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Psicopatologia e as Inimputabilidades final

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Imputabilidade, Semi-imputabilidade e Inimputabilidade, Capacidade Relativa e Plena – Psicopatologias
1 - INTRODUÇÃO
O foco deste resumo está na análise jurídica dos indivíduos que desenvolveram algum tipo de psicopatologia e a forma que o Estado intervém quando considerados inimputáveis agem em desconformidade com as normas e costumes estatais.
A princípio, será feita uma análise no âmbito da psicologia, para um melhor entendimento das psicopatologias desenvolvidas pelos indivíduos aqui tidos como inimputáveis. Posteriormente, serão definidos os níveis de inimputabilidades em que estes indivíduos com psicopatologias se encaixam.
É possível responder a algumas questões que assolam este tema, que por sua vez é tão polêmico, questões essas como se é possível nos dias atuais imputar culpabilidade ao psicopata e ainda assim, qual seria a distinção entre inimputabilidade e responsabilidade?
Apresenta-se conceitos basilares para o entendimento da psicopatologia, bem como conceitos advindos do Direito Penal, como crime, imputabilidade, inimputabilidade, imputabilidade relativa. Conceitos estes que se fazem necessários para o entendimento.
Traz-se um estudo sobre a mente criminosa, pois este estudo no Direito Penal é de suma importância para imputar a culpabilidade do indivíduo. Através de exames periciais, onde se estuda o estado de saúde mental de cada indivíduo, é possível dizer se o mesmo se enquadra em imputável ou inimputável e, se inimputável for, cabe definir seu grau de inimputabilidade, absoluta, relativa ou a semi-inimputabilidade.
O estudo da psicologia no âmbito jurídico está cada vez mais em ascensão e isso se dá pelo crescimento dos delitos cometidos por aqueles com transtornos mentais que são em sua maioria considerados inimputáveis, dependendo para tanto da constatação do transtorno por meio de um exame clinico pericial.
Há uma relação muito próxima entre o transtorno mental e a violência, por tal razão, atualmente os estudos voltados aos indivíduos com transtornos e perturbações mentais estão cada vez mais crescentes e cada vez mais desenvolvidos.
A intenção ao elaborar este resumo, é a de ter um estudo em relação ao tema, é a de saber a probabilidade real de poder imputar culpabilidade ao psicopata, já que as medidas de segurança adotadas pelo Brasil, não são assim tão eficazes quanto deveriam ser.
Os psicopatas têm discernimento do certo e errado, porém, não sentem culpa dos atos praticados e em sua maioria não conhecem sentimentos como: medo, amor, sofrimento, angústia etc, seguindo esta linha, acredita-se ser possível imputar culpabilidade aos mesmos, já que estão conscientes ao agir.
Além das razões mentais que levam um indivíduo a cometer determinado crime, é de suma importância a análise social e moral e também a perspectiva sócio-cultural a qual o indivíduo está inserido, para que se possa fazer uma correta aplicação da lei penal ao caso concreto.
Desta forma, o objetivo principal deste resumo, é colocar em pauta a figura do psicopata no Judiciário Brasileiro, sobre como é tratado o mesmo. Sendo que se objetiva também, comprovar que é possível imputar culpabilidade a estes indivíduos, considerados hoje, como inimputáveis. 
Para ilustrar, traremos casos concretos e seus desfechos, visto a importância dos mesmos para o desenvolvimento dos estudos envolvendo psicopatologias.
1.1 - Culpabilidade
A culpabilidade, é em breve síntese, o juízo de reprovação que recai sobre uma conduta ilícita e típica, onde será possível imputar a culpa e punir o agente pela prática desta conduta adversa. A culpabilidade, segundo o Código Penal, possui alguns elementos, que são a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa.
A imputabilidade é a capacidade do agente de entender os atos que pratica, ou seja, de entender o crime que ali se pratica, e também as consequências que serão geradas a partir do ato praticado. 
A imputabilidade apenas se exclui nas hipóteses de doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, menoridade, embriaguez acidental completa e a embriaguez patológica completa. A potencial consciência da ilicitude, o agente deve ter agido na certeza de que o ato praticado se tratava de um ato ilícito. 
Aquele indivíduo que não possui capacidade mental suficiente para entender, que o ato praticado é em suma ilícito, é considerado como inimputável pelo Código Penal, pois é um indivíduo com doença mental. Contudo, é de extrema importância esclarecer, que a doença mental, deve necessariamente estar presente no momento da ação deste indivíduo para que o mesmo seja considerado inimputável, e mais importante ainda se faz enfatizar, que nem toda doença mental enseja a irresponsabilidade de quem pratica o ato ilícito, principalmente no caso dos psicopatas, que não podem ser considerados doentes mentais, segundo a psiquiatra Barbosa (2008, p. 49), que diz:
O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.
Pode-se perceber que nem toda psicopatologia trata-se de uma doença mental, logo não seria isenta de culpabilidade conforme preceitua o Código Penal, que torna o doente mental isento de culpa, devendo ser a culpabilidade nos casos dos portadores de alguma psicopatologia, um estudo mais específico, a depender de cada caso em especial.
1.2 - Imputabilidade
A imputabilidade penal, trata-se de algumas condições pessoais do agente, que dá a este indivíduo a capacidade para ser imputada a ele as sanções relativas aos fatos por ele praticados, se forem contrários ao nosso ordenamento jurídico. 
Imputável é aquele indivíduo que possui suas capacidades mentais completamente desenvolvidas, o que lhe da capacidade para compreender o caráter ilícito do fato e também de se determinar diante deste entendimento. A imputabilidade pode ser desconsiderada em alguns casos, onde os indivíduos que praticam certos atos são classificados como inimputáveis, conforme explicações seguintes.
Sobre a Imputabilidade Leciona Mirabette (2012, p. 87) que:
Em primeiro lugar, é preciso estabelecer se o sujeito tem certo grau de capacidade psíquica que lhe permita ter consciência e vontade dentro do que se denomina autodeterminação, ou seja, se tem ele a capacidade de entender, diante de suas condições psíquicas, a antijuridicidade de sua conduta de adequar essa conduta à sua compreensão. A essa capacidade psíquica denomina-se imputabilidade.
A imputabilidade, em conjunto com os demais elementos que compõe a culpabilidade, permite atribuir a punição aquele indivíduo que infringiu o que dispõe o ordenamento jurídico pátrio, responsabilizando este pelos atos que foram praticados.
Para comprovar se o indivíduo realmente é considerado inimputável, existe três sistemas de formas distintas que facilitam para diagnosticar, conforme preleciona Jesus (1999, p.500):
1º Sistema Biológico: leva-se em conta a causa e não o efeito. Condiciona a imputabilidade à inexistência de doença mental, de desenvolvimento mental deficiente e de transtornos psíquicos momentâneos. Assim se um sujeito é portador de doença mental, e pratica um fato típico e antijurídico, pela circunstância de ser doente é considerado inimputável, não importando que a causa tenha excluído ou diminuído a capacidade de compreensão ou de determinação da conduta delituosa.
2º Sistema Psicológico: o que importa é o efeito e não a causa. Leva em conta se o sujeito, no momento da prática do fato, tinha condição de compreender o seu caráter ilícito e de determinar-se de acordo com essa compreensão ou não. Se o agente não tinha capacidade de compreensão ou determinação, é considerado inimputável, sem que seja necessário precisar suacausa.
3º sistema Biopsicológico: é constituído dos dois primeiros. Toma em consideração a causa e não o efeito. Só é inimputável o sujeito que em consequência da anomalia mental, não possui capacidade de compreender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com essa compreensão. A doença mental p. Ex. Por sí só é causa de inimputabilidade. É preciso que, em decorrência dela, o sujeito não possua capacidade de entendimento ou de autodeterminação. 
O nosso Código Penal, como se vê nos artigos 26, 28 parágrafo primeiro, adotou o critério biopsicológico.
Os três sistemas elencados, são formas de avaliação para poder chegar a um diagnóstico do perfil do criminoso, com uma finalidade de saber o seu quão de caráter criminoso este indivíduo possui e também, se este indivíduo possui discernimento necessário sobre os seus atos praticados.
Percebe-se que para que possa ocorrer a excludente da imputabilidade, o indivíduo deve ter ausência de todas as suas capacidades, como a de discernimento, ou seja, deve ter ausência de capacidade física e mental.
1.3 - Semi-imputabilidade
A imputabilidade, conforme visto, é a capacidade de imputar a um indivíduo a culpabilidade pelos atos praticados. Já a inimputabilidade é a impossibilidade que alguém possui ou apresenta momentaneamente, de realizar um ato com pleno discernimento, ou seja, sem consciência ou juízo de realidade. Pois bem, no direito penal há também a semi-imputabilidade, que é o meio entre a imputabilidade e a inimputabilidade.
A semi-imputabilidade ou a imputabilidade relativa, é aquela em o indivíduo é inimputável, por fatores psicológicos, mas que ao tempo do fato, este indivíduo tinha pleno e total discernimento sobre seus atos, sabendo que aquele ato ali praticado era considerado ilícito e no entanto, o praticou da mesma forma. 
Para Capez (2008, p.301), o semi-imputável, pode ser definido como sendo:
A perda de parte da capacidade de entendimento e autodeterminação, em razão de doença mental ou de desenvolvimento incompleto ou retardado. Alcança os indivíduos em que as perturbações psíquicas tornam menor o poder de autodeterminação e mais fraca a resistência interior em relação à prática do crime. Na verdade, o agente é imputável e responsável por ter alguma noção do que faz, mas sua responsabilidade é reduzida em virtude de ter agido com culpabilidade diminuída em consequência das suas condições.
O Código Penal, é bem claro em seu artigo 26, onde diz que que o semi-imputável, tem a culpabilidade diminuída devido às condições pessoais que possui. Há posicionamento doutrinário favorável e contra a imputação de culpa aos relativamente inimputáveis.
De acordo com Fernando Capez (2008, p.301 e 302) não se excluiu a imputabilidade, pois:
De modo que o agente será condenado pelo fato típico e ilícito que cometeu. Constatada a redução na capacidade de compreensão ou vontade, o juiz terá duas opções: reduzir a pena de 1/3 a 2/3 ou impor medida de segurança (mesmo assim a sentença continuará sendo condenatória). A escolha por medida de segurança somente poderá ser feita se o laudo de insanidade mental indica-la como recomendável, não sendo arbitrária essa opção. Se for aplicada pena, o juiz estará obrigado a diminuí-la de 1/3 a 2/3, conforme o grau de perturbação, tratando-se de direito público subjetivo do agente, o qual não pode ser subtraído pelo julgador.
Ou seja, percebe-se que há a possibilidade de imputar pena aos semi-imputáveis, porém de uma forma mais benéfica aos mesmos, podendo a mesma ser reduzida ou convertida em medida de segurança.
Parte da doutrina que não está de acordo em imputar culpa aos semi-imputáveis, defende que não há como permanecer dividido, ou o indivíduo possui capacidade ou não possui. Já outra parte dos doutrinadores concordam em imputar culpa aos semi-imputáveis, pois relatam que pelos mesmos ter uma pequena parcela de consciência, mesmo que momentânea, isso já os tornam passíveis de imputabilidade.
A imputabilidade relativa está presente geralmente, em indivíduos que possuem doenças mentais em caráter transitório, como por exemplo nos casos de bipolaridade, onde os indivíduos momentaneamente perdem a consciência de seus atos. O que não significa que sempre, ao praticar um ato ilícito, estes indivíduos não tinham consciência de seus atos, por isso existe a possibilidade de lhes imputar a culpa relativa aos atos ilícitos praticados. 
1.4 - Inimputabilidade
De acordo com a visão de Cosmo (2013), o conhecido filósofo Aristóteles foi o grande responsável pelo conceito de responsabilidade penal que temos hoje, ao concluir que só existe responsabilidade pelo crime ou imputabilidade, quando o agente no momento do ato que cometeu, tinha a capacidade de saber a natureza e as consequências de seu comportamento. Dessa forma, nos casos contrários, o sujeito deve ser considerado inimputável, ou seja, não deve ser responsabilizado pelos seus atos nem no âmbito penal e nem mesmo no âmbito civil. 
No conceito de Silva (2011), a inimputabilidade é uma palavra essencial no âmbito jurídico, que possui suas bases no campo da saúde mental e normalmente psíquica, tendo por seu significado a impossibilidade que alguém possui ou apresenta momentaneamente, de realizar um ato com pleno discernimento, ou seja, sem consciência ou juízo de realidade. 
De acordo com o grande doutrinador Fernando Capez (2007 apud Jesus, 2009) o mesmo entende que:
Doença mental pode ser compreendida como a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou a de comandar a vontade de acordo com esse entendimento e engloba uma infindável gama de moléstias mentais, tais como epilepsia condutopática, psicose, neurose, esquizofrenia, paranoias, psicopatia, epilepsias em geral, etc.
No geral, não deve ser atribuída pena judicial qualquer aos indivíduos que possuem transtornos mentais, sendo que em sua grande maioria, tratam-se de doentes mentais, e estes são considerados inimputáveis. Alguns doentes mentais que cometem atos criminosos, mesmo possuindo alguns transtornos mentais, possuem também discernimento dos atos praticados, possuem a capacidade de se autodeterminar quanto ao comportamento de um ato criminoso, e desta forma, devem normalmente serem julgados, antes de serem considerados inimputáveis, mesmo que estes possam futuramente serem inseridos em tratamentos psicológicos, de acordo com o entendimento de Teixeira (2006) e Carolo (2005).
A inimputabilidade penal no Brasil, tem sua exclusividade quanto aos doentes mentais, ou seja, o Código Penal em seu artigo 26, preceitua o seguinte:
Art. 26: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
No mesmo ordenamento jurídico, porém agora em seu dispositivo 41, dispõe que “o condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. ” Ou seja, neste ponto, de acordo com Souza (2008), o crime pode aparecer como resultado de uma anomalia psíquica, que pode interferir no normal juízo crítico da realidade. 
A grande questão é a necessidade e de estabelecer e definir o conceito de doença mental ou anomalia psíquica que deve ser levado em conta para efeitos de avaliação de inimputabilidade, deve-se definir também os critérios que são levados em conta pelo perito para elaborar o laudo médico a ser apresentado em juízo. 
Para Cosmo (2013), na inimputabilidade há uma distinção entre a capacidade volitiva e intelectiva e consciência da ilicitude. Um indivíduo, para que possa ser responsabilizado por um crime, deve reunir algumas condições, que são as físicas, as psicológicas, as morais e as mentais que lhe proporcionem capacidade total e plena para discernir a ilicitude, não sendo o bastante somente a consciência de seuato, mas sobretudo a livre vontade de praticar o mesmo, sendo este, o controle do agente da sua volição.
Diante disto e diante do que fora exposto, é sabido, que em algumas psicopatologias, os indivíduos ao praticarem seus atos tem perfeita e total consciência, além da vontade de praticar os atos que contrariam o ordenamento jurídico, sabem discernir o certo e o errado e, no entanto, praticam de livre vontade, com a intenção de causar alguns sentimentos em suas vítimas, sentimento de medo, dor, angústia, tristeza, pânico, dentre outros. Então, partindo desta premissa, de que alguns indivíduos com algumas psicopatologias, tem plena consciência de seus atos, e que estes, como se vê não se tratam de doentes mentais, por que não os enquadrar nos indivíduos plenamente imputáveis?
2 DAS PSICOPATOLOGIAS
2.1 Breve histórico 
Os loucos sempre foram objeto de estudo para a medicina, sendo estudados por vários importantes nomes da história. Porém Philippe Pinel, psiquiatra, foi um importante nome nos estudos da psicopatologia, pois foi o primeiro médico a mostrar que os loucos eram na verdade indivíduos doentes, e como tal deveriam ser tratados pela medicina, disse também, que como loucos, os mesmos traziam perigos para a sociedade e assim sendo trouxe a questionamento a periculosidade dos loucos, através de estudos que começaram a surgir em meados do ano 1800. O que foi um divisor no âmbito da psicopatologia forense, que surgiu muito tempo depois, após várias discussões.
O grande estudioso e filósofo Kant (1798), também se posicionou com relação ao que diz respeito ao estudo dos loucos, onde dizia que “não é necessário ser médico para determinar se uma pessoa é alienada mental, basta um pouco de bom senso”. Após este e alguns outros posicionamentos de grandes pensadores, começou-se a ter certeza de que havia uma origem doentia nos transtornos mentais.
Para Kraftt Ebing (1897), no momento em que se precisou da ajuda médica para se diagnosticar determinados estados mentais de alguns indivíduos criminosos, é que surge a Psicopatologia Forense.
No Brasil, começou a tratar-se dos loucos no âmbito jurídico, no Código Penal de 1830, onde se lia em seu artigo 2ª que: “São irresponsáveis os loucos que não tiverem intervalos lúcidos”. Já o Código Penal de 1890, trouxe os loucos como não sendo criminosos em seu artigo 27, conforme observa-se:
Não são criminosos:
§ 3º Os que por imbecilidade nativa, ou enfraquecimento senil, forem absolutamente incapazes de imputação;
§ 4º Os que se acharem em estado de completa privação de sentidos e de inteligência no ato de cometer o crime;
O ordenamento jurídico penal atual, traz os indivíduos com psicopatologias como sendo inimputáveis, conforme se visualiza no dispositivo 26 do Código Penal em vigor:
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Percebe-se que houve uma evolução desde o início dos estudos em meados de 1800, em considerar os indivíduos com psicopatologias como sendo doentes e não puramente loucos, algo que se nota quando o Código Penal em vigor utiliza a expressão ‘doença mental’. Essa evolução serviu para qualificá-los corretamente e lhes imputar sua pena equivalente, pois considerando-os doentes podemos considera-los também inimputáveis, porém, cada um em seu grau, sendo inimputáveis, semi e absolutamente inimputáveis.
2.2 Conceitos preliminares
A ciência da Psicopatologia, segundo Mériti de Souza (2008), 
É aquela que se encarrega do estudo das perturbações do funcionamento psicológico, considerando-se doença mental um transtorno que implica um afastamento do funcionamento psicológico tido como normativo, em que os principais sintomas experimentados são psicológicos.
Assim, necessário se faz conceituar também doença mental, que atualmente a definição mais utilizada é a da Associação Americana de Psiquiatria descrita no Manual das Perturbações Mentais (APA, 2002), onde de acordo com este Manual, 
Cada uma das perturbações mentais é concebida como uma síndrome e um padrão comportamental ou psicológico, clinicamente significativo, que se manifesta numa pessoa e que está associado com mal-estar atual (sintoma doloroso) ou incapacidade (impedimento de funcionar em uma ou mais áreas importantes) ou ainda com um aumento significativo do risco de se verificar morte, dor, debilitação ou uma perda importante de liberdade
No âmbito jurídico também possuem grandes doutrinadores que também contribuem com seus conceitos, e de acordo com o grande doutrinador Fernando Capez (2007 apud Jesus, 2009) o mesmo entende que:
Doença mental pode ser compreendida como a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou a de comandar a vontade de acordo com esse entendimento e engloba uma infindável gama de moléstias mentais, tais como epilepsia condutopática, psicose, neurose, esquizofrenia, paranoias, psicopatia, epilepsias em geral, etc.
Pelas definições acima ilustradas, já se conclui que os psicopatas não são doentes mentais, pois para que assim o fosse, seria necessário que os mesmos tivessem algum sofrimento emocional ou perda de consciência. Os psicopatas são indivíduos egocêntricos, impostam exclusivamente na satisfação de suas próprias vontades, e se assim não o fazem, se tornam violentos, intolerantes, desinteressados no âmbito social. São conhecidos também pelo desprezo e desconsideração dos sentimentos alheios.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os sociopatas são indivíduos que possuem desprezo pelas obrigações sociais e pelos sentimentos dos outros. Possuem um egocentrismo patológico, exagerado, são em sua maioria falsos, exibem falsas emoções e como na maioria dos transtornos mentais, não toleram a perca. Geralmente, estes indivíduos possuem ausência de remorso, justamente pelo sentimento preponderante de manipulação do outro, razão pela qual acabam mentindo compulsivamente, tentando obter vantagens sobre o outro para se sobressair. 
Os transtornos mentais, são em sua maioria parecidos, onde encontra-se indivíduos que mentem sobre sua personalidade para obter proveitos do outro, geralmente não convivem bem no meio social, não sabem lidar com a perda, são geralmente introspectivos e manipuladores, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID. Para melhor diferencia-los, se faz necessária uma descrição das principais características das principais psicopatologias.
2.3 Principais psicopatologias
Violência e crimes são características de alguns dos principais casos de psicopatologia no mundo todo, onde se faz presente o transtorno de personalidade (TP), que não é considerado uma doença, pois para ser uma doença seria necessário que houvesse sofrimento emocional, perda de consciência ou ruptura com a realidade, mas uma alteração psíquica que pode deixar o indivíduo violento, indiferente, antissocial etc.
Esse tipo de transtorno específico de personalidade é marcado por uma indiferença aos sentimentos alheios, ao sofrimento dos outros, a ausência de arrependimento, compaixão, ausência principalmente de culpa. Quando se atinge um alto grau de indiferença e das características narradas, isto leva o indivíduo a uma forte indiferença afetiva, o que pode o levar a ter um comportamento criminal, recorrente e o quadro clínico de transtorno de personalidade, assumindo um perfil de psicopatia, que atinge cerca de 4% da população mundial.
A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID, emsua décima revisão, descreve oito tipos de transtornos específicos de personalidade: paranoide; esquizoide; antissocial; emocionalmente instável; histriônico; anancástico; ansioso; e dependente, transtornos dos quais se faz uma melhor caracterização para melhor entendimento.
O transtorno paranoide, de acordo com a CID, é aquele onde se predomina a desconfiança, há uma grande sensibilidade a contrariedades e uma predominância do sentimento de estar sendo “lesado” pelos outros, há a sensação de estar sempre sendo enganado fazendo-o se esconder do meio social e se isolar cada vez mais.
Já o transtorno elencado na CID, como sendo o transtorno esquizoide, é aquele onde se predomina o desapego das pessoas, há um enorme desinteresse pelo contato social e há também um retraimento afetivo, característica predominante na maioria dos transtornos mentais, são indivíduos que sentem dificuldades em experimentar o sentimento do prazer, possuem medo de se satisfazerem verdadeiramente, não demonstram estarem felizes e possuem medo da sensação de felicidade, são geralmente tímidos e introspectivos.
O indivíduo que possui o transtorno antissocial, também trazido pela CID, é aquele em que prevalece a indiferença pelos sentimentos alheios, onde se percebe um comportamento mais agressivo, cruel, é aquele indivíduo que não se adapta a sociedade, não consegue se padronizar nas regras e normas sociais, são em sua maioria intolerantes e geralmente, bastante violentos, são calados e não demonstram seus sentimentos para com o próximo, são em sua maioria misteriosos.
Indivíduos que possuem transtorno emocional instável, são impulsivos e imprevisíveis, onde há dois subtipos, que são: impulsivo e bordeline. O impulsivo é aquele caracterizado pela sua instabilidade emocional e pela falta de controle dos impulsos, já o bordeline, além de também ser emocionalmente instável, também possui perturbações consigo mesmo, tem dificuldades em definir seus gostos pessoais e se sentem só na maioria dos casos.
O pouco conhecido transtorno histriônico, que a CID o classifica como sendo aquele onde o indivíduo é extremamente egocêntrico, não tolera frustrações, falsidade e superficialidade. São em grande parte carentes de atenção.
Outro pouco conhecido é o transtorno anancástico, onde o indivíduo é detalhista, não suporta teimosias, e em consequência perdem o controle de si, mostrando nervosismo e agressividade. Geralmente são repetitivos.
Indivíduos com transtorno ansioso ou também o chamado esquivo, são aqueles em que há uma excessiva sensibilidade a críticas, são tensos e apreensivos, possuem fortes tendências a se retraírem socialmente por se sentirem inseguros com relação a sua capacidade profissional ou até mesmo social.
Por último, há o transtorno dependente, que é aquele onde prevalece a astenia do comportamento, são indivíduos com pouca determinação e iniciativa e possuem instabilidade de propósitos.
No entanto, neste estudo, o enfoque será dado ao transtorno de personalidade antissocial, por ser este o tipo revestido de maior importância na esfera forense, devido à sua íntima associação com o comportamento psicopático.
A psicopatia ainda é difícil de se detectar sem um exame pericial minucioso, onde se realizam vários testes com o indivíduo para poder afirmar que o mesmo possui transtornos em sua personalidade.
Em decorrência dessa difícil identificação destes indivíduos, é que os mesmos se misturam na sociedade com tanta facilidade, sem ao menos despertar suspeitas, pois em sua maioria, são pessoas de inteligência acentuada, possuem boa persuasão, boa aparência, são bons em convencer, às vezes em seduzir suas vítimas de uma forma em que as mesmas não desconfiam de seus comportamentos e acabam se deixando induzir por estes indivíduos. Dentro dessa linha é que podem surgir psicopatas compulsivos, que não se contentam com suas vítimas, querendo cada vez mais vítimas, até mesmo pelo sentimento de adrenalina que pode ser sentido pelos mesmos, sendo estes indivíduos doentes acabam incorrendo em crimes, podendo ser sexuais, homicidas, dentre outros, e ao incorrerem nesses crimes com frequência, acaba surgindo a figura do serial killer.
Estudos constataram que os serial killers selecionam suas vítimas cuidadosamente. Na maioria das vezes essas apresentam características muito semelhantes e os crimes são praticados sadicamente, geralmente seguindo um padrão: as vítimas podem ser escolhidas pela etnia, idade, grupo social ou outras características peculiares, de acordo com Antônio Paiva Rodrigues (2008). Os delitos são cometidos seguindo-se rituais predeterminados, o que demonstra a articulação e perversidade daquele que comete o crime.
De acordo com a visão de Ballone (2006), por serem extremamente racionais, quando capturados os serial killers costumam simular insanidade, alegando múltiplas personalidades, esquizofrenia ou qualquer coisa que os exima de responsabilidades. Isso demonstra a sua total capacidade de racionalização e manipulação da situação para conseguir possíveis vantagens. Eles agem cruel e maldosamente. Sabem a ilicitude dos atos praticados. 
Utilizam-se de seu charme para seduzir suas vítimas. Ao matar, os serial killers têm como objetivo básico humilhá-las, demonstrar controle sobre a situação. Para eles, “o crime é secundário, e o que interessa, de fato, é o desejo de dominar e de se sentirem superiores”, segundo assevera Ballone.
O modo de diagnosticar indivíduos com alguma das psicopatologias elencadas é por meio de perícia médica, onde se fazem vários exames com um mesmo indivíduo, com o objetivo de se obter a maior precisão possível no resultado e consecutivamente, o tratamento mais adequado para o tipo de psicopatologia apontada na perícia.
Para a psiquiatria forense, os transtornos de personalidade representam uma grande dificuldade, a principal seria a de onde tratar estes doentes, que deve ser em local adequado, e com atenção especial para os mesmos em tempo integral.
3 PSICOPATOLOGIA E CASOS CONCRETOS
3.1 As psicopatologias e sua relação com o direito
O estudo da psicologia no âmbito jurídico está cada vez mais em ascensão e isso se dá pelo crescimento dos delitos cometidos por aqueles com transtornos mentais que são em sua maioria considerados inimputáveis, dependendo para tanto da constatação do transtorno por meio de um exame clinico pericial.
Há uma relação muito próxima entre o transtorno mental e a violência, por tal razão, atualmente os estudos voltados aos indivíduos com transtornos e perturbações mentais estão cada vez mais crescentes e cada vez mais desenvolvidos, por essa razão tem se avançado cada vez mais no estudo da mente humana, com um foco nos indivíduos com determinadas perturbações que agem em desconformidade com a lei.
Antigamente, indivíduos com psicopatologias eram considerados loucos, e tal loucura era considerada possessão demoníaca, devido a influência da religião nos estudos científicos. Atualmente, indivíduos com psicopatologias são considerados doentes mentais, onde esses indivíduos são classificados como inimputáveis, sendo ela relativa, absoluta ou semi-imputabilidades. 
Pode-se definir doenças mentais como algumas perturbações que afetam o discernimento do indivíduo, como também afetam o lado emocional, social e intelectual do mesmo.
O conceito de doença mental que atualmente é o mais utilizado é o da Associação Americana de Psiquiatria descrita no Manual das Perturbações Mentais (APA, 2002), onde de acordo com este Manual, cada uma das perturbações mentais é concebida como uma síndrome e um padrão comportamental ou psicológico, clinicamente significativo, que se manifesta numa pessoa e que está associado com mal-estar atual (sintoma doloroso) ou incapacidade (impedimento de funcionar em uma ou mais áreas importantes) ou ainda com um aumento significativo do risco de se verificar morte, dor, debilitação ou uma perda importante de liberdade.
Nos dias atuais, vem crescendo cada vez mais os crimes cometidos por indivíduos com psicopatologias, onde há umaausência de sentimento por parte dos mesmos, que acabam praticando crimes, sendo que esses indivíduos possuem discernimento do certo e errado, porém, não sentem culpa dos atos praticados e em sua maioria não conhecem sentimentos como: medo, amor, sofrimento, angústia, tristeza, arrependimento, culpa etc.
Dessa capacidade incompleta de entendimento desenvolvida por indivíduos com doenças mentais é que o Código Penal Brasileiro desenvolveu a chamada “inimputabilidade” desses indivíduos, que de acordo com o artigo 26 do dispositivo legal supra citado, diz que:
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Sendo que para Ricardo Miguel Silva (2011), a inimputabilidade significa “a impossibilidade que alguém apresenta de realizar um ato com pleno discernimento, ou seja, sem consciência e/ou juízo de realidade”.
Já de acordo com o grande doutrinador e penalista Júlio Fabbrini Mirabete (2012, p. 198) “É imputável aquele que, embora portador de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, tem capacidade de entender a ilicitude de seu comportamento e de se autodeterminar”, ou seja, ambos de forma inversa possuem uma mesma linha de pensamento, chegando a um consenso de que inimputável é aquele que não tem pleno discernimento de seus atos, aquele que age de forma “inocente”, psicologicamente falando.
Mas como seria possível comprovar essa falta de discernimento? Como seria possível atestar que o indivíduo é realmente inimputável? De acordo com Toledo (2002, p. 109-110), “A prova da inimputabilidade do acusado é fornecida pelo exame pericial. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do réu, o juiz ordenará de ofício. ”
A estes indivíduos comprovadamente inimputáveis, lembrando que tal prova se faz por meio de exame pericial, não deve ser atribuída nenhuma pena judicial, pois por se tratar de indivíduo com transtornos mentais, a ele deve ser oferecido acompanhamento psiquiátrico.
Vale ressaltar que segundo a RT 659/312, 745/479:
a personalidade psicopática não se inclui na categoria das moléstias mentais, mas no elenco das perturbações da saúde mental pelas perturbações da conduta, anormal psíquica que se manifesta em procedimento violento, acarretando sua submissão no artigo 26, parágrafo único.
Ou seja, o ordenamento jurídico considera aqueles indivíduos com psicopatologias como sendo inimputáveis, não os responsabilizando de forma direta pelos delitos praticados.
O Direito conflita-se com a difícil tarefa de disciplinar os atos criminosos cometidos por psicopatas, visto que nosso atual Código Penal não os insere no âmbito da culpabilidade penal.
Muitos estudiosos falam em aplicação de prisão perpétua para punir crimes cometidos por psicopatas. Entretanto, devemos nos lembrar que vivemos num país em que o próprio legislador se encarregou de tornar essa possibilidade algo impossível de se concretizar. Lê-se no Art. 5º, XLVI de nossa Constituição Federal que não haverá penas:
XLVI não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis.
Como visto, a Constituição Federal não nos permite punir mais severamente estes indivíduos, por tanto, cabe aos mesmos um tratamento psicológico adequado.
3.2 - Casos Concretos
Diante de todo conteúdos explanado no presente trabalho, cabe a exibição de casos concretos, de indivíduos que foram classificados como psicopatas. São casos que tiveram notoriedade na imprensa, foram crimes de grande repercussão e que merecem atenção.
3.2.1 Francisco de Assis Pereira (Maníaco do Parque):
Francisco de Assis Pereira, ficou conhecido como maníaco do parque após estuprar e matar ao menos seis mulheres e tentar assassinar outras nove, no ano de 1998. Todos os seus crimes, aconteceram no Parque Estadual, situado na região sul da cidade de São Paulo. Todos os corpos das vítimas, foram encontrados no mesmo local do Parque.
Francisco nasceu em São Paulo e após ter sido descoberto por seus crimes foi julgado por eles, tendo sido condenado a uma pena de 130 anos de prisão.
O “Maníaco do Parque”, como vários psicopatas, teve uma infância conturbada, onde sofrera traumas sexuais. Uma tia materna, teria o molestado sexualmente na infância, e em decorrência disso, Francisco criou uma fixação por seios. Quando já adulto, Francisco teria sido seduzido por um patrão o que trouxe um interesse em relações homossexuais. No site Folha de Delegado, tem-se a seguinte informação:
E quando se tornou adulto foi seduzido por um patrão, no qual começou a se interessar por relações homossexuais, e uma gótica em um relacionamento que teve, que quase arrancou seu pênis com uma mordida, deixando-o com medo de perder sua parte íntima. Tendo desilusões amorosas, Marcando a vida deste. Antes de começar seus crimes, ele demonstrou outro lado dele, Francisco morou há mais de um ano com Thayná, uma travesti, no qual apanhava recebendo socos no estômago e tapas no rosto, e devido a gótica ele sentia muita dor quando praticava o ato sexual. 
Não há justificativas para os atos praticados por Francisco, independente do que tenha sofrido em sua infância ou até mesmo em sua fase adulta, nada justifica os atos praticados.
Antes de ser preso e levado a julgamento, Francisco foi detido como suspeito, mas logo em seguida foi solto. 
Francisco resolveu se mudar para o sul, quando viu em um jornal o seu retrato falado, e ao partir, deixou um bilhete em cima da mesa pedindo desculpas e com a frase: “Infelizmente, tem de ser assim. Francisco de Assis Pereira”. Neste mesmo dia, o patrão de Francisco, ao tentar arrumar um encanamento que quebrou, encontrou resto de papeis queimados junto a restos de churrasco do dia anterior, e encontrou no meio dos papeis a identidade de Selma Ferreira de Queiroz, parcialmente queimada. Selma foi uma das vítimas do ‘Maníaco do Parque’. Neste dia, seu patrão comunicou a polícia imediatamente e informou que Francisco trabalhava ali como motoboy. 
Em seu interrogatório, Francisco relatou que era muito fácil convencer suas vítimas a irem para a mata com ele, dizia a elas palavras que as faziam se sentir valorizadas, sabia articular bem. Para atrair suas vítimas, Francisco dizia que era um caça talentos que trabalhava em uma revista, dizia que estava a procura de modelos e que queria fazer uma sessão de fotos em um lugar ecológico, conseguindo assim atrair suas vítimas para o meio do mato. Alegava a elas que era uma grande e única oportunidade de subir de vida.
O sítio Psicopatia (2010), traz a história de algumas vítimas do “Maníaco do Parque”, algumas delas são: Elisângela Francisco da Silva tinha 21 anos e era paranaense, filha de uma família pobre de Londrina, vivia em São Paulo, com a tia Solange Barbosa, desde 1996. Devido as dificuldades financeiras, abandonou a escola na 7ª série. Depois de ser deixada por uma amiga no Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, nunca mais foi vista, tendo seu corpo nu encontrado em 28 de julho, no Parque do Estado. O corpo já decomposto exigiu um duro trabalho de identificação. O reconhecimento só aconteceu três dias depois. "Eu tinha esperança de que não fosse ela", diz a tia. No dia de seu desaparecimento, Elisângela saiu de casa dizendo que voltaria a duas horas. 
Outro caso é o da Raquel Mota Rodrigues onde A grande ambição de Raquel, de 23 anos, era ganhar dinheiro para ajudar a família, que vivia em Gravataí, no Rio Grande do Sul. Nos finais de semana, Raquel costumava frequentar bares comtrês amigas. Nunca chegou em casa depois da meia-noite. Por volta das 8 horas da noite de 9 de janeiro, ela saiu da loja de móveis onde trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Ao desembarcar na Estação Jabaquara do metrô, já quase em casa, telefonou para a prima avisando que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele em Diadema, na Grande São Paulo. "Disse que era melhor ela não ir", lembra Lígia. Era muito arriscado sair com um desconhecido. "É, eu não vou", respondeu a garota. Raquel nunca mais apareceu. Seu corpo foi encontrado no matagal do Parque do Estado no dia 16 de janeiro.
Já Selma Ferreira Queiroz era menor de idade e a mais nova de três irmãs, pretendia fazer faculdade de ciências contábeis ou computação. Os planos de Selma, contudo, foram interrompidos na tarde de 3 de julho. Entre sua casa, na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, e o centro da capital paulista, onde trataria das formalidades referentes à sua demissão como balconista de uma rede de drogaria, ela desapareceu. Era uma sexta-feira. No dia seguinte, um homem telefonou para Sara, irmã de Selma. Informou que a moça havia sido sequestrada e pediu um resgate de 1.000 reais dizendo que voltaria a ligar no final da tarde. Não ligou. Nesse mesmo dia, o corpo de Selma foi encontrado no Parque do Estado. Estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas, havia marcas de mordidas. Selma morreu estrangulada e o último sinal de vida da garota foi para o namorado. Ela avisou que não chegaria a tempo para assistir ao jogo do Brasil contra a Dinamarca com ele, mas que estava a caminho de sua residência.
Como se nota, de acordo com o sitio Psicopatia (2010) o perfil de suas vítimas são bastante parecidos. Mulheres pobres, que almejavam grandes oportunidades de emprego, e que em decorrência desta fraqueza, se deixaram levar pelo discurso polido de Francisco.
O site Psicopatia (2010), traz alguns discursos de algumas pessoas que tiveram contato com Francisco, são eles:
Ele é inteligentíssimo. Tem uma fala mansa que convence. – Perita Jane Pacheco Belucci da Polícia Civil de São Paulo.
Ele apertou meu pescoço. Disse que era psicopata e já havia enterrado muitas mulheres ali. – Sandra Aparecida de Oliveira, 19 anos, uma das mulheres que dizem ter sido atacadas no parque por Francisco.
Ele era um cara comum, educado, estudado, com um papo legal. Engana qualquer garota, - João Carlos Dornelles Villa Verde, o pescador que identificou Francisco.
Percebe-se que Francisco sabia exatamente como agir para atrair suas vítimas, sabia o que dizer e como se portar, fazia tudo com consciência. Sabia acima de tudo que sua conduta era reprovada, e no entanto, praticou-a de forma reiterada.
No ano de 2000 o maníaco do Parque foi dado como morto, em decorrência de uma rebelião, porém, mesmo jurado de morte, Francisco conseguiu se salvar, tendo a polícia dado a notícia de que ele estaria vivo. 
3.2.2 - Suzane Louise Von Richthofen
O caso de maior repercussão, trata-se de uma moça de classe média alta, que juntamente com seu namorado à época, o Sr. Daniel Cravinhos e com a ajuda do cunhado Cristian cravinhos, planejou a morte de seus pais pelo fato dos mesmos não aprovarem seu namoro com Daniel Cravinhos e também com a intenção patrimonial de receber a herança dos pais, deixando o país chocado com o caso.
Suzane Von Richthofen, nasceu na cidade de São Paulo, no dia 03/11/83, teve seu crime classificado como Parricídio e Matricídio, crime este que deverá ser cumprido no regime fechado, onde teve início no ano de 2006. Suzane é fruto do casamento de Manfred Von Richthofen (Engenheiro) e Marísia Von Richthofen (Psiquiatra). Suzane possui também um irmão mais novo, de nome Andreas Albert Von Richthofen.
Quando Suzane era adolescente, fez aulas de Karatê e seu irmão de aeromodelismo, foi onde conheceu seu namorado Daniel, no qual era professor de Andreas. Os pais de Suzane não eram a favor do namoro, talvez pelo fato do uso contínuo de drogas, envolvendo também Suzane. Daniel alegava que nunca havia oferecido drogas a Suzane. Porém, contrariando as alegações feitas pelo namorado, Suzane diz que usou drogas pela primeira vez no Natal de 1999, no qual seu namorado lhe ofereceu maconha.(psicopatia, 2010)
Conforme a promotoria do caso, Suzane seria a mentora do crime, onde fez até mesmo testes com arma de fogo, algumas semanas antes do fato, desta forma, a mesma eliminou o uso de armas devido o barulho dos disparos. Ocorre que então no dia 31 de outubro de 2002, Suzane, o namorado e o cunhado foram à casa de seus pais e os assassinaram com barras de ferros. Os três alegaram que no dia da morte dos pais Suzane não havia participado, não tendo nenhum consenso de onde realmente estaria Suzane. Porém, devido as suas condições e a personalidade psicopática que possui, Suzane viu os pais, porém nada sentiu de arrependimento pelos atos que ordenara ao seu namorado e cunhado. Diante da morte dos pais de Suzane, os indivíduos reviraram a casa e levaram alguns dólares para parecer que ocorrera ali um crime de latrocínio. 
Suzane e os irmãos Cravinhos confessaram o crime que cometeram, confirmando que mataram sus pais a golpe de pauladas, na casa da família. O promotor do caso, Roberto Tardelli, buscou que Suzane e os irmãos Cravinhos recebessem a pena de 50 anos de prisão cada um. Porém, não foi possível, visto que Suzane era menor de idade na data do crime, ficando o juiz impossibilitado de arbitrar uma sentença muito alta.
A defesa de Suzane, alegou que a mesma praticou todos os atos mediante coação do seu então namorado Daniel, sendo que a mesma deveria praticar o crime ou o perderia. Daniel teria se tornado muito importante para Suzane após ter tirado sua virgindade aos 16 anos de idade. A defesa explicou o tabu referente a virgindade, devido a família tradicionalista que Suzane tinha, tendo sua mãe se casado virgem, e o envolvimento se tornado tão grande que ela preferiu o namorado do que os pais. 
Devido a repercussão do caso, o programa Fantástico conseguiu uma entrevista à época com Suzane, entrevista esta que consta no site Psicopatia, que se narra a seguir:
Por meio de seu Tutor e Advogado Denivaldo Barni, no qual aconteceu na tarde de 5 de abril de 2006, encontrando uma jovem de 22 anos, que falava e se vestia como uma menina com uma camiseta cor de rosa estampada pelo desenho da Minnie, e a franja o tempo todo tampando os olhos, começando assim a entrevista, mostrando fotos de amigos e familiares. E que no decorrer da entrevista, quando é perguntada a respeito do namorado, Suzane diz que sente muito ódio dele, que ele destruiu sua família. Diz que ele destruiu o que ela tinha de mais valor. E logo no começo da gravação, seu tutor e advogado a orienta a chorar, como o microfone já estava ligado à conversa foi captada. E para o programa de televisão, a entrevista foi toda uma farsa, que ela estaria forçando a barra e se passando por uma pessoa totalmente diferente da que tinha matado os pais.
Percebe-se diante do caso, que Suzane é uma pessoa fria, que não demonstra arrependimento dos seus atos, que fizera tudo com absoluta consciência, planejando meticulosamente cada ato praticado e a participação de cada indivíduo no crime que praticaram.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fora discutido de forma minuciosa a respeito da culpabilidade e suas respectivas formas, que são imputabilidade, inimputabilidade e a semi-imputabilidade ou imputabilidade relativa, que é aquela em que o indivíduo não tem plena capacidade, mas que independente desta capacidade de discernimento é imputada a ele uma pena ou medida de segurança. Deste modo, a maioria dos doutrinadores considera o psicopata um indivíduo semi-imputável, pois eles sabem o que estão fazendo e o porquê estão fazendo determinado ato, sem se importar com a vítima e seu sofrimento, muito pelo contrário, cometem determinados atos pelo prazer 
De acordo com conceitos trazidos no capítulo estreante, vê-se que imputávelé aquele indivíduo que possui suas capacidades mentais completamente desenvolvidas, o que lhe da capacidade para compreender o caráter ilícito do fato e também de se determinar diante deste entendimento. A imputabilidade pode ser desconsiderada em alguns casos, onde os indivíduos que praticam certos atos são classificados como inimputáveis, conforme explicações seguintes.
Percebeu-se que a psicopatia não se trata de uma doença mental, mas sim de um desvio de caráter onde o indivíduo tem plena consciência de seus atos e plena capacidade de discernimento entre o certo e o errado, no entanto, pratica seus atos de forma intencional a fim de se satisfazer com a dor e sofrimento de suas vítimas, não sendo capaz de se arrepender de seus atos ou de sofrer com a consequência deles, querendo cada vez mais se alimentar da dor e sofrimentos alheios.
A maneira como este indivíduo com alguma das psicopatologias elencadas no segundo capítulo é tratado, depende de laudo pericial, feito por profissional competente, primeiro para se descobrir sobre qual psicopatologia se trata. Ademais, a identificação da psicopatologia se faz necessária para saber o tratamento jurídico mais adequado aquele indivíduo.
Deste modo, cabe a seguinte pergunta: é possível imputar culpa a um psicopata? 
Conclui-se com o presente estudo que sim, é plenamente possível, partindo do ponto narrado acima, os mesmos não são doentes mentais para ter o benefício da inimputabilidade elencada pela lei, são apenas indivíduos com desvio de caráter, que não prezam pelo bem do meio social em que estão inseridos, mas apenas pela sua satisfação pessoal em ver o sofrimento alheio.
 Caso notório dessa satisfação pessoal, é o do “Maníaco do Parque”, que dizia que se masturbava em demasia somente em se lembrar das cenas de seus crimes, das mulheres mortas, das posições em que elas se encontravam. Dizia que quando matava suas vítimas, se deitava ao lado delas e acariciava seus corpos de modo em que se sentia excitado. Isso se faz uma grande prova do sadismo dos psicopatas, que se sentem satisfeitos, se sentem indestrutíveis perante seus crimes. São considerados por muitos como indivíduos de mentes maldosas e extremamente inteligentes, que calculam seus atos de forma precisa e que possuem uma grande capacidade de convencimento.
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