo: Exemplo: Vou à Bahia
Antes dos pronomes demonstrativos  AQUELE (S), AQUELA(S), AQUILO, A(S): Exemplo: Falamos àquele que nos impediu de entrar.
Nas locuções formadas por nomes femininos: Exemplo: Primeira rua à direita.
Com objetos e complementos nominais femininos: Exemplo: Vamos assistir à próxima sessão.
Nas expressões que indicam o número de horas: Exemplo: Chegarei às cinco horas. (adjunto adverbial).
Não se usa o acento grave indicativo da crase nos casos a seguir.
Diante de palavras masculinas: Exemplo: Vou a pé.
A título de curiosidade, qual o nome dele?
Antes de verbo: Exemplo: Saiu a passear.
Refiro-me a comer bem, do bom e do melhor.
Antes de palavras de sentido indefinido, o que inclui substantivos femininos usados em sentido genérico ou indeterminado (sem artigo). Exemplo: Referi-me a cidades de São Paulo. (algumas cidades)
mas
Referi-me às cidades de São Paulo (todas ou as cidades específicas)
Quando a preposição a precede nome no plural: Exemplo: O presidente condena a ação da ONG em relação a crianças abandonadas.
Nas expressões de palavras repetidas: gota a gota, frente a frente: Exemplo: Encontramo-nos frente a frente.
Antes de pronomes que não admitem artigo: Exemplo: Dirija-se a Sua Excelência.
Os casos especiais de crase são:
Com as palavras CASA, TERRA (no sentido de chão firme) e DISTÂNCIA, só haverá crase se essas palavras estiverem especificadas.
Exemplo: Voltamos a casa.
Voltamos à casa de Maria.
A crase é facultativa antes de nomes de mulheres.
Exemplo: Refiro-me a Maria (ou à Maria).
Depois da preposição ATÉ: Exemplo: Fomos até a praia (ou até à praia).
Com a Locução: "até a" – A preposição "até" possui como variante a locução "até a" e seu emprego é facultativo; mesmo quando "até" for seguido dos demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo:
● Foi até a porta (ou: até à). Verifique: até o (ou: ao) portão.
● Ficou no escritório até a (ou: à) meia-noite. (até o (ao) meio-dia)
● Vou até a (à) farmácia. Verifique: até o (ou: ao) mercado.
● Cheguei até aquela (ou: àquela) janela. Verifique: até o (ao) portão.
Mas atenção: Se "até a" tiver a significação de "até mesmo", perde a variante, então a ocorrência da crase deve ser verificada por meio da substituição por um termo masculino:
● Estudava até (mesmo) as línguas da Índia. Verif.: até os dialetos...
● Obedecia até (mesmo) às ordens mais absurdas. (até aos caprichos...)
A crase, nesses casos, é facultativa porque é facultativo o uso do artigo 
Método Prático:
Esse esquema ajudará muito na hora das dúvidas, vale memorizá-lo:
Haverá crase sempre que pudermos substituir a palavra feminina por uma masculina qualquer, havendo a seguinte correlação:
Veja alguns exemplos:
• Refiro-me à mulher (ao homem) / às mulheres (aos homens).
• À proporção que (ao passo que) estuda, mais se sente recompensado.
• Esta caneta é igual à que comprei. (= Este lápis é igual ao que comprei)
• A mulher à qual me referi... (= O homem ao qual me referi...)
• Esta caneta é semelhante à tua, à nossa, à dele. (= Este lápis é semelhante ao teu, ao nosso, ao dele.)
• Estou apto àquela (= a essa) tarefa, àquele (= a esse) trabalho, àquilo (= a isso).
• Dirigi-me às duas amigas. (= aos dois amigos)
• Pedi livros à senhorita Antônia e à senhora Maria. (Pedi ao senhor José)
• Obedeci à Maria. (= Obedeci ao José)
• O jogo será às três horas. (ao meio-dia)
A pontuação também é assunto de suma importância no que diz respeito à comunicação. E isso, lógico, inclui a comunicação nas empresas.
 
Quando falamos, usamos recursos que ajudam nosso interlocutor a compreender o conteúdo da mensagem que queremos transmitir, não é mesmo?
 
Por não haver essa possibilidade na linguagem escrita, utilizamos uma série de sinais gráficos ― chamados de sinais de pontuação ― que reproduzem os recursos da fala.
Apesar de existirem regras que nos auxiliam a pontuar, não é possível fixar todas as normas que envolvem o emprego dos sinais de pontuação, pois, muitas vezes, há razões de ordem subjetiva, isto é, pessoal, que determinam sua utilização. 
 
O estilo do autor, sua intenção e a criatividade acabam interferindo nesse aspecto, sem configurar necessariamente um erro gramatical. 
 
Porém, no mundo empresarial, as regras não são tão flexíveis.Dessa forma, precisamos compreender o que é aceitável e o que não é em relação à pontuação.
Saber a função de cada elemento da pontuação é muito importante, por exemplo: os pontos, as vírgulas e os pontos-e-vírgulas nos ajudam a marcar pausas e a mostrar ao nosso leitor quais são os elementos principais da frase e as informações complementares.
Já o ponto de exclamação e o de interrogação, por exemplo, têm a função de marcar a melodia, a entonação da fala.
Se tomarmos as regras de pontuação indicadas nas melhores gramáticas de língua portuguesa e procurarmos verificar se os textos modernos as seguem, constataremos de imediato a enorme distância que vai da norma ao uso. 
 
De fato, os sinais de pontuação, particularmente a vírgula, têm hoje emprego bastante elástico, de difícil precisão.
 
Porém, não é por isso que cada um fará de um jeito. Apesar de seguir os estilos dos autores, existem algumas regrinhas básicas que devemos aplicar na hora de escrever. 
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Características da comunicação oral.
Aspecto fisiológico: 
está relacionado com o uso da nossa voz, com as variações de altura e intensidade dos sons que emitimos;
com o comprometimento de todo nosso corpo na postura que adotamos e nos gestos que manifestamos;
com as condições de 
 recepção ou audição 
 daquele que ouve 
 nossa mensagem.
Aspecto psicológico: 
está vinculado às emoções e aos sentimentos que experimentamos ao falar e com o interesse, a disposição e a atenção de 
nosso ouvinte. 
Como perder o medo de falar em público- Mario Persona
TV Barbante - Parte I http://youtu.be/2ntGjSrXldA
Dicas para falar em público.
Use o medo ou nervosismo a seu favor;
2) Desenvolva sua autoconfiança e se predisponha para uma boa apresentação;
3) Não fale sobre aquilo que não domina ou desconhece;
Evite decorar seu discurso;
5) Concentre-se nas principais ideias de sua apresentação; 
6) Verifique se sua a sua fala ou o seu discurso estão bem articulados;
7) Treine sua apresentação.
Reinaldo Polito - www.polito.com.br
http://www.youtube.com/watch?v=ywJw8hjzTig
Elementos da comunicação oral: Tonalidade
O volume da voz deve ser adequado e cumprir a função de tornar sua mensagem audível.
 
Cuidado com uma fala mecânica e sem vibração, parecida com uma ladainha ou um discurso recitado;
2. Evite um entusiasmo descabido e exagerado, muitas vezes parecido com um animador de auditório ou com a fala de um personagem de teatro;
3. Não imprima um tom agudo ou uma tonalidade crescente em palavras que não desempenham tanta importância em sua mensagem.
4. Fuja de um estilo “descolado” ou muito à vontade construído artificialmente;
O jogo fisionômico, o movimento dos braços, das mãos e a postura corporal podem comunicar muita coisa. 
1) O jogo fisionômico: constituído pelo movimento dos olhos, da elevação 
 ou contração das sobrancelhas, 
 do movimento dos lábios e da 
 boca. 
A maneira como 
olhamos as pessoas 
enquanto falamos, pode ajudar a criar empatia e interesse por aquilo que abordamos.
Os movimentos das mãos, dos braços e da cabeça, devem ser bem articulados e espontâneos.
3) O restante do corpo. 
Seja sentado, em pé, parado ou em movimento, nosso corpo deve experimentar certo conforto e não deve chamar mais atenção que 
a própria mensagem. 
1. Evite falar com as mãos nos bolsos, atrás das costas ou de braços cruzados;
2. Não fale sem 
 fazer gesto algum 
 nem use gestos 
 demais;
Não se debruce sobre a tribuna, nem se agarre no pedestal do microfone; 
Não se apresente com 
 uma postura humilde, de alguém derrotado, nem com prepotência ou arrogância;
Não se movimente desordenadamente, 
 de um lado para o outro, diante do público, nem fique completamente parado;
6. Não abra demais as pernas, nem as feche muito para não perder o equilíbrio;
Use a gesticulação de maneira natural, para acentuar ideias, palavras ou para marcar o ritmo de sua fala e procure sempre variar os gestos, evitando um padrão repetitivo;
8. Mantenha sempre o contato 
 visual com a plateia.
Articulação. As palavras devem ser pronunciadas claramente, sem dar margem para dúvidas ou qualquer confusão.
Sem respirar bem não é possível falar bem. Portanto, ao falar, faça pausas necessárias para manter sempre uma boa reserva de 
ar em seus pulmões.
Microfone.
O braço que segura o microfone deve permanecer imóvel, mantendo-o sempre na posição correta. 
Feedback e o valor de ser um bom ouvinte. O comportamento, os gestos e as atitudes de nossos ouvintes podem revelar a maneira como eles estão recebendo nossa mensagem. 
Repita as perguntas 
realizadas. 
Agradeça a pergunta 
feita e valorize quem perguntou.
Seja educado e prestativo 
ao respondê-las;
Amenize perguntas agressivas não as respondendo imediatamente. Ganhe alguns segundos, sorria, respire fundo e agradeça. 
Não estenda demais o tempo para perguntas. 
Ninguém sabe absolutamente tudo sobre algum assunto, e você não é exceção.
Como enfrentar o branco:
http://youtu.be/0ZF7jSptosA 
Reinaldo Polito
Aula 02 de Pericia contábil 
Postura do perito 
O perito é a longa manus do juízo alcançando detalhamento técnico-especializado que este não dispõe. Por mais corretos e elaborados que sejam, os trabalhos periciais, no entanto, não determinam decisões judiciais. 
A experiência do juiz permite-lhe contradizer o laudo em uma execução sentencial, sem, contudo, necessariamente, desmerecer o trabalho do perito. A autoridade técnica do perito deve justificar sua nomeação pelo juízo.
Para tanto, deve se atualizar e dominar as seguintes matérias:
• Constituição Federal — CF88;
• Código Civil;
• Código Comercial;
• Lei de Falências;
• Código de Processo Civil – CPC;
• Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
• Legislações Complementares;
• Súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF); • Súmulas do Tribunal Federal de Recursos (TFR);
• Enunciados do Tribunal Superior do Trabalho (TST);
• Contabilidade Geral;
• Língua Portuguesa;
• Álgebra e Matemática Financeira.
Além dessas habilidades, deve o perito meditar sobre Teoria Contábil, contribuindo para a busca permanente da causa das coisas. A aplicação dos princípios éticos deve permear todo estudo, diligência e redação dos laudos.
 
Em termos práticos, a delimitação dos exames à matéria pré-fixada permitirá objetividade e respeitabilidade ao trabalho do perito. Julgando, entretanto, o perito ser necessário extrapolar os limites planejados, ele poderá examinar outras matérias relacionadas ao objeto de estudo.
Nenhuma influência, pressão, oferta de facilidades, indução ou dependência poderá afetar o julgamento do perito que deverá conduzir a conclusão do laudo com total isenção: só a apuração da verdade factual lhe interessa. Qualquer interferência constrangedora deve ser denunciada.
 
Não deve o perito subordinar sua apreciação a fatos, pessoas, situações ou efeitos, sob pena de invalidar a lisura de seu trabalho pelo cerceamento da necessária independência.
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Conceito de plano de trabalho em perícia contábil
Segundo, LOPES SÁ (2005) “Plano de trabalho em perícia contábil é a precisão, racionalmente organizada, para a execução das tarefas, no sentido de garantir a qualidade dos serviços, pela redução dos riscos sobre a opinião ou resposta”.
Um plano depende de:
Total conhecimento da questão o perito deve reconhecer tudo sobre o que originou a ação, o contexto de cada um, os documentos apresentados etc.
Plena ciência dos fatos os fatos são episódios que não se atrapalham com os motivos que originaram uma perícia, mas faz-se necessário avalia-los para esquematizar.
Classificação precedente dos recursos disponíveis para julgamento Os levantamentos devem estarconcentrados dentro dos escopo da perícia, mas não é excessivo buscar saber tudo o que permanece porque, diversas vezes, é provável, através de um domínio, obter outro, por resultado. Versado o que se deseja, é indispensável saber os recursos disponíveis para o cumprimento do trabalho.
Prazo ou tempo para a execução das tarefas e entrega do laudo ou parecer No caso da perícia judicial os prazos são fundamentais. Os prazos são estabelecidos por lei. (Lei nº 8.455).
Acessibilidade aos dados Para esboçar o trabalho pericial é imprescindível distinguir a facilidade ou dificuldade que se pode ter para atingir até as informações que são partes de apreciação, assim como a qualidade para a leitura e manuseio dos elementos.
Total ciência dos princípios contábeis seguidos e credibilidade documental Um plano pericial necessita saber como abranger os dados e como poder comprová-los para saber quais recursos tecnológicos serão utilizados.
Conteúdo dos planos periciais Os planos periciais têm substância aceitável para que o julgamento seja prestado pelo perito, atendendo aos que solicitaram a averiguação e apreciação. O importante é que os planos acompanham os itens que complementam a finalidade da investigação. 
Qualidade do Perito
O profissional que executa a Perícia Contábil precisa ter um conjunto de capacidades, que são suas qualidades. 
Entre elas são:
Legal
Profissional
Ética
Moral
A capacidade legal é a que lhe conferem o título de Bacharel em Ciências Contábeis e o registro no Conselho Regional de Contabilidade.
A capacidade profissional é caracterizada por:
Conhecimento teórico da Contabilidade;
Conhecimento prático das tecnologias contábeis;
Experiência em Perícias;
Perspicácia;
Perseverança;
Sagacidade;
Conhecimento geral de ciências afins à Contabilidade;
Índole criativa e intuitiva.
A capacidade ética é a que estabelece o Código de Ética Profissional do Contador e a Norma do Conselho Federal de Contabilidade.
 
A capacidade moral é a que se apoia na virtude das atitudes pessoais do profissional.
 
Entre as capacidades éticas, devem-se destacar basicamente a conduta do Perito com seus colegas e o caráter de independência e veracidade que deve manter em seu Parecer; havendo compromisso com a verdade e a virtude, a “independência”, é fator discutível.
O Perito precisa ser um profissional habilitado, legal, cultural e intelectualmente, e exercer virtudes morais e éticas com total compromisso com a verdade.
 
O exercício da Perícia Contábil depende de formação superior, de sólidos princípios e conhecimento prático razoável.
POSTURA DO PERITO
O perito é a longa manus do juízo alcançando detalhamento técnico-especializado que este não dispõe. Por mais corretos e elaborados que sejam, os trabalhos periciais, no entanto, não determinam decisões judiciais. 
 
A experiência do juiz permite-lhe contradizer o laudo numa execução sentencial, sem, contudo, necessariamente, desmerecer o trabalho do perito. A autoridade técnica do perito deve justificar sua nomeação pelo juízo. 
Para tanto, deve-se atualizar e dominar as seguintes matérias:
Constituição Federal — CF88; 
Código Civil; 
Código Comercial; 
Lei das Falências; 
Código do Processo Civil - CPC; 
Consolidação das Leis do Trabalho — CLT; 
Legislações complementares; 
Súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF); 
Súmulas do Tribunal Federal de Recursos (TFR); 
Enunciados do Tribunal Superior do Trabalho (TST); 
Contabilidade Geral; 
Língua Portuguesa; 
Álgebra e Matemática Financeira. 
A nomeação deverá decorrer de contato pessoal, formal, adrede marcado nas dependências e durante o expediente do Fórum, mediante apresentação de currículo e referências profissionais. Nomeação e manutenção de perito requer procedimento diligente, digno e confiável. Muitos juízes mantem registros pessoais sobre a qualidade dos trabalhos individuais de peritos, sobretudo no que concerne aos prazos observados, objetivando orientar suas nomeações. Tais registros são comungados pela comunidade de magistrados, pois uma má nomeação atinge, também, a pessoa e a carreira do juiz.
 
Nada deve ser antecipado às partes: o laudo é endereçado ao juiz que nomeou o perito.
O contato com as partes se reduz à ocasião das diligências, com os assistentes ao longo das pesquisas e com os funcionários cartoriais no âmbito do Fórum.
 
Neste último caso, atente-se para se evitar intimidades e presentes que possam indicar a cooptação de nomeações, atitude desmoralizante para o perito e prejudicial ao funcionário da justiça.
 
A boa fama do perito deve depender da qualidade de seu trabalho, sempre tempestivo e fundamentado por sólidos argumentos e notório saber profissional
O perito deve respeitar o sigilo do que for apurado durante a execução do seu laudo, abstendo-se de divulgar conclusões tardias. Trata-se de virtude gravada no Código de Ética do Contabilista (art. 2º, inciso II) e protegida pelo Código Civil (art. 144): "Ninguém pode ser obrigado a depor de fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo." É prudente, portanto, que comentários e esclarecimentos ocorram somente em juízo.
 
A notória especialização que deve adjetivar o perito é fruto de sua formação, especialização, prática profissional e constante aperfeiçoamento. Sua boa fama não é um ativo imobilizado. A desatualização deteriora diariamente seu patrimônio. Deve o perito balancear o emprego de seu tempo no binômio trabalho-estudo. 
Qualidade do Trabalho do Perito
A qualidade do profissional quase sempre dita a qualidade do trabalho que executa.
 
Existem, todavia, requisitos essenciais para que uma Perícia seja considerada de qualidade. Um bom trabalho pericial deve ter:
Objetividade
Precisão
Clareza
Fidelidade
Concisão (exposição de ideias em poucas palavras)
Confiabilidade inequívoca baseada em materialidades
Plena satisfação da finalidade
A objetividade caracteriza-se pela ação do Perito em não desviar-se da matéria que motivou a questão e só subsidiariamente apelar para exames colaterais.
A precisão consiste em oferecer respostas pertinentes e adequadas às questões formuladas ou finalidades propostas. A clareza está em usar em sua opinião, de uma linguagem acessível a quem vai utilizar-se de seu trabalho, embora possa conservar a terminologia tecnológica e científica em seus relatos. A fidelidade caracteriza-se por não deixar-se influenciar por terceiros, nem por informes que não tenham materialidade e consistência competentes
A concisão compreende evitar o prolixo e emitir uma opinião que possa de maneira fácil facilitar as decisões.
 
A confiabilidade consiste em estar a Perícia apoiada em elementos inequívocos e válidos legal e tecnologicamente.
 
A plena satisfação da finalidade é, exatamente, o resultado de o trabalho estar coerente com os motivos que o ensejaram. A opinião do Perito deve estar:
Justificada;
Lastreada em elementos sólidos;
Ao alcance de quem dela vai se utilizar.
2. PERÍCIA EXTRAJUDICIAL
Sendo a função do Contador de caráter informativo e consultora, o mesmo desempenha papel importante nas questões suscitadas entre partes em oposição de interesses econômicos.
 
Dentro deste enfoque, invoca-se a intervenção de terceiros, para obter-se um “juízo parcial” no assunto debatido quando para elucidar técnica e judicialmente a questão em que não se harmonizam, mas também podem procurar uma solução amigável, que vai desde o parecer de um Perito até o juízo arbitral. Qualquer destas tarefas é extrajudicial, por não se processar judicialmente a matéria.
A Perícia Extrajudicial realiza-se especialmente, por combinação entre as partes. Estas acertam que a questão atenta seja resolvida apresentando por base o conhecimento e parecer do Perito, cada um elege o Perito de sua confiança. Esse tipo de Perícia se orienta, principalmente por Legislação Societária (Lei nº 6404/76 artigos 7º, 8º, 220 a 234).
Características Gerais da Perícia Contábil
A Perícia se reveste de alguns aspectos gerais que a caracterizam: