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10.02.17
* Bibliografia: Leonardo Greco; Alexandre França;
COMPETÊNCIAS
- Jurisdição = “dizer o direito”; refere-se a um serviço prestado pelo Estado; (serviço de justiça)
- Competência é a limitação do exercício da jurisdição; 
- O magistrado tem jurisdição para julgar em todo o território nacional, porém a competência limita-se em regra à comarca que atua;
- Competência encontra-se ligado ao princípio do juiz natural, ou seja, o juiz competente e imparcial para o julgamento de determinada ação. (Artigo 5º, LIII/XXXVII, CRFB/88).
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
 Pressupostos processuais:
	Existência (substantivos)
	Validade 
(Adjetivos)
	Negativos
	Partes
	Capazes
	Litis pendência
	Juiz
	Natural
	Perempção
	Demanda
	Regularmente formulada
	Coisa julgada
 
- A competência encontra-se sempre ligada ao órgão e nunca ao magistrado. Por exemplo o endereçamento da petição inicial dever ser formulado ao órgão e não à pessoa do juiz responsável por tal comarca/vara;
Etapas para encontrar o juízo competente:
I - Competência internacional da justiça brasileira - Artigos 21, 22 e 23 CPC/15;
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considerasse domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
Subdivide-se em Competência internacional concorrente e exclusiva;(Diz respeito aquilo que o Brasil pode julgar, a regra é que a competência internacional seja concorrente, ou seja, se houver outro país competente, ele também poderá julgar)
Obs.: - De acordo Com o artigo 24 do CPC, não existe litispendência entre ações de competência internacional, devendo extinguir-se a ação que começou depois. E, havendo sentença/decisão jurisdicional internacional, deverá ser respeitada a homologação pelo STJ para que passe a produzir efeitos no território nacional.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
O artigo 23 (acima) trata da competência internacional exclusiva da autoridade judicial brasileira. Nessas hipóteses, o Brasil é o único competente para o julgamento daquela determinada ação.
II – Competência Interna;
Subdivide-se em 3: 
Competência de justiça; - Artigo 92, CRFB/88 (Inicia a organização do Poder Judiciário)
	STF
	STJ
	TSE
	TST
	STM
	TJ
	TRF
	TRE
	TRT
	Tribunal Militar
	Justiça Estadual
	Justiça Federal
	Justiça Eleitoral
	Justiça do Trabalho
	Justiça Militar
* Justiça COMUM;
* Justiça ESPECIALIZADA;
Federal é quando tem interesse da União ou Autarquia Federal
Justiça estadual = residual
13.02.17
Competência de foro (lugar);2 regras – artigos 46 e 47 NCPC
*artigo 46 – domicílio do réu; (direito pessoal e direitos reais sobre bens móveis)
*artigo 47 – onde encontra-se situada a coisa; (direito real sobre imóveis)
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e denunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Obs.:- A legislação extravagante apresenta algumas exceções quanto a propositura da ação, por exemplo, a ação de alimentos poderá ser proposta no domicilio do alimentando.- ver exceções do artigo 53 do NCPC;
Art. 53. É competente o foro:
I para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
- Comarca refere-se a divisão judiciaria enquanto que município se refere à divisão administrativa. Por exemplo, a comarca de cordeiro, envolve os municípios de cordeiro e macuco.
Juízo Competente
1ª entrância = um único órgão
2ª entrância = mais de um órgão tem que verificar qual o competente
Artigo 43 do NCPC –perpetuação da jurisdição (perpetuatio jurisdicionis); não se altera a competência depois de propor a ação
(Exemplo: no município de rio das ostras até dezembro de 2015, a 1ª e 2º varas tinham competência concorrente para julgar os processosde família e após esse período foi criada a vara de família e esta passou a ser competente para julgar tal matéria).
-Alteração da competência absoluta.
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
III – Classificação de competências:
Competência absoluta x Competência relativa
- Por trás de uma regra de competência absoluta o que se tem e interesse público;
Ex: competências de justiça são todas competências absolutas;
- Por trás de uma regra de competência relativa é um interesse privado;
Ex: artigo 46 (acima), no que diz respeito ao domicílio, a competência torna-se relativa por se tratar de interesse privado, podendo, portanto, ser estabelecida uma cláusula de eleição de foro.
I - Competência internacional
* Concorrente – relativa
* Exclusiva – absoluta
II – Competência Interna 
a) Competência de justiça – sempre absoluta
b) Competência de foro ou lugar
* Direito pessoal ou real sobre móveis – relativa
* Direito real sobre imóveis – absoluta
c) Competência de juízo – sempre absoluta
Nas hipóteses de competência relativa, eventual equívoco não poderá ser reconhecido de ofício pelo magistrado. Deverá a parte interessada alega-lo em preliminar de contestação. (ver artigo 64 NCPC e Enunciado de súmula 33 do STJ - “Caso não haja alegação pela parte interessada, o juízo de início incompetente torna-se competente através do fenômeno da prorrogação de competência.” (ver artigo 65 NCPC)
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
SÚMULA33- A INCOMPETENCIA RELATIVA NÃO PODE SER DECLARADA DE OFICIO.
Preclusão – perda da possibilidade da pratica de um ato processual;
Proibição da prática de atos contraditórios – assemelha-se a venire contra factum proprium. Viola, portanto, a boa-fé. Por exemplo, não poderá o autor mudar o domicílio de propositura da ação após o início da mesma, sendo parte interessada neste caso, o réu que poderá alegar o vício, ingressando com uma preliminar de contestação.
Nas hipóteses de competência absoluta, eventual equívoco deve ser reconhecido de ofício pelo juiz, sendo possível à parte interessada a alegação do vício também por meio de preliminar de contestação. 
Podendo esse reconhecimento de ofício ser feito em qualquer tempo ou grau de jurisdição devido à gravidade do vício. Inclusive após o transito em julgado, ser proposta ação rescisória para declarar a incompetência do juízo.
-Quando ocorre a declaração de incompetência, seja qual for a hipótese, a consequência é o declínio de competência, isto é, os autos são remetidos ao juízo competente. Art. 64, §3º (acima).
- Em uma única hipótese, artigo 51, 9.099/95, juizado especial cível (JEC), ocorrerá a extinção do processo.
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:
I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo;
II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ou seu prosseguimento, após a conciliação;
III - quando for reconhecida a incompetência territorial;
IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei;
V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias;
VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato.
§ 1º A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes.
§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.
17.02.17
No código de 73, quando o magistrado declinava de uma competência ele também declarava nulo os atos decisórios. O novo código de 2015 por sua vez recomenda que não se declarem nulos os atos decisórios, mas apenas efetua-se a remessa dos autos ao juízo competente, ou seja, o declínio de competência. (Ver artigo 64, §º4).
- Pelos institutos do NCPC, surge a possibilidade de além das partes o MP declarar competência relativa (Artigo 65, § único);
IV – Hipóteses de modificação da competência;
Em via de regra a modificação de uma competência a posteriori relaciona-se às competências relativas, pois as competências absolutas guardam relação direta como interesse público, portanto não são modificadas.
- As competências relativas poderão se modificar pela vontade das partes; pela própria lei ou por cláusula de eleição de foro.
As partes deliberam livremente sobre a eleição de foro, mesmo sendo este diferente muitas vezes daquilo que a norma prevê; (geralmente convenciona-se antes da propositura da ação). Se o réu, citado, não contesta a competência esta passa a ser competente, ou seja, por vontade das partes a competência pode ser modificada pela clausula de eleição de foro, ou pela não impugnação da competência relativa.
 
PEQUENA REVISÃO TGP
	ELEMENTOS DA AÇAO
	PARTES
	CAUSAS DE PEDIR
	PEDIDO
	Autor
	Remota - fato do cotidiano que violou direito;
	Imediato – condenação, provimento jurisdicional;
	 Réu
	Próxima - previsão legal da proteção ao direito violado;
	Mediato – faz menção ao bem da vida pretendido;
Coisa julgada – (art. 337§40) é a repropositura de uma ação idêntica a uma que já foi anteriormente decidida.
Litis pendencia - (art. 337§30) é a repropositura de uma ação idêntica a uma que já foi anteriormente ajuizada ainda não decidida.
Para que se tenha a ocorrência da coisa julgada ou litis pendencia é necessário que os três elementos da ação sejam idênticos, o código adota a teoria da tríplice identidade (art. 337§20).
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I inexistência ou nulidade da citação;
II incompetência absoluta e relativa;
III incorreção do valor da causa;
IV inépcia da petição inicial;
V perempção;
VI litispendência;
VII coisa julgada;
VIII conexão;
IX incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X convenção de arbitragem;
XI ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
CONEXÃO E CONTINÊNCIA
São fenômenos que envolvem ações parecidas, mas não idênticas;
Neste caso, apesar de não ocorrer a eliminação de uma das ações, pode ocorrer que as decisões proferidas em uma delas venham a interferir no andamento da outra. E neste caso, o ideal é que ambas sejam reunidas para julgamentos conjuntos com o intuito de que se evite ações com decisões contraditórias; 
Conexão (art.55) - partes iguais
Continência (art.56) - um pedido por ser mais abrangente acaba por conter uma outra ação menos abrangente. Por exemplo, uma ação solicita a anulação de uma clausula específica e um outro processo possui uma ação que solicita a anulação de todo o processo que trata do mesmo assunto. Ocorre, portanto, a reunião para que sejam julgadas juntas, pois uma está contida na outra, ocorrendo, portanto, o fenômeno da continência.Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. (Conceito conexão)
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. 
Consequência - As ações serão reunidas no local onde a petição inicial do juízo prevento (ver artigo 59)
*Juízo prevento – aquele onde ocorreu em primeiro lugar o registro ou distribuição de uma das ações;
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo
Obs.: Observar a capa do processo e comparar os dados de distribuição, data, hora, minutos...
20.02.17
Sujeitos do Processo (Art.70 do NCPC) - toda e qualquer pessoa que participe do processo
Partes do processo -Toda e qualquer pessoa que participe do processo no polo ativo ou passivo
Partes da demanda –São o autor (suposto titular de direito) e o réu.
As partes da demanda têm mais ligação com o direito material.
Ex: A criança, representada pela mãe ingressa com ação de alimentos em face do seu pai;
 Polo ativo – criança, representada pela mãe;
 Polo passivo – pai, genitor;
Partes da demanda -Criança como autora e o pai como réu
Todos têm direito de ser parte do processo, o que precisa ser avaliado é se a parte possui capacidade processual para figurar no processo;
CAPACIDADE se subdivide em 3 partes:
Capacidade de SER PARTE (ver artigo 70) - Qualquer pessoa titular de direito e ou obrigações; qualquer pessoa natural ou física, assim como qualquer pessoa jurídica; Entes despersonalizados (espólio, massa falida, condomínio ainda não regularizado);
Capacidade em ESTAR EM JUIZO (processual) (ver artigo 71 e 75) - Coincide com a capacidade de fato, oriunda do direito civil. Nesta capacidade que surge a necessidade de representação ou assistência para aquele que por qualquer motivo não possa exercer o seu direito. Os capazes vão sozinhos em juízo, os incapazes vão a juízo através de seus representantes. 
-No caso das pessoas jurídicas e dos entes despersonalizados, são “presentados” e não representados, pois ambos dizem respeito a “coisas” intangíveis que se materializa na pessoa de seu representante.
Obs.: - A lei, em alguns casos específicos afirma que a pessoa casada necessita de autorização para estar em juízo, como se fosse uma espécie de complementação, mais conhecida como “outorga”. Ex: ação reivindicatória de um direito real sobre um bem imóvel. Neste caso, para que a parte tenha a capacidade plena de estar em juízo, far-se-á necessária a outorga uxória ou marital do cônjuge. (Ainda que o cônjuge não figure como polo ativo no processo, faz-se necessária a outorga). - Ver hipóteses do artigo 73 do NCPC, salvo se o regime de bens for o da separação absoluta; - Pela redação do artigo 74, surge a possibilidade de o cônjuge entrar como uma ação solicitando a supressão da outorga uxória ou marital no caso de justa fundamentação da negativa de outorga, pois o direito de uma das partes de estar em juízo não pode ser negado.
- De acordo com o §2º do artigo 73, tratando-se de posse, só se fará necessária a outorga do cônjuge se ambos exercerem a posse simultaneamente; Ex.: ambos invadiram juntos, ambos derrubaram a cerca juntos e vinham exercendo a posse da coisa. E, no caso de figurarem como réus, serão juntos processados. - Artigo 73, § 3º - aplicam-se os mesmos procedimentos no que diz respeito à outorga uxória ou marital no caso de união estável;
- No caso em que ocorra qualquer conflito de interesses entre o incapaz e seu representante, ou se o incapaz não possuir representante, poderá o curador especial, representa-lo judicialmente. Além dessas hipóteses, também será nomeado curador especial ao réu revel preso ou ao réu revel citado fictamente (citação por edital ou por hora certa); (ver artigo 72, I e II)
- O curador especial é o defensor público de acordo com o parágrafo único do Artigo 72. Função institucional da defensoria pública prevista na lei complementar 80/94 (lei orgânica da defensoria pública).- Nas hipóteses do curador especial do inciso I, ele atuará como representante das partes. Nas hipóteses do inciso II, o curador é substituto processual; -
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
I incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
II réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;
II resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;
III fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;
IV que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2o Nas ações possessórias (posse), a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. (os dois precisam possuir a posse simultaneamente)
§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos.
Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.
Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: (Capacidade de ESTAR EM JUÍZO)
I a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;
II o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;
V a massa falida, pelo administrador judicial;
VI a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII o espólio, pelo inventariante;
VIII a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;
IX a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI o condomínio, pelo administrador ou síndico.
§ 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimadosno processo no qual o espólio seja parte.
§ 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada.
§ 3o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo.
§ 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
I o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
O que ocorre quando existe um defeito ligado à CAPACIDADE? (ver artigo 76)
Art. 76.  Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
24.02.17
Capacidade POSTULATÓRIA - É aquela que confere a alguém a possibilidade de peticionar em juízo; decorre da inscrição do bacharel em direito na OAB (advogado) ou da própria lei (MP, DP).
A Lei 9.099/95 (JEC) – diz que é dispensável a assistência de um advogado.
Ação Popular – diz que basta que seja eleitor, mesmo menor de 18 anos.
Habeas Corpus – não precisa de capacidade postulatória.
Capacidade Postulatória dos procuradores art. 103 a 107
Contrato de mandato (Instrumento do mandato = procuração – instrumento particular não precisa ter firma reconhecida) - advogado tem que ter procuração, não pode postular em juízo sem procuração;
Para o foro em geral (AD JUDITIA)= autoriza o advogado tão somente a praticar os atos processuais, inerentes ao processo (pode ajuizar ação, ....)
Para o foro em geral com poderes especiais (ET EXTRA) = autoriza o advogado a praticar os atos processuais e também a praticar alguns atos materiais (atos de disposição do próprio direito, que é discutido no processo, do direito, material) por ex: ajuíza ação de cobrança o réu formula em sua defesa uma proposta de acordo, o advogado do autor, dependendo do poder que lhe é dado, pode ele sozinho peticionar concordando com a proposta.
Art. 103.  A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
Parágrafo único.  É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal. 
Art. 104.  O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. 
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
Art. 105.  A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. 
§ 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 
§ 2o A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.
O Advogado tem poder para peticionar, já o defensor só tem poder para o foro em geral, só para o que está no processo, por isso sempre precisa do defendido para praticar algum ato do poder material (a declaração de pobreza já dá os poderes comuns para o procurador). 
Defensor público atua por determinação de acordo com o Artigo 105, a procuração pode ser de 2 formas
*Art. 107 (direitos do advogado. Todos direitos específicos estão previstos no estatuto da ordem lei 8906/94 art. 7º);
Importante: - Tanto as partes quanto os procuradores podem ser substituídos ao longo do processo, essa substituição pode ser: 
Por ato entre vivos (ato voluntario) caso não esteja satisfeito com advogado poderá substitui-lo. O advogado deverá revogar os poderes outorgados a ele, não dependendo da concordância do advogado. (Na maioria das vezes é o advogado que não deseja mais atuar, então ele renuncia aos poderes que lhe foram dados) 
*Substabelecer é transferir a outra pessoa os poderes, podendo se dar de 2 formas: 
- Com reserva de poderes = transfere poderes ao advogado mas conserva com ele os poderes;
- Sem reserva de poderes = transfere totalmente os poderes que lhe foram outorgados a outra pessoa, deixando de ter qualquer poder.
Causa mortis por conta da morte de alguém. Quando a parte morre pode ser substituída por herdeiros, sucessores ou espolio art. 110, sendo certo que deverá ser observado se o direito é transmissível.
Ex: No caso de remédio e paciente morre, os herdeiros não precisam de medicamento e intransmissível.
*A morte do mandatário é causa de extinção do mandato, se o advogado morreu outorga poderes a outra pessoa a sua escolha.
Art. 106.  Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado: 
I ­ declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; 
II ­ comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço. 
§ 1o Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição. 
§ 2o Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos
Art. 106 (o advogado pode postular em causa própria) 
Art. 107.  O advogado tem direito a: 
I ­ examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos; 
II ­ requerer, comoprocurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias; 
III  ­  retirar  os  autos  do  cartório  ou  da  secretaria,  pelo  prazo  legal,  sempre  que  neles  lhe  couber  falar  por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. 
§ 1o Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio. 
§ 2o Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. 
§ 4o O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3o se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.
03.03.17
CORREÇÃO CASOS CONCRETOS – 1 ao 3
06.03.17
SUCESSÃO DAS PARTES - Nem sempre aquela pessoa que faleceu será substituída, vai depender do direito que é discutido naquela ação. Se este é transferível ou não. 
Ex: direito de crédito se transfere aos seus sucessores; já um direito exclusivamente da pessoa não pode ser transferido, como por exemplo o direito à medicamento.
SUCESSÃO ENTRE VIVOS (INTER VIVOS) - É possível no curso do processo substituir a parte. (Ver artigo 109, §1º do NCPC/15) - Ocorre a sucessão inter-vivos quando a parte aliena por meio do negócio jurídico a coisa ou o direito litigioso. De acordo com o artigo 109, essa alienação não altera a “legitimidade das partes”. Haverá mudança na situação jurídica natural, mas não na formal.
Em consequência, o adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo para ocupar a posição do alienante sem a autorização do litigante. 
Caso o litigante não autorize, o adquirente ou cessionário terá sempre assegurado o direito de intervir no processo, para ASSISTIR ou transmitente como ASSISTENTE LITISCONSORCIAL OU QUALIFICADO. (Artigo 109, §2º)	
Por outro lado, a alteração de direito material, por não refletir na situação processual pendente, nenhum prejuízo acarretará à força da sentença, cujos efeitos se estenderão normalmente aos sucessores das partes, entre as quais foi proferido o julgado (artigo 109, §3º). 
Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes.
§ 1o O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.
§ 2o O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.
§ 3o Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário.
Assim, com ou sem sucessão de parte, o cessionário do direito litigioso receberá os benefícios e encargos da sentença: se o cedente ou o assistido for condenado, o adquirente sujeitar-se-á, passivamente, ao cumprimento da sentença; se vitorioso, caberá ao adquirente o poder de submeter o vencido à execução forçada da sentença.
JUIZ
- Os artigos que tratam do juiz e seus auxiliares são do artigo 139 até o artigo 175 do NCPC;
- O artigo 139 do novo código de processo civil fala dos poderes e deveres do juiz.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I assegurar às partes igualdade de tratamento;
II velar pela duração razoável do processo;
III prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
IV determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
V promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;
VI dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
VII exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; 
IX determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
X quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular.
	
O artigo 143 diz que a responsabilidade da pessoa do juiz só é possível em duas situações, caso a parte alegue prejuízo:
I – Quando age com dolo ou fraude;
II – Quando deixar de praticar ato que lhe compete; (omissão)
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias.
Para que fique caracterizada a omissão é necessário que a parte requeira a prática do ato e ainda assim ele deixe de fazer.
GARANTIA DE IMPARCIALIDADE DO JUIZ
O código fixa algumas causas que tornam o juiz impedido ou suspeito, vedando-lhe a participação em determinados causas. Os casos de impedimento são mais graves e, uma vez desobedecidos, tornam vulnerável a coisa julgada, pois ensejam ação rescisória da sentença. Já os casos de suspeição permitem o afastamento do juiz do processo, mas não afetam a coisa julgada.
Os artigos 144 até 148 tratam das hipóteses de imparcialidade. (Impedimento e Suspeição)
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; 
II de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso demandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I houver sido provocada por quem a alega;
II a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal.
§ 2o Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido:
I sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr;
II com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
§ 3o Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.
§ 4o Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á.
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão.
§ 6o Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não poderia ter atuado.
§ 7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo de impedimento ou de suspeição.
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal.
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I ao membro do Ministério Público;
II aos auxiliares da justiça;
III aos demais sujeitos imparciais do processo.
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
§ 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária.
§ 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será disciplinada pelo regimento interno.
§ 4o O disposto nos §§ 1o e 2o não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha.
A imparcialidade do juiz pode ficar comprometida se ele tiver algum envolvimento com a parte; O impedimento é um vício mais grave. A sua caracterização se dá de forma objetiva, em regra. Ou seja, é mais fácil de se notar o fato que dá origem ao impedimento.
Ex.: quando o juiz é parte, quando é parente de uma das partes, quando juiz interveio no andamento do processo como mandatário de uma das partes (era advogado, depois passou no concurso).
As hipóteses de impedimento são tão graves que o magistrado deve declarar-se impedido de ofício.
As hipóteses de suspeição estão ligadas a um dado ou fato de natureza subjetiva e, portanto, de maior dificuldade de percepção.
A parte interessada deve alegar o vício no prazo de 15 dias contados da data em que tiver conhecimento do fato que ensejou o impedimento ou a suspeição.
O artigo 146 diz do procedimento quando se alega o impedimento ou a suspeição;
Muito embora o artigo 146 estabeleça o prazo de 15 dias, o vício de impedimento é tão grave que ele não está sujeito a preclusão, ou seja, ultrapassado o prazo, ainda é possível seu reconhecimento.
Caso o magistrado não se declare suspeito ou impedido também tem o prazo de 15 dias para dizer as suas razões. Aqui, os autos serão remetidos ao Tribunal que irá decidir se é impedido ou suspeito.
Caso o magistrado se declare suspeito ou impedido, se justifica e remete ao substituto ou tabelar e está resolvida a situação.
Quando se faz essa alegação, o processo pode ser ou não ser suspenso. O tribunal que vai julgar esse incidente; é quem vai suspender ou não. 
Obs.:
- Nas hipóteses de impedimento há uma presunção absoluta (certeza) de que o juiz é parcial.
- Nas hipóteses de suspeição há uma presunção relativa (há dúvida);
- Uma vez reconhecido o impedimento ou a suspeição, os atos decisórios são NULOS.
- No impedimento, mesmo depois de proferida a sentença, a coisa julgada, se você tiver conhecimento de fato que torne o juiz impedido poderá promover ação que torne o juiz impedido; pode promover ação rescisória em até 2 anos após a conclusão.
10.03.17
MINISTÉRIO PÚBLICO
O MP é tratado no código do artigo 176 até o artigo 181
Na constituição ele está no Art. 127. (O primeiro que fala de MP na constituição)
Via de regra o MP trata de tutela coletiva, que atua como parte, como autor. Ex: em defesa do meio ambiente, da cidadania, do consumidor. Quando atua na tutela individual, sendo autor de uma ação ligada a uma pessoa, o interesse é de um vulnerável. Ex: ação de alimentos, ação de interdição, investigação de paternidade.
Na maioria das vezes, o MP atua não como parte, mas sim como fiscal da ordem jurídica (custus legis) – artigo 178 CPC/15. Ex: numa ação de alimentos, o MP é um 3º. Sua atuação, como fiscal da ordem jurídica, está ligada à ideia de interesses do vulnerável.
O MP quando atua como parte possui duas prerrogativas:
a) intimação pessoal e
b) prazo em dobro (o MP tem o prazo dobrado para todos os processos judiciais, seja o prazo fixado pelo magistrado, seja pelo fixado pela lei - artigo 1180, caput e 180, §2º)
- O promotor de justiça é civilmente responsável, pode responder por algo que ele tenha feito. Mas deve comprovar o dolo, a intenção dele de prejudicar. 
Art176- fala do MP como parte;
Art178- fala do MP como fiscal;
Art179- fala como ele atua como fiscal;
Art180- fala das prerrogativas;
Art181- responsabilidades;
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e ireitos sociais e individuais indisponíveis.
Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições constitucionais.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I interesse público ou social;
II interesse de incapaz;
III litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado detodos os atos do processo;
II poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
As hipóteses de impedimento é suspeição do magistrado aplicam-se aos membros do MP. Art148 inciso I;
ADVOCACIA PÚBLICA (procuradorias) art182, 183, 184. Também é tratada na constituição artigo 131;
Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. 
Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
A advocacia pública é a instituição que, na forma da lei, defende e promove os interesses públicos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. (Artigo 182).
A intimação dos advogados públicos deverá ser pessoal e será feita por carga, remessa, ou meio eletrônico (artigo 183, §1º). Além disso, terão eles prazo em dobro para todas as manifestações processuais, artigo 183, caput). Todavia, não haverá a contagem em dobro quando a lei estabelecer de forma expressa, prazo próprio para o ente público (artigo 183, §2º).
Não se aplica, portanto, aos advogados da Fazenda Pública, a intimação pela imprensa ou pelo correio, devendo sempre dar-se pessoalmente. 
Tal como ocorre com os membros do MP, os advogados públicos dos entes federativos serão civil e regressivamente responsáveis pelos prejuízos causados quando agirem com dolo ou fraude no exercício de suas funções (artigo 184 CPC).
A DEFENSORIA PÚBLICA 
A defensoria pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita. (Artigo 185); tem a função institucional de atuar na defesa dos hipossuficientes, sendo a hipossuficiência não só a financeira como também a organizacional.
Os seus membros também gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem se iniciará de sua intimação pessoal, feita por carga, remessa ou meio eletrônico (artigos 186, caput e §1º, 183, §1º). Essa prerrogativa aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública (artigo 186, §3º).
Entretanto, ressalva a lei que não haverá contagem em dobro do prazo da Defensoria quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio à instituição (artigo 184, §4º).
Se o ato processual depender de providencia ou informação que somente a parte patrocinada pela Defensoria possa realizar ou prestar, o defensor poderá requerer ao juiz a intimação pessoa direta do interessado (artigo 186, §2º). Os membros da Defensoria serão civil e regressivamente responsáveis pelos prejuízos causados, quando agirem com dolo ou fraude no exercício de suas funções (artigo 187).
Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita.
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada.
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
§ 4o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
13/03/17
LITISCONSORCIO – (Artigos 113 a 118 CPC)
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
II ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos.
a) Conceito – pluralidade de partes; (entre autor e réu quando há mais de uma parte e/ou mais de um autor)
b) Hipóteses de formação (artigo 113) - Para que se tenha a formação do litisconsórcio é indispensável que as pessoas envolvidas tenham alguma afinidade (de fato ou de direito);
Razões para sua formação 
- 1ª Razão-para a existência do litisconsórcio é o quesito financeiro, pois é mais barato se demandar em face de várias pessoas, pois as custas e taxas judiciarias saem mais baratas;
- 2ª Razão – economia processual, tem a ver com o tempo do processo (mais celeridadeao processo);
c) Classificação do Litisconsórcio- 
I - Inicial e ulterior (originário e superveniente);
Há litisconsórcio inicial quando se verifica a pluralidade de partes desde o nascimento da relação jurídica processual.
Há litisconsórcio ulterior quando a pluralidade de partes surge no curso da demanda.
Ex: criança resolve propor uma ação de alimentos em face dos avós, pois o pai não tem condições de provê-la. Existe entendimento que todos os avós, maternos e paternos devem figurar no polo passivo desta ação. Porém, em geral, a mãe da criança na condição de representante da criança entra com a ação somente contra os avós paternos e ao serem comunicados da ação estes produzem o chamamento do processo, trazendo para ação também os avós maternos. (Neste caso trata-se de inicial e ulterior, pois já possui desde o começo 2 réus na ação, acrescentando os outros 2 avós em um fato superveniente);
II – Ativo, passivo e misto; Mais de um autor, mais de um réu, e mais de um autor e mais de um réu;
III – facultativo e necessário (obrigatório);
Facultativo – quando sua origem é a vontade das partes, ou seja, as partes têm o desejo de formar o litisconsórcio; (geralmente o autor que fará essa escolha)
Baseia-se em um princípio geral do direito diz que ninguém é obrigado a propor uma ação, portanto torna-se facultativo o litisconsórcio, podendo o autor entrar individualmente com ações diferentes contra cada réu; podendo inclusive o autor propor ação contra uma das partes e não propor contra outra.
Necessário – ocorre quando a sua formação é obrigatória. Em determinadas situações a própria norma irá impor a necessidade de formação do litisconsórcio.
Ver – Artigo 114 CPC (acima);
Ex: *Ação de usucapião – deve ser proposta em face do proprietário e dos confinantes (confrontantes);
 *Ação de embargos de terceiro – é proposta a ação por uma pessoa que não figura no processo quando um terceiro é ameaçado e propõe a ação em face do autor e do réu no polo passivo.
Além da lei, a formação do litisconsórcio, por vezes poderá ser obrigatório ou necessário em razão da incindibilidade da relação jurídica de direito material.
Ex.: *O MP poderá propor uma ação de anulação de casamento, caso verifique após a celebração alguma hipótese de anulação deste casamento. Devendo figurar no polo passivo ambos os noivos. (A relação jurídica de direito material não admite que apenas uma das partes figure no polo passivo do processo, pois a sentença produzirá efeitos em relação aos dois).
Quando o magistrado se depara com uma hipótese de litisconsórcio necessário, verificando ele que um dos litisconsortes se encontra ausente do processo, ele não poderá de ofício incluir esta parte na lide, mas deverá dar ao autor um prazo para a inclusão do litisconsorte que se encontra ausente no polo passivo do processo. Caso o autor não realiza a inclusão do mesmo, o juiz declarará extinto o processo sem exame do mérito (artigo 115, parágrafo único);
IV – Simples e unitário;
Simples – a sentença poderá julgar de forma diversa o pedido em relação a cada um dos litisconsortes; (Cada litisconsorte poderá ter uma sorte); *Geralmente o litisconsórcio facultativo também é simples;
Ex.: Todos os alunos da turma ajuizando uma ação contra a Estácio por uma matéria que foi retirada da grade. Pedido, cessação da cobrança e devolução das mensalidades já cobradas. Neste caso, cada uma das pessoas envolvidas poderá ter uma consequência distinta, por exemplo, o bolsista, o inadimplente, o não matriculado na respectiva disciplina, estes não receberão qualquer valor indenizatório.
Unitário – há litisconsórcio unitário quando há decisão for idêntica para todos os litisconsortes; (todos têm a mesma sorte). *O litisconsórcio necessário, poderá ser simples ou unitário, se a sua formação for em razão da lei. E, se em razão da incindibilidade da relação jurídica de direito material ele será sempre unitário (ex: anulação de casamento);
“Todo litisconsórcio unitário é necessário, porém nem todo litisconsórcio necessário é unitário”.
 (*Geralmente o litisconsórcio facultativo também é simples;/ *O litisconsórcio necessário, poderá ser simples ou unitário, se a sua formação for em razão da lei. E, se em razão da incindibilidade da relação jurídica de direito material ele será sempre unitário;)
d) Litisconsórcio Multitudinário (de multidão) O litisconsórcio facultativo poderá ser limitado em qualquer fase do processo quando o número de litigantes comprometer a rápida solução do litígio, dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença (artigo 113, §1º do CPC).
Ex: o exemplo dado anteriormente sobre toda a turma entrando com um único processo contra a universidade, isto causaria dificuldade em celeridade do processo, podendo o magistrado limitar o número de litigantes nos casos citados no parágrafo acima.
O juiz poderá limitar de ofício ou deverá ser provocado?
O professor Fredie Didier defende que será possível a limitação de ofício por parte do magistrado devido a existência de matéria do interesse público; (uma boa prestação jurisdicional);
A doutrina majoritária por sua vez afirma que a limitação depende de requerimento da parte interessada. (Ver artigo 113, §2º CPC/15)
Ex.: no mesmo exemplo dado, a universidade após a citação tem um prazo de 15 dias para apresentar a contestação, percebendo então que o número de litigantes dificultará a sua defesa, se no 5º dia a universidade apresenta o requerimento de contestação, assim, fará com que o prazo deixe de fruir até a decisão do magistrado (a partir da data que a parte é intimada da decisão do juiz), voltando a correr desde o início (prazo interrompido de acordo com o §2º do artigo 113). Se portanto, o juiz perceber a má fé, poderá aplicar multa a parte que assim agir.- Quando o magistrado decide por limitar, ele cria grupos de litigantes que dará origem a novos processos que ficam todos apensados no mesmo cartório. (Entendimento majoritário)
17.03.17
e) Defeito da sentença proferida sem a formação do litisconsórcio necessário; - Artigo 115 do CPC/15 O Inciso I, prevê que será a sentença nula quando o litisconsórcio for uniforme (necessário e unitário); O inciso II, diz que será ineficaz quando o litisconsórcio for necessário e simples;
Obs.: Sempre que houver a necessidade de participação de alguém e esse alguém não participar a sentença será defeituosa (litisconsórcio necessário);
Qual é o defeito da sentença?
*Se unitário – nula (não produz qualquer efeito, em relação a qualquer pessoa)
*Se simples – ineficaz (apesar de existir e ser válida ela pode deixar de produzir efeitos em relação a determinado ponto ou pessoa). Essa ineficácia pode até mesmo ser algo temporário, pode ser que após um determinado tempo ou correção do vício ela passe a produzir efeitos.
Ex.: I – Litisconsórcio necessário e unitário - uma pessoa que é madrinha da criança e cuida da mesma desde tenra idade, possuindo com a mesma, relações afetivas e deseja adotar a criança. No caso em questão a criança só se encontrava registrada em nome da mãe. A ação foi iniciada somente em relação a mãe, figurando apenas esta no polo passivo, tendo sido desconstituído o direito de poder familiar da mãe e declarada sentença favorável a adoção por parte da autora. Porém, no RCPN o pai já havia feito dentro do prazo o reconhecimento voluntário de sua paternidade; portanto, por se tratar de um litisconsórcio necessário e unitário, a sentença foi declarada nula desde a citação. Posteriormente aproveitou-se o mesmo processo, porém inclui-se a figura do pai.
II – Litisconsórcio necessário e simples - usucapião, propõe-se uma ação contra o proprietário e contra os confrontantes com o imóvel. Retira-se, portanto, as devidas certidões afim de se obter os reais proprietários e os devidos confrontantes. Os que figuram na certidão são chamados de confrontantes de direito, porém, o STJ tem um entendimento pacífico que além desses devem figurar como réu na ação de usucapião os confrontantes de fato (isto é, o indivíduo quepossui a posse direta do bem, que ocupa). Esquece-se, portanto, de incluir na citação do processo um dos confrontantes de fato e no caso de sentença que envolva este de alguma maneira, a sentença será ineficaz somente em relação a esta parte, produzindo seus efeitos em relação às outras partes. Fazendo-se necessário o ajuizamento de uma outra ação de usucapião para ser resolvida a lide com o confrontante de fato que ficou de fora.
f) dinâmica do litisconsórcio; - (Art. 117 e 118 do CPC/15). Cada litisconsorte é considerado um litigante distinto, recebendo o tratamento por parte do magistrado como se estivesse sozinho na ação. Tanto é que os atos e omissões de cada litisconsorte não prejudicará e nem beneficiará o mérito do outro. Salvo quando se tratar de litisconsórcio unitário. Neste caso, os atos e omissões de um poderão beneficiar os outros. (Prejudicar nunca)
Obs.: no Brasil é utilizado um regramento especial para litisconsórcio no sistema processual chamado de in utilibus, ou seja, só beneficia;
- Pela redação do artigo 118, quando ocorre uma decisão, o juiz tem que intimar todos os litisconsortes e todos podem recorrer; 
- Se os litisconsortes possuírem procuradores diferentes, terão prazo em dobro para a pratica de todos os atos processuais.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
20.03.17
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS – ARTIGOS 119 AO 138 DO CPC
Conceito: intervenção provocada ou voluntária, de um terceiro juridicamente interessado em uma demanda em curso.
- Intervenção voluntária – ocorre quando o terceiro pleiteia o seu ingresso no processo; 
Espécies: assistência e amicus curiae (amigo do juízo).
- Intervenção provocada – ocorre quando uma das partes pleiteia a intervenção do terceiro;
Espécies: denunciação da lide, chamamento ao processo e incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IPDJ); e amicus curiae (provocado pelo juiz)
Divergências entre o CPC/73 e o CPC/15
- No código de 73 a assistência não era tratada como intervenção de terceiros; era tratada a parte. No código novo é modalidade de intervenção;
- Amicus curiae e IDPJ não existiam no código de 73 como modalidade de intervenção de terceiros;
- Chamamento ao processo e denunciação da lide já existiam;
- Duas espécies de modalidade de intervenção de terceiros foram extintas no novo código que são: nomeação à autoria e oposição; Nomeação à autoria, portanto, ainda existe dentro de contestação e oposição passou a ser tratada dentro de procedimento especial;
- O rol das 5 modalidades do código atual trata-se de um rol exemplificativo e não taxativo, pois admite-se ainda outras modalidades desconexas e de legislação extravagante; Ex: 1.694 do CC/02;
ASSISTÊNCIA – Artigos 119 a 124;
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
A)Conceito: É uma modalidade de intervenção de terceiros em que uma pessoa juridicamente interessada passa a atuar no processo de maneira voluntária com intuito de ver a sentença favorável a uma das partes. A assistência é modalidade de intervenção de terceiros por excelência, que serve de modelo para as demais modalidades de intervenção.
b) Classificação:
Assistência simples (adesiva) – Artigos 121 a 123;
- Na assistência simples, o assistente mantém relação tão somente como seu assistido. Atua como um mero auxiliar da parte, razão pela qual os seus poderes são limitados. Só é possível ao assistente simples, a prática de atos processuais que não forem de encontro à vontade do assistido. (Subordinada à vontade do assistido). A simples omissão por parte do assistido não impede que o assistente realize ações no processo, porém no caso de expressa negativa por parte do assistido, o assistente nada poderá fazer tendo que respeitar esta vontade.
Ex: A celebra um contrato de aluguel com B e B celebra um contrato acessório de sublocação com C. A ingressa com uma ação de despejo contra B. C tem total interesse jurídico na ação e poderá ingressar na lide como assistente de B.
Assistência litisconsorcial (qualificada) - Artigo 124;
- Na assistência qualificada, o assistente mantém relação não só com o assistido, mas também com a parte contrária. Nesta hipótese, pode-se dizer que o assistente também é titular do direito discutido.
- O assistente litisconsorcial poderá praticar qualquer ato processual, bem como atos de disposição do próprio direito discutido, uma vez que é seu titular. Os seus poderes são idênticos aos do seu assistido. A sua atuação não é subordinada e sim independente.
Ex.: pessoa casada que depende da autorização do cônjuge para ajuizar uma ação que verse sobre direitos reais imobiliários. Poderiam eles ajuizarem a ação em conjunto ou um deles requerer a autorização do outro para ingressar sozinho com a ação. Neste caso, um dos cônjuges dá a autorização ao outro e posteriormente pode requerer o ingresso no processo como assistente do cônjuge que já figura na demanda, passando a ser um assistente litisconsorcial por também ser o titular da coisa do direito que está sendo discutido. (Hipótese de formação de litisconsórcio ulterior)
O assistente litisconsorcial é aquele que poderia ter sido parte desde o início e não foi. (Candido Rangel Dinamarco) 
c) Momento da assistência - A assistência poderá ocorrer em qualquer tempo e grau de jurisdição; (enquanto o processo não estiver concluído);
d) Procedimento –É possível em todo e qualquer procedimento, salvo no âmbito dos Juizados Especiais; (Artigo 10 da LEI 9.099/95)
O STJ tem entendimento de que não é possível a assistência em mandato de segurança;
e) Habilitação – O terceiro interessado deverá requerer ao juízo a sua habilitação em uma petição simples acompanhada dos documentos necessários e a prova de suas alegações. Recebido o pedido pelo juiz, as partes serão intimadas para que apresentem eventual impugnação no prazo de 15 dias, caso o juiz não entenda pela rejeição liminar da decisão que admite ou não o pedido de assistência. Cabe recurso de agravo de instrumento (artigo 1.015, IX do CPC/15);
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
IX admissãoou inadmissão de intervenção de terceiros;
f) Efeitos da decisão em relação ao assistente – O art. 123 afirma que o assistente fica vinculado a decisão proferida no processo em que interveio, não sendo possível discutir a justiça da decisão em processo posterior, salvo nas hipóteses previstas nos 2 incisos do mesmo artigo - o 10 fala da questão relacionada ao estado em que o processo é recebido e o 20 ser possível a discussão acerca da justiça da decisão se o assistente conseguir provar dolo do assistido que intencionalmente omitiu provas e ou alegações.
Justiça da decisão x coisa julgada – a coisa julgada é mais rígida que a justiça da decisão, Justiça da decisão ocorre nos casos de assistência, onde o assistente simples não sofre os efeitos da coisa julgada formal, ou seja, ele participa do processo como assistente, mas para ele, não há coisa julgada. Assim, poderá discutir novamente a lide em outro processo, só que sob outros fundamentos. Desta maneira é que não poderá questionar mais a justiça da decisão no processo em que atuou como assistente simples, ainda que em outra lide. Veja que os elementos identificadores da ação são causa de pedir, pedido e partes, sendo que a causa de pedir pode ser remota ou próxima e o pedido pode ser mediato ou imediato. Assim considerando, é perfeitamente possível que numa discussão jurídica determinada pessoa assistindo outrem venha a ter sua pretensão indeferida, contudo, nada impede que em outro processo, sob novos fundamentos (causa de pedir) objetive o mesmo pedido.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE – Artigos 125 a 129 CPC
Art. 125.  É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
Art. 126.  A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131.
Art. 127.  Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
Art. 128.  Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Parágrafo único.  Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.
Art. 129.  Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Parágrafo único.  Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
a) Conceito: A denunciação da lide é uma modalidade de intervenção de terceiros provocada, em que uma das partes do processo, manifesta desde já o seu interesse de ser indenizada caso saia derrotada, é uma ação regressiva, incidente, eventual e antecipada
b) Hipóteses – As hipóteses em que é possível denunciar a lide estão nos 2 incisos do art. 125, o primeiro trata da chamada evicção, hipótese de perda da propriedade por decisão judicial (garantia própria). O segundo trata de quando a lei ou o contrato impõe obrigação de indenizar. Ex.: Contrato de seguro. (Garantia impropria) – A lei limitou a denunciação sucessiva a uma única vez.(art.127 CPC)
c) Legitimidade – qualquer das partes é legitimada para promover a denunciação.
d) Momento de promover o chamamento – Se é promovida pelo autor o momento será na inicial, se pelo réu na contestação. 
d) Procedimento - Denunciação pelo autor (art.126/127 CPC)
 - Denunciação pelo réu (art. 128 CPC)
Só há necessidade de julgamento da denunciação da lide caso o denunciante seja derrotado na ação principal. No novo código o autor pode exigir o cumprimento do denunciado diretamente no valor da condenação até o limite da responsabilidade do denunciado. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO – 130 ao 132 CPC
Art. 130.  É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
Art. 131.  A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Parágrafo único.  Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses.
Art. 132.  A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.
 a) Conceito: O chamamento ao processo é uma modalidade de intervenção de terceiros provocada através da qual o réu trás para a relação processual um devedor solidário que até então dela não participava.
b) Hipóteses: As hipóteses em que se admite o chamamento estão nos incisos do art. 130 
O inciso I- não é hipótese de obrigação solidaria e sim subsidiaria. Os demais incisos estão corretos.
c) Legitimidade – só o réu esta legitimado para promover o chamamento
d) Momento de promover o chamamento - contestação
e) Procedimento- o chamado citado apresenta contestação e a partir daquele momento há formação de um litis consorcio passivo ulterior 
31/03/17
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURIDICA (IDPJ) -133 a 137 CPC
Art. 133.  O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134.  O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o.
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica.
Art. 135.  Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citadopara manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136.  Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.
Parágrafo único.  Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
Art. 137.  Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
a) Conceito – modalidade de intervenção de terceiro provocada através da qual é chamado a integrar a relação processual o responsável indireto pelo cumprimento de uma obrigação.
Não se aplica a desconsideração inversa.
b) Hipóteses – Art. 50 do CC 2 elementos – objetivo e subjetivo
 - Art. 28 do Código do consumidor
 - CLT
 - Código tributário nacional
 - Lei do meio ambiente
c) Legitimados - a parte autora e o MP
d) Momento – (art. 134 CPC) em qualquer fase do procedimento, bem como na execução de título extrajudicial 
- Única intervenção possível no âmbito do juizado especial -art.1062 do CPC
e) Procedimento – (art.134 §s, 135,136, 137) –petição simples indicando a pessoa dos sócios ou o sócio que quer ver atingido. O processo é apensado ao principal e o juiz determina a citação do sócio que pode responder afirmando que não é hipótese de desconsideração, se for acolhido o processo de desconsideração o sócio passa a ser litis consorte do processo original. (litis consorcio ulterior, passivo, facultativo, simples) 
Decisões interlocutórias são proferidas ao longo do processo, sentença é a última decisão do processo.
03/04/17
Amicus curiae – (art. 138 CPC)
O juiz pode convocar ou aceitar o pedido de uma das partes
A única possibilidade de apresentação de recurso seria embargos de declaração e quando se tratar de procedimento especifico pode ele apresentar (incidente de resolução de demandas repetitivas)
Figura criada no direito alemão
Decisão irrecorrível, a pessoa não se torna parte, nem auxiliar, não precisa ser provocado ou voluntario.
10/04/17
ATOS PROCESSUAIS
Forma dos atos processuais (art.188 -199)
A regra é de que o ato processual possui forma livre,
Art. 319 -320-NCPC e 1016 e 1017 CC atos pré-determinados quanto à forma A maior preocupação não é com a forma o importante é que o ato atinja a sua finalidade. (Princípio da instrumentalidade das formas)
O processo não é um fim em si mesmo, mas um meio para se alcançar um objetivo.
Inicial, Recurso
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320.  A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
O art. 190 do código traz as linhas gerais do instituto conhecido como negócio jurídico processual
Pode-se combinar anteriormente o processo com a outra parte, quanto a produção de provas e demais atos.
Art. 191 dispõe sobre a calendarização dos atos processuais na intenção de evitar tempo ocioso no cartório estabelecendo data para todos os atos.
Art. 188.  Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Art. 189.  Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Art. 190.  Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único.  De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191.  De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
Art. 192.  Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
Parágrafo único.  O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
Atos das partes - as partes via de regra se manifestam no processo através de petição, pode ser unilateral ou bilateral. art. 200-202 - NCPC
Art. 200.  Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Art. 201.  As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.
Art. 202.  É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.
Apesar de existir princípio da oralidade, este princípio não se aplica aos processos brasileiros.
Os atos das partes consistem em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. (Art. 200 NCPC)
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Atos do juiz – (pronunciamentos do juiz) art. 203 – são possíveis 3 atos ou pronunciamentos: sentenças, decisões interlocutórias e despacho
-Sentença. Na sentença cabe apelação – art. 1009
-Decisão interlocutória - Em regra agravo de instrumento nas que estão no art. 1015, mas tem outros artigos no código
-Despacho não é capaz de trazerprejuízo a alguém já as decisões trazem prejuízo a pelo menos uma das partes. No despacho não cabe recurso (1001 CPC) no entanto toda a decisão é recorrível 
Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
A diferença da decisão interlocutória e a sentença é a sua localização na marcha processual a sentença põe fim ao processo ou a uma de suas fases. A decisão interlocutória não põe fim nem ao processo nem a alguma de suas fases.
Nas decisões interlocutoras o juiz resolve questões surgidas no curso do processo, necessárias para que se chegue a uma decisão final, já na sentença o juiz resolve a questão principal ou seja o pedido.
Só o despacho pode ser delegado, decisão nunca poderá ser delegada. Devido ao princípio jurisdicional da idelegabilidade.
Acórdão é pronunciamento dos tribunais
Tempo e lugar dos atos processuais- o tempo está no art. 212 do CPC (6 da manhã as 8 da noite) dias úteis (dias em que há expediente forense) quando o processo é eletrônico pode ser 24:00 por dia art. 213.
Art. 212.  Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
Art. 213.  A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.
Lugar dos atos processuais. Art. 217 ordinariamente são praticados nos átrios do fórum 9.1.1 
Art. 217.  Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz
08/05/17
PRAZOS PROCESSUAIS 
A disciplina geral dos prazos está prevista nos arts. 218 a 232 do Novo CPC. 
Os prazos processuais podem ser classificados quanto à origem do prazo; quanto à possibilidade ou não de ser modificado; e quanto aos efeitos do descumprimento do prazo. 
Considerando a origem do prazo, vale dizer, quem fixa o prazo, podemos classificá-lo em: 
a) Prazos Legais: são os fixados por lei. 
b) Prazos Judiciais: são os prazos fixados por uma decisão judicial. 
c) Prazos Convencionais: são fixados por acordo das partes. 
 
Como regra, quem fixa o prazo para a prática dos atos processuais é a lei. 
Se não houver prazo legal, o juiz o fixará. Se o juiz não o fizer, aplica-se o § 3º do art. 218 do Novo CPC, ou seja, o prazo será de 5 dias. 
Considerando a possibilidade de modificação pelas partes, os prazos podem ser classificados em: 
a) prazos dilatórios: são aqueles que podem ser modificados por convenção das partes.
b) prazos peremptórios: são os que não podem ser modificados pelas partes. É o caso, por exemplo, do prazo de contestação; do prazo recursal etc. 
Quanto às consequências do descumprimento, os prazos podem ser: 
a) prazos próprios: aqueles cujo descumprimento acarreta consequências processuais. Ex.: prazo de contestação; prazo para recorrer; prazo para apresentar o rol de testemunhas; etc. 
b) prazos impróprios: aqueles cujo descumprimento não acarreta consequências processuais. É o caso, por exemplo, dos prazos para o juiz proferir decisões e sentenças. 
INÍCIO DO PRAZO 
O início do prazo processual começa a correr, como regra, segundo as regras fixadas pelo art. 231 do NCPC, da seguinte forma: 
a) quando a citação ou intimação for postal (pelo correio), o prazo começa a correr da data da juntada aos autos do aviso de recebimento. 
b) no caso de citação ou intimação for por oficial de justiça, o prazo corre desde a data da juntada aos autos do mandado cumprido. 
c) quando a citação ou a intimação se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria, começa o prazo da data da sua ocorrência; 
d) na hipótese de citação por edital, inicia-se o curso do prazo de resposta a partir do dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz; 
e) em sendo eletrônica a citação ou a intimação, o prazo começa a correr do dia útil seguinte à consulta do seu teor ou ao término do prazo para que a consulta se dê; 
f) quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, o prazo para resposta corre da data da sua juntada aos autos após devidamente cumprida, como regra 
g) quando a intimação se der pelo Diário de Justiça impresso ou eletrônico, começa o prazo da data de sua publicação; 
h) na hipótese de a intimação se dar por meio da retirada dos autos, do dia da sua carga; 
i) se houver pluralidade de réus, o prazo de resposta tem o seu curso a partir da última data a que se referem as hipóteses “a” a “f”; 
O prazo recursal conta-se da data em que os advogados são intimados da decisão (art. 1.003, do NCPC). 
Se a decisão ou a sentença forem publicadas em audiência, reputam-se intimados na audiência (§ 1º do art. 1.003 do Novo CPC). Essa regra vale não somente para as partes comuns, mas também para a Defensoria Pública e o Ministério Público, que possuem direito a vista pessoal dos autos. Vale dizer, no caso de decisão ou sentença publicados em audiência, o prazo começa a correr para o Ministério Público e para a Defensoria Pública a partir da data da audiência, momento em que foram intimados pessoalmente. Mesmo se pedirem vista dos autos, o prazo não começará a correr da vista (como aconteceria se a decisão ou a sentença do juiz fossem proferidas em gabinete), senão da data da audiência.
 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS 
Está prevista basicamente no art. 224 do Novo CPC. 
Há diferença entre “correr” e “contar”. Os prazos começam a “correr” a partir da intimação, porém contam-se excluindo o dia da intimação. 
Na contagem do prazo, devem ser levadas em consideração as seguintes regras: 
a)Os prazos somente começam a contar do primeiro dia útil após a publicação do ato (art. 224, § 3º, NCPC); 
b)Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento (art. 224, caput, NCPC); 
c)Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica (art. 224, § 1º, Novo CPC). 
 
A Fazenda Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública possuem prerrogativas de prazo: conta-se em dobro para todas as suas manifestações processuais (arts. 183, 180 e 186, do Novo CPC). 
Se houver litisconsórcio, ativo e/ou passivo, e os litisconsortes tiverem procuradores diferentes, o prazo será em dobro para todos os atos do processo (art. 229, Novo CPC). No entanto, se o prazo interessar a somente um dos litisconsortes, o prazo será simples. É o caso, por exemplo,da sentença que é desfavorável a somente um dos litisconsortes. Nessa hipótese, o prazo para tal litisconsorte será simples. 
RECESSO FORENSE, FERIADOS E SUSPENSÃO DOS PRAZOS 
O recesso forense suspende os prazos. De acordo com o art. 220 do Novo CPC, “suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive”. Dessa maneira, durante esse período, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento (§ 2º do art. 220 do Novo CPC). Vale lembrar que, ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante tal período (§ 1º do art. 220 do Novo CPC). 
 A suspensão somente ocorre no dia do início do recesso forense. Por exemplo, se os dias 18 e 19 de dezembro, imediatamente anteriores ao início do período de suspensão dos prazos, caem em sábado e domingo, respectivamente, mesmo assim a suspensão do prazo somente ocorre a partir do dia 20 de dezembro. Isso porque os prazos, como regra, são contínuos, não se suspendendo em razão de dia sem expediente forense. 
Os dias de feriado não suspendem os prazos processuais. No entanto, recaindo o último dia do prazo em feriado, ele prorroga-se para o primeiro dia útil seguinte. 
Se a citação ou a intimação acontecer no curso do recesso forense, considera-se realizada no primeiro dia útil que se lhe seguir, que não é incluído na contagem do prazo. Assim, caso a citação ocorra no dia 18 de janeiro, considera-se ocorrida em 21 de janeiro, começando a contagem do prazo no dia imediatamente subsequente, ou seja, em 22 de janeiro. 
 
PRAZOS E A LEI DO PROCESSO ELETRÔNICO (LEI 11.419/2006) 
No caso de processo eletrônico, considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico (art. 3º, § 3º, Lei 11.419/2006). Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação (§ 4º). As petições poderão ser transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo (art. 3º da Lei 11.419/2006 e art. 213 do Novo CPC). 
PRECLUSÃO 
Preclusão é a perda do direito/faculdade/poder de praticar o ato processual. 
Trata-se de uma consequência da marcha processual. O processo é uma sequência de atos processuais que deve caminhar para frente, a fim de que atinja o seu objetivo final, que é a sentença. Em razão disso, para que não haja retrocesso (o contrário de processo), é preciso que sejam criadas fórmulas de preclusão. 
A preclusão pode ser temporal, consumativa ou lógica. 
A preclusão temporal é a perda do direito/faculdade/poder de praticar o ato processual porque a parte não o fez no momento oportuno, ou seja, dentro do prazo. Assim, findo o prazo para a prática do ato processual, ocorre a preclusão temporal, impedindo-se que seja posteriormente praticado. Por exemplo, o prazo de contestação é de 15 dias. Se a contestação for protocolada no 16º dia, terá ocorrido a preclusão temporal 
A preclusão consumativa consiste na perda do direito/faculdade/poder de praticar novamente o ato processual, por já tê-lo feito. Assim, já tendo praticado o ato processual, não poderá ser praticado novamente para corrigir o anterior. Por exemplo, uma vez apresentada a contestação, se o réu se esqueceu de algum ponto e pretender complementá-la, não poderá fazê-lo, já que houve a preclusão consumativa de tal ato processual. 
Por fim, a preclusão lógica é a perda do direito/faculdade/poder de praticar o ato processual por ter praticado outro ato incompatível com o primeiro. Decorre do venire contra factum proprium non potest, princípio decorrente da boa-fé objetiva. Isto é, trata-se de uma manifestação da regra geral de que a parte não pode cair em contradição de conduta. Por exemplo, o réu se dirige à Secretaria da Vara e paga o valor da condenação; posteriormente, dentro do prazo, interpõe recurso. Se isso acontecer, terá ocorrido a preclusão lógica, pois o pagamento puro e simples do valor imposto na sentença é incompatível com a intenção de recorrer.
 COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
- A comunicação dos atos processuais às partes pode ser feita por meio de citação e intimação. 
 
CITAÇÃO - Segundo o art. 238 do Novo CPC, citação “o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual”. Alexandre Câmara define citação como “o ato pelo qual se integra o demandado à relação processual, triangularizando-a.” Com efeito, antes da citação já existe processo, embora a relação jurídica processual esteja incompleta. Com a citação, o demandado passa a integrar o processo, triangularizando a relação jurídica processual.
12/05/17
Art. 240.  A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos:
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o.
§ 3o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
A citação valida é capaz de gerar 3 efeitos
1-A citação válida induz litispendência (2 ou mais ações tramitando ao mesmo tempo - pressuposto processual negativo), havendo 2 ou mais ações idênticas será válida aquela que primeiro comprovar a citação valida a outra será extinta.
2 – Tornar litigiosa a coisa – 
3 – Constituir em mora o devedor - diferente dos anteriores, que são efeitos processuais, esse é um efeito material. Mora ex-persona (torna devedor a partir da citação)
No código de 73 a citação produzia mais 2 efeitos além dos citados acima 
-A citação tornava prevento o juízo. No código atual é o registro ou distribuição. (Efeito processual).
-Interrupção da prescrição atualmente p.1 do 240 o que interrompe é o despacho que ordena a citação que interrompe a prescrição. 202 CC fala que o despacho ordena a citação.
O CC/02 começou a fazer efeito a partir de 10/01/2003
O NCPC passou a surtir efeito a partir de 18/03/2016
CASOS EM QUE, TEMPORARIAMENTE, NÃO SE PODE FAZER A CITAÇÃO 
Art. 243.  A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado.
Parágrafo único.  O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
CLASSIFICAÇÃO DA CITAÇÃO 
A citação pode ser: 
a) Pessoal (ou real): 
 - Postal (art. 247 e art. 248 do Novo CPC); 
 - Por oficial de justiça (arts. 249 a 251 do Novo CPC). 
b) Por meio eletrônico 
c) Ficta: 
A citação deve ser sempre pessoal 242 cc/246 I,II,III e V
Art. 242.  A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1o Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde estiversituado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em juízo.
§ 3o A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
Art. 246.  A citação será feita:
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital;
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
§ 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
§ 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.
§ 3o Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
Momento – a qualquer hora art. 212 p. 2 NCPC
Art. 212.  Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
CITAÇÃO POSTAL A citação postal deve ser a regra. É realizada por uma carta de citação, que contém necessariamente: o prazo para resposta; o endereço do juízo e o respectivo cartório; a cópia do despacho do juiz que a determinou; e cópia da petição inicial (art. 248, do Novo CPC). 
De outro lado, a citação por correio não é admitida nas seguintes hipóteses: nas ações de estado; nas ações que o réu seja incapaz; quando for ré a pessoa jurídica de direito público; nas situações em que o réu mora em local não atendido pelo serviço de correio; ou quando o autor justificadamente requerer que seja feita de outra forma (art. 247 e incisos, do Novo CPC). 
A carta deve ter o aviso de recebimento (AR), que precisa ser assinado pessoalmente por quem está sendo citado, para a validade do ato (§ 1º do art. 247 do Novo CPC). O serviço de correios deverá devolver o aviso de recebimento (AR) ao Juízo, que o juntará ao processo para demonstrar a regularidade do ato e marcar o início do prazo para resposta
248 § 20 -Quando se tratar de pessoa jurídica é válida a entrega na portaria da empresa.
CITAÇÃO POR OFICIAL DE JUSTIÇA - O oficial de justiça é um auxiliar do Juízo, que tem a função de executar materialmente as ordens judiciais, tendo fé pública e a possibilidade de contar com o auxílio de força policial para cumprir os mandados judiciais. 
CITAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO -A Lei 11.419/2006, que prevê a informatização do processo judicial, admitiu as citações por meios eletrônicos, pela internet ou em redes próprias do Judiciário. 
CITAÇÃO POR HORA CERTA - A citação por hora certa é cabível quando houver suspeita fundada de que o réu esteja se ocultando. O art. 252 do Novo CPC dispõe que “quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias. 
O art. 254 do Novo CPC estabelece apenas uma complementação desse ato citatório, dispondo que “feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência”. 
Assim, fica claro que, mesmo na citação por hora certa, o prazo de contestação começa a correr da data da juntada aos autos do mandado de citação cumprido, pois a citação ficta realizada no dia e horário designados pelo oficial de justiça. 
Decretada a revelia do réu citado por hora certa, deverá ser-lhe nomeado curador especial, na forma do art. 72, inc. II, do Novo CPC. 
CITAÇÃO POR EDITAL -A citação por edital é uma modalidade de citação ficta, vale dizer, em que a citação é presumida. 
A citação por edital é cabível nas seguintes hipóteses (art. 256, Novo CPC): 
Art. 256.  A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
Preferencialmente deve ser pessoal, mas, quando não for possível, será ficta. 
A citação ficta é aquela que se presume que tenha ocorrido, nas hipóteses em que o réu se furta a receber a citação, excepcionalmente nesses casos a citação não é pessoal e sim ficta.
Ao réu revel citado por edital, deverá ser nomeado curador especial, na forma do art. 72, inc. II, do Novo CPC. De outro lado, cabe mencionar que, diferentemente do processo penal (art. 366, CPP), no processo civil, o não comparecimento do réu mesmo após a citação por edital não induz à suspensão do processo. Após a citação por edital, o processo prosseguirá normalmente, sendo que o curador especial estará defendendo todos os interesses do réu no processo. 
15/05/17
A citação obedece algumas formalidades previstas no art. 250 NCPC, nome, finalidade, cópia da petição inicial, data, advertência contra revelia. A citação que deixa de oferecer algumas das informações pode ser nula. A citação é uma só, se o juiz reconhece que a citação é nula abre novo prazo. 
Art. 250.  O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Pessoas jurídicas podem receber citação por meio eletrônico art. 1051 fala do prazo. Com exceçãodas microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
Art. 1.051.  As empresas públicas e privadas devem cumprir o disposto no art. 246, § 1o, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de inscrição do ato constitutivo da pessoa jurídica, perante o juízo onde tenham sede ou filial.
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte.
Quando se verificar que o citando é mentalmente, a citação não será realizada, será devolvido o mandado e o juiz nomeia um médico para examinar o citando, se ficar constatada a incapacidade será determinado um curador à líder - Terceira espécie de curador que será representante do incapaz só naquele processo. 
Art. 245.  Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la.
§ 1o O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2o Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2o se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4o Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando
Art. 255.  Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos
INTIMAÇÕES – Art. 269
Art. 269.  Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
§ 1o É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial
Intimação são todos os outros atos de comunicação durante o processo via de regra ocorre na pessoa do patrono só há necessidade de intimação da própria parte quando o ato tiver que ser por ela praticado pessoalmente. Como exemplo no depoimento pessoal – o autor deve ser intimado 
DP, MP ou fazenda pública mediante entrega dos autos (isso é chamado de vista)
O advogado pode intimar o advogado da outra parte art. 269 p.1 por meio de carta.
Presumem se válidas as intimações dirigidas mesmo se não recebidas. É Dever da parte e de seus patronos manter o seu endereço atualizado nos autos.
Art. 270.  As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único.  Aplica-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o disposto no § 1o do art. 246.
Art. 271.  O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposição em contrário.
Art. 272.  Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.
§ 4o A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome completo e ser a mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 5o Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
§ 7o O advogado e a sociedade de advogados deverão requerer o respectivo credenciamento para a retirada de autos por preposto.
§ 8o A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.
§ 9o Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça.
Art. 273.  Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo os advogados das partes:
I - pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo;
II - por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo.
Art. 274.  Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único.  Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
Art. 275.  A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrônico ou pelo correio.
§ 1o  A certidão de intimação deve conter:
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de seu documento de identidade e o órgão que o expediu;
II - a declaração de entrega da contrafé;
III - a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
§ 2o Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital.
As intimações são tratadas a partir do art. 269
186 § 20 – se tentaram te encontrar no endereço e não encontraram o processo pode ser extinto.
Mesmo processo da citação
COMUNICAÇÃO ENTRE OS JUÍZOS –art. 260 a 268
A comunicação entre juízos ocorre por carta. 
As cartas são classificadas em carta de ordem, carta rogatória e carta precatória. 
A carta de ordem é o meio de comunicação entre tribunal e um juízo que lhe é vinculado. Não é ato de cooperação e sim uma determinação de um órgão superior a um inferior
A carta rogatória é o meio pelo qual ocorre a comunicação entre juízos de países diferentes. 
No Brasil, após a EC 45/2004, compete ao Superior Tribunal de Justiça conceder o exequatur (ordem para ser cumprida no Brasil) às cartas rogatórias oriundas de países estrangeiros (art. 105, inc. I, aliena “i”, CF). Após o exequatur, o cumprimento da carta rogatória incumbe à Justiça Federal de primeira instância (art. 109, inc. X, CF). 
Por fim, a carta precatória, constitui o instrumento pelo qual se realizam os demais casos de comunicação. Por exemplo, entre juízos de primeira instância de comarcas diferentes; entre um tribunal e um juízo que não está a ele vinculado; etc.é um ato de cooperação entre juízos
As cartas (de ordem, rogatória e precatória) possuem caráter itinerante. Assim, se o Juízo Deprecado verificar que a competência para cumprir a carta precatória é de outro Juízo, poderá encaminhá-la diretamente a este, ao invés de devolver a carta precatória sem cumprimento ao Juízo Deprecante, nos termos do art. 262 do Novo CPC. 
25/05/17
NULIDADES – ART. 276 A 283 NCPC
A lei processual prescreve determinadas formas para a prática dos atos processuais, quais sejam, o tempo, o lugar e o modo a que os atos processuais devem obedecer. Se esta forma não for respeitada, haverá atipicidade legal, ou seja, descumprimento da forma. 
A fim de que essas formas sejam obedecidas, a lei processual comina determinadas consequências para o caso de descumprimento. 
Nesse contexto, é que está a disciplina dos vícios e invalidades processuais. 
 
PRINCÍPIOS 
Ao estudar o regramento dos vícios e invalidades processuais, é imperioso o conhecimento dos princípios norteadores da matéria. Como é impossível que a lei preveja todas as hipóteses de descumprimento das formas processuais, os princípios possuem especial relevância na interpretação e aplicação da medida mais adequada para cada caso concreto. 
a) Princípio da Instrumentalidade: Segundo esse princípio, o processo não é um fim em si mesmo; ao revés, trata-se de um instrumento para o reconhecimento e a satisfação do direito material veiculado. 
b) Princípio da Finalidade: Esse princípio informa que o juiz não deverá decretar a invalidade do ato se, mesmo realizado de outro modo, atingir a sua finalidade. Está expresso no art. 277 do Novo CPC. 
c) Princípio do Prejuízo: Informa que, se não houver prejuízo à parte, o ato processual praticado em desconformidade com a lei processual será aproveitado e não será repetido. Isto é, não há nulidade sem prejuízo Tal princípio aplica-se às nulidades relativas, haja vista que, nas nulidades absolutas, o prejuízo é presumido. Está previsto nos arts. 282, § 1º, e 283, parágrafo único, do Novo CPC. 
d) Princípio do Interesse: Segundo o princípio do interesse, a decretação de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa. É um desdobramento da boa-fé objetiva e, mais especificamente, da aplicação o princípio do verire contra factum proprium non potest no processo civil. Está previsto no art. 276 do Novo CPC. No entanto, este princípio não se aplica às nulidades absolutas. 
e) Princípio da Causalidade: Segundo o princípio da causalidade, se o ato for invalidado, serão considerados ineficazes os demais atos que dele dependam, mas a nulidade não alcançará os atos subsequentes que sejam independentes (art. 281, Novo CPC). 
f) Princípio do Aproveitamento: A atipicidade do ato processual somente acarreta a invalidação dos atos processuais que não possam ser aproveitados, desde que também não cause prejuízo às partes. Está previsto no art. 283 do Novo CPC. 
 
PETIÇÃO INICIAL – ART. 319
É instrumento através do qual o autor materializa o seu direito de ação, a petição inicial é o ato que dará início a tutela jurisdicional pelo estado. É a responsável pela formação inicial do processo.
Conforme visto, vige no Brasil o princípio dispositivo, segundo o qual cabe à parte provocar a jurisdição. Assim, não pode o juiz dar início ao processo de ofício (princípio da inércia da jurisdição). A demanda é, portanto, o ato de provocação da Jurisdição. 
A petição inicial é o instrumento da demanda. A petição inicial instrumentaliza a demanda assim como a procuração instrumentaliza o mandato conferido pela parte ao advogado. 
 
Todo processo se inicia com uma petição inicial - Exceção -Inventario se não é aberto nos 60 dd pode o juiz de oficio iniciar o processo, é uma exceção mas nunca foi vista nos dias atuais
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL (Art. 319 -320 NCPC)
Para que a demanda seja proposta, são exigidos determinados requisitos para a petição inicial. Eles estão previstos nos art. 319, 320 e 106, inc. I, do Novo CPC. 
A petição inicial deve descrever, dentre outras informações, os elementos da demanda (partes, causa de pedir e pedido). 
Além disso, embora não esteja expresso no art. 319 do Novo CPC, a petição inicial deverá ser escrita. Nos Juizados Especiais, no entanto, admite-se que a parte apresente oralmente a sua demanda na Secretaria do Juizado, a qual deverá ser reduzida a termo. 
O art. 319 do Novo CPC prevê que a petição inicial deverá indicar os seguintes requisitos: 
 
I - o juízo a que é dirigida; (endereçamento) - Deve ser dirigido ao juízo e não ao juiz, apesar da pratica atual as iniciais serem dirigidas ao juiz, se houver mais de um juízo competente pode-se deixar o campo a ser preenchido depois.
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (qualificação das partes)
É um requisito que muitas das vezes não consegue preencher de início, pois algumas vezes se não consegue a qualificação do réu. É requisito atualmente endereço eletrônico. É possível requerer ao juízo a realização das diligencias necessárias para completar a qualificação (319 § 10) - O juiz não pode indeferir por falta de alguma qualificação (319 § 20).
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;(causa de pedir) é o mais importante da inicial, são os fatos e os fundamentos, teoria da substanciação é o que vincula o juízo, o magistrado fica vinculado aos fatos que são apresentados – dai-me os fatos e te darei o direito.
IV - o pedido com as suas especificações; (Art. 322 – 329 NCP pedido deve ser certo, objetivo, no sentido de delimitar o que se quer, não é possível genérico, tem que descrever o bem da vida que se quer. O pedido deve ser determinado tem que identificar o que se quer. Em alguns casos específicos o pedido pode ser não determinado, essas hipóteses estão no art. 324 parágrafos 10, quando não se tem conhecimento do montante do pedido pode-se fazer um pedido genérico, que será suprido depois. 
Os pedidos podem ser classificados em próprios e impróprios, nos pedidos próprios o autor formula mais de um pedido e pretende o acolhimento de todos nos pedidos impróprios o autor formula mais de um pedido, mas não pretende o acolhimento de todos. (Cumulação de pedidos)
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
 
Além disso, a petição inicial deve indicar o endereço em que o advogado receberá as intimações (art. 106, I, NCPC). 
Estando presentes os requisitos da petição inicial, o juiz deverá, por despacho, recebê-la e determinar a citação do réu. Esse despacho do juiz (que recebe a petição inicial e determina a citação) chama-se “despacho positivo
CLASSIFICACÃO
 
Cumulação * Própria (+1/todos) * Simples (independentes)
			 * Sucessiva (dependentes)
	 *Imprópria (+1/uma não todos) *Alternativa (ou...) 
			 *Subsidiaria (caso....)
Emendatio libeli = acrescer o pedido
Mutatio libeli = modificar o pedido
Entre a petição inicial até a citação do réu pode o autor alterar livremente o pedido ou a causa de pedir.
Entre a citação do réu e a decisão de saneamento e organização o autor alterar pedido ou causa de pedir com a concordância do réu.
Após a decisão e saneamento e decisão do processo não é mais possível a alteração.
O valor da causa é o valor atribuído a ação para fim do cálculo da taxa judiciaria bem como para servir de base de cálculo quando da fixação dos honorários de sucumbência ou eventual multa aplicada as partes art. 291,292 e 293 do NCPC.
Equivale ao benefício econômico obtido em caso de ser vitorioso.
Tem que haver atribuição de valor correto, pois a taxa judiciaria é calculada sobre o valor dacausa, se não tiver um valor é aconselhável colocar um valor baixo
Art. 292 indica alguns valores seguir os valores estipulados nesse artigo a gratuidade não isenta de multa.
PRODUÇÃO DE PROVAS – art. 319, VI
Indicar a prova que quer produzir, apesar do pedido genérico ser acatado
319 VII a indicação pelo autor do interesse ou não na realização de mediação ou conciliação.
29/05/17
Documentos necessários para acompanhar a petição inicial, são os documentos do autor e os elementos da prova (art. 319 e 320).
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL - Se o juiz verificar que a petição inicial não preenche os seus requisitos, ou que apresenta defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito da demanda, deverá determinar que o autor emende a petição inicial no prazo de 15 dias (art. 321, Novo CPC). 
No entanto, caso esteja faltando o requisito do art. 106, inc. I, do Novo CPC (ausência de informação sobre o endereço em que o advogado recebe as intimações), o prazo para emendar será de 5 dias (§ 1º do art. 106 do Novo CPC). 
Em razão da instrumentalidade do processo e da economia processual, tem-se entendido que, caso se trate de vícios sanáveis, a oportunização da emenda à petição inicial é norma cogente para o juiz. Vale dizer, caso o juiz não determine a emenda e indefira, de plano, a petição inicial, extinguindo o feito sem resolução de mérito, tal sentença padecerá de error in procedendo, devendo ser cassada pelo tribunal, para que se oportunize a emenda. Aliás, nesse sentido consolidou-se a jurisprudência do STJ.33 Emenda da petição inicial (art. 321) - Verificando o juiz a ausência de uns dos requisitos deve providenciar a emenda no prazo de 15 dias. Se o autor corrige o vício a ação seguira seu tramite normal, se no prazo o autor não emenda e a petição inicial será indeferida.
Quando a petição inicial é indeferida, (art.485, I) com a extinção do processo sem o exame do mérito. Quando o juiz determinar a emenda a petição inicial deverá indicar precisamente o que deve ser corrigido ou emendado.
Se o juiz deixar de informar o que deve ser corrigido pode-se entrar com embargo de declaração.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - Caso a petição inicial apresente vício insanável, ou se sanável, o autor não emende a petição inicial no prazo designado, o juiz deverá indeferi-la. 
É imperioso deixar claro que o indeferimento da petição inicial somente ocorre no início do processo, ou seja, antes de ouvido o réu. Caso perceba a ausência de um dos requisitos da petição inicial somente depois, deverá o juiz simplesmente extinguir o processo sem resolução do mérito. 
Se o juiz verificar, antes da citação do réu, que a petição é inepta e não houver emenda, deve indeferir a petição inicial e julgar o processo extinto sem resolução do mérito, na forma do art. 330, I, e art. 485, inc. I, do Novo CPC
A petição inicial deverá ser indeferida nas seguintes hipóteses (art. 330 do Novo CPC): 
I – Quando for inepta; 
II – Quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III – Quando o autor carecer de interesse processual; 
IV – Quando não atendidas as prescrições dos art. 106 e 321 (quando o autor deixar de declarar seu endereço)
Quando a petição inicial for indeferida cabe ao autor apelar dessa sentença (art.1009)
Depois da sentença o juiz não pode mais se manifestar no processo, tem 4 hipóteses de exceção dessa regra.
Quando indeferida a petição inicial o juiz deve nas hipóteses de apelação deve o magistrado antes de determinar a oitiva da parte contraria e a remessa dos autos ao tribunal exercer juízo de retratação, ou seja, rever o processo, se em juízo de retratação percebe que errou ele pode voltar atrás e desfazer a sentença.
Prazo para o juiz retratar – 5 dd (prazo improprio)
Art.327 pedidos compatíveis, procedimento adequado a todos os pedidos e juízo competente para julgar todos eles
O indeferimento da ação inicial pode ser parcial.
Tutela provisória -294 – 311
TUTELA PROVISÓRIA (art. 294 a 311 do NCPC)
URGÊNCIA – (art. 300-310 NCPC)
			 
*Antecipada -Requisitos 1- perigo da demora –a possibilidade de dano ou a afetividade do processo
 		 2- Fumaça do bom direito – probabilidade do direito.
O autor passa a gozar imediatamente do bem da vida. Ex.: ação exigindo remédio do estado
*Cautelar – proteger o bem da vida que se quer, para que não seja alienado e se perca o direito. Ex.: ação de divórcio, quando tenha a necessidade de proteção para que o cônjuge não dilapide o patrimônio antes do divórcio.
Pode-se requerer na petição inicial ou no decorrer do processo, mesmo se estiver em fase recursal. Pode ser incidente (dentro do processo) ou antecedente (antes mesmo de propor o processo Art. 303 e 310 do NCPC)
A tutela antecedente é uma petição inicial incompleta. Depois da tutela o juiz intima para completar a petição e cumprir com os requisitos de uma petição inicial. Decisão interlocutória.
As decisões podem ser recorríveis por agravo de instrumento.
Cognição = conhecer pode ser sumaria ou exauriente ou exaustiva, na cognição sumaria não se tem certeza e se baseia em probabilidades por esse motivo podem sofrer alterações. As decisões proferidas em cognição exauriente tem juízo de certeza e são definitivas.
EVIDÊNCIA (art. 311NCPC)
Quando é muito evidente o direito do autor que o juiz pode antecipar a coisa pedida, mesmo antes de ouvir o réu.
Prova pericial robusta, ex.: alimentos
 
ESPECIFICIDADES DA TUTELA JURISDICIONAL 
Tutela jurisdicional significa proteção conferida pela jurisdição, a qual é exercida pelo processo.
2.9.1 TUTELA JURISDICIONAL DIFERENCIADA 
A tutela jurisdicional diferenciada é toda a tutela jurisdicional que é exercida por procedimento diverso do comum. Assim, sempre que houver procedimento especial para a tutela do direito material, haverá tutela diferenciada. 
Assim, existe tutela jurisdicional diferenciada no procedimento da ação possessória; da ação de usucapião; etc. 
 
15.2.9.2 TUTELA ESPECÍFICA E TUTELA PELO EQUIVALENTE EM DINHEIRO 
A tutela específica objetiva conceder à parte exatamente o bem da vida a que ela tem direito. 
A tutela pelo equivalente em dinheiro visa a reparar o dano, ou mesmo o bem que lhe foi despojado, convertendo-se a reparação em pecúnia, por não ser possível a reparação in natura. 
 
15.2.9.3 TUTELA PREVENTIVA E TUTELA REPRESSIVA 
A tutela preventiva destina-se a prevenir ou a impedir o ilícito ou o dano, enquanto a tutela repressiva tem por objetivo reparar o dano já ocorrido. 
 
15.2.9.4 TUTELA INIBITÓRIA E TUTELA DA REMOÇÃO DO ILÍCITO72 
A tutela inibitória é a que se destina a impedir a prática, a repetição ou a continuação do ilícito. Por exemplo, a tutela jurisdicional destinada a determinar que um determinado estabelecimento industrial pare de produzir gases tóxicos, em percentuais não admitidos por lei. Observe-se que, enquanto os gases tóxicos estão sendo lançados no meio ambiente, a indústria está praticando ilícito. 
A tutela de remoção do ilícito, como o próprio nome indica, dirige-se a remover os efeitos de uma ação ilícita que já ocorreu. É o caso, por exemplo, da tutela jurisdicional destinada a impor que determinada empresa remova o lixo tóxico ou radioativo despejado em local inapropriado. O ilícito já ocorreu, sendo que os seus efeitos se protraem no tempo.

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