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ELETRICIDADE PREDIAL (Mais Cursos)

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“Qualificando seus profissionais e valorizando seus colaboradores.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ELETRICIDADE PREDIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDIRÁ 
2010 
 
 
 
“Qualificando seus profissionais e valorizando seus colaboradores.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso realizado na empresa 
COTAN S/A sob a 
responsabilidade do 
Tecnólogo em Automação: 
Eliseu de Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDIRÁ 
2010
 
SUMÁRIO 
 
1 - ELETRICIDADE PREDIAL ....................................................................................... 5 
1.1 - Energia ................................................................................................................. 5 
1.1.1 - Tipos de Energia......................................................................................... 5 
1.1.2 - Energia Hidrelétrica.................................................................................... 5 
1.1.3 - Energia Potencial........................................................................................ 6 
1.1.4 - Energia cinética .......................................................................................... 6 
1.1.5 - Energia Mecânica....................................................................................... 6 
1.1.6 - Energia Química ......................................................................................... 7 
1.1.7 - Energia Elétrica .......................................................................................... 7 
2 - MAGNETISMO .......................................................................................................... 7 
3 - CAMPO MAGNÉTICO .............................................................................................. 7 
4 - CAMPO ELÉTRICO ................................................................................................... 7 
5 - FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE.................................................................... 8 
5.1 - Tensão Elétrica ..................................................................................................... 8 
5.2 - Corrente Elétrica ................................................................................................... 8 
5.3 - Resistência Elétrica ............................................................................................... 8 
5.4 - Condutância Elétrica ............................................................................................. 8 
6 - CIRCUITO ELÉTRICO .............................................................................................. 9 
7 - POTÊNCIA ELÉTRICA.............................................................................................10 
8 - CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA.........................................10 
8.1 - Representação Gráfica de Corrente Contínua .......................................................10 
8.2 - Representação Gráfica de Corrente Alternada ......................................................11 
9 - INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA...........................................................................11 
10 - PRIMEIRA LEI DE OHM........................................................................................11 
11 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES...........................................................................12 
11.1 - Associação Série ................................................................................................12 
11.2 - Associação Paralela............................................................................................12 
11.3 - Associação Mista ...............................................................................................12 
12 - SISTEMA ELÉTRICO .............................................................................................13 
12.1 - Geração .............................................................................................................14 
12.2 - Transmissão ......................................................................................................14 
12.3 - Distribuição ......................................................................................................15 
12.4 - Utilização..........................................................................................................15 
13 - SISTEMA MONOFÁSICO ......................................................................................16 
14 - SISTEMA BIFÁSICO ..............................................................................................16 
15 - SISTEMA TRIFÁSICO ............................................................................................16 
16 - SETORES DE UMA INSTALAÇÃO .......................................................................17 
17 - SIMBOLOGIA DOS DISPOSITIVOS E EQUIPAMENTOS ...................................18 
18 - DIAGRAMAS..........................................................................................................22 
18.1 - Diagrama funcional ..........................................................................................22 
18.2 - Diagrama Multifilar ..........................................................................................23 
18.3 - Diagrama Unifilar .............................................................................................23 
19 - EXEMPLOS DE INSTALAÇÃO .............................................................................24 
19.1 - Ligação Série ....................................................................................................24 
19.2 - Ligação Paralelo ...............................................................................................26 
19.2.1 - Exemplos Resolvidos..............................................................................26 
20 - INTERRUPTOR PARALELO (OU THREE-WAY).................................................28 
 
21 - INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO .......................................................................29 
22 - LÂMPADAS DE BAIXA PRESSÃO - FLUORESCENTES ....................................31 
22.1 - Vantagens da Lâmpada Fluorescente ...............................................................32 
22.2 - Desvantagens ....................................................................................................32 
22.3 - Exemplos de Diagramas ...................................................................................32 
23 - RELÉ FOTOELÉTRICO ..........................................................................................33 
23.1 - Exemplo de diagramas com relé fotoelétrico ...................................................33 
24 - CAMPAINHA ..........................................................................................................34 
24.1 - EIetromagnética................................................................................................34 
25 - INTERRUPTOR DE MINUTERIA ..........................................................................35 
25.1 - Tipos de minuterias ..........................................................................................35 
26 - DISJUNTORES........................................................................................................37 
26 - DISJUNTORES........................................................................................................38 
26.1 - Sequência de manobra e atuação de um disjuntor termomagnético .................39 
26.2 - Dimensinamento ...............................................................................................39 
26.2.1 - Exercício...................................................................................................41 
27 - BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................42COTAN 
5
1 - ELETRICIDADE PREDIAL 
 
1.1 - Energia 
 
É a capacidade de realizar uma ação ou um trabalho. Realizar trabalho é 
transformar energia ou transferí-la de um local para outro. 
 
 
1.1.1 - Tipos de Energia 
 
●Energia Hidrelétrica 
●Energia Potencial 
●Energia Cinética 
●Energia Mecânica 
●Energia Química 
●Energia Elétrica 
 
1.1.2 - Energia Hidrelétrica 
A energia hidrelétrica é a energia que vem do movimento das águas, 
usando o potencial hidráulico de um rio de níveis naturais, queda d’água. Essa 
energia é a segunda maior fonte de eletricidade do mundo. Freqüentemente 
constroem-se represas que reprimem o curso da água, fazendo com que ela se 
acumule em um reservatório denominado barragem. 
No Brasil, devido a sua enorme quantidade de rios, a maior parte de energia elétrica 
disponível é proveniente de grandes usinas hidrelétricas. 
 
 
COTAN 
6
1.1.3 - Energia Potencial 
É a energia que um objeto possui devido à sua posição. Um martelo 
levantado, uma mola enroscada e um arco esticado de um atirador, todos 
possuem energia potencial. Esta energia está pronta a ser modificada noutras 
formas de energia e, consequentemente, produzir trabalho: quando o martelo cair, 
pregará um prego; a mola, quando solta, fará andar os ponteiros de um relógio; o 
arco disparará uma seta. Assim que ocorrer algum movimento, a energia 
potencial da fonte diminui, enquanto se modifica em energia do movimento 
(energia cinética). Levantar o martelo, enrolar a mola e esticar o arco faz, por sua 
vez, uso da energia cinética e produz um ganho de energia potencial. 
Generalizando, quanto mais alto e mais pesado um objeto está, mais energia 
potencial terá. 
1.1.4 - Energia cinética 
É possuída por qualquer coisa em movimento; quanto mais depressa um 
objeto se move, maior a sua energia cinética. Além disso, quanto mais pesado é 
um objeto, maior é a sua energia cinética (apenas quando está em movimento). 
As máquinas mecânicas - automóveis, tornos, bate-estacas ou quaisquer outras 
máquinas motorizadas - produzem energia cinética, e esta espécie de energia é 
muitas vezes chamada de energia mecânica. 
 
1.1.5 - Energia Mecânica 
A energia mecânica é a energia que pode ser transferida por meio de força. A 
energia mecânica total de um sistema é a soma da energia potencial com a energia cinética. 
 
 
 
COTAN 
7
1.1.6 - Energia Química 
É a energia que está armazenada num átomo ou numa molécula. Existem 
várias formas de energia, mas os seres vivos só utilizam a energia química. A 
energia química está presente nas ligações químicas. Os seres vivos utilizam a 
glicose como principal combustível (fonte de energia química). As reações 
químicas geralmente produzem calor. A energia química também pode ser 
transformada em qualquer forma de energia, por exemplo, em eletricidade 
(bateria) e em energia cinética (nos músculos ou nos motores). 
 
1.1.7 - Energia Elétrica 
É uma forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial 
elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre 
ambos. 
 
2 - MAGNETISMO 
O magnetismo está relacionado com a propriedade que um corpo tem de 
ser atraído por outro. 
 
3 - CAMPO MAGNÉTICO 
É uma região do espaço localizado ao redor de uma fonte de magnetismo, 
que apresenta propriedades magnéticas, originadas pelo movimento de cargas 
elétricas. 
 
4 - CAMPO ELÉTRICO 
Uma carga elétrica cria em torno de si um conjunto de linhas de forças orientadas, 
conhecidas como linhas de força eletrostática. A região do espaço onde atuam estas forças 
é chamada de Campo Elétrico. 
 
COTAN 
8
5 - FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE 
 
A seguir serão descritos os fundamentos da eletricidade. 
5.1 - Tensão Elétrica 
 
É a força que faz com que os elétrons se movimentam. Sua unidade de 
medida é Volts e representada pela letra (V). 
5.2 - Corrente Elétrica 
 
É a quantidade de carga que circulam por um condutor em um determinado 
tempo. É medida em Ampéres e representada pela letra(I). 
5.3 - Resistência Elétrica 
 
É a propriedade que os materiais possuem de oposição a passagem de 
corrente elétrica.É medida em Ohms e representada pela letra (Ω). 
 
5.4 - Condutância Elétrica 
A condutância é um conceito inverso ao da resistência elétrica. Enquanto a 
resistência é a característica de oposição à passagem da corrente elétrica, a 
condutância é o grau de facilidade que uma corrente elétrica encontra ao 
percorrer um condutor. A condutância é expressa pela letra G e medida em 
Siemens [S]. Matematicamente, a condutância também é expressa pelo inverso 
da resistência, ou seja: 
 
G = 1/R 
 
Assim, resistência e condutância são inversamente proporcionais, ou seja, 
quanto maior a resistência, menor a condutância, e vice-versa. Em outras 
palavras, “quanto maior é a dificuldade, menor é a facilidade” de passagem da 
corrente elétrica. 
 
COTAN 
9
6 - CIRCUITO ELÉTRICO 
 
É um conjunto de equipamentos elétricos alimentados por uma mesma 
fonte e protegidos pelos mesmos dispositivos de proteção, de modo que formem 
pelo menos um caminho para a corrente elétrica. No entanto para que ocorra o 
movimento de elétrons, é necessário dois potenciais elétricos diferentes, ou seja, 
uma diferença de potencial (ddp), ou força eletromotriz (f.e.m) ou mais usual 
(tensão elétrica). 
Portanto, concluímos que só existirá corrente elétrica em um circuito, se 
houver tensão elétrica. Também deverá haver no circuito um elemento conversor 
de energia (carga), responsável por transformar energia elétrica em outra forma 
de energia. Este elemento pode ser, por exemplo, uma lâmpada, um motor 
elétrico ou uma campainha. 
Em resumo, podemos definir circuito elétrico como um caminho fechado 
por onde circula uma corrente elétrica. Este circuito é formado por quatro 
elementos básicos: 
 
●Uma fonte de alimentação 
 
●Fios Condutores 
 
●Um receptor de energia, também chamado de carga 
 
●Um elemento de controle (interruptor) 
 
 
 
 
COTAN 
10
7 - POTÊNCIA ELÉTRICA 
 
É a quantidade de energia transformada ou um trabalho realizado em um 
determinado intervalo de tempo. É medida em Watts e representada pela letra 
(W). 
 
8 - CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA 
 
As pilhas e baterias têm a característica de fornecer corrente contínua 
para o circuito, o que significa dizer que a corrente flui continuamente em um 
único sentido de circulação, o que implica em dizer que a tensão mantém sempre 
a mesma polaridade. A corrente contínua é muitas vezes abreviada por CC ou DC 
(do inglês, direct current). 
No entanto, esta forma de energia não é a que encontramos, por exemplo, 
nas tomadas de nossas casas. Neste caso, a tensão alterna (inverte) sua 
polaridade periodicamente, em intervalos de tempo bem definidos, o que faz com 
que a corrente também apresenta sentido de circulação alternado, ora num 
sentido, ora no sentido oposto. A este tipo de corrente damos o nome de corrente 
alternada, abreviada por CA ou AC (do inglês, alternate current). 
 
8.1 - Representação Gráfica de Corrente Contínua 
 
 
 
 
COTAN 
11
8.2 - Representação Gráfica de Corrente Alternada 
 
 
 
 
9 - INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA 
 
Quando um condutor é submetido a um campo magnético variável, entre 
seus extremos aparece uma diferença de potencial (d.d.p.) que, no caso, é 
conhecida como força eletromotriz induzida (fem). Esse fenômeno é chamado de 
indução eletromagnética. 
 
 
10 - PRIMEIRA LEI DE OHM 
 
O cientista George Simon Ohm observou, em suas experiênciasuma 
relação de proporcionalidade existente em certos materiais entre a tensão elétrica 
aplicada e a corrente elétrica resultante desta tensão aplicada. A primeira Lei de 
Ohm é representada da seguinte forma: 
 
V = R x I 
 
COTAN 
12
11 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES 
 
11.1 - Associação Série 
 
 
 
Req = R1 + R2 + R3 
 
 
 
11.2 - Associação Paralela 
 
 
 
Req = 21
21
RR
xRR
 
 
11.3 - Associação Mista 
 
 
 
COTAN 
13
12 - SISTEMA ELÉTRICO 
 
Um sistema elétrico, na sua concepção geral, é constituído pelos 
equipamentos e materiais necessários para transportar a energia elétrica desde a 
“fonte” até os pontos de utilização. Desenvolvendo-se em quatro etapas básicas: 
geração, transmissão, distribuição e utilização, como mostra o esquema a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
14
12.1 - Geração 
 
É a etapa desenvolvida nas usinas geradoras que produzem energia elétrica 
por transformação, a partir das fontes primárias, que por sua vez, podem ser 
classificadas em: 
hidroelétricas: utilizam a energia mecânica das quedas d’àgua; 
termoelétricas: utilizam a energia térmica da queima de combustíveis 
(carvão, óleo diesel, gasolina, etc.); 
nucleares: utilizam a energia térmica produzida pela fissão nuclear de 
materiais (urânio, e outros, etc.). 
 
12.2 - Transmissão 
 
Consiste no transporte da energia elétrica em tensões elevadas, desde a 
usina até os centros consumidores. Algumas vezes segue-se à transmissão uma 
etapa intermediária (entre transmissão e distribuição ) denominada de 
subtransmissão, com níveis de tensões mais baixos. Grandes consumidores, tais 
como complexos industriais de grande porte, são alimentados pelas 
concessionárias a partir de linhas de transmissão ou subtransmissão. Nestes 
casos, as etapas seguintes (abaixamento da tensão e distribuição) são realizadas 
pelo próprio consumidor. 
 
 
 
 
COTAN 
15
12.3 - Distribuição 
 
É a etapa desenvolvida, via de regra, nos centros consumidores. As linhas de 
transmissão alimentam subestações abaixadoras nos centros urbanos e, delas 
partem as linhas de distribuição primária. Estas podem ser aéreas com cabos nus ou 
isolados, de alumínio ou cobre, suspensos em postes; podem ser subterrâneas com 
cabos isolados (geralmente em vias públicas excessivamente congestionadas). 
As linhas de distribuição primária alimentam diretamente indústrias e 
edifícios de grande porte (comerciais , institucionais e residenciais), que 
possuem subestação ou transformador próprio. Alimenta também transformadores 
de distribuição, de onde partem as linhas de distribuição secundária com tensões 
reduzidas, utilizadas em aplicações domésticas e/ou “atividades de baixa potência”. 
Nos grandes centros urbanos, dá-se preferência à distribuição subterrânea 
(primária ou secundária), pois como a potência a ser transportada é elevada, os 
cabos a serem empregados são de seção elevada, impossibilitando o uso de 
estruturas aéreas. O custo de tais sistemas de distribuição é elevado, pois até 
mesmo os transformadores abaixadores são instalados em galerias subterrâneas. 
Por outro lado, consegue-se uma melhoria no aspecto estético urbano, eliminando- 
se postes e seus inúmeros acessórios. 
Aumenta-se a confiabilidade do sistema, pois evita-se interrupções de 
energia devido a queda de postes, fato tão comum em centros urbanos. 
 
12.4 - Utilização 
 
Consiste na última etapa dos sistemas elétricos. Ocorre, via de regra, nas 
instalações elétricas, onde a energia elétrica é transformada em energia mecânica 
(através de motores), ou térmica ou ainda, em energia luminosa para finalmente 
ser utilizada. 
 
COTAN 
16
13 - SISTEMA MONOFÁSICO 
 
É aquele formado por 2 condutores, sendo um deles o condutor fase (R ou S 
ou T) e o outro é o neutro (N). O condutor fase possui tensão de 220V e o condutor 
neutro, geralmente é aterrado, portanto não possui tensão. 
 Desta forma, para formarmos um sistema monofásico basta combinarmos: 
 
Fase R e N: 110V (geralmente 127V); 
 
Fase S e N: 110V (geralmente 127V); 
 
Fase T e N: 110V (geralmente 127V). 
 
Normalmente o sistema monofásico é utilizado em instalações de baixa 
potência (até 10kW de carga instalada). 
14 - SISTEMA BIFÁSICO 
 
Formado por três condutores: duas fases (R e S, ou R e T, ou S e T) e um 
neutro (N). A tensão entre duas fases, no sistema COPEL, é 220V (tensão de linha) 
e entre uma fase e o neutro é 127V (tensão de fase). Dependendo do tipo de ins- 
talação (por exemplo, instalações industriais) é possível ter outros níveis de 
tensão de linha (380V, 440V, 760V, etc.). 
15 - SISTEMA TRIFÁSICO 
 
Possui as três fases (R, S e T) com o neutro (N). Da mesma forma que o 
sistema bifásico, podemos ter tensões de linha em 220V, 380V, 440V, etc. Depende 
do tipo da instalação. Normalmente os sistemas trifásicos são utilizados em 
indústrias ou para consumidores de alta potência, cujas cargas são motores, 
bombas, ou ainda, grande potência de carga instalada (edifícios comerciais ou 
condomínios residenciais). 
 
COTAN 
17
16 - SETORES DE UMA INSTALAÇÃO 
 
Pode-se considerar como origem de uma instalação: 
 
Os terminais de saída do dispositivo geral de comando e/ou proteção, 
geralmente bases (ou chaves) com fusíveis ou disjuntores; terminais de saída do 
transformador. 
 
A partir da origem distribuem-se os circuitos da instalação que podem ser: 
 
● circuitos de distribuição: é o circuito que alimenta um ou mais quadros de 
distribuição; 
● circuito terminal: é o circuito que alimenta diretamente os equipamentos de 
utilização e/ou tomadas de corrente. Os circuitos terminais podem ser: 
 
● de iluminação; 
 
● de tomadas de uso geral (TUG’s) ou de tomadas de uso específico (TUE’s), 
por exemplo chuveiro elétrico; 
 
● de iluminação e tomadas; 
 
● de motores; 
 
●especiais: alimentam equipamentos de potência elevada, como por 
exemplo, fornos, caldeiras, máquinas de solda, etc. 
 
 
COTAN 
18
17 - SIMBOLOGIA DOS DISPOSITIVOS E EQUIPAMENTOS 
 
 
Quando se projeta uma instalação elétrica, deve-se representar 
precisamente a função, posição, tipo e ligação de cada componente. Por isso, é 
necessário utilizar uma linguagem que seja entendida por todas as pessoas que 
leiam ou interpretem este projeto ou “esquema elétrico”. Esta linguagem é 
constituída de símbolos, porém, estes não podem ser simplesmente “criados” 
aleatóriamente. Tais símbolos são normalizados pela ABNT (Associação Brasileira 
de Normas Técnicas) através das normas NB3, NBR5410/90 e NBR5444. 
 
 
COTAN 
19
A seguir será mostrada uma lista de simbologia conforme as normas 
técnicas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
20
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
21
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
22
 
 
 
 
 
18 - DIAGRAMAS 
 
O diagrama é a representação gráfica de todos os equipamentos e suas 
ligações à instalação. Dependendo do tipo da instalação, é possível utilizar três tipos 
distintos de esquemas: funcional, multifilar e unifilar. 
 
18.1 - Diagrama funcional 
 
É o diagrama no qual se representa todos os fios conectados ao 
equipamento de forma rápida e clara, não levando em conta a posição física do 
equipamento na instalação, preocupando-se apenas com o funcionamento e ligação 
deste.COTAN 
23
18.2 - Diagrama Multifilar 
 
É o diagrama que representa com clareza todos os componentes, não 
considerando sua posição física na instalação, mas considerando todos os fios 
utilizados nas conexões de forma objetiva e resumida. É utilizado somente para 
circuitos elementares, pois se o circuito é complexo sua representação torna-se 
confusa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18.3 - Diagrama Unifilar 
 
Representa através de um único traço todos os fios, seus trajetos e posição 
física exata, em escala, porém não é claro na representação da seqüência funcional 
dos circuitos e do funcionamento do equipamento. Na figura a seguir esta 
representado o diagrama unifilar da instalação de um interruptor simples, uma tomada 
monofásica e uma lâmpada incandescente de 100W-127V. 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
24
 
 
19 - EXEMPLOS DE INSTALAÇÃO 
19.1 - Ligação Série 
 
Com uma tensão de 127V, podemos acionar uma lâmpada de 100W-127V, ou 
120V, ou 110V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com uma tensão de 220V, podemos alimentar duas lâmpadas de potências iguais. 
 
 
 
 
 
 
Porém a ligação série não é utilizada, pois já sabemos que a somatória das 
quedas de tensão em cada equipamento, resulta na tensão aplicada pela fonte, 
neste caso 127V ou 220V. Não é possível portanto, montar toda uma instalação 
elétrica, como por exemplo de uma resistência, sabendo que as lâmpadas não 
apresentarão luminosidade adequada e que, caso uma delas queime, as demais 
apagarão. 
 
COTAN 
25
 
Este tipo de ligação é muito utilizada em iluminação de árvores de Natal, nas 
quais são usadas, por exemplo, 20 lâmpadas de 6V. Se cada uma apresenta uma 
queda de tensão de 6V então teremos 20 x 6V = 120V, que é a tensão nominal da 
tomada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
26
19.2 - Ligação Paralelo 
 
É o tipo de ligação utilizado nas instalações, pois apresenta vários caminhos 
para a corrente elétrica e se uma lâmpada ou qualquer outro aparelho queimar, não 
causará influência alguma no funcionamento dos demais aparelhos. 
 
 
Da mesma forma, se a tensão for de 220V, podemos alimentar várias 
lâmpadas de igual tensão, ou seja, de 220V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19.2.1 - Exemplos Resolvidos 
1 - Represente os diagramas multifilar e unifilar de uma instalação com 2 
lâmpadas incandescentes 60W-127V, comandadas por um conjunto de interruptor 
com duas teclas simples. 
 
 
 
 
COTAN 
27
2 - Um conjunto de interruptor de 3 teclas, 3 lâmpadas incandescentes, sendo 1 
de 100W, 1 de 60W e 1 de 40W, todas de 127V. 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Uma lâmpada incandescente de 60W-220V, comandada por um interruptor 
bipolar. 
 
 
 
 
 
 
 
4 - Uma instalação contendo: 2 lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandadas 
por um interruptor bipolar. 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
28
20 - INTERRUPTOR PARALELO (OU THREE-WAY) 
 
São os interruptores utilizados quando deseja-se comandar uma lâmpada 
ou grupo de lâmpadas de dois pontos diferentes. Por isso são muito utilizados em 
edifícios, nos lances de escadas, pois desta forma é possível acender ou apagar a 
(s) lâmpada (s) de pisos diferentes. 
Podem ser usados em salas, quartos, corredores e outros cômodos onde seja 
necessário comandar de dois pontos diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
29
Exemplo: 
 
Há situações em que encontramos dois pontos de luz num mesmo 
ambiente,sendo que os mesmos são comandados por um único par de interruptores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 - INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO 
 
Utilizados em corredores e/ou escadas onde são necessários mais de dois 
pontos de comando para uma ou mais lâmpadas. 
É possível usar qualquer número de interruptores intermediários, dependendo 
apenas do número de pontos de comando. 
NOTA! É importante observar que sempre será preciso instalar o interruptor 
intermediário entre dois interruptores paralelos. 
 
 
 
 
COTAN 
30
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagramas Unifilar e Multifilar de um circuito com “n” pontos de comando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAN 
31
22 - LÂMPADAS DE BAIXA PRESSÃO - FLUORESCENTES 
 
A fluorescência é a propriedade que um material tem de se “auto-iluminar’ 
quando sob a ação de uma energia radiante, como por exemplo a radiação 
ultravioleta ou raio X. A partir desta definição é fácil entender o funcionamento das 
lâmpadas fluorescentes, pois devemos ter uma fonte de energia radiante 
(arco elétrico) e um material fluorescente (pó de fósforo). 
Podemos resumir o funcionamento nas seguintes etapas: 
● o circuito é energizado; 
 
● os elétrons abandonam os cátodos ou filamentos (vagarosamente nos 
circuitos convencionais ou rapidamente nos circuitos de partida rápida); 
 
● a tensão entre os filamentos atrai os elétrons 
 
● os elétrons, em excesso, ionizam o gás reduzindo a resistência do tubo e o 
arco elétrico surge; 
● o fluxo de elétrons no arco excita os elétrons nos átomos de mercúrio e 
eles mudam de órbita, gerando a radiação; 
 
● a radiação da colisão de elétrons é absorvida emitindo luz visível. 
 
 
 
 
 
COTAN 
32
22.1 - Vantagens da Lâmpada Fluorescente 
 
Grande eficiência luminosa; 
Vida útil longa; 
Utilização econômica; 
Conforto e uniformidade na iluminação; 
Maior variedade de potências e tamanhos. 
 
22.2 - Desvantagens 
O reator pode apresentar ruído com a depreciação; 
O custo inicial é relativamente maior comparado a outros tipos de lâmpadas. 
22.3 - Exemplos de Diagramas 
01 reator partida rápida duplo 2x40 W 127 V; 01 interruptor simples; 
02 lâmpadas fluorescentes 40 W. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23 - RELÉ FOTOELÉTRICO 
 
Utilizado para o controle automático de iluminação, ou seja, as lâmpadas 
podem ser ligadas ou desligadas em função da luminosidade ambiente. Por isso, 
são instalados em redes elétricas de distribuição urbana , para 
acionamento e desligamento automático quando anoitece e amanhece, 
respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23.1 - Exemplo de diagramas com relé fotoelétrico 
1 Relé fotoelétrico 127V - 1000W. 
1 Lâmpada incandescente 127 V - 60W. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24 - CAMPAINHA 
24.1 - EIetromagnética 
 
Ao pressionarmos o botão ou pulsador, o eletroimã é alimentado com a 
tensão necessária, que atrai a lâmina de ferro e faz o martelo golpear a campainha 
(tímpano) Então o circuito é interrompido no interruptor de contato; o eletroimã solta 
a lâmina que é afastada pela a ação da mola. O eletroimã atrai a lâmina de ferro de 
modo que o martelo golpeia a campainha (tímpano) novamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de Diagramas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 - INTERRUPTOR DE MINUTERIA 
Aplicações: 
_ iluminação de escadarias de prédios de apartamentos; 
_ corredores; 
_ ambientes que necessitam ser iluminados durante 
curtos períodos do tempo; 
_ hall social de apartamentos; 
_ ante-salas. 
 
25.1 - Tipos de minuterias 
Os tipos de minuterias encontradas atualmente no comércio são as 
eletrônicas. Devido às dimensõesreduzidas, substituem com vantagem as 
precursoras eletromecânicas e eletropneumáticas. 
 
Podem ser: 
a) de sobrepor, com fixação diretamente na parede, através de suporte 
apropriado ou fixadas no quadro de disjuntores 
b) de embutir, que podem ser instaladas com facilidade em uma caixa 10 x 5cm 
(4"x2").m 
 
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NOTA: A minuteria apresenta um aquecimento normal, que é dissipado em suas 
partes metálicas laterais (6). Sendo assim, na sua instalação deve ser mantida 
uma distância entre ela e outros aparelhos (disjuntores, outra minuteria, etc). 
 
 
 
 
Funcionamento 
1) Ao pressionarmos o botão de campainha (pulsador), é fornecida a tensão 
necessária para o funcionamento do circuito da minuteria. 
2) A temporização pode variar de 15 segundos a 5 minutos. 
3) Após o tempo programado para a lâmpada permanecer acesa, ocorrerá um 
pré-aviso de extinção com 50 % das luminosidade durante 10 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 - DISJUNTORES 
São equipamentos que garantem a proteção do circuito elétrico e permitem 
a manobra acionamento e desligamento do circuito com segurança. 
Atualmente os disjuntores exercem três funções em um circuito: 
_ proteção contra curto-circuito; 
_ proteção contra sobrecarga; 
_ manobra (ligar ou desligar). 
A maior vantagem da utilização dos disjuntores é o fato de que o mesmo 
pode ser religado com segurança depois da ocorrência de uma falha no circuito 
(curto-circuito ou sobrecarga) não havendo necessidade de substituí-lo. 
 
 
 
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26.1 - Sequência de manobra e atuação de um disjuntor termomagnético 
 
 
 
 
26.2 - Dimensinamento 
O disjuntor deve suportar com segurança a corrente nominal do circuito, 
proteger a carga e os condutores de alimentação. 
Sempre que for necessário dimensionar um disjuntor, deve-se conhecer: 
● a corrente nominal da carga; 
● a máxima capacidade de condução dos condutores que alimentam esta 
carga; 
 
Em circuitos de baixas potências considera-se a(s) carga(s) como sendo resistiva, 
portanto, seu fator de potência (cos φ) é unitário (cos φ = 1,0). 
 
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O cálculo deve ser feito como segue: 
 
 
 
 
Onde: 
IN = Intensidade da Corrente Elétrica Nominal, em ampères (A). 
P = Potência Elétrica, em watt (W). 
E = Tensão Elétrica, em volt (V). 
A corrente de operação ou de ajuste dos disjuntores deve ter um valor 25% 
maior que a corrente nominal do circuito. 
Portanto, a fórmula para o cálculo do disjuntor será: 
 
 
Onde: 
Id = Corrente do operação ou de ajuste do disjuntor, em ampères (A). 
IN = Intensidade da Corrente Elétrica Nominal, em ampères (A). 
1 ,25 = Fator multiplicativo (acréscimo de 25 % no valor da corrente nominal). 
 
Exemplo 
Calcular o valor do disjuntor para um circuito, cuja potência é 1240W, alimentação 
por uma tensão de 127V. 
DADOS 
P = 1.240 W 
E = 127 V 
IN = ? 
Id = ? 
 
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SOLUÇÃO 
 
 
 
Consultando as tabelas dos disjuntores, concluímos que o disjuntor deve ser de 
15A - UNIPOLAR. 
 
26.2.1 - Exercício 
 
1 - Determinar a capacidade de corrente dos disjuntores a serem instalados num 
QL (Quadro de Luz) de uma residência, contendo 5 circuitos, conforme 
abaixo: 
 
 
 
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27 - BIBLIOGRAFIA 
 
Geraldo Cavalin Instalações Elétricas Prediais 
MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais 
CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Eletricidade – Circuitos em Corrente Contínua. 
CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Eletricidade – Circuitos em Corrente 
Alternada. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito_el%C3%A9trico 
http://www.dee.feb.unesp.br/~cagnon/Circuitos%20de%20Corrente%20Alternada.
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