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Formação e níveis de estoques A manutenção de estoques é considerada estratégica para as organizações, pois se faltar pode prejudicar as ações de Marketing e parar as linhas de produção, por outro lado, se sobrar, pode comprometer o Financeiro. Com isso fica claro que a gestão dos estoques deve ser alvo de constantes estudos, análises e implementações de melhorias para alcançar certo equilíbrio. Saiba mais no artigo a seguir. http://www.controle-de-estoque.com/estoque/estoque.htm Devido algumas implicações a empresa tem seus motivos para manter e para não manter seus estoques tais como: Para manter seus estoques Para não manter seus estoques Atender prontamente o cliente Aumento dos custos (financeiros e operacionais) Obter economia de escala nas grandes compras Aumento dos espaços de armazenagem Redução dos custos de fretes Necessidade de mais pessoas para manuseio Dar suporte as promoções de Marketing Necessidade de mais controle (sistemas, ferramentas, pessoas) Garantir que a linha de produção se mantenha ocupada Necessidade de mais equipamentos de movimentação interna Garantir o abastecimento dos Distribuidores, entre outros. Demora em perceber falhas operacionais Aumento dos riscos (obsolescência, furtos, roubos, avarias). E quais são os tipos de estoques existentes nas empresas? Observe abaixo: • Estoque de matérias-primas (M.P.) ou Componentes: são todos os itens adquiridos para atender as demandas internas (linha de produção). Normalmente são adquiridos de fornecedores já homologados e sob programação para garantia do fornecimento. A compra desses não pode ser burocrática para não correr o risco de romper o estoque e parar o processo produtivo. • Estoque de materiais em processo (WIP-Work In Process): são os itens que estão distribuídos nas linhas de produção em fabricação. É necessário ter um cuidado especial para os wips porque esses produtos já não são mais matérias-primas e não são produtos prontos para venda, e isso pode fazer com que o mesmo fique “temporariamente perdido”, porque não se sabe exatamente onde os itens estão. • Estoque de produtos acabados (P.A.): produtos prontos para venda, podem estar nas prateiras dos varejistas ou nos Centros de Distribuição, Revendas e outros. • Estoque de produtos em trânsito: são os produtos que já foram despachados pelo fornecedor e ainda não chegaram a empresa. Diz-se que o estoque está a caminho! • Estoque de produtos em consignação: são produtos que empresas fornecedoras deixam nas empresas clientes para prospectar vendas. Se acaso houver venda a relação comercial se concretiza, caso contrário o item é devolvido. Claro que para isso o produto deve estar em suas condições originais e sob cláusula de contrato. • Estoque de Manutenção, Reparo e Operações (MRO): são itens utilizados para manter a empresa em perfeito funcionamento. São as lâmpadas, interruptores, torneiras, rolamentos, lixas e outros. A empresa pode optar por terceirizar esse estoque para o fornecedor ou comprar os itens durante o mês e faturar tudo no final do mês. Tudo é negociável e negociado! E como os estoques se formam nas empresas? Os estoques se formam porque há uma disparidade entre o previsto e o realizado em termos de compras e vendas. Para entender como ocorre a formação dos estoques em uma organização é interessante conhecer os setores que impactam ou são impactados pelo volume de estoque, e tenha certeza que isso gera certos conflitos. Setores que se beneficiam com o aumento dos estoques: Setores que não se beneficiam com o aumento de estoques: Marketing – para ter suporte as ações promocionais Financeiro – altos valores a serem desembolsados Controle de Qualidade – pode ser mais rígido na liberação do produto Almoxarifado – aumento das tarefas operacionais de recebimento, inspeção, movimentação e outros Compras – maior poder de barganha junto aos fornecedores (compras maiores) Logística interna – disponibilizar mais espaço para armazenagem, mais equipamentos de movimentação, mais pessoas para operacionalização das tarefas. Produção – não corre risco de parar a produção Observa-se então que vários setores dentro de uma organização opinam sobre o volume de estoque que deve ser mantido e devido a isso surgem alguns conflitos, porque cada gestor quer fazer a sua necessidade prevalecer. Nesse caso a preocupação para o gestor de materiais é determinar o volume ótimo de estoques, o qual atenda o maior número de departamentos, mas sabe-se que isso não é fácil, então algumas políticas devem ser adotadas. O artigo a seguir tem algumas dicas. Não deixe de conferir! http://exame.abril.com.br/pme/noticias/4-dicas-para-acertar-no-estoque-da-sua-empresa Antes de determinar políticas que consequentemente se tornarão regras, o gestor deve analisar alguns aspectos importantes. Observe os questionamentos abaixo que foram adaptados do material de Francischini (2012 p. 87) para determinação de políticas de estoques: Avalie a Necessidade: Pense na Restrição: Analise a Facilidade: Pense na Adequação Determine o Giro: O interessante é fazer essa avaliação em conjunto com os setores interessados e após chegar a um consenso é importante definir o Nível de Serviço que a Gestão de Materiais consegue oferecer em relação a disponibilidade de estoques. E para definir as quantidades e frequências de reposição dos estoques, a análise deve ser realizada item a item, ou no mínimo por família, levando em consideração a criticidade, o lead time e o custo de cada um! Algumas ferramentas que auxiliam a manter os níveis de estoques adequados são: O Lote Econômico de Compras (LEC), o qual determina a quantidade ideal a ser comprada de cada material. É claro que para usar o LEC é necessário Lote Econômico de Fabricação (LEF) do fornecedor, pois é comum LEC e LEF serem incompatíveis. Então nesse caso é necessário negociação entre ambas as partes. Estoque Mínimo ou Estoque de Segurança: Manter uma quantidade mínima de produto que seja suficiente para atender a demanda durante o ressuprimento. Reposição Contínua: Possibilidade de trabalhar com o estoque do fornecedor que acompanha o comportamento do item em estoque e repõe sempre que o mesmo chegar na quantidade mínima estipulada em contrato. Estratégia utilizada pela indústria supermercadista. Just In Time (JIT): Receber apenas o necessário para a fabricação de um lote, de um dia, ou outra forma. Para isso se faz necessários acordos comerciais sérios com os fornecedores para que os mesmos ofereçam confiabilidade ao sistema. Normalmente as empresas trabalham com o sistema JIT a reposição de itens de demanda conhecida e que possam ter suas compras programadas antecipadamente (informação). As entregas são realizadas conforme a necessidade da produção evitando estoques parados. É um sistema que necessita esforço conjunto de empresa cliente e empresa fornecedora para funcionar, pois os produtos entregues pelo sistema JIT devem ser fornecidos com qualidade assegurada uma vez que chegam a empresa cliente e são direcionados diretamente para linha de produção. Saiba mais, clicando no ícone em destaque. http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/viewFile/268/232 Para fazer isso se tornar realidade é necessário que os setores envolvidos troquem informações constantemente porque os níveis de estoques tendem a ter sazonalidades, então o comportamento do estoque deve ser acompanhado e as políticas revistas sempre que necessário.
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