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PRÁTICAS SOCIAIS E SUBJETIVIDADE: Construções teóricas e vivências cotidianas

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UNIVERSIDADE PAULISTA – CAMPUS DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - ICH
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PROFESSORA DOUTORA LUCIANA BAREICHA
PRÁTICAS SOCIAIS E SUBJETIVIDADE:
Construções teóricas e vivências cotidianas
MAUS-TRATOS PSICOLÓGICOS SOFRIDOS PELO IDOSO NO COTIDIANO COMTEMPORANIO
Sala de aula:´´3``
Horário e Turno: segunda/sexta noturno
Brasília - 2016
MAUS-TRATOS PSICOLÓGICOS SOFRIDOS PELO IDOSO NO COTIDIANO COMTEMPORANIO
Introdução
O tema apresentado neste trabalho tem como importância beneficiar da interação com as ciências sociais, podendo compreender os processos sociais à construção das sociedades, dos grupos e das mentalidades, criando estratégias e técnicas de investigação e intervenção nos processos evolutivos na vida adulta e na velhice. Com o crescimento da população idosa e as mudanças ideológicas em curso, a atuação do psicólogo constitui na interação da psicologia com outros campos da saúde e do atendimento social, visando também à reabilitação e tratamento do idoso que sofre ou já sofreu maus-tratos seja psicológico ou físico, criando soluções apropriadas às várias realidades da velhice. A ideia do atendimento psicológico ao idoso é fazer também com que a vítima ou cliente se sinta acolhido, seguro e compreendido ao longo tempo de tratamento, é importante também que seja criado uma relação de confiança, empatia e de suporte discutindo e compreendendo os problemas do idoso.
O tema foi escolhido de forma que pudesse trazer uma sensibilidade a mais referente ao idoso, pois é uma sociedade que a cada dia cresce e que muitas vezes passa despercebido o abuso que eles sofrem tanto por parte da família, quanto por parte da sociedade. Em uma pesquisa, foi identificado entre janeiro a junho do ano de 2015, segundo os dados do Disque 100, (serviço do governo federal), 16.014 denúncias de violência e maus-tratos com o idoso, na faixa de 60 anos ou mais, uma média de 43 denúncias ao dia, um aumento de 16,4% em todo estado em apenas um ano. (NATÁLIA CANCIAN 2015).
O objetivo deste trabalho visa:
Observar e registrar fenômenos da realidade cotidiana e compreender as implicações na constituição das subjetividades contemporâneas. 
Desenvolver uma percepção acurada e uma escuta atenta à diversidade das interações humanas que permitam uma apreensão da dialética existente entre a experiência coletiva e a experiência individual. 
Buscar referenciais teóricos para a compreensão dos fenômenos observados. 
Elaborar texto que apresente a experiência vivida, o fenômeno observado e a compreensão adquirida, a partir de um referencial teórico.
Para a realização desse trabalho de pesquisa teórica e prática foi utilizado um sistema metodológico adequado e suficiente para o aprendizado sobre a ligação do que é trabalhado na literatura científica e os sujeitos do senso comum. E como padrão metodológico, foram realizadas observações em locais públicos e respectivo registro dos fenômenos observados a partir do tema selecionado pelo grupo. A seguir, pode-se identificar com mais precisão os principais conceitos que norteiam a temática a respeito dos maus tratos psicológicos sofridos pelo idoso no cotidiano contemporâneo.
Teorização
O presente trabalho trata do diálogo e reflexão sobre a vida cotidiana contemporânea e maus-tratos Psicológicos do Idoso, expostas no referencial teórico das relações sociais e afetiva, como também fatores para futuras intervenções. Foi dado como importância pelo grupo a identificações de indicadores sociais que são associados à violência mais comum contra idosos, além das dificuldades e traumas que podem ocorrer pelo abandono. Vale a pena relatar a importância do idoso dentro da família, e compreender qual a verdadeira função social desta família, onde surgem as primeiras manifestações de sociabilidade humana. Entretanto, a magnitude desse estudo a esse respeito para a formação do psicólogo, é de fundamental interesse para a promoção de mudanças nas leis, e também frisar que, a maior causa dos conflitos entre diferentes gerações são as mudanças de padrões comportamentais e valores morais (NERI, 2004).
De acordo com Machado e Queiroz (2002), relatam suas indignações do desrespeito e maus-tratos com o idoso, onde os casos mais comuns são violência física, abuso psicológico, abuso financeiro, abuso sexual, abandono, negligencia e autonegligência. Correntemente os familiares e o próprio estado negligenciam atendimento das necessidades básicas da pessoa idosa. Isso destaca principalmente quando o idoso entra em uma fase frágil em auto gerenciar, limitado nas questões simples da vida cotidiano, como: Higienização, alimentação, locomoção, falta de cuidados e atenção.
Vale a pena ressaltar que as principais pesquisas correlacionadas aos maus-tratos com idoso que são: Desrespeito, Abuso psicológico, Agressão, Negligência, abandono, violência física e verbal, são inaceitáveis pela A Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que introduz o Estatuto do Idoso, como um papel fundamental da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar ao idoso, dando direito à vida, a saúde, a educação com absoluta prioridade do direito à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003).
Para Minayo (2004) define os maus tratos e a violência contra os idosos em: 
Agressão (abuso físico ou maus-tratos físicos) - atos impetuosos como uso da força física de forma proposital, normalmente causado por pessoa que está em relação de poder da outra, com objetivo de punir, castigar ou prejudicar a vitima, deixando ou não marcas evidentes em seu corpo.
Abuso psicológico (maus-tratos psicológicos) – comportamentos gestuais com o objetivo de amedrontar, rejeitar, humilhar a vítima, restringir a liberdade, punir ou ainda isolá-la do convívio social.
Negligência (abandono):
Abandono – ausência ou desistência por parte do responsável, dos cuidados necessários às vitimas, ao qual caberia prover custódio físico ou cuidado.
Negligência – ato de omissão do responsável como: não prestar uma alimentação adequada, não prestar cuidados de higiene, entre outros comportamentos.
A violência Intrafamiliar contra idosos é uma ação única ou repetida, ou ainda a ausência de uma ação devida, que cause sofrimento ou angústia e que ocorra numa relação em que exista expectativa de confiança, no que diz a Rosa; Ana Lucia C. S.(2001). O período da terceira idade é uma fase de adequação, conforme idéia de Ramos (1995), representado em vários locais com culturas diferentes. É um período de aceitação tanto por parte do idoso, bem como pela a parte da juventude, e principalmente esta, pois devem respeitar os mais velhos. Nos dias atuais os idosos sofrem muito preconceito, e muitas vezes ele começa dentro da própria família. Muitas vezes os idosos são vistos pela sociedade como pessoas inúteis, sem valor algum para a sociedade.
Para ilustrar com clareza, serão citadas três observações onde demonstram um pouco dos maus-tratos da vida cotidiana contemporânea do Idoso, e as formas preconceituosas tratadas pela sociedade em geral, faltas de cuidados, os desrespeitos que sofrem no transporte público e a falta de apoio das famílias.
Teorias e práticas
A primeira observação nos chama atenção para o aspecto do desrespeito com os idosos, da sua vida cotidiana, onde muitos levantam cedo para trabalhar e não conseguem um lugar para sentar em um transporte publico. Na maioria das situações quem está no banco reservado não cede o assento, desrespeitando assim o assento reservado, o idoso prefere então seguir viaje em pé para não receber uma resposta atravessada, e assim, evitar confusão.
Caso 1-
Data: 08 / 09 /2016 Horário: 06h00min–07h00min
Local: Dentro do ônibus – Ceilândia /Plano Piloto - Tempo de observação: 1h 
Dia da aula: segunda e terça – noturna
Estava dentro de um ônibus, e vi que tinha umajovem sentada em um banco da frente. Hoje em dia tem alguns bancos na frente que não são preferenciais e muitos idosos não entendem isto. Neste dia quase todos os bancos da frente estavam cheios, com exceção de um banco preferencial que não estava. A jovem que estava sentada na frente, estava em um banco que não era preferencial, e ao lado dela tinha uma senhora, porém ainda não se enquadrava nas hipóteses de preferencial. Uma senhora de mais ou menos de 65 anos entrou no ônibus e ficou ao lado da jovem esperando a mesma ceder o lugar, esta se levantou para ceder, a mulher que estava ao seu lado a cutucou e falou este lugar não é preferencial, ela tem que sentar ali, lá que é preferencial. A jovem ficou sem graça, porém não deu ouvido e cedeu o lugar a senhora idoso. 
Para as pessoas idosas, conseguir um assento no ônibus não é apenas uma questão de direito garantido por lei, mas também de segurança. Para Goldman (2007), descreve que esses tipos de ocorrência que ocorrem na vida cotidiana dos idosos, são fatores agravantes pela cultura que idolatram o novo jovem moderno e ridiculariza o antigo e o velho já ultrapassado. Com isso, os idosos enfrentam problemas de rejeição da alto-imagem que acaba assumindo como verdadeiros os valores da sociedade que marginaliza. Com essa visão da marginalização processada pela sociedade e assumida pelo próprio idoso, que já não tem mais condições de enfrentar e superar as dificuldades naturais, sofrida pelo envelhecimento, se rende pelos os padrões de maltrato e preconceitos que levam os mesmos para margem da sociedade (Apud MELO e SORIANO, 2012).
Conforme o trecho em destaque acima, muitas vezes a população mais jovem não sabe lidar com as indiferenças social e cultural das pessoas mais velhas, são grosseiras e muitas vezes os humilham. Segundo Carvalho e Papaléo (2006), vivemos numa sociedade que tem se caracterizado por uma visão utilitarista do ser humano. Frequentemente, as pessoas são valorizadas pelo critério de ter ou de poder, mais do que pelo de ser. O idoso, frequentemente improdutivo materialmente e intelectualmente diminuído, corre o risco de ser considerado um indivíduo menos útil e, portanto, menos digno.
Para Zimerman, (2005) as pessoas idosas são discriminadas e rejeitadas pela a sociedade em geral. O velho é vítima de diversas formas de violência por parte da família e da sociedade. Esse tipo de coisa é bastante comum. A violência cuja prática às vezes não é nem percebida, mas tem efeito devastador para o velho quanto à agressão física e a violência psicológica ou moral. Sobretudo, o lugar destinado ao idoso em nossa sociedade se expressa na educação dos jovens através da família e educadores. Isso traz a atenção para o segundo caso observado, onde os maus-tratos e o desrespeito se germinam por falta dos cuidados da família e apoio politico. 
Caso 2-
Data: 12 / 09 /2016 Horário: 21h00min–22h00min
Local: Dentro do ônibus – Plano Piloto/ Ceilândia - Tempo de observação: 1h 
Dia da aula: segunda e terça – noturna
Em um ônibus voltando para casa, e no ônibus algo me chamou a atenção durante o trajeto da minha volta, havia duas mulheres (uma senhora que aparentava ter uns 60 anos e uma mais nova com aparência de 35) e uma criança (com a aparência de ter uns 5 anos) ambas sentadas dois bancos à frente do meu. Entre essas mulheres e eu tinha outros passageiros que estavam entre nós, além de outras pessoas espalhadas pelo o ônibus. Durante o percurso a criança que estava sentada no colo da mãe, começou a dar birra para ter algo que a mãe se recusou a dar, a senhora que parecia ser a mãe da outra mulher e vó da criança, já estava incomodado e impaciente com o escândalo que aquela criança estava fazendo e foi chamar a atenção da criança, esta por sua vez não gostou de ser corrigida, e chamou a vó de feiosa e deu um tapa em sua face, a mãe da criança ao invés de corrigi-la, não deu muita importância em chamar a atenção da criança, falando apenas para avó da criança que ela conhecia a neta quando dava birra. As pessoas que estavam próximas a essas mulheres ficaram indignados, balançando a cabeça de forma negativa em direção a elas. Uma das pessoas que estavam próximas do meu banco comentou: nossa que absurdo, ela não corrigi esta criança agora, no futuro ela irá fazer isto com a própria mãe.
O fato narrado acima não é algo incomum de ocorrer, pelo contrário, os pais não têm colocado limites nos filhos, e estes tem crescido desrespeitando os próprios pais, os avós e os demais idosos, um total descaso com a geração mais antiga, e isso tem que ser mudado, toda criança tem que ter limite, mas muitas vezes as crianças espelham-se em seus pais e só agem assim porque os pais agem muitas vezes da mesma forma.
A violência na velhice se caracterizava pelo abuso ou maus tratos ao idoso, cometidos por familiares e muitas vezes, pelos próprios cuidadores que possuíam uma estreita relação sócio afetiva com a vítima (OMS, 2005). Na observação relatada, fica bem explicita que a educação e o respeito na vida do cotidiano dos idosos ficam mais difícil de ser observado. Famílias acabam esquecendo que, apesar da idade, os idosos têm sentimentos e rejeição só causa mais transtorno emocional para ele, eliminando assim, todas as forças que ainda restava.
Os relatos anteriores são reforçados por Wolf (1995), ao afirmar que todos os tipos de maus tratos vividos pelo idoso, acarreta uma desordem pós-traumática, causando uma alienação, desesperança, sentimento de culpa e negação de ocorrências. Isto pode desencadear uma série de problemas, um dos mais graves gerados é a depressão, (Apud MELO e SORIANO, 2012). 
Dessa forma a sociedade precisa ter consciência que não é apenas a agressão física que afeta os idosos, a agressão verbal e as grosserias proferidas contra eles também, e estas atitudes poderá gerar danos a estes idosos, devemos ensinar nossas crianças o valor que as pessoas mais velhas tem e suas fragilidades. A sociedade precisa ter cada vez mais paciência com os idosos, pois eles com o passar dos anos tem o comportamento igual ao de uma criança, eles perdem a noção do que é certo e errado e na maioria das vezes são teimosos. 
Néri (2012) reforça a ideia de que a família é uma base para o bem-estar do idoso, e o auxilia nos cuidados com a saúde, porém o que muitas vezes era para ser uma base acaba tornando-se um problema, pois não são todos que tem paciência de lhe dar com eles, e dessa forma acaba perdendo a paciência e os maltratando. 
A sociedade precisa ter consciência que não é apenas a agressão física que afeta os idosos, mas também agressão verbal e as grosserias proferidas contra eles, sendo assim, estas atitudes poderão gerar danos a estes idosos. Por isso a importância que a sociedade tem em valorizar as pessoas mais velhas e suas fragilidades. É o que mostra no terceiro caso observado a seguir.
Caso 3-
Data: 16 / 10 /2016 Horário: 14h00min–15h00min
Local: Dentro do ônibus – Ceilândia / Supercei - Tempo de observação: 1h 
Dia da aula: segunda e terça – noturna
Por volta de umas 14h00min horas de um domingo, estava indo ao mercado, e durante o percurso presenciei uma briga entre mãe e filha, a primeira tem aparentemente uns 70 anos e a segunda tem a aparência de uns 45 anos. A filha estava sendo grosseira com a mãe, falando para a mesma que ela nestes últimos dias tinha dado trabalho demais para ela, que ela estava sendo muito teimosa e se ela continuasse assim iria coloca-la no asilo, pois ela não iria perder a sua saúde por causa da sua mãe. A mãe da moça ficou calada, e não falou nada apenas escutou. Um senhor que passava ao lado chamou a atenção da mulher, dizendo: ´´Moça não fale assim com a sua mãe não, ela teve toda a paciência do mundo quando você nasceu te deu educação e cuidou de você, agora chegou a sua vez de cuidar dela``, e por fim o senhor pediu para a moça dar valor a mãe que ela tinha, pois quando ela perdesse ela iria sentir falta. A moça irritada falou para o senhor que não pediu nenhum conselho a ele, e se eleestava tão incomodado com a situação que ele levasse a sua mãe para a casa dele, pois assim ele iria ver como ela sofre cuidando da sua mãe, eu passei por eles e na volta do mercado eles já não estava no local.
Isto é um dos comportamentos sofrido no cotidiano do idoso, há muitos casos de maus tratos com os idosos, os familiares acabam perdendo paciência e muitas vezes por falta de paciência ou até mesmo com tempo, acabam internando estes idosos em abrigos para se livrarem da responsabilidade. O dever de cuidar do idoso é da família, porém muitas vezes os familiares ocupados com o trabalho e estudos acabam pagando alguém para cuidar daquela pessoa, para garantir assim o conforto e o sustento da família e do próprio idoso, (CAPUTO; ELISA; NOLASCO e FERREIRA 2012).
Para Sanches (2006) descreve que apesar dos idosos estarem amparados por diversas leis ainda há muito que melhorar, pois muitas vezes os agressores são os próprios familiares ou os seus cuidadores, fazendo com que o idoso sinta receio de denunciar as agressões (apud, FERREIRA, 2012).
Em consoante entendimento traz à tona que a violência contra pessoas idosas é uma das mais graves que tem, pois, estas pessoas não tem a mesma capacidade física e psicológica que o agressor, acrescenta-se ainda a falta de confiança que gera entra a família e o agressor, sendo ele da própria família ou uma pessoa paga para cuidar daquele idoso (ARAÚJO e GREGÓRIO (2009) apud FALEIROS (2007)).
Convém ressaltar que a maioria dos casos de agressões contra idosos, os agressores são pessoas próximas a ele, destaca-se os filhos e os cuidadores de idosos, estes ficam com medo de denunciar com medo de a situação piorar, e agressões virem com mais intensidades, dessa forma eles preferem sofrer calados com medo de sofrerem ainda mais.
Conclusões
Pode-se concluir, após a realização do trabalho acadêmico que os casos mais frequentes de maus tratos aos idosos são causados pelos próprios familiares, ou pessoas próximas a eles. Há também muitos casos em que estes idosos são cuidados por pessoas contratadas pelos seus familiares, ou colocados em asilo devido à falta de tempo e paciência de seus parentes, e muitas vezes nessas situações são maltratados também. E por esses motivos tanto os familiares quanto a sociedade por acharem que são idosos improdutivos, em certos casos apenas esperando o fim de suas vidas, e por não darem o apoio necessário que necessitam em casos mais comuns os abandonam, por entenderem que precisarão se dedicar e mudar suas rotinas, muitos seguem essa alternativa, e outro por acharem que não tem escolhas acabam usando maus tratos físicos e psicológicos.
Conforme foi salientado no decorrer do trabalho, não é apenas a agressão física que afeta a geração da terceira idade, as agressões verbais e a grosserias direcionadas a eles, como, abuso psicológico também. Pode-se verificar em diversos dos casos narrados, a falta de respeito contra esses idosos, o abuso psicológico como, por exemplo, se conecta com a violência física trazendo a ameaça se o idoso chegar a contar para alguém ele irá sofrer algo pior ou então como foi mostrado em um dos casos apresentados o desrespeito ao idoso seja por não querer dar lugar dentro do transporte público ou até mesmo uma criança que não apresenta ter limite algum desrespeitando a avó, ou a filha por não ter a paciência devida, mal trata a mãe; abuso financeiro que por muitas vezes, o idoso ter a dependência de alguém para pegar o dinheiro que é direito dele, a pessoa não devolver o dinheiro ou não gastar com as necessidades do idoso e o abandono seja por desistência do responsável ou cuidador traz a consequência para o idoso.
Os idosos sofrem um grande preconceito provocado pela sociedade, que muitas vezes impacientes com os comportamentos deles os trata como pessoas inúteis, desprezíveis esquecendo-se que um dia aqueles foram jovens como eles, e um dia eles serão idosos como eles. O que falta é respeito e compreensão para com os idosos, ensinando assim aos desde os pequenos aos grandes para respeita-los.
Outro ponto importante que foi apresentado é que mesmo tendo a lei que protege o idoso contra esses maus tratos, há muito que melhorar, pois mesmo que a vítima saiba que tem proteção pela lei, à maioria das vezes pelo agressor ser alguém próximo o idoso fica com medo de denunciar, pois há a possibilidade da situação quando denunciada, o agressor/agressora vir com a violência ainda pior, acarretando problemas mais intensos para o idoso, deixando assim o idoso a mercê da violência praticada pelos responsáveis.
É importante destacar também que embora os idosos tenham os seus direitos amparados por várias leis, conforme fora salientado anteriormente, e mesmo assim tem os seus direitos violados, e muitas vezes são maltratados. Por fim é necessário frisar o valor que o psicólogo possui na vida desses idosos...
A importância que este trabalho trouxe que diz respeito a formação do psicólogo, por conta de os familiares não entenderem que a necessidade do idoso, pelos idosos não compartilhar mais de uma disposição de quando eram mais jovens, por esse ser um dos fatores que podem afetar de forma mais intensa nessa fase de suas vidas, sendo o psicólogo um dos que podem contribuir não somente para orientar, mas ajudar a família como um todo, e aquele que no momento é o mais afetado, onde um dos principais objetivos é buscar uma qualidade de vida para que chegue ao seu bem-estar psicossocial.
REFEÊNCIAS
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CAPUTO; JIMILLY; ELISA MARIA; NOLASCO VANESSA; FERREIRA ELIANE (2012). Scielo. Percepção de idosos sobre o papel do Psicólogo em Instituições de Longa 
GOLDMAN, S.N. Proteção social e velhice: um desafio para o serviço social. In SOUZA, Nádia Regina Oliveira Queiroz de et al. Política de Assistência Social no Brasil: desafios para o assistente social.1ª Edição. Rio de Janeiro: Public Editora, (2007).
FERRARES NATHÁLIE; JOAN ELIZABETH; PEGOLO PALOMA (2013).Scielo.Idosos vítimas de violência: fatores sociodemográficos e subsídios para futuras intervenções. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812013000300018>. Acesso em 13 de outubro de 2016, às 21:25 horas.
FORTES; SERAFIM ALVES; CLÁUDIO; FRANCYELLEN DA MOTTA (2012).PUC. A violência e a violação de direitos da pessoa idosa em diferentes níveis: individual, institucional e estatal. Disponível em <http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/4artigo.pdf>. Acesso em 14 de outubro de 2016, às 11:00 horas. 
MACHADO, L.; QUEIROZ, Z. Negligência e maus-tratos. In: FREITAS, E. V. et al. (orgs.). Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, (2002).
MELO, CLÁUDIO ALVES DE; SORIANO, FRANCYELLEN DA MOTTA.(2012) A violência e a violação de direitos da pessoa idosa em diferentes níveis: individual, institucional e estatal. O Social em Questão, Ano XV, n. 28, 2012, p. 57-84
MINAYO, M. C. S. Violência contra idosos: o avesso do respeito à experiência e à sabedoria. Brasília, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, (2004).
NATÁLIA CANCIAN 	(2015) Registros de abandono e violência contra idosos crescem 16,4% no país disponível	em: FOLHA de SÂO PAULO, http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1658430-registros-de-abandono-e-violencia-contra-idosos-no-pais-crescem-164.shtml . Acesso em 19 de novembro de 2016, às 10:13 
NERI, A.L. (2004); CACHIONI, M. & REZENDE, M.C. (2002). Atitudes em relação à velhice. In: Freitas, E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia: 972-80. Rio de Janeiro (RJ): GuanabaraKoogan.
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