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AULA 17/02/2016 PROFESSORA: PRYSCILLA DE BARROS Estruturas 1 – INTRODUÇÃO A engenharia estrutural trata do planejamento, projeto, construção e manutenção de sistemas estruturais para transporte, moradia, trabalho e lazer. As estruturas são sistemas físicos constituídos de elementos interligados, capazes de receber e transmitir esforços. 1 – INTRODUÇÃO • Projeto Estrutural Os materiais utilizados em uma construção podem ser dividido em dois conjuntos: - Parte “resistente” constituindo a ESTRUTURA da construção, responsável ela Resistência e Estabilidade da construção; - Partes consideradas “não resistentes” constituindo o ENCHIMENTO da construção, responsáveis pela forma e pelo aspecto da construção( as alvenarias, as esquadrias e os revestimentos). 1 – INTRODUÇÃO A estrutura é composta de elementos Lineares (Vigas e Pilares), Bidimensionais (Lajes) e Tridimensionais (Blocos de estacas das fundações). 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.1 – Elementos estruturais básicos de concreto armado • Laje Maciça Elemento estrutural bidimensional, geralmente horizontal, constituindo os pisos de compartimentos; Suporta diretamente as cargas verticais do piso, e é solicitado predominantemente à flexão (placa); 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.1 – Elementos estruturais básicos de concreto armado • Viga Elemento unidimensional (barra), geralmente horizontal, que vence os vãos entre os pilares dando apoio às lajes, às alvenarias de tijolos e, é solicitado predominante à flexão; 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.1 – Elementos estruturais básicos de concreto armado • Pilar Elemento unidimensional (barra), geralmente horizontal, que garante o vão vertical dos compartimentos (pé direito) fornecendo apoio às vigas, e é solicitado predominantemente à compressão. 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.2 – Elementos estruturais de fundação • Direta ou Rasas São elementos tridimensionais que transferência de carga se der a pequena profundidade. • Profundas Em estacas ou em tubulão, quando a transferência de carga se der a “grande” profundidade. 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.3 – Elementos estruturais complementares São os elementos estruturais que completam a estrutura do edifício e que normalmente, são formados por uma combinação dos elementos estruturais básicos. Escadas, caixa d’água, muro de arrimo. 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.4 – Diretrizes Gerais • Atender às condições estéticas definidas no projeto arquitetônico Como, em geral, no edifícios correntes, a estrutura é revestida, procura-se embutir as vigas e os pilares nas alvenarias; 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.4 – Diretrizes Gerais • O posicionamento dos elementos estruturais na estrutura da construção ode ser feito com base no comportamento primário dos mesmo. As lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para transferir as cargas dos mesmos para as vigas de apoio; As vigas são utilizadas para transferir as reações das lajes, juntamente com o peso das alvenarias, para os pilares de apoio (ou, eventualmente, outras vigas), vencendo os vãos entre os mesmos; E os pilares são utilizados para transferir as cargas das vigas para as fundações. 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.4 – Diretrizes Gerais • A transferência de cargas deve ser a mais direta possível. Deve-se evitar, na medida do possível, a utilização de apoio de vigas importantes sobre outras vigas (chamadas apoios indiretos), bem como, o apoio de pilares em vigas (chamadas vigas de transição); 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.4 – Diretrizes Gerais • Os elementos estruturais devem ser os mais uniformes possíveis, quanto à geometria e quanto às solicitações. As vigas devem, em princípio, apresentar vãos comparáveis entre si. 2 – CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS 2.4 – Diretrizes Gerais • As dimensões contínuas da estrutura, em planta, devem ser, em princípio, limitadas a cerca de 30m para minimizar os efeitos da variação de temperatura ambiente e da retração do concreto. Em construções com dimensões em planta acima de 30m, é desejável a utilização de juntas estruturais ou juntas de separação que decompõem a estrutura original, em um conjunto de estruturas independentes entre si, para minimizar estes efeitos. 3 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 3.1 – Lajes São, normalmente, de forma retangular de lados X e Y>X. Os tipos usuais são: Maciça, Cogumelo, Nervurada e Mista. A Espessura da laje (h) pode ser estimada em h = 2,5% . X Espessuras mínimas: • 5 cm para lajes de forro; • 7 cm para lajes de piso; • 12 cm para lajes sujeitas a passagem de veículos. • EXERCÍCIO 01 3 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 3.2 – Vigas São, normalmente, de seção transversal retangular (Bw x h) e posicionadas nas paredes, as quais suportam. Em geral, a espessura da viga (Bw) fica embutida na parede. Assim, tem-se a espessura Bw, descontando-se as espessuras de revestimento (Crev, da ordem de 0,5 cm a 1,5 cm) da espessura da parede acabada (ealv). Bw = ealv – 2 . Crev 3 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 3.2 – Vigas A altura (h) da seção tranversal da viga pode ser estimada em (l/10) a (l/25), onde l é o vão da viga (normalmente, igual a distância entre os eixos dos pilares de apoio). Em geral, não devem ser utilizados vãos superiores a 6m, face aos valores usuais de pé direito (em torno de 2,8m) que permitem espaço disponível, para a altura da viga, em torno de 60cm. 3 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 3.3 – Pilares São, normalmente, de seção retangular posicionados no cruzamentos das vigas, permitindo apoio direto das mesmas, e nos cantos da estrutura da edificação. No posicionamento dos pilares, devem ser compatibilizados os diversos pisos, procurando manter a continuidade vertical dos mesmos até a fundação de moda a se evitar, o quanto possível, a utilização de vigas de transição (pilar apoiado em viga). 3 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 3.3 – Pilares Nos pilares de seção retangular de dimensões ( B x h), recomenda-se B > 20 cm com B< h. Para efeito de pré – dimensionamento, a área da seção transversal Ac pode ser pré-dimensionada através da carga total (Ptot) prevista para o pilar. Esta carga pode ser estimada através da área de influência total do pilar em questão, Atot. 3 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 3.3 – Pilares No caso de andares – tipo, ela equivale à área de influência em um andar multiplicada pelo número de andares existentes acima do lance considerado. A carga total média em edifícios (Pméd) varia de 10 Kn/m2 a 12 Kn/m2. Ptot = Atot . Pméd Usualmente, a resistência admissível do concreto (σadm ) pode variar entre 1 Kn/cm2 a 1,5 Kn/cm2. Ac = Ptot / σadm 4 – AÇÕES CARACTERÍSTICAS Constituem ações tudo aquilo que produz solicitações na estrutura. São constituídos por: • Cargas provenientes de peso dos materiais, pressão de vento definida pela norma NBR 6123, empuxos de terra, de água, e de correnteza; • E efeitos de temperatura, recalques diferenciais, protensão, retração e fluência do concreto estrutural. 4 – AÇÕES CARACTERÍSTICAS 4.1 – Cargas Permanentes Estas cargas são constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos de todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes. 4.2 – Cargas Variáveis ou AcidentaisSão as cargas que podem atuar sobre as estruturas de edificações em função de sue uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos). Estas cargas são fixadas pela norma NBR-6120.
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