Buscar

Definição de Subjetividade para algumas linhas teóricas

Prévia do material em texto

A subjetividade para a Psicologia Sócio-Histórica (vygotski)
Para a Psicologia Sócio-Histórica, falar do fenômeno psicológico é obrigatoriamente falar da sociedade. Falar da subjetividade humana é falar da objetividade em que vivem os homens. A compreensão do “mundo interno” exige a compreensão do “mundo externo”, pois são dois aspectos de um mesmo movimento, de um processo no qual o homem atua e constrói/modifica o mundo e este, por sua vez, propicia os elementos para a constituição psicológica do homem.
 As capacidades humanas devem ser vistas como algo que surge após uma série de transformações qualitativas. Cada transformação cria condições para novas transformações, em um processo histórico, e não natural. O fenômeno psicológico deve ser entendido como construção no nível individual do mundo simbólico que é social. 
O fenômeno deve ser visto como subjetividade, concebida como algo que se constituiu na relação com o mundo material e social, mundo este que só existe pela atividade humana. Subjetividade e objetividade se constituem uma à outra sem se confundir. A linguagem é mediação para a internalização da objetividade, permitindo a construção de sentidos pessoais que constituem a subjetividade.
A subjetividade para a GESTALT TERAPIA
Subjetividade supõe um olhar consciente, reflexivo e constante para dentro de si, por meio do qual o mundo fora do sujeito passa a existir como uma extensão consciente dele próprio. Dando significado às coisas fora dele, essa coisa passa a ser algo para ele, pois o existir dela implica a percepção do que é diferente para ele.
As coisas não têm sentido em si ou por si mesmas. É no encontro das diferenças que o sentido acontece. O sentido é a apreensão da diferença de duas coisas em recíproca relação.
(Vade-mécum de Gestalt-terapia: conceitos básicos/Jorge Ponciano Ribeiro – São Paulo: Summus, 2006)
A subjetividade parA A PSICANÁLISE
A outra força em psicologia é a Psicanálise de Freud, que estabelece, a partir da noção de sujeito posicionado, um aparelho psíquico, dividindo-o em seguida em uma dinâmica consciente e uma inconsciente, as quais funcionam de acordo com as leis do psiquismo (Freud, 1895/1984).
Freud opõe-se à perspectiva acadêmica que priorizava a consciência como elemento fundamental do homem e passa a priorizar a instância inconsciente na elaboração e formação do psiquismo humano. Daí surge uma espécie de determinismo psicogenético e a consideração de que as estruturas id, ego e superego formam a personalidade.
A subjetividade parA o Behaviorismo
Nas teorias Behavioristas, a subjetividade se dá de modo totalmente passivo diante dos estímulos do meio circundante e, depois de constituída, passa a ser totalmente substancializada e interiorizada, podendo também ser mapeada. Na medida em que a dualidade sujeito-mundo se estabelece, encontra-se um interior que registra comportamentos e um exterior que os produz. Watson (1930) refere-se à ação de transformação do psicólogo como consistente da elaboração de estratégias passíveis de estabelecer um dado comportamento.

Continue navegando