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$8/$�����0pWRGRV�GH�DYDOLDomR�GH�HVWRTXHV�²�FXVWR�PpGLR 83 o que resultará em $ 1.620.000. Agora, dividiremos $ 1.620.000 por 40 unidades e teremos um valor unitá- rio médio de $ 40.500,00. Esse será o valor médio de cada unidade em estoque. 3º - No dia 03.03.2005, três carros foram vendidos. Na ficha de estoque não interessa o preço de venda (que no exercício é de $ 50.000,00), pois ele importa é no cálculo do total da receita apurada. Na ficha de esto- que esses três carros sairão pelo preço médio unitário com o qual estamos trabalhando: $ 40.500,00. Assim, o total da saída será de $ 121.500. O saldo será: 40 unidades menos 3 unidades é igual a 37 unidades ($ 40.500 cada unidade), totalizando $ 1.498.500. 4º - No dia 04.03.2005, 28 carros foram vendidos. Es- ses 28 carros saíram a $ 40.500 cada, num total de $ 1.134.000. O saldo será de 37 unidade menos 28, totalizando 9 unidades em estoque (cada carro a $ 40.500,00). O saldo será de $ 364.500,00. 5º - No dia 05.03.2005, foi realizada a aquisição de 5 carros ao preço de $ 41.000,00 cada um, num total de $ 205.000,00. Assim, havia 9 carros que somados aos novos 5 adquiridos, totalizam 14 carros. Tínha- mos um total de $ 364.500,00 que agora se somam a mais $ 205.000,00 que chegaram. Assim, se dividirmos 569.500,00 por 14 unidades, teremos um preço médio de $ 40.678,57 para cada unidade. 6º - No dia 06.03.2005, foram vendidos 10 carros no valor de $ 40.678,57 cada um, num total de $ 569.500,00. Ficamos com um saldo de 4 carros de $ 40.678,57 cada, num total de $ 162.714,30. Feito isso podemos apurar o custo da mercadoria ven- dida (CMV) do final desta ficha de estoque, que será a soma dos totais dos carros que foram vendidos: $ 121.500,00 + $ 1.134.000,00 + $ 569.500,00 = $ 1.825.000,00 (este é o CMV). Com base em todas as vendas podemos apurar o total da receita naquele período: � 1R� GLD� ������������ VDtUDP��� FDUURV� GH� �� ���������� cada um, totalizando $ 150.000,00. � 1R� GLD� ������������ VDtUDP���� FDUURV� DR� SUHoR� GH� �� 45.000,00 cada um, totalizando $ 1.260.000,00. � 1R�GLD�������������IRUDP�YHQGLGRV����FDUURV��DR�SUHoR� de $ 48.000,00 cada um, totalizando $ 480.000,00. O total da Receita é de $ 1.890.000,00; em que te- mos: Receita 1.890.000,00 (-CMV) 1.825.000,00 Lucro bruto 65.000,00 Esse é o lucro bruto da empresa naquele período. Exercício 2 Em determinado período, o restaurante e delicates- sen Hosteria realizou as seguintes operações com o vinho Lambrusco: 01.03 - compra de 200 garrafas a $ 100 cada; 05.03 - venda de 250 garrafas no valor total de $ 50.000; 10.03 - compra de 300 garrafas a $ 110 cada; 15.03 - venda de 400 garrafas a $ 220 cada; 20.03 - compra de 100 garrafas a $ 120 cada; 25.03 - venda de 180 garrafas a $ 250 cada. Sabendo que o estoque inicial era de 300 garrafas, a $ 80,00 cada uma, calcule o CMV e o EF. Data Quant. Vr.Unit.$ Total Quant. Vr. Unit.$ Total Quant. Vr. Unit. Total 300 80 24.000 01.03.2005 200 100 20.000 500 88 44.000 05.03.2005 250 88 22.000 250 88 22.000 10.03.2005 300 110 33.000 550 100 55.000 15.03.2005 400 100 40.000 150 100 15.000 20.03.2005 100 120 12.000 250 108 27.000 25.03.2005 180 108 19.440 70 108 7560 84 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS 1º - Temos um estoque inicial de 300 unidades adquiridas a $ 80,00 cada uma. Isso é o saldo que sobrou no final do mês de fevereiro e que temos de registrar contabil- mente para iniciar o mês de março. Portanto, devemos lançá-las na ficha de controle de estoque como saldo. 2º- No dia 01.03.2005, foi feita uma compra de 200 uni- dades a $ 100,00 cada. Agora nosso saldo será apurado de tal maneira que tenhamos um preço unitário médio. Somaremos as unidades em estoque e somaremos o total do valor do que tínhamos com o total do valor que chegou. Dividiremos esse total pelo número de unida- des, e assim teremos um preço unitário médio. Trabalharemos com esse preço médio unitário até a nova compra. A cada nova compra teremos um novo preço médio unitário. Assim, somaremos as 300 unida- des que tínhamos às 200 unidades que chegaram e te- remos um total de 500 unidades. Somaremos o total do valor que tínhamos, $ 24.000.000, ao total do valor do que chegou, $ 20.000,00, resultando em $ 44.000,00. Agora dividiremos esse total de $ 44.000,00 pelas 500 unidades para encontrar o valor unitário médio ($ 88,00). Esse agora será o valor médio de cada unidade em estoque. 3º - No dia 05.03.2005, foram adquiridas 250 unidades. Na ficha de estoque, não interessa o preço de venda; pois, como venho repetindo, o preço de venda só é relevante para o cálculo do total da receita apurada. Na ficha de estoque essas 250 unidades vão sair pelo preço médio unitário com o qual estamos trabalhan- do: $ 88,00. Assim, o total da saída será de $ 22.000. O saldo será de 500 unidades menos 250 unidades, o que é igual a 250 unidades ($ 88,00 cada unidade), totalizando $ 22.000. 4º - No dia 10.03.2005, houve a compra de 300 unida- des ao preço de $ 110,00 cada uma, num total de $ 33.000,00. Agora devemos somar essas 250 unidades às 300 já existentes, cujo total é de 550 unidades. Tí- nhamos um total de $ 22.000 que, somados a mais $ 33.000, dos produtos que chegaram, resulta em $ 55.000,00, que dividido por 550 unidades equivale a um preço médio unitário de $ 100,00. 5º - No dia 15.03.2005, foram vendidas 400 unidades, no valor de $ 100,00 cada, totalizando $ 40.000,00. Ficamos com um saldo de 150 unidades, a $ 100,00 cada uma, num total de $ 15.000,00. 6º - No dia 20.03.2005, foram compradas 100 unidades, a $ 120,00 cada uma, num total de $ 12.000,00. Pas- samos a ter, então, um total de 250 unidades no valor de $ 27.000,00. Obteremos um valor unitário médio de $ 108,00. 7º - Por fim, no dia 25.03.2005, foram vendidas 180 uni- dades ao preço unitário de $ 108,00, ficando com um saldo de 70 unidades, a $ 108,00 cada uma, o que totaliza $ 7.560,00. Agora, podemos apurar o custo da mercadoria vendi- da (CMV) do final dessa ficha de estoque, que será a soma dos totais das unidades que foram vendidas: $ 22.000,00 + 44.000,00 + 19.440,00 = $ 81.440,00. Esse é o CMV. Agora podemos considerar todas as vendas, pelo pre- ço de venda, para apurar o total da receita naquele perí- odo. � 1R�GLD������������VDtUDP�����XQLGDGHV�QXP�WRWDO�GH� $ 50.000,00.. � 1R�GLD������������VDtUDP�����XQLGDGHV��DR�SUHoR�GH� $ 220,00 cada, totalizando $ 88.000,00. � 1R�GLD�������������VDtUDP�����XQLGDGHV��DR�SUHoR�GH� $ 250,00 cada, num total de $ 45.000,00. Assim, o total da receita é de $ 183.000,00, em que temos: Receita 183.000,00 (-CMV) 81.400,00 Lucro bruto 101.600,00 Resumo Nesta aula aprendemos a levantar o CMV (Custo de Mercadoria Vendida), utilizando o sistema de Custo Mé- dio, também conhecido como Média Ponderada Móvel (MPM), que consiste em calcular o valor do estoque pela média, dividindo-se o valor total do estoque pelas unida- des existentes. Atividade 1. Descreva o método MPM de obtenção do custo de mercadoria vendida. 2. Refaça, sozinho, os dois exercícios resolvidos nesta aula. Na próxima aula faremos exercícios sobre os métodos PEPS, UEPS e MPM. Espero você. Exercícios dos métodos de avaliação de estoques AULA 17 Objetivos � ,GHQWLILFDU��HQWHQGHU�H�DQDOLVDU�RV�PpWRGRV� de avaliação de estoques PEPS, UEPS e Custo Médio. � $SXUDU�R�&09�H�R�OXFUR�EUXWR��XWLOL]DQGR�RV� métodos PEPS, UEPS e Custo Médio. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Administração de estoques Unidade 02 86 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Introdução Nas aulas anteriores,estudamos os métodos PEPS, UEPS, Custo Médio e acompanhamos a solução dos exer- cícios 1 e 2, utilizando os três métodos. Nesta aula treinaremos um pouco mais esses méto- dos, resolvendo quatro novos exercícios. Exercício 1 No mês de outubro de 2005, a Natura realizou as seguintes operações com a matéria prima copaíba, resina utilizada pelos índios como cicatrizante da pele e antiin- flamatório, comprada na Amazônia, em vidros de 500ml, para sua linha de produtos “EKOS”. Essa copaíba é tam- bém exportada para uma empresa fabricante de tinta para porcelana na Itália: 01.10 - entrada de 30 unidades a R$ 10,00; 05.10 - entrada de 8 unidades a R$ 12,00; 10.10 - saída de 52 unidades ao preço de R$ 22,00 cada; 12.10 - entrada de 4 unidades a R$ 15,00; 15.10 - entrada de 25 unidades a R$ 17,00; 20.10 - entrada de 6 unidades a R$ 18,00; 24.10 - saída de 8 unidades ao preço de R$ 25,00 cada; 28.10 - saída de 26 unidades ao preço de R$ 28,00 cada. Sabendo-se que havia no estoque inicial 20 unidades de R$ 5,00 cada uma, calcule o valor do Custo das Mer- cadorias Vendidas e o Estoque Final pelos três métodos: PEPS, UEPS e MPM. RESPOSTAS CMV ESTOQUE FINAL PEPS 964,00 1,2500 UEPS 1044,00 45,00 MPM 979,00 109,97 Exercício 2 O quadro a seguir apresenta um controle de entradas e saídas do estoque de uma fábrica que deseja fazer uma avaliação do custo desses estoques. Dia Entradas no Estoque Saídas do Estoque Quantidade Preço Unitário Quantidade Preço Unitário 01.10 10 150 10.10 30 120 12.10 35 15.10 12 170 19.10 15 190 30.10 28 Calcule o valor do custo das mercadorias vendidas e o estoque final pelos três métodos (PEPS, UEPS e MPM) e construa o quadro de apuração do lucro bruto, sendo o preço de venda de R$ 210,00 cada unidade, no dia 12.10, e R$ 250,00 cada unidade, no dia 30.10. RESPOSTAS CMV ESTOQUE FINAL PEPS 9230,00 760,00 UEPS 9390,00 600,00 MPM 9299,06 690,92 Exercício 3 No mês de outubro de 2005, a empresa X de eventos, de Belo Horizonte, realizou a seguinte movimentação no seu estoque de latas de atum para os salgados: 01.10 - entrada de 30 unidades a R$22,00; 05.10 - saída de 12 unidades ao preço de R$ 40,00 cada; 12.10 - entrada de 15 unidades a R$ 25,00; 15.10 - entrada de 22 unidades a R$ 28,00; 20.10 - saída de 8 unidades ao preço de R$ 45,00 cada; 28.10 - saída de 26 unidades ao preço de R$ 48,00 cada. Sabendo que o estoque inicial estava constituído por 10 unidades de R$ 20,00 cada uma, determine o valor do custo das mercadorias vendidas e o estoque final pelos três métodos (PEPS, UEPS e MPM) e construa o quadro de apuração do lucro bruto. RESPOSTAS CMV ESTOQUE FINAL PEPS 1010,00 841,00 UEPS 1180,00 671,00 MPM 1091,00 759,50 Exercício 4 $QDOLVH�D�VLWXDomR�GR�HVWRTXH�GD�5HGH�GH�+RWpLV�;<=� Ltda., apresentada no quadro a seguir: $8/$�����([HUFtFLRV�GRV�PpWRGRV�GH�DYDOLDomR�GH�HVWRTXHV 87 Itens Custo Unitário Estoque em 1/1/2005 0 0,00 Entrada no Estoque em 20/1/2005 100 10,00 Entrada no Estoque em 25/1/2005 150 12,00 Saída do Estoque em 30/1/2005 150 Quais os valores, em reais, do estoque dessa empresa, respectivamente, pelos processos PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair) e UEPS (último a entrar e primeiro a sair) e custo médio ao final do mês de janeiro de 2005, consi- derando o estoque inicial nulo? RESPOSTAS CMV ESTOQUE FINAL PEPS 1600,00 1200,00 UEPS 1800,00 1000,00 MPM 1680,00 1120,00 Gostaria que você fizesse os exercícios para ver se en- tendeu os métodos de ficha de estoque. Agora, confira a resolução dos exercícios feitos por você com os resultados dados por mim. Mas tente resolvê-los antes olhar os meus resultados. Boa sorte! Resolução dos exercícios Exercício 1 Método PEPS FIFO Entrada Saída Saldo Data Quant. Vr.Unit. Total Quant. Vr.Unit. Total Quant. Vr.Unit. Total R$ - R$ - 20 R$ 5,00 R$ 100,00 1/abr 30 R$ 10,00 R$ 300,00 R$ - 30 R$ 10,00 R$ 300,00 5/abr 8 R$ 12,00 R$ 96,00 R$ - 8 R$ 12,00 R$ 96,00 10/abr R$ - 20 R$ 5,00 R$ 100,00 R$ - R$ - 30 R$ 10,00 R$ 300,00 R$ - R$ - 2 R$ 12,00 R$ 24,00 R$ - R$ - R$ - 6 R$ 12,00 R$ 72,00 12/abr 4 R$ 15,00 R$ 60,00 R$ - 4 R$ 15,00 R$ 60,00 15/abr 25 R$ 17,00 R$ 425,00 R$ - 25 R$ 17,00 R$ 425,00 20/abr 6 R$ 18,00 R$ 108,00 R$ - 6 R$ 18,00 R$ 108,00 24/abr R$ - 6 R$ 12,00 R$ 72,00 R$ - R$ - 2 R$ 15,00 R$ 30,00 R$ - R$ - R$ - 2 R$ 15,00 R$ 30,00 R$ - R$ - 25 R$ 17,00 R$ 425,00 R$ - R$ - 6 R$ 18,00 R$ 108,00 28/abr R$ - 2 R$ 15,00 R$ 30,00 R$ - R$ - 24 R$ 17,00 R$ 408,00 R$ - R$ - R$ - 1 R$ 17,00 R$ 17,00 R$ - R$ - 6 R$ 18,00 R$ 108,00 R$ 964,00 UEPS entrada saida saldo data quant vr. unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/abr 0 0 20 5 100 1/abr 30 10 300 30 10 300 5/abr 8 12 96 0 20 5 100 5/abr 0 0 30 10 300 5/abr 0 0 8 12 96 10/abr 0 8 12 96 0 10/abr 0 30 10 300 0 88 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS 10/abr 0 14 5 70 6 5 30 12/abr 4 15 60 0 4 15 60 15/abr 25 17 425 0 6 5 30 15/abr 0 0 4 15 60 15/abr 0 0 25 17 425 20/abr 6 18 108 0 6 5 30 20/abr 0 0 4 15 60 20/abr 25 17 425 20/abr 0 0 6 18 108 24/abr 0 6 18 108 6 5 30 24/abr 2 17 34 4 15 60 24/abr 0 23 17 391 28/abr 23 17 391 6 5 30 estoque final 28/abr 3 15 45 1 15 15 estoque final 989 1044 MPM entrada saida saldo data quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/abr 0 0 20 5 100 1/abr 30 10 300 30 10 300 mpm 0 0 50 8 400 5/abr 8 12 96 0 8 12 96 mpm 0 0 58 8,551724 496 10/abr 0 52 8,55 445 6 8,55 51,3 12/abr 4 15 60 0 4 15 60 mpm 0 0 10 11,13 111,3 15/abr 25 17 425 0 25 17 425 mpm 0 35 15,32286 536,3 20/abr 6 18 108 0 6 18 108 mpm 0 0 41 15,71463 644,3 24/abr 0 8 15,71 126 33 15,71 518,43 28/abr 0 26 15,71 408 7 15,71 109,97 0 979 0 PEPS receita bruta apuração do lucro 52 22 1144 rec. bruta 2072 8 25 200 cmv 964 26 28 728 rec. líquida 1108 86 Rec. líquida 2072 UEPS receita bruta apuração do lucro 52 22 1144 rec. bruta 2072 8 25 200 cmv 1044 $8/$�����([HUFtFLRV�GRV�PpWRGRV�GH�DYDOLDomR�GH�HVWRTXHV 89 26 28 728 rec. líquida 1028 86 Rec. líquida 2072 MPM receita bruta apuração do lucro 52 22 1144 rec. bruta 2072 8 25 200 cmv 978,74 26 28 728 rec. líquida 1093,26 86 Rec. líquida 2072 Exercício 2 PEPS entrada saida saldo data Quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/abr 0 10 20 200 1/abr 30 22 660 0 30 22 660 5/abr 0 10 20 200 0 5/abr 0 2 22 44 28 22 616 12/abr 15 25 375 0 15 25 375 15/abr 22 28 616 0 22 28 616 20/abr 0 8 22 176 20 22 440 20/abr 15 25 375 20/abr 0 0 22 28 616 28/abr 0 20 22 440 0 6 25 150 9 25 225 22 28 616 estoque final 1651 860 UEPS entrada saida saldo data Quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/abr 0 10 20 200 1/abr 30 22 660 0 30 22 660 5/abr 0 12 22 264 10 20 200 5/abr 0 0 18 22 396 12/abr 15 25 375 0 15 25 375 15/abr 22 28 616 0 22 28 616 20/abr 0 8 28 224 10 20 200 20/abr 18 22 396 20/abr 0 0 15 25 375 20/abr 0 0 16 28 448 28/abr 16 28 448 10 20 200 10 25 250 18 22 396 5 25 125 1651 488 721 estoque final 90 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS MPM entrada saidasaldo data Quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/abr 0 10 20 200 1/abr 30 22 660 0 30 22 660 mpm 0 0 40 21,5 860 5/abr 0 12 21,5 258 28 21,5 602 12/abr 15 25 375 0 15 25 375 mpm 0 0 43 22,72093 977 15/abr 22 28 616 0 22 28 616 mpm 65 24,50769 1593 20/abr 0 8 24,5 196 57 24,5 1396,5 28/abr 0 26 24,5 637 31 24,5 759,5 0 0 0 0 0 1651 1091 0 PEPS receita bruta apuração do lucro 12 40 480 rec. bruta 2088 8 45 360 cmv 985 26 48 1248 rec. líquida 1103 46 Rec. líquida 2088 UEPS receita bruta apuração do lucro 12 40 480 rec. bruta 2088 8 45 360 cmv 1186 26 48 1248 rec. líquida 902 46 Rec. líquida 2088 receita bruta apuração do lucro 12 40 480 rec. bruta 2088 8 45 360 cmv 1091 26 48 1248 rec. líquida 997 46 Rec. líquida 2088 $8/$�����([HUFtFLRV�GRV�PpWRGRV�GH�DYDOLDomR�GH�HVWRTXHV 91 Exercício 3 PEPS entrada saida saldo data quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/jan 0 0 0 0 20/jan 100 10 1000 0 100 10 1000 25/jan 150 12 1800 0 100 10 1000 25/jan 0 0 150 12 1800 30/jan 0 100 10 1000 0 30/jan 0 50 12 600 100 12 1200 estoque final 2800 1600 UEPS entrada saida saldo data quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/jan 0 0 0 0 20/jan 100 10 1000 0 100 10 1000 25/jan 150 12 1800 0 100 10 1000 25/jan 0 0 150 12 1800 30/jan 0 150 12 1800 100 10 1000 estoque final 2800 1800 MPM entrada saida saldo data quant vlr unit total quant vlr unit total quant vlr unit total 1/jan 0 0 20/jan 100 10 1000 0 100 10 1000 25/jan 150 12 1800 0 100 10 1000 25/jan 0 0 150 12 1800 mpm 0 0 250 11,2 2800 30/jan 0 150 11,2 1680 100 11,2 1120 2800 1680 PEPS receita bruta apuração do lucro 12 40 480 rec. bruta 2088 8 45 360 cmv 985 26 48 1248 rec. líquida 1103 46 rec. líquida 2088 UEPS receita bruta apuração do lucro 92 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS 12 40 480 rec. bruta 2088 8 45 360 cmv 1186 26 48 1248 rec. líquida 902 46 rec. líquida 2088 receita bruta apuração do lucro 12 40 480 rec. bruta 2088 8 45 360 cmv 1091 26 48 1248 rec. líquida 997 46 rec. líquida 2088 Resumo Esta foi uma aula de exercícios. Resolvemos 3 novos exercícios, apurando o CMV e lucro bruto utilizando os três métodos: PEPS, UEPS e MPM. Inventário AULA 18 Objetivos � (QWHQGHU�R�VLJQLILFDGR�GH�LQYHQWiULR� � ,GHQWLILFDU�H�DQDOLVDU�XP�LQYHQWiULR� � 2UJDQL]DU�XPD�HPSUHVD�SDUD�R�LQYHQWiULR� ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Administração de estoques Unidade 02 94 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Introdução Após termos estudado cada método de avaliação de estoque, vamos, nesta aula, entender o controle físico do estoque. Inventário físico Uma das funções da Administração de Materiais é a exatidão nos registros de estoque, uma vez que toda a mo- vimentação do estoque deve ser registrada. O inventário físico consiste na contagem individualizada e periódica de todo o estoque existente. Essa periodicidade depende muito do enfoque que cada empresa dá aos estoques. A contagem é feita para conferir: a. diferenças em valor, entre o estoque físico e o esto- que contábil; b. diferenças entre registro contábil e registro físico (quantidade que está na estante); c. apuração do valor total do estoque contábil, para os balanços ou balancetes. No que diz respeito a essa apuração, o inventário é feito perto do final do ano fiscal. Os inventários podem ser: Inventários gerais Realizados ao final do exercício fiscal, eles englobam todos os itens de estoque de uma só vez. São tarefas rela- tivamente longas, com uma quantidade elevada de itens, o que impossibilita a análise das causas das diferenças de estoque e ,conseqüentemente, o ajuste dessas diferenças. Inventários rotativos Procura distribuir as contagens dos itens em estoque ao longo do ano, contando um tanto a cada mês, o que reduz o tempo de execução da tarefa, melhora as análises das causas de diferenças em estoque e facilita os ajustes, de forma que proporciona um melhor controle. Através de contagens programadas, todos os itens de estoque se- rão conferidos: matéria-prima, embalagens, suprimentos, produtos em processo e produtos acabados. Pode-se utilizar a curva ABC para fazer uma separação dos itens em estoque, para que a empresa faça inventários segundo a importância dos itens: Grupo 1 – serão colocados os itens mais importantes para serem inventariados três vezes durante o ano. Isso se deve ao fato de esses itens representarem maior valor e serem essenciais à produção. Grupo 2 – será composto pelos itens de importância média quanto ao valor de estoque, estratégia em relação à produção e ao custo de manutenção. Esses itens serão inventariados duas vezes durante o ano. Grupo 3 – será constituído pelo resto dos itens. Itens que representam menor valor. Esses serão inventariados uma vez durante o ano. Preparação e planejamento para o inventário A empresa deve se preparar para o inventário para que obtenha bons resultados. Deverão ser preparados: a. folhas de convocação para o pessoal, na qual se defi- ne quem são os convocados, datas, horários e locais de trabalho; b. fornecimento de material para registro em quantida- de adequada para uma contagem correta; c. análise da organização física, de modo que se facilite a localização dos itens; d. método para a contagem dos itens a serem inventa- riados e o devido treinamento dos contadores; e. Cut-off (controle das diferenças de inventário (ex- plicarei esse conceito logo a seguir) para documen- tação e movimentação de materiais a serem inven- tariados. Convocação Organização das equipes de 1ª contagem (serão os re- conhecedores). Organização das equipes de uma 2ª con- tagem (serão os revisores). Três semanas antes, será distri- buída a lista de convocação para cada funcionário, com as devidas explicações e algo para motivar o funcionário para um bom desempenho no trabalho a ser executado. Cartão de inventário O melhor meio de registro ainda é um cartão com partes destacáveis para até três contagens. Se necessário, os cartões podem ser impressos em cores diferentes para a identificação dos tipos de estoque a serem contados. Os cartões deverão ser preenchidos antes de anexados aos lotes a serem inventariados, os quais deverão conter a localização e a descrição do material, código, unidade e data do inventário. $8/$�����,QYHQWiULR 95 CÓDIGO: DESCRIÇÃO: LOCAL: CÓDIGO: 3ªCONTAGEM DESCRIÇÃO: LOCAL: QUANTIDADE: VISTO CONTEÚDO CÓDIGO: DESCRIÇÃO: 2ªCONTAGEM LOCAL: QUANTIDADE: VISTO CONTÉUDO CÓDIGO: DESCRIÇÃO: 1ªCONTAGEM LOCAL: QUANTIDADE: VISTO CONTEUDO Modelo de ficha de inventário Organização física As áreas e os itens de estoque que serão inventariados deverão ser organizados da melhor maneira possível, por exemplo: reunir os produtos iguais, identificar todos os itens com seus devidos cartões, deixar os corredores livres para facilitar a movimentação, separar os itens que não serão inventariados. Também deverá ser preparado todo o material necessário para o inventário, como: balanças, escadas, equipamentos de transporte, etc. Cut-off (Controle das diferenças de inventário) É uma das tarefas mais importantes do inventário. Pode ser feito através de um mapa com todos os detalhes dos três últimos documentos emitidos antes do inventário (notas fiscais, notas de entrada de mercadoria, requisição de material, devolução de material). No dia do inventário não deve haver movimentação de material. O departa- mento de compras deve pediraos fornecedores para não entregar nenhum material nesse dia. O departamento de produção deverá ter pedido tudo o que precisa, antes do inventário. Os produtos acabados devem ter sido transfe- ridos para o almoxarifado antes da contagem. O departa- mento de entrega deverá isolar os produtos que já estive- rem faturados, aguardando para serem entregues. Tudo isso deve ser feito para que o inventário tenha sucesso. Em algumas situações, o inventário deverá acontecer sem que se interrompa a produção, a entrega e o recebi- mento de material. Nesse caso, o controle de cut-off de- verá ser mais rigoroso ainda. Isso, para que os itens não sejam contados duas vezes , ou deixem de ser contados. 96 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS CONTROLE DAS DIFERENÇAS DE INVENTÁRIO DATA ___/___/___ CÓDIGO DESCRIÇÃO UNIDADE VALOR UNIT. ESTOQUE ESTOQUE DIFERENÇA VR. DA DIFERENÇA OBS: ANOTADO INVENTÁRIO (+) (- ) Coordenador Inventário: Conferido Auditoria Contabilidade Aprovado POR: Externa Por: Atualização e registros de estoque Todas as entradas e saídas devem ser registrados, dia a dia. Assim, os saldos estarão sempre atualizados. Todos os documentos devem ser carimbados com um “antes do in- ventário” e um “depois do inventário”. Assim, não haverá confusão na hora do fechamento do inventário. Contagem do estoque Todo item de estoque que estiver sendo inventariado deverá ser contado duas vezes. A 1ª equipe deverá fazer a primeira contagem. Feitas as anotações na primeira parte do cartão, este será entregue à 2ª equipe de contagem. Esta equipe contará novamente o item, registrando o resul- tado na segunda parte do cartão. Se a primeira contagem conferir com a segunda, tudo bem. Se não conferir, será necessária uma terceira contagem por uma outra equipe, diferente das duas primeiras. O cartão de inventário con- tinuará fixado ao lote contado e só poderá ser retirado ao final do inventário. Reconciliações e ajustes Os departamentos envolvidos nos controles de es- toque terão que justificar as diferenças ocorridas entre o $8/$�����,QYHQWiULR 97 estoque contábil e o inventariado. O departamento de controle de estoque preencherá o Cut-off. Será registrada a somatória do valor contábil, físico, diferenças positivas e negativas e diferença total. A empresa deverá ter suas po- líticas de percentuais de diferenças que podem ser aceitos ou não. A tendência é que, para os itens da classe A, não se aceitem ajustes de inventários, devendo sempre justifi- car o motivo da diferença. Finalizado o inventário e aprovados os ajustes, o con- trole de estoque emitirá uma relação com os ajustes au- torizados. Resumo Esta aula 18 foi desenvolvida para mostrar o que sig- nifica um inventário de estoque, para você aprender a organizar um inventário, através de equipes de trabalho de contagem e registro dessa contagem. Vimos que é um trabalho minucioso e que temos alguns formulários que devem ser preenchidos e fixados nos lotes a serem conta- dos. Devemos analisar os inventários, fazendo os devidos ajustes e recolhendo as devidas justificativas de cada de- partamento participante. A empresa deve ter uma política de percentagem de ajuste aceitável. Ultrapassar essa per- centagem seria inadmissível. E a tendência em relação a classe A é a não aceitação de ajuste e a obrigatoriedade de justificativa. Atividades 1. Quais as necessidades para a realização de um inventá- rio? 2. Quais os objetivos do inventário geral e do inventário rotativo? 3. Cite três vantagens e três desvantagens do inventário geral e do rotativo? 4. Elabore um esquema para a realização de um inventá- rio? 5. Qual a importância do cut-off em um inventário? Terceirização – comprar ou fabricar AULA 19 Objetivos � 5HODFLRQDU�H�GLVWLQJXLU�YHUWLFDOL]DomR�GH�KR- rizontalização; � $QDOLVDU� DV� YDQWDJHQV� H� GHVYDQWDJHQV� GH� cada uma dessas estratégias de aquisição de recursos materiais e patrimoniais. � $SUHQGHU�D�FDOFXODU�RV�FXVWRV�GD�YHUWLFDOL]D- ção e da horizontalização. � 'HPRQVWUDU� JUDILFDPHQWH� DV� GXDV� HVWUDWp- gias. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Aquisição de recursos materiais Unidade 03 100 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Introdução A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande vantagem competitiva. Se por um lado decidir produzir mais internamente, ela ganha independência, mas perde flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de terceiros, ela pode tor- nar-se dependente dos fornecedores. Sendo assim, a em- presa terá que decidir também o grau de relacionamento que deseja ter com seus parceiros. Basicamente, a empresa tem duas estratégias opera- cionais para definir a aquisição dos bens materiais: a verticalização e a horizontalização. Verticalização A verticalização é a estratégia que prevê que a em- presa produzirá internamente tudo o que puder. No início do sé- culo XX, era comum as grandes empresas produzirem quase tudo que utilizavam nos produtos finais. Um exemplo mui- to conhecido é o da Ford, que produzia o aço, o vidro, os pneus e até a borracha para a fabricação de seus automóveis. Para produzir borracha, a Ford manteve dois núcleos de produção no Brasil até 1946. Vantagens: – Independência em relação a terceiros – a empresa tem maior liberdade na alteração de suas políticas, pra- zos e padrão de qualidade. – Liberdade para mudar planos – o poder de priorizar um produto em detrimento de outro que naquele mo- mento é menos importante. – Maiores lucros - os lucros que seriam repassados aos fornecedores ficam na empresa. – Manutenção de “segredos” industriais – manter o domínio de tecnologia própria de fabricação de certos produtos, não deixando que seus segredos caiam nas mãos dos concorrentes. Desvantagens: – Maior investimento em instalações e equipamentos – a empresa necessita ter mais instalações e mais ma- quinário para realizar a produção. – Menor flexibilidade para alterar processos e incor- porar tecnologias novas - como a empresa investe mais recursos na verticalização, tem menos flexibilida- de para alterações na produção: � VHMD�SDUD�LQFRUSRUDU�QRYDV�WHFQRORJLDV�RX� � SDUD�PRGLILFDU�YROXPHV�GH�SURGXomR�GHYLGR�D�PX- danças no mercado (queda ou aumento nos pedi- dos de clientes, por exemplo). Quando se produz internamente, é difícil, e custa caro, a decisão de parar a produção, se a demanda for baixa, ou comprar novos equipamentos e contratar mais funcionários para um período de maior demanda. MARGEM: A Henry Ford Motores e Cia. fundou a Fordlândia e a Belterra, dois núcleos urbanos localizados à margem do baixo rio Tapajós, no encontro das águas desse rio com o Amazonas, no município de Santarém, em 1928, mantendo-os ativos até 1946, quando, então, Ford encerrou todas as ativida- des e cedeu o patrimônio ao governo brasileiro. Com estilo urbano rural americano, es- ses núcleos serviram de base logística para a exploração racional de borra- cha, destinada a atender à demanda da indústria de pneumático (diz-se de máquina, aparelho ou dispositivo que funciona graças à energia proporcio- nada pelo ar comprimido) da América do Norte. $8/$�����([HUFtFLRV�GH�YHUWLFDOL]DomR�H�KRUL]RQWDOL]DomR 101 Horizontalização A horizontalização é a estratégia de comprar de ter- ceiros o máximo possível dos itens que compõem o pro- GXWR�ÀQDO�RX�RV�VHUYLoRV�GH�TXH�D�HPSUHVD�QHFHVVLWD�A tendência atual do mercado é para a horizonta- lização, também chamada terceirização. Isso aconte- ce por meio de parcerias com empresas especializadas existentes no mercado. Entretanto, não é comum a ter- ceirização de processos fundamentais (core process). Por exemplo, empresas de cosméticos não terceirizam sua parte de desenvolvimento do produto porque não interessa às empresas repassar a tecnologia ou a quali- dade do produto para os concorrentes. Vantagens: – Redução de custos – a empresa não precisar investir em instalações de produção. – Maior flexibilidade e eficiência – é vantajoso poder alterar os volumes de produção devido a uma even- tual mudança no mercado. A empresa tem a opção de comprar do fornecedor o que acha necessário ou até mesmo passar um período sem adquirir nada. – Incorporação de novas tecnologias – a empresa conta com o know-how dos fornecedores e esses é que têm de acompanhar as mudanças, estar a par das novidades de mercado e renovar seus equipa- mentos. Quem terceiriza tem a função de apenas sinalizar que precisa de algo novo, e, se o seu for- necedor não tem aquilo de que precisa, a empresa simplesmente procura outro fornecedor. Desvantagens: – Menor controle tecnológico – ao mesmo tempo em que é uma vantagem não ter que arcar com novas tecnologias, é também uma desvantagem precisar procurar um fornecedor mais completo tecnologica- mente. – Perda na auferição de lucro, que é dado ao forne- cedor – quando a empresa deixa de produzir algum item necessário ao seu produto final e terceiriza essa parte, ela terá de pagar ao fornecedor por isso. Esse pagamento equivale ao custo da produção mais o lu- cro do fornecedor. Se ela mesma estivesse produzin- do o que cabe ao fornecedor, teria menos despesas. – Maior exposição – maior acesso dos fornecedores à sua produção. Veja este exemplo de terceirização: Os restaurantes começaram a implantar o serviço de delivery, que cresceu rapidamente. Isso ocorreu porque os clientes se adaptaram ao esquema de deixar de fazer comida em casa e passaram simplesmente a terceirizar esse serviço. Com isso, surgiram empresas especializa- das no ramo, prontas para responder à demanda desses clientes. Comprar X fabricar A dúvida entre comprar ou fabricar existe não é de hoje. Como acabamos de ver, uma empresa, ao optar por uma dessas duas ações, deve decidir se é melhor terceirizar parte de sua produção ou apostar na presta- ção de serviços. Já existem várias empresas que prestam serviços de compras, manutenção predial, mecânica, elétrica etc. Para responder a essa pergunta, a empresa precisa estudar alguns aspectos ligados à sua estratégia global, além, de avaliar os custos, é claro. Em primeiro lugar, veja como avaliar os custos. Apresentamos a seguir os conceitos básicos: Conceito chave: CT = CF + CV x Q � &7� �FXVWR�WRWDO � &)� �FXVWR�IL[R � &9� �FXVWR�YDULiYHO � 4� �TXDQWLGDGH�HQYROYLGD Para entender esse assunto, o ideal é trabalhar com exemplos. Dessa maneira, você visualizará mais rapi- damente a situação e verá a praticidade desse estudo. Vamos lá ? Exemplo 1 Uma empresa produz um determinado bem que, num certo momento, precisa ser atualizado. O depar- tamento de compras analisa se deve contratar o serviço 102 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS de terceiros para essa atualização ou montar um sistema de atualização interno. Dados disponíveis: Produção interna Produção terceirizada Quantidade de cafés servidos por ano 5.000 5.000 Custo fixo ($/ano) 4.000,00 1.000,00 Custo variável ($/unidade) 12,00 14,00 a. Para uma quantidade de 5.000 cafés, o que é melhor que a empresa faça: terceirizar ou produzir interna- mente? b. Há algum caso em que não faz diferença entre a em- presa produzir tudo internamente ou terceirizar? Isso é o mesmo que perguntar: qual é o ponto de equi- líbrio? Ponto de equilíbrio custo total interno = custo total terceirizado c. Construa um gráfico do custo de produção, em que se mostre o ponto de equilíbrio. Resolução a. Custo Total = CF + ( CV x Q ), então: Custo total interno = CTI =4.000,00 + (12,00 X 5.000) = 4.000,00 + 60.000,00 = 64.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 1.000,00 + (14,00 X 5.000) = 1.000,00 + 70.000,00 = 71.000,00 Assim, para uma quantidade de 5.000 cafés, é melhor que a empresa faça todo o café dentro do próprio estabe- lecimento. b. Deve-se procurar o ponto de equilíbrio entre produzir e terceirizar, ou seja: CTI = CTT O ponto de equilíbrio será o momento em que tercei- rizar ou produzir internamente traz os mesmos benefícios para a empresa, pois os custos se igualam nesse momen- to. Essa equação de primeiro grau representa, matemati- camente, a relação (CTI = CTT) do ponto de equilíbrio. Para resolvê-la temos, de um lado, custos fixos, e de outro, custos variáveis constantes. Assim, para estabelecermos a igualdade (dos dois la- dos da equação), há um elemento que deverá variar para equilibrar os dois lados. Esse elemento é a quantidade. Essa será a incógnita, ou seja, este elemento (a quantidade = Q) que irá variar para que os custos sejam iguais. 4.000 + (12,0 X Q) = 1.000 + (14,0 X Q) 4.000 - 1.000 = 14,0 Q - 12,0 Q 3.000 = 2 Q 3.000 / 2 = Q 1.500 = Q PE = Q = 1.500 unidades Assim, para uma quantidade de 1.500 cafés da ma- nhã, a empresa pode terceirizar ou produzi-lo interna- mente, pois os custos serão os mesmos. Veja: CTI no ponto de equilíbrio = 4.000,00 + (12,00 x 1.500) = 4.000,00 + 18.000 = 22.000,00 CTT no ponto de equilíbrio = 1.000,00 + (14,00 x 1.500) = 1.000,00 + 21.000,00 = 22.000,00 Os custos realmente se igualam no ponto de equilíbrio. c. Vamos construir juntos um gráfico do custo de produ- ção, mostrando o ponto de equilíbrio. Para construir tal gráfico, vamos primeiro montar uma tabela com três quantidades diferentes para conseguirmos comparar o que é melhor, em termos de custos, abaixo do ponto de equilíbrio e acima do ponto de equilíbrio. Para montar a tabela - utilizaremos a quantidade do ponto de equilíbrio (Q = 1.500) -, colocaremos uma quantidade menor do que essa aci- ma relacionada – de preferência a quantidade zero. Fare- mos isso para que o gráfico tenha início no cruzamento dos dois eixos. E também para entendermos que, quando trabalhamos com uma quantidade zero de produção, tere- mos apenas os custos fixos. Ou seja, quando nossa fábrica $8/$�����([HUFtFLRV�GH�YHUWLFDOL]DomR�H�KRUL]RQWDOL]DomR 103 não está produzindo nada, nossa quantidade será zero. Assim, zero vezes o custo variável é igual a zero. Pensando mais um pouco, veremos que, se não estamos produzindo nada, teremos apenas os custos fixos como gastos. - Acima da quantidade do ponto de equilíbrio (PE), inserimos qualquer valor para a quantidade supe- rior à do PE. - Calculamos os custos para as quantidade correspon- dentes, colocando os valores das quantidades nas fórmulas: 1. Quantidade zero (0): Custo total interno = CTI = 4.000,00 + (12,00 X 0) = 4.000,00 + 0 = 4.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 1.000,00 + (14,00 X 0) = 1.000,00 + 0 = 1.000,00 Análise: Veja, é exatamente isto: quando não estamos produzindo ou fabricando nada, nossos únicos custos são os custos fixos, certo? Isso acontece porque nossos custos variáveis variam de acordo com a quantidade que estamos produzindo; se não estamos produzindo nada, não tere- mos custos variáveis nem quantidade, não é óbvio? 2. Quantidade acima do ponto de equilíbrio: (5.000) Custo total interno = CTI = 4.000,00 + (12,00 X 5.000) = 4.000,00 + 60.000,00 = 64.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 1.000,00 + (14,00 X 5.000) = 1.000,00 + 70.000,00 = 71.000,00Construímos primeiro a tabela para depois montar o gráfico. Isso facilita a visualização dos custos: Q CTI CTT 0 4.000 1.000 1.500 22.000 22.000 5.000 64.000 71.000 Análise: Vemos que, abaixo do ponto de equilíbrio (1500), é melhor terceirizar o serviço de café da manhã e, acima do ponto de equilíbrio, é melhor produzir interna- mente. Ok? Exercício Tente refazer o exemplo anterior, obtendo a mesma resposta. Resumo Nesta aula, vimos que as duas estratégias principais para a aquisição de recursos de produção são a vertica- lização e a horizontalização. Ambas trazem vantagens e desvantagens. A verticalização, quando a empresa produz interna- mente o que precisa, implica maior independência, mas também maiores custos fixos e menor flexibilidade. A horizontalização, também chamada terceirização, quando a empresa compra de terceiros seus recursos de produção, implica maior flexibilidade, mas com menor dispêndio tecnológico. Aprendemos também a produzir um gráfico de custos, que mostra o ponto de equilíbrio entre o custo de produ- ção interno e o terceirizado. Atividades 1. Relacione verticalização e horizontalização, analisando as vantagens e desvantagens de cada uma dessas estra- tégias. 2. Na sua opinião, há outros fatores, além de custos, en- volvidos na decisão de terceirizar ou não um certo item de produção? Descreva outros fatores que você consi- dera relevantes. Voltaremos à questão da terceirização em aulas poste- riores. A próxima aula será só de exercícios. Estou aguar- dando você! Exercícios de verticalização e horizontalização AULA 20 Objetivos � &DOFXODU�FXVWRV�GH�YHUWLFDOL]DomR�H�KRUL]RQ- talização. � $QDOLVDU� TXDO� D�PHOKRU� RSomR� HP� UHODomR� aos custos: verticalizar ou horizontalizar. � 'HPRQVWUDU� JUDILFDPHQWH� DV� GXDV� HVWUDWp- gias. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Aquisição de recursos materiais Unidade 03 106 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Esta é uma aula diferente. Nela há exercícios resol- vidos para que você possa assimilar melhor o conheci- mento e alguns só com as respostas, para que você faça sozinho, ok? Vamos lá. Exercícios Resolva estes exercícios sobre custos de verticalização e horizontalização, analisando, em relação aos custos, qual a melhor opção para a empresa. Lembre-se sempre de que: &XVWR�WRWDO� �FXVWR�À[R����FXVWR�YDULiYHO�[�TXDQWLGDGH� &7� �&)����&9�[�4� Exercício 1 Um hospital acaba de ser inaugurado e ainda não tem serviço de alimentação. Ele quer decidir se vale a pena comprar comida pronta ou fazer sua própria comida, montando um restaurante. Produzir internamente Comprar pronto Quantidade 1200 1200 Custo fixo ($/ano) 100.000,00 1.000,00 Custo variável ($/unidade) 45,00 50,00 a. CTI = 100.000,00 + (45,00 x 1 200) = 100.000,00 + 54.000,00 = 154.000,00 CTT = 1000 + (50 x 1200) = 1.000,00 + 60.000,00 = 61.000,00 Análise: para uma quantidade de 1200 itens, é me- lhor terceirizar o serviço de alimentação. b. Em que caso não faz diferença para o hospital produzir internamente ou terceirizar? ponto de equilíbrio CTI = CTT 100.000 + (45 x Q) = 1.000 + (50 x Q) 100.000 – 1.000 = 50 Q - 45 Q 99000 = 5Q Q = 19.800 PE Q = 19.800 Análise: quando a quantidade de refeições for 19800, tanto faz terceirizar ou fazer internamente, pois os custos se igualam. Confira! Custos para uma quantidade de 19800 itens: Vamos substituir na fórmula: CTI = 100.000,00 + (45 x 19.800) = 100.000,00 + 891.000,00 = 991.000,00 CTT = 1.000,00 + (50 x 19.800) = 1.000,00 + 990.000,00 = 991.000,00 Sim, os custos se igualam. Isso significa que está tudo certo. c. Contruindo o gráfico dos custos de produção, temos 1. Quantidade zero (0): Custo total interno = CTI = 100.000,00 + (45,00 X 0) = 100.000,00 + 0 = 100.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 1.000,00 + (50,00 X 0) = 1.000,00 + 0 = 1.000,00 Análise: Veja, é exatamente isto: quando não estamos produzindo ou fabricando nada, nossos únicos custos são os custos fixos, certo? Nesse caso, nossos custos variáveis mudam de acordo com a quantidade que estamos produ- zindo. Se não estamos produzindo nada, não temos nem custos variáveis nem quantidade. 2. Quantidade acima do ponto de equilíbrio Escolha o valor que desejar. Estarei escolhen- do a quantidade de 30.000. Custo total interno = CTI = 100.000,00 + (45,00 X 30.000) = 100.000,00 + 1.350.000,00 = 1.450.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 1.000,00 + (50,00 X 30.000) = 1.000,00 + 1.500.000,00 = 1.501.000,00 $8/$�����([HUFtFLRV�GH�YHUWLFDOL]DomR�H�KRUL]RQWDOL]DomR 107 Deve-se construir a tabela para depois montar o gráfi- co; isso facilita a visualização dos custos. QUANTIDADE CT INTERNO CT TERCEIRIZADO 0 R$ 100.000,00 R$ 1.000,00 19800 R$ 991.000,00 R$ 991.000,00 30000 R$ 1.450.000,00 R$ 1.501.000,00 Análise: podemos ver que, abaixo do ponto de equilí- brio (19 800), é melhor terceirizar as refeições e acima do ponto de equilíbrio o melhor é produzir internamente. Que tal, você conseguiria resolver esse exercício so- zinho? Exercício 2 Lucas, comprador do restaurante Maneco, está ana- lisando as propostas de fornecedores para o coquetel dos alunos do 4º período da FEAD, que querem comemorar o bom desempenho da turma no 2º semestre de 2005. Ele precisa encomendar 4 000 itens para a realização do co- quetel. Os alimentos poderão ser produzidos internamen- te ou comprados do fornecedor com a melhor proposta. Com base nos dados a seguir, responda: a. O que Lucas deverá fazer para ter os 4 000 itens? b. Qual o ponto de equilíbrio? c. Demonstre graficamente o ponto de equilíbrio. Fonte Produzir Comprar Custo fixo $/pedido Custo variável $/unidade 7.000,00 0,20 30,00 0,60 Resultados: a. CTI = 7.800 e CTT = 2430 b. PE = Q = 17.425 a. CTI = 7.000,00 + (0,20 x 4.000) = 7.800,00 CTT = 30,00 + (0,60 x 4.000) = 2.430,00 Análise: Para uma quantidade de 4 000 itens, é me- lhor terceirizar o serviço do coquetel. b. Quando não faz diferença produzir tudo internamente ou terceirizar? Ponto de equílibrio CTI = CTT 7.000 + (0,20 x Q) = 30 + (0,60 x Q) 7.000 - 30 = 0,60 Q – 0,20 Q 6.970 = 0,40 Q 6.970 / 0,40 = Q PE Q = 17.425 Análise: Quando a quantidade de itens para o coque- tel for de 17 425 itens, tanto faz terceirizar ou fazer tudo internamente, pois os custos se igualam. Veja. Custos para uma quantidade de 17.425 itens: Vamos substituir na fórmula CTI = 7.000,00 + (0,20 x 17.425) = 7.000,00 + 3.485,00 = 10.485,00 CTT = 30,00 + (0,60 x 17.424) = 30,00 + 10.455,00 = 10.485,00 c. Construção do gráfico dos custos de produção. 1. Quantidade zero (0): Custo total interno = CTI=7.000,00 + (0,20 X 0) = 7.000,00 + 0 = 7.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 30,00 + (0,60 X 0) = 30,00 + 0 = 30,00 108 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS 2. Quantidade acima do ponto de equilíbrio: (30.000) Custo total interno = CTI = 7.000,00 + (0,20 X 30.000) = 7.000,00 + 6.000,00 = 13.000,00 Custo total terceirizado = CTT = 30,00 + (0,60 X 30.000) = 30,00 + 18.000,00 = 18.030,00 Lembre-se de construir agora a tabela e, em seguida, montar o gráfico. Faça isso para facilitar a visualização dos custos. QUANTIDADE CT INTERNO CT TERCEIRIZADO 0 R$ 7.000,00 R$ 30,00 17425 R$ 10.485,00 R$ 10.485,00 30.000 R$ 12.000,00 R$ 18.030,00 Agora tente resolver sozinho estes exercícios. Exercício 1 Ricardo, comprador do Hotel Castelmar, em Florianó- polis, está analisando as propostas de fornecedorespara organizar uma recepção para 500 convidados. Para a re- alização do coquetel, ele necessita de 10 000 itens, que poderão ser produzidos internamente ou comprados do fornecedor com a melhor proposta. Com base nos dados a seguir, faça o que se pede. a. O que Ricardo deverá fazer para adquirir esses 10.000 itens? b. Qual o ponto de equilíbrio? c. Demonstre graficamente os custos de produção. Fonte Custo fixo($/pedido) Custo variável($/unid.) Produzir Comprar 2.000 1.500 0,90 1,10 Resultados: a. CTI = 11.000 e CTT = 12.500 b. PE = Q = 2.500 Exercício 2 Rafael, comprador da Pousada Chão da Serra, na Ser- ra do Cipó, está analisando as propostas de fornecedores de um biscoito de polvilho. Ele necessita de um pedido de 10 000 quilos, que poderão ser produzidos internamen- te ou comprados do fornecedor com a melhor proposta. Com base nos dados a seguir, resolva o problema. a. O que Rafael deverá fazer para atender a um pedido de 10.000 kilos? b. Qual o ponto de equilíbrio? c. Demonstre graficamente o ponto de equilíbrio. Fonte Custo fixo($/pedido) Custo variável($/unid.) Produzir Comprar 2.300 1.400 2,30 2,50 Custo total = CF + CV x Q Resultados: a. CTI = 25.300 e CTT = 26.400 b. PE = Q = 4.500 Exercício 3 O departamento de compras de uma empresa está analisando as propostas de fornecedores para realizar uma festa de final de ano para seus funcionários. Ele necessita atender a um pedido de 5 000 itens para a realização da cerimônia. Os doces e salgados poderão ser produzidos internamente ou comprados do fornecedor com a me- lhor proposta. Com base nos dados a seguir, faça o que se pede. a. O que o departamento de compras deverá fazer para um pedido de 5 000 itens? b. Qual o ponto de equilíbrio? c. Demonstre graficamente o ponto de equilíbrio. Fonte Custo fixo($/pedido) Custo variável($/unid.) Produzir Comprar 800 600 0,50 0,70 $8/$�����([HUFtFLRV�GH�YHUWLFDOL]DomR�H�KRUL]RQWDOL]DomR 109 Resumo Esta foi uma aula de exercícios. Nela você praticou a análise de custos de produção, terceirizado e produzido in- ternamente, aprendeu a determinar o ponto de equilíbrio e a analisar a melhor estratégia para aquisição de mercadorias. Compras: organização e processo AULA 21 Objetivos � $SUHQGHU� D� RUJDQL]DU� XP� VHWRU� GH� FRP- pras. � &RQKHFHU��XP�SURFHVVR�GH�FRPSUDV� � $SUHQGHU�D� UHDOL]DU�XP�SURFHVVR�GH�FRP- pras. � (QWHQGHU� � FRPR�XWLOL]DU�RV� IRUPXOiULRV�GR� processo de compras. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Gestão de compras Unidade 03 112 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Introdução A gestão de materiais tem uma de suas bases na gestão de compras. A gestão de compras assume um papel estratégico nos negócios de hoje, devido ao volume de recursos envolvi- dos. Cada vez mais a gestão de compras deve integrar-se às outras áreas da empresa. Os objetivos do departamento de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégi- cos da empresa, visando o melhor atendimento do clien- te. Essa preocupação tem feito do setor de compras uma área muito dinâmica, que se utiliza de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais como o EDI (Transmissão Ele- trônica de Dados). O valor gasto com compras de insumos para a produção - lembre-se de que, quando eu falo de produção, estou me referindo ao processo para o produto final ou para o serviço final – varia de 50 a 80% do total de receitas brutas. Assim, cresce cada vez mais a importância das pessoas que trabalham nessa área e é cada vez mais necessário que elas estejam informadas e atualizadas, além de terem habilidades de relacionamento in- terpessoal e dinamismo. A Evolução de Compras A questão das compras numa empresa, atualmente, é bem diferente da maneira tradicional como funciona- va antes da Primeira Guerra Mundial. Até então, tudo no setor de compras funcionava de uma forma burocrá- tica – quando algum item se tornava necessário, preen- chiam-se os devidos formulários e a compra era feita de um determinado fornecedor.. Depois de 1970, devido principalmente à crise do petróleo, a oferta de várias ma- térias-primas começou a diminuir enquanto seus preços aumentavam progressivamente. A partir desse momento, ficou difícil saber o quê, quanto, quando e como comprar. Tudo isso passou a ser condição de sobrevivência para a empresa. Foi a partir daí que o departamento de compras ganhou mais importância dentro da empresa. Hoje, o departamento de compras é visto como parte do processo de logística da empresa, como parte do siste- ma de trabalho da empresa. Organização de Compras As compras podem ser centralizadas ou descentraliza- das. O tipo da empresa é que definirá a necessidade ou não de centralização. È muito comum ter um conselho de compras, do qual participam pessoas de todas as áreas da empresa , que são chamadas a dar opiniões e a participar das decisões. Normalmente, a centralização das compras resulta em uma redução de preços de aquisição, pelo fato de elas serem feitas todas por intermédio de um único ponto. Características comuns à centralização das compras; a. visão global quanto à organização da compra; b. poder de negociação para conseguir melhores preços dos produtos adquiridos; c. influência no mercado pelo relacionamento mais cons- tante com os fornecedores; d. análise mais eficiente do mercado, devido ao nível de especialização do pessoal de compras; e. controle financeiro assumido pelo setor de compras juntamente com um controle de estoques; f. economia de escala no departamento de compras cen- tral, diminuindo os custos; g. melhor qualidade devido à facilidade de implantação de um sistema de controle de qualidade mais seguro. O conselho formado por uma pessoa de cada área operacional tem algumas vantagens: a. experiência - pessoas que lidam com materiais usa- dos em diferentes áreas, participam das decisões de com- pra, ponderando e ajudando na mensuração dos pedidos e das oportunidades de aquisição dos diversos produtos necessários; b. técnica: as decisões em relação às compras são tomadas com base em métodos de trabalho de cada área, obe- decendo uma seqüência de pesquisa, planejamento e execução das compras, com regras e métodos; c. coordenação: a pressão sobre a coordenação do de- partamento de compras pode ser minimizado, pois a relação com o pessoal das outras áreas e com os ven- dedores pode ser facilitada devido ao contato mais as- síduo e direto; d. política: a participação de todos, com espírito coopera- tivo, torna o ambiente favorável a um melhor desem- penho político e profissional. Interpessoal: Habilidade de relacionamento entre duas ou mais pessoas $8/$�����&RPSUDV��RUJDQL]DomR�H�SURFHVVR 113 Características comuns à descentralização das compras: 1. adequação: a compra é adequada aos problemas espe- cíficos de cada área em que o comprador atua; 2. flexibilidade: devido ao menor tempo gasto no fluxo das informações, já que existe um comprador dentro de cada área. Isso provocaria menos falhas na confec- ção do pedido, mas pode provocar problema no mo- mento de reunir todos os pedidos e no fato de isso gerar um pedido imenso. Processo de Compras O processo de compras pode ser esquematizado da seguinte forma: Cadastro de fornecedores: o serviço de compras tem um contato inicial com os fornecedores para só depois alguns deles se tornarem um fornecedor habitual, e é ne- cessário que se mantenha o relacionamento com esse for- necedor habitual. Assim, teremos: fornecedores potenciais - são fornecedores que, num contato inicial ou através de uma informação de ter- ceiros, ficamos conhecendo,mas que no momento não aceitamos como nosso fornecedor, o que não impede que, futuramente, se torne um desses. O contato deve ser bem feito, com todo o esclarecimento possível da não contra- tação momentânea de seus serviços, mas que deixe claro que podemos precisar dele em outra oportunidade. É im- portante manter aberta a porta, o interesse em fazer negó- cios para não perdermos nossos contatos; fornecedores habituais - a partir do momento em que um fornecedor passe a abastecer constantemente uma empresa, o departamento de compras deverá man- ter um cadastro informativo sobre o comportamento desse fornecedor. Esse cadastro informativo visa permitir uma consulta rápida e objetiva a respeito do fornecedor. Requisição ou Solicitação de compra As requisições de compra devem ser aprovadas pe- los responsáveis de cada departamento requisitante, antes 114 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS de serem enviadas para o departamento de compras. Esse procedimento é fundamental para evitar erros. Os dados da requisição de compras e as informações contidas na ficha do produto (mostraremos a seguir um modelo dessas fichas) devem esclarecer quaisquer dúvidas em relação ao material requisitado e possibilitar o entendi- mento e a conseqüente aprovação da solicitação por parte da diretoria da empresa. A requisição ou solicitação de compras é enviada à área de compras que providenciará a compra do material. Exemplo de um formulário de solicitação de compras. Logomarca da empresa Solicitação de compra Nº Data: __/___/__ Unidade solicitante: Estatísticas: Item Descrição Código Quantidade Obs: Solicitante: Aprovação: Compras: Como você pode observar, o preenchimento das re- quisições de compras deverá atender a uma série de in- formações: a.número da solicitação e data em que é preenchida; b. unidade solicitante - departamento que está fazendo a solicitação; c. Item - nome do item (nome técnico e nome comum, se houver); d. descrição: discriminação do material solicitado, com normas técnicas e procedimentos de transporte e rece- bimento (tais como: delicado, quebrável, não amassar, etc.); e. dados estatísticos: quantidade atual em estoque, consu- mo mensal e data em que o material será utilizado; f. dados - data e preço da última compra, indicação do fornecedor e da quantidade comprada; g. oficialização - área reservada para assinatura de quem está solicitando o material, assinatura do responsável pelo departamento solicitante e assinatura do respon- sável pelo departamento de compras que autoriza a liberação da solicitação para emissão de pedido de compra. Ficha do produto As compras de cada produto deverão ser registradas em uma ficha de produto. Quando trabalhamos com mui- tos materiais, a abertura de uma ficha para cada material pode se tornar um trabalho cansativo e pouco objetivo. Assim, podemos criar um critério de grupo, como por exemplo: a. Registro individual: abre-se ficha para toda matéria-pri- ma de grande importância e de compra constante para a empresa; $8/$�����&RPSUDV��RUJDQL]DomR�H�SURFHVVR 115 b. Registro em grupo: As compras de grandes quantidades de itens pequenos, podem ser feitas através de um re- gistro único, como por exemplo: - compra de material de escritório; - compra de material de limpeza. As informações de compra desses itens em grupo são lançadas em um único formulário. Esse registro em grupo poderia simplificar a análise de compras, diminuir o risco de esquecer algum item, permitir o acompanhamento da utiliza- ção de materiais de uso diário e de difícil controle e permitir, ainda, a compra desses itens de um único fornecedor. Cotação de preços As consultas feitas aos fornecedores devem ser registra- das, iniciando-se uma série de cotações de fornecedores. O setor de compras efetua as cotações com, pelo me- nos, três fornecedores – isso é o que comumente se faz, mas não é regra. Então, recebe as propostas, que serão analisadas e julgadas. Com base nisso, é escolhida a melhor proposta, e os preços e as condições de pagamento serão negociados com o fornecedor. A escolha é pautada no critério preço- prazo-qualidade. Veja um exemplo de quadro de cotações de fornecedores. Logomarca da empresa Quadro comparativo de propostas de fornecimento Data: ____/____/____ Solicitação de proposta Nº Data: ___/___/___ Fornecedor Fornecedor Fornecedor 1.Preço unitário 2.Condições de pagto 3.Valor total 4.Prazo de entrega 5.Fornecedor habitual? Classificação para este pedido Preparado por Data: Compras Data: Aprovação da diretoria: Data: Emitdo pedido de compra Em:___/___/___ PC Nº___ Pedido ou ordem de compra A ordem de compra é um documento importante, com um número de vias que possa permitir uma logística de informações através dos departamentos envolvidos: 1ª via – via dirigida ao fornecedor; 2ª via – cópia do departamento de compras que será ar- quivada por ordem de emissão; 3ª via – cópia do almoxarifado, que irá receber os mate- riais pedidos e entregues pelos fornecedores; 4ª via – cópia de contas a pagar, mantém a ligação do departamento de compras com o departamento de contas a pagar e com o de contabilidade, de forma que ajuda na previsão de pagamentos, para eliminar sustos financeiros. 116 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Pode-se providenciar um número de vias que atenda aos departamentos envolvidos, conforme o interesse da empresa. Resumo Esta aula foi importante para vermos a organização e o processo de compras. Pudemos analisar um pouco o setor de compras, tanto o centralizado quanto o des- centralizado. Estudamos o funcionamento do conselho de compras com um membro de cada departamento. Vimos a necessidade do cadastro de fornecedores e as etapas de um processo de compras: solicitação de compras, cotação de fornecedores e pedido de compra. Atividade O Colonna Park Hotel, localizado em Búzios, Rio de Janeiro, está se preparando para o feriado Da Semana Santa. Esse hotel atende a um público de turistas, em sua maioria, estrangeiro. Freqüentemente importa produtos de consumo, como vinho, azeite, charutos, etc. O hotel conta ainda com uma butique de artesanato nacional, cujos produtos são vendidos para os hóspedes e exportados para alguns clientes na Europa e nos Estados Unidos. Com base na ocupação dos últimos dois anos, é espe- rada uma taxa de ocupação de 100%. O Hotel possui 200 apartamentos com uma cama de casal e uma de solteiro. Sabendo-se que é esperada uma porcentagem de 80% de estrangeiros no seu quadro de hóspedes, terá uma preocupação constante em atendê-los da melhor forma possível. Foi determinado que suas compras seriam sempre di- recionadas para esse público estrangeiro. A empresa “Colonna Park Hotel”, após fazer um le- vantamento de necessidades, detectou que precisa com- prar alguns produtos. Você, funcionário do departamento de compras será encarregado dos seguintes itens de com- pras, assim dividido: 1. 10 vidros (500ml cada vidro) de azeite excelente; 2. 20 garrafas de vinho tinto excelente (garrafas de um litro); O responsável pela execução da compra aguarda os formulários prontos, preenchidos e assinados. Você deverá cotar, para cada item, três fornecedores diferentes. Deverá preencher a solicitação de compras, fa- zer a cotação, preenchendo o formulário e fazer o pedido, preenchendo um pedido de compra. Faça sua folha de solicitação, seu formulário e seu pedido de compra com base nos modelos dados e preencha-os adequadamente. Faça uma pesquisa real de preços com respectivas marcas do produto. Não os invente. Condições de comprade recursos materiais AULA 22 Objetivos � ,GHQWLILFDU�DV�FRQGLo}HV�GH�FRPSUD�GH�PD- teriais existentes. � $QDOLVDU�DV�FRQGLo}HV�GH�FRPSUD� � ,GHQWLILFDU� DV� RSRUWXQLGDGHV� GH� FRPSUD�� mensurando-as com as necessidades da empresa. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Gestão de compras Unidade 03 118 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Introdução Temos dois tipos de compras: compra de recursos ma- teriais e compra de recursos patrimoniais. Nesta aula, falaremos das condições de compra de recursos materiais. As condições de compra que influenciam a aquisição de materiais pelo cliente são: prazo de entrega, frete, em- balagem e condições de pagamento. E a ferramenta utili- zada pelo setor de compras de uma empresa para as aqui- sições com as melhores condições é a negociação. Condições de compra de re- cursos materiais Vejamos separadamente cada uma dessas condições de compras. Prazos Devemos prever as necessidades de uma empresa cal- culando o que ela vai precisar em determinado período de tempo tanto para sua produção, como para seu funciona- mento como um todo. O planejamento da necessidade dos materiais ligados à produção é resultado da política de vendas dessa empresa e é função do departamento de produção que, depois de todas as análises, deverá definir as quantidades a comprar e os prazos em que os materiais deverão estar disponíveis dentro da empresa. Mesmo que a definição dos prazos de entrega dos materiais ligados à produção seja de responsabilidade da seção de produção, a seção de compras deve fazer um grande esforço para conseguir que os prazos de entrega dos fornecedores sejam cumpridos. Frete Atualmente, o frete representa uma parcela bem sig- nificativa no preço do produto e deve ser analisado à par- te. As condições de frete mais freqüentes são “FOB” ou “CIF”. • FOB Free on Board (FOB) - significa que o transporte da mercadoria do fornecedor até a fábrica do com- prador não está incluído no preço do produto. É um termo que vem do transporte marítimo e que é empregado para o tranporte em geral. • CIF Cost, Insurance and Freight (CIF) - o fornecedor contrata e paga o frete necessário para levar a mer- cadoria até a fábrica do comprador. Também é um termo que vem do transporte marítimo. Atualmente, é importante saber qual a modalidade de frete que o fornecedor utiliza e avaliar a diferença entre a compra FOB ou CIF para ver qual dessas formas permite a compra com melhores condições. Embalagens Outro fator importante no preço do produto adquiri- do é o tipo de embalagem em que o produto é apresen- tado. Temos que observar se o preço do produto não está mais elevado devido à embalagem. O setor de compras deve preocupar-se com a embalagem de transporte, na qual o produto será transportado do fornecedor até a fá- brica, com bom nível de proteção, mas sem exageros. As embalagens podem ser: a. retornáveis ( caixas, engradados de madeira, de aço ou de plásticos). Estas costumam ter a marca do for- necedor e, quando não devolvidas ou se danificadas, podem ser debitadas na conta do comprador. b. não retornáveis (normalmente de madeira, papelão ou plástico ondulado, sacos de papel, etc. Em geral, o preço destas embalagens já está incluído no preço do produto, e qualquer alteração desejada será acrescen- tada no preço final do produto. As embalagens devem ser projetadas visando à pro- teção total do produto. Devem ser preparadas de acordo com as características (peso, fragilidade) dele, a quantidade do produto que deverá comportar e a estrutura necessária para uma boa amarração e empilhamento. Quando a em- balagem está pronta, devem ser feitos testes de laborató- rio, como queda livre, compressão, impacto, tombamento e vibração, para se verificar a sua qualidade. Para se iniciar o projeto da emba- lagem, devem-se considerar, primei- ro, os caminhos do produto, os meios de transporte que serão utilizados para sua distribuição. Após essa consi- deração, inicia-se o projeto, verifican- do-se o volume, o peso, se o produto já tem uma embalagem original, se há necessidade de unitização e qual o melhor material para a embalagem. Unitizacao de cargas é a arruma- ção de pequenos volumes em unidades maiores padronizadas, para que possam ser mecanicamente movimentadas. $8/$�����&RQGLo}HV�GH�FRPSUD�GH�UHFXUVRV�PDWHULDLV 119 Depois de feitos os testes de laboratório, calcula-se o custo e escolhe-se o material para acolchoar a embalagem (de preferência, o melhor e mais barato). Um exemplo de empresa especializada em projetar e fabricar embalagens é a Klabin. Alguns tipos mais comuns de embalagens: 1. Caixa de papelão Utilizando caixas de papelão ondulado no lugar das caixas de madeira e compensado, a empresa pode reali- zar grande redução de custos com embalagens. O papelão ondulado é constituído por uma folha de papel ondulado colocado entre duas capas de papel liso. Pode ter paredes simples ou duplas. - O papelão ondulado de parede simples é forma- do por um papel ondulado colado entre dois pa- péis lisos. http://www.abc-pack. com/br/product_info. php/cPath /17/pro- ducts_id/31 Visite o site da empresa, se quiser saber mais sobre esse assunto: https://www. klabinonline.com.br/ - O papelão ondulado de parede dupla é compos- to por três papéis lisos, colados alternadamente com dois papéis ondulados. As partes externas são lisas. Chama-se acessório interno a peça de papelão des- tinada à segurança da mercadoria no interior da caixa, como por exemplo, o divisor interno de caixas. As caixas podem ser - caixa armada - caixa desarmada http://www.loja.br.tripod.com/ Capa Capa Palla pa 2. Tambores Os tambores metálicos são um tipo de embalagem muito utilizado para líquidos de toda espécie e para pro- dutos sólidos, pastosos, em pó, granulados, etc. Os tam- bores facilitam a movimentação, a armazenagem e o transporte dos produtos, além de dar proteção a eles e de serem muito resistentes. 3. Fardos O grande volume de algumas mercadorias foi o prin- cipal motivo que levou certas empresas a adotarem este sistema de embalagem. O algodão, por exemplo, quando embalado em fardos, ocupa um espaço bem menor do que em pluma natural. Facilita a movimentação, permite uma arrumação mais tranqüila nos armazéns e reduz o custo com fretes (embalagens mais compactas). 4. Recipientes plásticos Utilizado no transporte de líquidos e de produtos a granel, os recipientes plásticos (polie- tileno) estão substituindo as embalagens de vidro, madeira e metal. Eles são resistentes à corrosão e a muitos ácidos em temperatura ambiente. São produtos fáceis de lavar, não quebram e têm flexibilidade. Deve-se ter alguns cuidados com a sua utilização: determinados produtos, como álcool, gasolina, essências, substâncias aromáticas (produtos voláteis), devem ter, den- tro desses recipientes plásticos, um período de armazena- mento, mais curto, devido à permeabilidade do polietile- no aos vapores e gases, exceto ao vapor de água. Se forem ficar ao ar livre, os recipientes plásticos de- vem ser pintados de preto para não se tornarem quebradi- ços sob a ação dos raios ultravioleta do sol. Condições de pagamento e descontos Melhores condições de pagamento é um dos requisi- tos de uma boa compra. Hoje existe uma tendência quan- to à padronização das condições de pagamento, o que di- ficulta a atividade do comprador, exigindo dele uma maior O polietileno é uma resina obtida do gás etileno, derivado, por sua vez, do petróleo ou do álcool etílico. Os recipientes de polietileno têm peso espe- FtÀFR�RLWR�YH]HV�LQIHULRU� ao de chapa de aço e três vezes inferiorao de vidro. 120 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS habilidade na tentativa de conseguir melhores prazos de pagamento. A negociação de compra e venda de um produto ou serviço está baseada na negociação de preços e descontos. Os descontos podem ser conseguidos através da negocia- ção de quantidades e prazo de pagamento. Deve-se levar em consideração o percentual do preço à vista e do preço a prazo. Pode ser que o preço à vista tenha mais vantagens que o preço a prazo; também pode acontecer que o desconto para pagamento a prazo seja maior do que as taxas de juros de uma aplicação no mer- cado financeiro. Os descontos em relação à quantidade acontece quando há diminuição no preço do produto em função de um aumento da quantidade comprada. Esse desconto envolve todo um estudo em relação ao estoque da em- presa. Normalmente, o setor de compras já recebe uma solicitação de compra dos devidos departamentos, já com a quantidade necessária de cada material especificada. As- sim, quando existe um excelente desconto em função da quantidade de compra, o departamento solicitante é consultado e a avaliação dos custos de estoque é feita. Resumo Nesta aula vimos as condições de compra dos re- cursos materiais da empresa: prazos, fretes, embalagens e condições de pagamento e desconto. Atividades 1. Quais são as condições de compra de um recurso material? 2. Qual o significado das abreviaturas CIF e FOB? 3. Quais os tipos de embalagem mais utilizados hoje em dia? Seleção e avaliação de fornecedores AULA 23 Objetivos � $SUHQGHU�D�LGHQWLILFDU�RV�IRUQHFHGRUHV�HP� potencial. � $QDOLVDU� IRUPXOiULRV� SDGURQL]DGRV�GH� DYD- liação de fornecedores. � &RQKHFHU� WpFQLFDV� GH� VHOHFLRQDU� H� DYDOLDU� fornecedores. � 6DEHU�FRPR�YHULILFDU�R�GHVHPSHQKR�GR�IRU- necedor. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Gestão de compras Unidade 03 122 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Seleção de fornecedores Para que uma empresa preste serviços ou fabrique produtos de qualidade, os produtos ou serviços adquiridos por esta empresa devem, por sua vez, ser de qualidade, estar de acordo com as especificações exigidas. Assim, comprar materiais e serviços de qualidade ga- rantida é prioritário para a empresa de hoje para que seu produto ou serviço final não seja prejudicado. Ainda que a seleção de fornecedores seja uma ativi- dade difícil e cara para a empresa, ainda assim é mais fá- cil e mais barata do que corrigir defeitos encontrados no decorrer do processo produtivo ou ter problemas com os prazos de entrega. O processo de seleção de fornecedores deve seguir alguns passos básicos: 1. pesquisar fornecedores em potencial - a empresa pode utilizar várias formas de pesquisas de fornecedores, tais como * sindicatos e associações * publicações especializadas * internet * consultoria com especialistas * arquivos do departamento de compras * feiras e exposições * lista telefônica Se a empresa não conseguir nenhum fornecedor que atenda aos seus requisitos, através das suas diversas for- mas de pesquisa, ela própria tentará desenvolver um novo fornecedor. Através de uma relação de colaboração direta com um fornecedor, a empresa compradora e a empresa fornecedora elaboram um plano de fornecimento, ajudan- do-se mutuamente na elaboração do projeto do produto e no plano de qualidade desejada. 2. Estabelecer critérios para a avaliação dos fornecedores - devida à grande quantidade de fornecedores em po- tencial, alguns critérios de seleção podem ser aplicados antecipadamente. Por exemplo, deve-se verificar se a empresa - é reconhecida pela qualidade de seus produtos; - está localizada próximo à empresa compradora; - é reconhecida pela pontualidade na entrega. Uma compra não deve ser feita levando-se em conta exclusivamente o critério do preço mais baixo. Devem ser considerados outros critérios qualificadores e classificado- res de fornecimento. E o que é cada um desses grupos de critérios? Vejamos. Critérios qualificadores São requisitos exigidos dos fornecedores que os torna qualificados para serem fornecedores em potencial. Os critérios qualificadores são determinados pela empresa compradora e devem estar de acordo com seus objetivos estratégicos e garantir a qualidade e a confiança nos pra- zos de entrega dos produtos adquiridos. Normalmente, esses requisitos querem a adequação do fornecedor em potencial quanto: • à situação legal e fiscal; • à segurança da situação econômico-financeira; • à indicação de outros clientes; • ao sistema de qualidade desejado; • às devidas certificações; • ao bom histórico de fornecimento. Esses são requisitos mínimos a serem alcançados pelo fornecedor. Quanto aos critérios classificadores, devemos esclare- cer algo muito importante. A bem da verdade, não existem critérios classificadores pré-estabelecidos a serem atingi- dos pelos fornecedores em potencial. Os compradores é que definirão quais requisitos esses fornecedores deverão apresentar para serem escolhidos como fornecedores. É por isso que os critérios classificadores são chamados “cri- térios ganhadores de pedido”, pois sempre será ganhador aquele fornecedor que apresentar melhor desempenho no requisito pedido pelo comprador. Vamos lembrar mais uma vez que o requisito “menor preço” não pode ser o único critério de seleção de fornecedor, apesar de normal- mente ainda ser o principal critério ganhador de pedido para os compradores. Um melhor desempenho do fornecedor num requisi- to classificador sempre trará vantagens a esse fornecedor, pois melhora sua possibilidade de ganhar pedidos futuros. O mais importante na avaliação de fornecedores é ter certeza da qualidade do produto a ser comprado. Essa avaliação da qualidade pode ser feita de três maneiras di- ferentes: - Avaliação qualitativa através de registros de forneci- mentos anteriores a outras empresas. Isso acontece quando no período de implantação dos processos de avaliação de fornecedores ainda não temos um relacionamento com o fornecedor. - Avaliação quantitativa pelo histórico de fornecimen- to, utilizando um método de pontuação. - Avaliação através de um formulário padronizado de avaliação de qualidade, que deve ser preenchi- $8/$�����6HOHomR�H�DYDOLDomR�GH�IRUQHFHGRUHV 123 do pelo próprio fornecedor e devolvido à empresa compradora. - Avaliação através de uma equipe de auditores. Exis- tem basicamente três tipos de auditoria: • de produto - centrada no projeto e nas especi- ficações do produto fornecido. Os produtos são testados para se verificar a conformidade das es- pecificações requeridas; • de processo - tomam-se alguns produtos, aleato- riamente, para conferir o seu processo de fabri- cação, desde a aquisição de matéria-prima até o resultado final; • de sistema - confere-se todo o sistema de qua- lidade do fornecedor - documentos, registros, compras, equipamentos de inspeção, treinamen- to, etc. Agora vamos ver um modelo de avaliação de forne- cedores. Cada empresa determina o seu modelo, selecionando os itens de acordo com seu interesse. Primeiro, organiza- remos cada fator dentro de cada categoria: produto, servi- ços, instalações e administração/finanças. Depois, cada empresa, segundo seus próprios cri- térios, colocará um peso relativo (por importância do item para a empresa) para cada item. Por exemplo: nos- sa empresa colocou um peso “10’ para o item custo, ou seja, nossa empresa valoriza muito o custo do produto que o fornecedor oferece. Nossa empresa utilizará peso relativo de 01 a 10. Fator Peso Relativo (para cada empresa) __________________________________________ PRODUTO Custo 10 Qualidade 14 Embalagem 7 SERVIÇOS PRESTADOS
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