Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* SISTEMA GLACIAL Geleiras do Himalaia * SISTEMA GLACIAL Geleira de Upsala nos Andes * SISTEMA GLACIAL Geleira Alpes suiços * GENERALIDADES Locais onde gelo e águas de degelo principais agentes de transporte e deposição latu sensu Englobam: ambientes em contato direto glaciogênicos ambientes adjacentes e influenciados por geleiras proglaciais * * GENERALIDADES Não englobam aqueles ambientes que apesar de caracterizados por climas frios + solos frequentemente congelados não estão necessariamente próximos de geleiras periglaciais * GENERALIDADES Ambientes glaciogênicos (glaciais stricto sensu) sedimentos em contato com a geleira e depositados pelo gelo ou por águas de degelo Posição dos sedimentos em relação à geleira: subglacial na base da geleira supraglacial sobre a geleira englacial dentro * * GENERALIDADES Ambientes proglaciais abrangem zona de contato com margem da geleira + arredores sob influência do gelo e água de degelo (ex: flúvio-glacial) * GENERALIDADES atualmente são limitados restritos aos pólos norte e sul e às altas montanhas (Himalaia, Andes, Alpes, etc.) ocupam 10% da superfície emersa da Terra Registro estratigráfico expressão geográfica muito maior em diversas épocas do passado geológico (glaciações ) Depósitos glaciais pleistocênicos abundantes grandes áreas da América do Norte, Europa, Ásia e Antártica * GENERALIDADES No Brasil registradas em unidades estratigráficas de diversas idades, em diferentes partes do país Neoproterozóico e do Paleozóico * Principais registros de glaciações pré-cambrianas no Brasil: 1 e 2 - For. Puga e unidades correlatas; 3 - For. Jequitaí; 4- For. Bebedouro; 5 – For. Ibiá; 6 – Grupo Macaúbas; 7-For. Salobro; 8 – For. Carandaí; 9 – Cinturão Dobrado Sergipano; 10 – Cinturão Dobrado Rio Preto; 11- Cinturão Piancó/Alto-Brígida * Principais unidades estratigráficas com registros glaciais no Paleozóico do Brasil * GENERALIDADES Evolução geológica do planeta caracterizada por períodos de aquecimento e resfriamento de estufa (greenhouse) e geladeira (icehouse) Períodos de resfriamento geleiras avançaram diversas vezes cobrindo extensas áreas continentais glaciações * Correlação entre a curva de variação do nível do mar (Vail et al., 1977) e os períodos de estufa e geladeira (Fisher, 1984), com indicações das principais glaciações nos últimos 700 milhões de anos. E = estufa G = galadeira GL = glaciação * GENERALIDADES Ocorre relação direta entre condições climáticas globais e as variações eustáticas do nível dos oceanos períodos de geladeira parte da água disponível na superfície da Terra retida nos continentes forma de gelo ou neve causando queda global NM temperatura se eleva geleiras derretem e recuam aumento volume de água subida NM * GELEIRAS geleiras consistem grande e espessa massa natural de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada fluido de alta viscosidade neve recristalizada e compactada contem alguma água de degelo e fragmentos de rocha; sob influência da gravidade fluem gradiente abaixo Formação requer temperaturas baixas + alta precipitação atmosférica * GELEIRAS Forma de ocorrência: de vale (valley glaciers) = geleiras alpinas = de altitude massas de gelo típicas de áreas montanhosas padrão dendrítico similar ao de um sistema de drenagem; formam-se a partir do fluxo de gelo proveniente de montanhas adjacentes continentais (ice-sheets) = manto de gelo cobrem extensas áreas e independem do relevo; hoje restritas às regiões de alta latitude Goenlândia e Antártica * Geleiras de vale na Ilha Ellemere no Ártico canadense, alimentadas a partir de capas de gelo no alto das montanhas. Na parte inferior da imagem observa-s uma língua de gelo flutuante adentrando na Baía de Dobbin, com desagregação na margem e formação de icebergs. * Fatores físicos que influenciam dinâmica de expansão e retração das geleiras: Balanço de massa Regime térmico Balanço de massa ganho ou perda de volume de gelo geleiras de vales e continentais; limitados por uma zona de equilíbrio acúmulo e ablação equivalentes ganho de massa zona de acúmulo posição na qual o gelo está sendo alimentado com neve perda de volume zona de ablação por derretimento, sublimação, ação mecânica de água de degelo ou desagregação * Balanço de massa pode ser positivo ou negativo depende saldo da subtração = volume acumulado – volume de ablação balanço positivo geleira sofre acréscimo no volume expande-se em área avanço glacial balanço negativo perda de massa retração da geleira Mudanças na posição, volume e forma resposta alterações climáticas mais expressivas período vários anos com verões mais quentes Pequenas variações anuais T + circulação atmosférica sem interferência significativa no comportamento da geleira * Balanço de massa em geleira de vale * Regime térmico Depende: quantidade de energia solar recebida influenciada por diversos fenômenos cíclicos (dias, noites, estações do ano, ciclos solares, etc.) troca de calor com a atmosfera perda de calor temperatura ar < da neve ou gelo * Regimes térmicos: temperada ou de base úmida (wet-based glacier) está acima do ponto de degelo sob pressão (pressure melting point) condições de T e P basais favoráveis ao degelo presença delgado nível de água de degelo na base polar ou de base seca (dry-based glacier) encontra-se abaixo ponto de degelo sob pressão água degelo inexistente ou desprezível gelo aderido ao substrato congelado maioria possui regime térmico complexo podem ser de base seca em algumas porções e úmidas em outras utilização termo subpolar regime misto maior parte abaixo ponto de degelo sob pressão apresentando certa quantidade água de degelo * FLUXO GLACIAL Deslizamento basal efetivo geleiras de base úmida ação lubrificante água degelo Deformação interna (fluxo plástico) geleiras base seca adesão com o substrato geleiras c/margens estagnadas intenso acúmulo detritos soterra parte frontal esforços compressivos gerados entre parte ativa e margem estagnada produz componente ascendente do fluxo * Regime de fluxo em geleiras de base seca e de base úmida * FLUXO GLACIAL velocidade na superfície somatório movimento por deslizamento basal e deformação interna dependem: espessura gelo, gradiente topográfico, regime térmico > que nas porções laterais e basais grandes geleiras continentais (Antártica) apresentam canais internos c/fluxo diferenciado que se movem mais rapidamente que o gelo adjacente geleiras de vale velocidade < 300m/ano movimento não constante sujeito a aumentos repentinos de velocidade em determinados períodos (glacial surge) algumas geleiras Groenlândia mais 20m/dia no verão * EROSÃO GLACIAL alto poder erosivo papel importante escultura relevo Processos: por abrasão por remoção de blocos (pluncking) ação também fluxos de água de degelo * EROSÃO GLACIAL ABRASÃO partículas incorporadas na base da geleira transportadas sob intensa pressão contra a superfície do substrato detritos agem como ferramentas abrasivas superfícies com diferentes formas indicativas de fluxo estrias glaciais estruturas lineares subparalelas, seção transversal em U ou semi-círculo formam-se pelo arraste de clastos contra uma superfície estrias tipo “cabeça de prego” (nailhead striation) , lunadas, fraturas em crescente permitem determinar sentido do fluxo * Formas indicativas dedireção de fluxo em superfícies de abrasão galcial * EROSÃO GLACIAL ABRASÃO sulcos (grooves) feições lineares de grandes dimensões, relevo negativo podem atingir 1-2m profundidade; 5 -100m comprimento cristas (flutes) estruturas lineares positivas, associadas a pares de sulcos paralelos estrias, sulco e cristas podem se formar sobre sedimentos ainda não litificados; evidência presença de feições de escorregamento nas bordas dos sulcos * Formas indicativas de direção de fluxo em superfícies de abrasão galcial * Tipos de estrias: a) sulco em crescente; b) fratura lunada; c) fratura em crescente; d) estria grampo de cabelo. Seta indica sentido de movimento do gelo. Dimensão das feições varia de cm a dm. * EROSÃO GLACIAL ABRASÃO rochas moutonnée formam-se, nas partes elevadas, quando geleira se desloca sobre substrato rochoso irregular forma assimétrica pela abrasão à montante (menor inclinação) e remoção blocos à jusante (maior inclinação) feições associadas aos fluxos de água de degelo confinados na base da geleira formas lineares: marca erosiva em grampo (hairpin erosional mark) originada pela bifurcação de estrias e sulcos quando da presença de objetos resistentes agindo como obstáculos ao fluxo seixos, concreções * Tipos de estrias: a) sulco em crescente; b) fratura lunada; c) fratura em crescente; d) estria grampo de cabelo. Seta indica sentido de movimento do gelo. Dimensão das feições varia de cm a dm. * A) Estrias, sulcos e cristas produzidos por geleira neopaleozóica sobre arenito devoniano, Wittmarsum, PR, recobertos por tilito de alojamento (ao fundo) (Fotos: A. C. Rocha-Campos). B) Estrias, sulcos e cristas de abrasão glacial sobre tilito de alojamento, Cachoeira do Sul, RS; (Fotos: A. C. Rocha-Campos). A B * Estrias e sulcos em vale glacial quaternário, Andes Bolivianos * Estrias e sulcos em sedimentos penecontemporâneos do Grupo Itararé, PR. * Pavimentos glaciais: E) evidência de escorregamento penecontemporâneo nas bordas de sulcos glaciais em arenitos da For. Dwyka, Permocarbonífero da África do Sul. F) marca erosiva em grampo sobre calcários (fluxo da parte inferior para a superior da foto), Canadá. * C) Rocha moutonnée recente, geleira Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá; (Fotos: A. C. Rocha-Campos). D) estrias, sulcos e cristas de abrasão glacial sobre rocha moutonnée de Salto, SP (Permo-Carbonífero) (Fotos: A. C. Rocha-Campos). C D * EROSÃO GLACIAL Processos de erosão glacial Feições morfológicas de grande escala circos, vales em U, etc. * Feições erosionais e geomórficas de contato com o gelo. a) dorso de baleia, Prince William Sound, Alasca, E. U. A.; b) vale glacial em “U” do rio Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá; c) esker pleistocênico, Minnesota, E. U. A.; d) lago de kettle, geleira Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá. Fotos a e d: Paulo R. dos Santos; b e c: A. C. Rocha-Campos. * EROSÃO GLACIAL ABRASÃO marcas de arrasto de icebergs sedimento marinhos e lacustres quilhas de blocos de gelo flutuante tocam o fundo escavações com forma de sulcos * EROSÃO GLACIAL REMOÇÃO DE BLOCOS (PLUNCKING) quantitativamente mais importante responsável pela produção de objetos que causam abrasão * TRANSPORTE GLACIAL FONTES DE SEDIMENTOS substrato da geleira incorporados por erosão glacial encostas adjacentes geleiras de vale zonas sotopostas carreados para cima través de planos de cisalhamanto formados por esforços compressivos nas margens estagnadas quando englobadas pelo gelo as partículas podem ser transportadas na zona sub, supra ou englacial zona subglacial transporta maior quantidade * TRANSPORTE GLACIAL baixo poder de seleção sedimentos c/ alta imaturidade textural e mineralógica intensa abrasão entre as partículas e substrato clastos facetados, c/faces polidas e estriadas deslocamento do gelo carregado de sedimentos sobre seixos e matacões alojados no substrato clastos em forma de “ferro de passar” ou “bala” * * Matacão facetado e estriado em depósitos glaciais pleistocênicos da For. Yakataga, Ilha Middleton, Alaska. * Clastos facetados e estriados provenientes de rochas glaciais do Grupo Itararé, Permocarbonífero da Bacia do Paraná. * TRANSPORTE GLACIAL Ação mecânica produz partículas tamanho silte pulverização de detritos transportados pelo gelo alta porcentagem de matriz * SEDIMENTAÇÃO GLACIAL diretamente a partir da geleira ou a frente agentes corrente de água de degelo, fluxos de gravidade sedimentos supra e englaciais muito instáveis derretimento + recuo da geleira retrabalhamento por água + redeposição por outros processos baixo potencial de preservação ambiente subglacial ambiente glaciogênico mais importante termos de deposição deposição relacionada avanço e recuo depósitos de ampla distribuição em área tende a ficar alojados em irregularidades do substrato protegidos da remobilização por outros processos * Margem retrátil da geleira Matanuska, Alasca. A) correntes de água de degelo (cabeceiras do Rio Matanuska); B) zona basal do gelo, com coloração escura, rica em detritos transportados; C) corrente de água de degelo fluindo da geleira e transportando areia e cascalho. * SEDIMENTAÇÃO GLACIAL Morenas depósitos formados por ação direta de geleiras em função da posição ocupada; terminais formadas pelo acúmulo de detritos nas margens estagnadas à medida que ocorre degelo com recuo formam-se cristas registram limite máximo atingido pelas últimas fases de avanço glacial laterais e medianas formas alongadas típicas de geleira de vale laterais acúmulo de detritos junto às paredes dos vales medianas desenvolvem-se ao longo da confluência entre duas ou mais geleiras de vale através da junção de suas morenas laterais * Modo de formação de morena terminal. * SEDIMENTAÇÃO GLACIAL Morenas sedimentos clásticos (till), comumente grossos em geral de baixa seleção aspecto maciço abundância de clastos facetados e/ou estriados aspecto mais comum clastos de diferentes formas e tamanhos grânulos a matacões dispersos em matriz fina partículas provenientes da abrasão + fragmentação bimodalidade textural * Morenas recentes no sul dos Andes: A) morena terminal em vale glacial, vendo-se ao fundo a geleira em recuo; B) morena no contato com geleira de base úmida, com destaque para estalactites de gelo e corrente de água de degelo. * SEDIMENTAÇÃO GLACIAL Morenas rocha tilito petrograficamente diamictitos Diferentes processos atuam à frente da geleira responsáveis pela redistribuição dos detritos glaciais em ambientes flúvio-glacial, glácio-lacustre ou glácio-marinho * Diamictito maciço da For. Dwyka, Permocarbonífero, África do Sul; B) Diamictito estratificado da For. Bebedouro, Neoproterozóico, Bahia. * AMBIENTE SUBGLACIAL DEPÓSITOS Tilito de alojamento (lodgement lillites) Tilito de ablação (ablation ou melt-out tillite) distribuição geográfica ampla mas corpos individuais são descontínuos e alongados paralelamente ao fluxo local das geleiras * AMBIENTE SUBGLACIAL DEPÓSITOS Tilitos de alojamento (lodgement lillites) detritos alojados em irregulares do substrato pouco deslocamento apesar do contínuo movimento da geleira corpos individuais pouco espessos (< 3m) muito compactados em geral maciços podendo apresentar fraturas e foliações inclinação indica sentido do fluxo originadas da pressões cisalhantes exercidas pelo gelo * AMBIENTE SUBGLACIAL DEPÓSITOS Tilitos de ablação fase de degelo grande parte do material transportado na base da geleira lentamente liberado com fusão gelo intersticial poucos compactados s/nenhuma orientação preferencial dos clastos mais espessos que os de alojamento ; espessura < 10m * AMBIENTE SUBGLACIAL Tilitos subglaciais distribuição geográfica ampla mas corpos individuais são descontínuos e alongados paralelamente ao fluxo local das geleiras drumlins sobre eles podem se desenvolver cristas e sulcos lineares direção paralela ao fluxo; quando a geleira está sobre o continente durante recuo feições podem ser destruídas pela água de degelo formando leques de outwash; preservação favorecida geleira flui aterrada dentro de corpo d’água e sulcos + cristas recobertos p/sedimentos finos decantados * * Mapa dos depósitos subglaciais quaternários na região noroeste da Inglaterra e sul da Escócia, mostrando que tilitos constituem corpos descontínuos e alongados (drumlins), orientados conforme o fluxo das geleiras. * Superfície glacial exposta com o recuo da Geleira Woodworth, Alasca, evidenciando diferentes feições morfológicas subglaciais e proglaciais: 1= geleira; 2= leque de outwash; 3= lago glacial; 4= drumlim; 5= esker; 6= tills com sulcos e cristas (ultrapassam 0,5m de altura). * A) Sulcos e cristas lineares sobre tilitos pertencentes à base da For. Pakhuis, Ordoviciano, África do Sul; B) detalhe da foto maior anterior, mostrando que os tilitos repousam sobre uma superfície planar estriada e são recobertos por diamictitos estratificados. * AMBIENTE SUBGLACIAL Tilitos subglaciais tilitos de deformação tilitos que apresentam modificações estruturais provocadas por esforços cisalhantes causados pela geleira em movimento * AMBIENTE SUBGLACIAL Tilitos subglaciais eskers cristas alongadas de areia e cascalho na base de geleiras temperadas correntes de água de degelo de alta energia fluem confinadas em condutos escavados no gelo dimensões variáveis podem atingir centenas de km de comprimento /centenas de m de largura presença de estratificação cruzada e plano-paralela internamente ciclos de granodecrescência ascendente * AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL Sistemas aluviais formados por água de degelo transportam + depositam sedimentos na frente das geleiras (ambiente proglacial ) formando planícies de areia e cascalho planícies de outwash ou sandur sistemas flúvio-glaciais proximais à geleira ocorrem na forma de leque aluviais desconfinamento de fluxos subglaciais Processos: fluxos gravitacionais depósitos de boca de túnel fluxos em lençol (sheet flows) fácies conglomeráticas + de arenitos grossos * Superfície glacial exposta com o recuo da Geleira Woodworth, Alasca, evidenciando diferentes feições morfológicas subglaciais e proglaciais: 1= geleira; 2= leque de outwash; 3= lago glacial; 4= drumlim; 5= esker; 6= tills com sulcos e cristas (ultrapassam 0,5m de altura). * AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL sistemas de outwash dinâmica relacionada com avanços e recuos da margem da geleira + variações periódicas na descarga de água de degelo principal época de deposição recuo * AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL Depósitos: diminuição granulométricas fluxo abaixo aumento na seleção e arredondamento dos grãos variações granulométricas verticais oscilações na margem da geleira (avanço e recuo) sequências c/engrossamento textural para o tôpo avanços da margem da geleira aproximação da área fonte feições de corte e preenchimento de várias dimensões * AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL Leques aluviais de outwash transicionam p/rios entrelaçados água captada e canalizada para jusante canais são rasos, dinâmica ativa mudando constantemente de posição conglomerados e arenitos c/ estratificação cruzada de canais e barras vales barrados por geleiras lagos a montante * Sistema fluvial entrelaçado cuja cabeceira situa-se próximo à zona de descarga de água de degelo da geleira Matanuska, Alasca. * AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL Leques aluviais de outwash alcançando corpos de água leques costeiros (fan deltas) ou deltas tipo Gilbert ex: costa do Golfo do Alasca, margem da geleira Malaspina * Mapa: leques de outwash proglaciais (indicado por números) na costa do Alasca; Imagem: destaque para leques derivados da geleira Malaspina, que progradam nas águas do Golfo do Alasca * AMBIENTE GLÁCIO – LACUSTRE Lagos em contato com a geleira Fontes de sedimentos: desagregação de blocos da margem da geleira (calving) queda de clastos de gelo flutuante (ice-rafted debris) correntes de fundo provenientes de túneis englaciais e/ou subglaciais fluxos de gravidade * * * * AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE Correntes de fundo provenientes de túneis englaciais e/ou subglaciais se entrada de fluxos se dá por túneis subglaciais próximo ao fundo do lago de degelo formação de leques ou lobos subaquosos fração grossa transportada pelo fundo como sistemas outwash subaquosos fração fina suspensa decantando lentamente * AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE fluxos de gravidade se densidade da água de degelo que entra no lago > a da água do lago fluxos hiperpicnais de fundo (underflows) correntes de turbidez desagregação de blocos da margem da geleira icebergs deslocam-se em função das correntes liberam detritos com derretimento clastos de grande diâmetro (seixos a matacões) desprendem do gelo (dropstones) caem no fundo perturbando estratificação dos depósitos finos * AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE Lagos distais entrada de sedimentos através sistemas flúvio-glaciais plumas de sedimento em suspensão (interflows ou overflows) deltas glácio–lacustres granulometria grossa + volume elevado da carga sedimentar taludes deposicionais íngremes (tipo Gilbert) deslizamentos, fluxos de detritos e correntes de turbidez Varvitos depósitos mais característicos * AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE Varvitos origem variações sazonais estações do ano Verão sistemas aluviais abastecem sedimentos em suspensão areia muito fina + silte depositam-se rápido argila decanta * AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE Varvitos Inverno água da superfície pode congelar impede entrada de sedimentos depositando argila repetição do processo alternância regular lâminas sílticas e argilosas varvitos * AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO mais importantes sítios de sedimentação glacial em sucessões estratigráficas antigas interação entre processos glaciais e marinhos geleira fonte de sedimentos deposição influenciada por processos marinhos variam de acordo com a distância em relação à margem da geleira * AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO geleira pode avançar mar adentro por vales glaciais submersos fiordes formam-se linhas de gelo flutuante à medida que aumenta a lâmina d’água em golfos, plataformas continentais e oceanos rasos geleiras podem avançar completamente aterradas sobre o fundo do mar por centenas de km se flutuam plataformas de gelo * * AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO subdivididos de acordo com posição em relação à geleira: subglacial processos e depósitos diretamente vinculados à dinâmica da geleira proglacial proximal processos sofrem influência das margens da geleira proglacial distal dominam processos marinhos * * AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO sedimentos da zona proglacial provenientes de material transportado pela geleira retrabalhadopor correntes de água de degelo + fluxos de gravidade subaquosos ou plumas de suspensão fácies combinação de 3 processos tração, ressedimentação , chuva de detritos (rain-out) deposição por correntes subaquosas de água de degelo fluxos contínuos de alta energia fração mais grossa depositada sob forma de lobos características similares (processos e formas de leito) leques de outwash * AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO Chuva de detritos um dos processos mais importantes responsável pela formação espessos pacotes de diamictitos jatos de água de degelo carregados de sedimentos expulsos da geleira penetram no mar parte da carga sedimentar, a mais fina ascende em forma de plumas e permanece em suspensão decantação dos finos + queda de clastos de icebergs ou de plataformas de gelo diamictitos maciços ou pouco estratificados * AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO Ressedimentação gama contínua de processos gravitacionais deslizamentos, escorregamentos até correntes de turbidez * * FÁCIES SEDIMENTARES Diamictitos: maciços ambiente subglacial tilitos de alojamento e de ablação glaciais subaquosos glácio marinhos e lacustres fluxos de detritos coesivos estratificados * * * * FÁCIES SEDIMENTARES Diamictitos: estratificados subaquosos decantação de finos + de queda de clastos de icebergs; correntes de fundo e ressedimentação * * * FÁCIES SEDIMENTARES Folhelhos, lamitos e ritmitos com clastos caídos decantação de finos em ambiente marinho ou lacustre + presença de icebergs ou plataformas de gelo flutuante ricos em clastos transportados * FÁCIES SEDIMENTARES Ritmitos correntes de turbidez de baixa densidade ambientes glácio marinho ou lacustre (turbiditos) sedimentação sazonal lagos glaciais (varvitos) * * Ritmito de Itú: A) vista geral; B) ondulações de corrente e estratificação cruzada cavalgante; C) clasto caído. * FÁCIES SEDIMENTARES Diferença entre varvito e turbidito (Smith & Ashley, 1985) relação de espessura entre as camadas de cada par Turbiditos ambas frações granulométricas transportadas para o sítio deposicional ao mesmo tempo espessuras das duas camadas varia proporcionalmente Varvitos camada argilosa com espessura constante depende só do tempo de decantação e profundidade da bacia; camada silte/areia varia de acordo com duração e energia dos fluxos de fundo * FÁCIES SEDIMENTARES Código descritivo de fácies (Eyles et al. , 1983) Dmm diamictitos matriz sustentados, maciços Dms diamictitos matriz sustentados, estratificados Dmm(c) e Dms(c) diamictitos maciços ou estratificados c/feições de correntes ondulações, e/ou lentes finas de material arenoso/conglomerático Dms(r) diamictitos estratificados c/evidências de ressedimentação Fld folhelhos, lamitos e ritmitos c/clastos caídos * RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS EM SUCESSÕES GLACIAIS hidrocarbonetos, carvão, água subterrânea, argila industrial, diamante e ouro aluvionares diamante no Brasil geleiras retrabalhando os kimberlitos africanos Au no Alasca (flúvio-glacial) Petróleo geometria dos reservatórios e relações com camadas selantes; corpos de arenitos e conglomerados canalizados confinados entre fácies lamíticas Permo-Carbonífero da Bacia do Paraná Grupo Itararé campos gigantes de gás na Bolívia * RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS EM SUCESSÕES GLACIAIS Carvão formam-se durante períodos interglaciais aparecimento de vegetação Ex: atual Baía de Hudson, acumulação de tufeiras; Grupo Itararé
Compartilhar