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Indústria Agroquímica

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Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 126 
 
Tema 5. Indústria Agroquímica 
 
1. Introdução 
2. Pesticidas 
2.1. Inseticidas 
2.1.1. Inseticidas inorgânicos 
2.1.2. Inseticidas derivados de vegetais ou de produtos orgânicos naturais e orgânicos 
sintéticos 
2.1.3. Agentes de atração e repelentes 
2.2. Fumegantes 
2.3. Nematocidas 
2.4. Acaricidas 
2.5. Raticidas 
2.6. Fungicidas 
2.6.1. Fungicidas inorgânicos 
2.6.2. Fungicidas orgânicos 
2.7. Herbicidas 
3. Nutrientes e reguladores vegetais 
3.1. Fertilizantes mistos 
3.1.1. Síntese de amônia 
3.1.2. Tecnologia de fertilizantes 
3.2. Reguladores do crescimento vegetal 
3.3. Inibidores e esterilizantes do segundo crescimento 
 
1. Introdução 
 As indústrias agroquímicas produzem substâncias químicas empregadas para o 
controle das plantas ou dos animais daninhos aos homens ou a outros animais, para a melhora 
das colheitas em quantidade e qualidade. 
 Limitações cada vez mais severas têm sido estabelecidas acerca do uso de agentes 
agroquímicos, devido aos riscos potenciais destas substâncias para a saúde pública e para a 
vida animal em comparação com o valor demonstrado na agricultura. 
 
2. Pesticidas 
 
 Durante milhões de anos os insetos têm sido os maiores oportunistas, devorando ou 
destruindo cerca de um terço dos cultivos agrícolas e provocando doenças como a febre 
amarela, a malária e a dengue. 
 O controle dos insetos é feito mediante inseticidas bastante poderosos para destruir a 
proteção de quitina que os recobre externamente, a qual é resistente à maioria das 
substâncias químicas. 
 
2.1 Inseticidas 
 
 Os inseticidas são agentes ou formulações destinadas a destruir os insetos e podem ser 
classificados como apresentado a seguir: 
a) Inseticidas estomacais, letais para os insetos que os ingerem; 
b) Inseticidas de contato, estes matam depois do contato externo com o corpo; 
c) Inseticidas fumegantes, atuam sobre o sistema respiratório; 
d) Inseticidas sistêmicos, são adsorvidos pelas plantas e transportados no interior do 
vegetal, fazem que as plantas se tornem tóxicas para os afídeos, tetranquídeos e 
outros animais sugadores que são difíceis de matar. 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 127 
 
2.1.1 Inseticidas inorgânicos 
 
Os inseticidas obtidos a partir de compostos inorgânicos foram superados pelos 
orgânicos. Dentre estes inseticidas eram usados os seguintes compostos: 
a) Compostos de arsênico, de flúor e de fósforo, muito tóxicos, inclusive para o 
homem e os animais de sangue quente; 
b) Arsenato de chumbo, usado no combate à broca da batata de da maçã; 
c) Arsenato de cálcio, menos eficiente do que o anterior, seu uso foi reduzido 
drasticamente pelo uso de inseticidas orgânicos como o metil paration; 
d) Compostos de flúor, inseticidas estomacais, substitutos dos arsenatos, mas 
extremamente venenosos para o homem; 
e) Enxofre e compostos de enxofre, usados no controle dos ácaros, aranhas e vários 
insetos, mas seu uso principal é como fungicida; 
f) Ácido cianídrico fumegante eficiente contra insetos, a indústria de frutas cítricas o 
usou muito, mas foi substituído pelo paration ou pelo petróleo com paration. 
 
2.1.2 Inseticidas derivados de vegetais ou de produtos orgânicos naturais e 
orgânicos sintéticos 
 
 Inseticidas derivados de vegetais ou de produtos orgânicos naturais. 
 
Sua toxidez depende do alcalóide que contém. Também têm sido superados pelos 
inseticidas orgânicos sintéticos. 
a) Piretrinas, das flores do pireto (crisântemo) contêm ésteres orgânicos não 
nitrogenados tóxicos (piretrinas). O Brasil é uma das principais fontes das flores. As 
piretrinas são importantes devido à ação rápida contra moscas e por serem 
atóxicas para os homens e animais de sangue quente; 
b) A aletrina é um componente do pireto e tem quase as mesmas propriedades 
inseticida; 
c) A nicotina, alcalóide obtido do tabaco é empregado contra afídeos, cicadelídeos e 
tripés (lacerdinha) e também como fumegante; 
d) A rotenona, princípio ativo venenoso das raízes de diversas plantas tropicais e 
subtropicais, como o timbó, é um composto orgânico heterocíclico não 
nitrogenado (C22H22O6) que atua como inseticidas estomacais de contato muito 
eficientes. Sua principal aplicação é como inseticida na época das colheitas ou nas 
vacas leiteiras, pois a rotenona é inócua para os mamíferos. 
 
Inseticidas orgânicos sintéticos. 
 
a) DDT (diclorodifeniltricloroetano), extensamente usado na II Guerra Mundial para 
controlar os piolhos e como larvicida. Os insetos morrem pela passagem sobre 
uma superfície seca pulverizada com o DDT. A partir de 1970 foi proibido devido à 
lenta degradação que possibilita seu acúmulo na gordura dos organismos vivos, e 
pode ser transmitido pelo leite de vaca e humano. Fazia com que o gavião 
pescador pusesse ovos com cascas muito finas e reduziu sua reprodução, e 
possibilidade de tumores cancerígenos, estudada em camundongos; 
b) BHC (hexaclorobenzeno) existe em forma de vários estereoisômeros, sendo o  o 
mais tóxico. Usado para controlar a broca do algodão, não é indicado para 
colheitas de alimentos se não for purificado. O lindane, com 99% do isômero  do 
BHC pode ser usado em colheitas de alimentos para combater os insetos 
controlados anteriormente pelo DDT; 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 128 
 
c) Metoxicloro (bis(metoxifenil)tricloroetano) têm grupos –OCH3 em vez de –Cl 
presente no DDT. Apresenta elevada eficiência inseticida e baixa toxicidade para os 
animais de sangue quente e é seguro para usar nas plantas. Maior poder de ação 
que o DDT. É usado sem problemas no gado, nas colheitas de legumes e cereais, 
no combate às pragas domésticas; 
d) Toxafeno (canfeno clorado) mata todas as pragas comuns do algodão; 
e) Malation (fosfoditionato, o-o-dimetilditiofosfato do mercaptossucinato de dietila) 
inseticida popular, com amplo espectro de aplicações em quase todos os frutos, 
legumes e cereais, gado leiteiro e insetos domésticos. Baixa toxidez para os 
mamíferos; 
f) Paration (tiofosfato do o-o-dietil-p-nitrofenil, também se fabrica seu homólogo 
dimetil), inseticida poderoso, de amplo espectro, além de acaricida, mata 
carrapatos e piolhos e é usado em plantações de algodão e nas culturas de 
legumes e de laranja. 
 
2.1.3 Agentes de atração e repelentes 
 
 Substâncias desenvolvidas para eliminar os riscos para outras formas de vida que 
poderiam ser ameaçadas por substâncias tóxicas poderosas. 
a) Iscas combinadas com agentes tóxicos podem ser usadas contra insetos com a 
formiga de fogo; 
b) Um estrato aquoso de madeira apodrecida, obtido pela inoculação de fungos, é 
atraente para os cupins; 
c) Dois atraentes sexuais (feromônios sexuais), álcoois não saturados com cadeia 
principal de 16 átomos de C, foram sintetizados para a mariposa européia e para o 
bicho da seda. A isca sexual atrai aos insetos machos a uma grande distância, mas 
um esterilizante químico impede sua reprodução, a maioria dos esterilizantes é 
derivada da aziridina; 
d) A dietiltoluamida é um repelente para insetos que pode ser aplicado diretamente à 
pele. 
 
 
2.2 Fumegantes 
 
Substâncias que emitem vapores venenosos. Contra os insetos infestantes dos solos 
usam-se: 
a) cloropicrina, muito irritante; 
b) dissulfeto de carbono, raramente usado agora pelo risco de explosão; 
c) brometo de metila, problemas de aplicação; 
d) dibrometo de eteno, eficiente no controle de elaterídeos. 
e) O ácido cianídrico e o tetracloreto de carbono são úteis como fumegantes. As 
colheitas depositadas nos silos, grãos e sementes, podem ser infestadas por 
insetos, roedores e microrganismos. 
 
 
2.3 Nematocidas 
 
Além dos fumegantes dos solos mencionadosanteriormente, existem fosfotioatos, que 
atuam pelo contato direto e não pela fumigação. 
 
 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 129 
 
2.4 Acaricidas 
 
Para o controle dos ácaros. Existe uma ampla escolha de acaricidas, incluindo-se neles 
os seguintes produtos: 
a) Kelthane; 
b) Tetradifon, 
c) Morocide 
d) Torak, eficientes no controle de ácaros de frutas; 
e) Produtos fosfatados como o etion, têm sido usados em pomares de laranja. 
 
2.5 Raticidas 
 
Para o controle de pragas de animais como camundongos, ratos, marmotas, esquilos e 
roedores campestres que podem causar grandes danos nas propriedades e disseminar diversas 
doenças. Usam-se os seguintes produtos: 
a) Warfarin (3-(-acetonilbenzil)-4-hidroxicumarina), e outros derivados da cumarina 
baseados na 1,3-indandiona; 
b) O 1080 (monofluoroacetato de sódio) é um produto importante, mas é mortal, 
inclusive para o homem; 
c) O fosfeto de zinco e o sulfato de tálio também são usados como raticidas; 
d) A estricnina e o extrato de cebola venenosa são raticidas botânicos. 
 
 
2.6 Fungicidas 
 
Ativos contra fungos, plantas parasíticas, compreendendo bolores, mofos, ferrugens, 
carvões, cogumelos e outros organismos semelhantes, capazes de destruir plantas superiores, 
tecidos e até vidro, provocando perda de alimentos e materiais valiosos. Atacam sementes, 
plantas em crescimento, materiais vegetais e até produtos acabados como adesivos, couro, 
pinturas e tecidos. 
 
2.6.1 Fungicidas inorgânicos 
 
Dentre os fungicidas inorgânicos a mais usada é a calda bordalesa (a fórmula 4-4-50 
consiste em 4 lb de sulfato de cobre, 4 lb de cal extinta e 50 galões de água) consiste em um 
precipitado gelatinoso, azul-claro, suspenso em água. É eficiente contra a maioria dos mofos e 
bolores ordinários. A maior parte das frutas e vegetais pode ser tratada por esta formulação. 
 
2.6.2 Fungicidas orgânicos 
 
Dentre os fungicidas orgânicos temos: 
a) Ditiocarbamatos; 
b) Fenóis clorados; 
c) Carboximidas. 
Depois do enxofre, o nitrogênio parece ser o elemento construtivo mais eficiente de 
um fungicida orgânico, além do carbono e do hidrogênio. O primeiro fungicida orgânico foi a 
Formalina, uma solução aquosa de formaldeído a 40%. 
 
Os ditiocarbamatos são feitos pela reação entre o dissulfeto de carbono e uma amina, 
como apresentado a seguir: 
 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 130 
 
H2NCH2CH2NH2 + 2 CS2  HSCSNH(CH2)2NHCSSH 
 
HSCSNH(CH2)2NHCSSH + 2 NaOH  NaSCSNH(CH2)2NHCSSNa + H2O 
 
a) O sal de sódio do bisditiocarbamato de eteno é empregado com o sulfato de zinco 
e a cal, e provavelmente reage para formar o sal de zinco. Estes sais são usados 
para combater a mela dos vegetais, especialmente da batata e do tomate; 
b) O ferbam (dimetiltiocarbamato férrico) é eficiente contra a ferrugem da maçã; 
c) O Ziram (dimetiltiocarbamato de zinco) e o maneb (etilenobisditiocarbamato de 
manganês) controlam o apodrecimento de frutos e as doenças das folhas dos 
vegetais. 
 
Dentre os fungicidas do solo se encontra no mercado o seguinte produto: 
a) O PNCB (pentacloronitrobenzeno) aplicado na época da plantação combate a 
morte dos brotos. 
 
Dentre os fungicidas industriais temos: 
a) O creosoto do alcatrão de carvão é usado para a preservação da madeira, mas é 
pegajoso e tem um cheiro forte; 
b) Os fenóis clorados também são usados na preservação da madeira; 
c) O naftaleno de cobre é usado para combater problemas com as fibras do algodão; 
d) O o-fenilfenato de sódio é usado como preservativo industrial de frutos. 
 
Os fungicidas sistêmicos, compostos adsorvidos pelas raízes ou folhas que tornam a planta 
venenosa para os fungos. Entre eles estão disponíveis no mercado os produtos a seguir: 
a) Benomil; 
b) Bendazol; 
c) Carboxima. 
 
 
2.7 Herbicidas 
 
Existem três classes de herbicidas químicos: 
a) Herbicidas por contato; 
b) Herbicidas sistêmicos; 
c) Herbicidas esterilizantes do solo. 
Estes herbicidas podem ser seletivos ou não. 
Dentre os compostos de interesse herbicida estão: 
a) 2cloro-4-etilamino-6-isopropilamino-s-triazina (AAtrex, atrazina); 
b) Ácido 3-amino-2,5-diclorobenzoíco (Amiber, cloramben); 
c) 2-cloro-2’,6’-dietil-N-(metoximetil)acetanilida (Lasso, alaclor); 
d) 2-cloro-N-isopropilacetanilida (Ramrod, propaclor); 
e) N,N-dialil-2-cloroacetamida (Randox, DCAA); 
f) 5-bromo-3-sec-butil-6-metiluracila (Bromacil); 
g) Trifluralina (Terflan). 
 
O Terflan (trifluralina) é um herbicida com ampla aceitação no mercado e é fabricado 
da seguinte forma: 
 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 131 
 
CF3 CF3
NO2
CF3
NO2O2N
HNO3
H2SO4
313 K
95% rend.
HNO3
H2SO4
Oleum 20%
393 K
83% rend.
CF3
NO2O2N
N(C3H7)2
NH(C3H7)2
Na2CO3
96% rend.
CF3
NO2O2N
Cl Cl Cl
Cl
p-clorobenzofluoreto intermediário
mononitrado
intermediário
dinitrado
Trifluralina
 
 
 
3. Nutrientes e reguladores vegetais 
 
3.1 Fertilizantes mistos 
 
Os fertilizantes ou repõem no solo os ingredientes removidos pelas plantas ou 
adicionam substâncias indispensáveis aos solos nativos para que sejam produtivos ou mais 
produtivos. Os fertilizantes constituem uma importante fração da indústria química global. 
Eles são a maior quantidade dos produtos comercializados pela indústria agroquímica. 
 
Os três elementos indispensáveis às plantas são: 
a) Nitrogênio, necessário durante os primeiros estágios do crescimento para 
promover o desenvolvimento de caules e folhas 
b) Fósforo, estimula o crescimento e acelera a formação de sementes e de frutos, nos 
estágios avançados do crescimento 
c) Potássio, essencial ao desenvolvimento de amido das batatas e cereais, dos 
açúcares dos frutos e vegetais e do material fibroso das plantas. 
 
3.1.1 Síntese de amônia 
 
A amônia é o composto básico dos produtos nitrogenados, usados na indústria e na 
agricultura. A amônia é uma base, um redutor moderadamente forte e um agente 
complexante de cátions eficiente. As aplicações da amônia estão resumidas no quadro a 
seguir: 
 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 132 
 
 
Criogenicos
Nitritos e
Nitratos
Nitrodopantes
Coloxilina
Piroxilina
Trinitro-
tolueno
Amonite
Anilina
Nitro-
benzeno
Fertilizantes 
NPK
Poliuretanos Poliamidas
(Nilon e Kapron)
Poliacri-
lonitrilo
Carbonato 
de amônia
Hexametile-
notetramina
Herbicidas
Hidrazina
Resinas uréia-
formaldeído
Ácido
cianúrico
Melamina
Fertilizantes
líquidos 
Úréia Amônia Ácido nítrico
Nitrato de
amônia
Fertilizante
fosfato de
amônia
Sulfato de
amônia
Fertilizante
NP
Polímeros
Ex
plo
siv
os
Fertilizantes
Criogenicos
Nitritos e
Nitratos
Nitrodopantes
Coloxilina
Piroxilina
Trinitro-
tolueno
Amonite
Anilina
Nitro-
benzeno
Fertilizantes 
NPK
Poliuretanos Poliamidas
(Nilon e Kapron)
Poliacri-
lonitrilo
Carbonato 
de amônia
Hexametile-
notetramina
Herbicidas
Hidrazina
Resinas uréia-
formaldeído
Ácido
cianúrico
Melamina
Fertilizantes
líquidos 
Úréia Amônia Ácido nítrico
Nitrato de
amônia
Fertilizante
fosfato de
amônia
Sulfato de
amônia
Fertilizante
NP
Polímeros
Ex
plo
siv
os
Criogenicos
Nitritos e
Nitratos
Nitrodopantes
Coloxilina
Piroxilina
Trinitro-
tolueno
Amonite
Anilina
Nitro-
benzeno
Fertilizantes 
NPK
Poliuretanos Poliamidas
(Nilon e Kapron)
Poliacri-
lonitrilo
Carbonato 
de amônia
Hexametile-
notetramina
Herbicidas
Hidrazina
Resinasuréia-
formaldeído
Ácido
cianúrico
Melamina
Fertilizantes
líquidos 
Úréia Amônia Ácido nítrico
Nitrato de
amônia
Fertilizante
fosfato de
amônia
Sulfato de
amônia
Fertilizante
NP
Polímeros
Criogenicos
Nitritos e
Nitratos
Nitrodopantes
Coloxilina
Piroxilina
Trinitro-
tolueno
Amonite
Anilina
Nitro-
benzeno
Fertilizantes 
NPK
Poliuretanos Poliamidas
(Nilon e Kapron)
Poliacri-
lonitrilo
Carbonato 
de amônia
Hexametile-
notetramina
Herbicidas
Hidrazina
Resinas uréia-
formaldeído
Ácido
cianúrico
Melamina
Fertilizantes
líquidos 
Úréia Amônia Ácido nítrico
Nitrato de
amônia
Fertilizante
fosfato de
amônia
Sulfato de
amônia
Fertilizante
NP
Polímeros
Poliuretanos Poliamidas
(Nilon e Kapron)
Poliacri-
lonitrilo
Carbonato 
de amônia
Hexametile-
notetramina
Herbicidas
Hidrazina
Resinas uréia-
formaldeído
Ácido
cianúrico
Melamina
Fertilizantes
líquidos 
Úréia Amônia Ácido nítrico
Nitrato de
amônia
Fertilizante
fosfato de
amônia
Sulfato de
amônia
Fertilizante
NP
Polímeros
Ex
plo
siv
os
Fertilizantes
 
 
 
A síntese da amônia, a partir dos elementos N2 e H2, acontece de acordo com o 
seguinte esquema de reação: 
 
N2 + 3 H2  2 NH3 + Q 
 
A reação é reversível exotérmica (Ho298 = - 91,44 kJ/mol) e torna-se ainda mais 
exotérmica a temperaturas superiores (Ho725 = - 112,86 kJ/mol). De acordo com o principio de 
Le Chatelier, o aquecimento desloca o equilíbrio para a esquerda, diminuindo o rendimento de 
amônia. 
Na síntese de amônia ocorre um decréscimo do número de moles, 4 moles de 
reagente formam dois moles de produto gasoso, então podemos concluir que um aumento na 
pressão favorece o equilíbrio. 
A síntese de amônia acontece e com alta taxa de reação somente em presença de 
catalisadores sólidos. Esta síntese via catálise heterogênea ocorre por o mecanismo complexo 
em pelo cinco etapas: 
1. As moléculas de N2 e H2 difundem da fase gasosa para a superfície do catalisador 
2. As moléculas reagentes (adsorvatos) são quimissorbidas na superfície do 
catalisador 
3. A reação superficial acontece com a formação de complexos intermediários 
4. Os produtos são dessorvidos 
5. O produto (amônia) difunde da superfície do catalisador para a fase gasosa 
 
A etapa controladora da reação é a quimissorção do N2. 
A taxa de velocidade da síntese de amônia depende da temperatura, da pressão e da 
composição da alimentação. 
A temperatura ótima, na faixa de 675 K, diminui com o incremento do teor de amônia 
nos gases reciclados e com o decréscimo do teor da mistura H2 + N2. 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 133 
 
A pressão ótima para a síntese de amônia está aproximadamente em 100-250 bar. 
Os catalisadores empregados na síntese de amônia e que apresentam alta atividade 
catalítica são metais dos Grupos VI, VII e VIII. Deles os mais ativos são o Fe, o Ru, o Re e o Os. 
As plantas comerciais usam principalmente óxido de ferro com promotores. 
Os promotores podem ser óxidos ácidos ou anfotéricos tais como, Al2O3, SiO2 e TiO2 e 
também óxidos de metais alcalinos e alcalinos térreos tais como K2O, Na2O, CaO e MgO. 
Os catalisadores empregados na síntese de amônia estão permanentemente 
envenenados por compostos de enxofre e clorinados. Compostos como água, CO, CO2 e O2 
envenenam fortemente os catalisadores, mas a afetação é temporária, pois é reversível. 
 
3.1.2 Tecnologia de fertilizantes 
 
 Os fertilizantes são os produtos mais importantes das indústrias de processos 
químicos. Eles podem ser classificados de acordo a o papel que desempenham na agricultura, 
a suas propriedades e a sua forma de manufatura. 
Desde o ponto agronômico, se classificam em: 
a) Fertilizantes diretos, os que fornecem os nutrientes às plantas; 
b) Fertilizantes indiretos aumentam a fertilidade dos solos propiciando suas 
propriedades físicas, químicas e biológicas. 
Os fertilizantes indiretos incluem fertilizantes de cal usados para neutralizar os solos 
ácidos, fertilizantes estruturados que favorecem a agregação das partículas pesados e 
argilosos, etc. 
Os fertilizantes diretos podem conter um ou os três nutrientes principais das plantas, 
N, P e K. Existem fertilizantes nitrogenados, fosfatados e de potássio, com dois dos nutrientes 
como NP, ou PK ou como os três NPK. 
As matérias primas para a produção dos fertilizantes fosfatados são a apatita e a 
fosforita (rocha de fosfato) os que são convertidos em compostos fosfatados para serem 
assimilados pelas plantas. 
 Os fertilizantes nitrogenados são produzidos a partir de N atmosférico e convertido em 
compostos de nitrogênio. 
Os fertilizantes de potássio são obtidos a partir da rocha potássica que contém cloreto 
e sulfato de potássio. 
Além das fontes naturais, as indústrias usam subprodutos e produtos de processos 
químicos tais como o ácido sulfúrico, nítrico, fosfórico e amônia. 
Os fertilizantes podem recuperar algumas escórias metalúrgicas, resíduos de indústrias 
de processamento de alimentos, agrícolas e domésticos. 
 
 
Fertilizantes fosfatados. 
 
Fonte primária apatita e fosforita, os compostos de P valiosos são a base de P2O5 
solúveis em água e em ácido cítrico. Pelo processo mecânico a rocha é moída e aplicada aos 
solos ácidos nesta forma, a que se dissolve no mesmo muito lentamente. Pelo processo 
térmico se calcina a rocha para eliminar F e incrementar a disponibilidade de P2O5. 
A via principal é a digestão química causada pelos ácidos sulfúrico ou fosfórico para 
obter superfosfatos. 
Formação do superfosfato. Converter a rocha, insolúvel em água, em fosfato 
monocálcico com ácido sulfúrico segundo: 
 
2 Ca5F(PO4)3 + 7 H2SO4 + 6,5 H2O  3[Ca(H2PO4)2.H2O] + 7[CaSO4.0,5H2O] + 2 HF + 227 kJ 
 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 134 
 
 
 Fertilizantes nitrofosfatados. 
 
 São feitos pela ação direta do ácido nítrico sobre a rocha fosfatada. A vantagem é que 
apresenta ambos os elementos, N e P. O processo do nitrofosfato é a base para a fabricação 
dos compostos de fertilizantes NP e NPK. 
 A principal reação é: 
 
2 Ca5F(PO4)3 + 10 HNO3  3 H3PO4 + 5 Ca(NO3)2 + HF 
 
 Esta reação produz uma pasta fluída de nitrofosfato a que contém nitrato de cálcio e 
ácido fosfórico livre. Em alguns casos é neutralizada com amônia para dar o fosfato de amônia 
ou feita reagir com sais de potássio (KCl ou K2SO4) resultando no fertilizante NPK. Na figura a 
seguir é apresentado um diagrama ilustrado do processo de fertilizantes NPK. 
 
 
 
Apatita
Separação de Sr(NO3)2 e 
resíduos insolúveis
Cristalização e separação de
Ca(NO3)2.4H2O
Precipitação e separação
de Na2SiF6
Precipitação e separação do
concentrado de terras raras
Digestão
Fertilizante manufaturado
NPK fertilizante
Recuperação das
terras raras
Recuperação 
do SrCO3
Recuperação 
de CaF2
HNO3
Precipitado
Precipitado
Conversão 
de nitrato
de cálcio
NH3 CO2
CaCO3 NH4NO3
Apatita
Separação de Sr(NO3)2 e 
resíduos insolúveis
Cristalização e separação de
Ca(NO3)2.4H2O
Precipitação e separação
de Na2SiF6
Precipitação e separação do
concentrado de terras raras
Digestão
Fertilizante manufaturado
NPK fertilizante
Recuperação das
terras raras
Recuperação 
do SrCO3
Recuperação 
de CaF2
HNO3
Precipitado
Precipitado
Conversão 
de nitrato
de cálcio
NH3 CO2
CaCO3 NH4NO3
Conversão 
de nitrato
de cálcio
NH3 CO2
CaCO3 NH4NO3
 
 
 
Fertilizantes nitrogenados. 
 
 Eles são uma classe importante de fertilizantes,os quais incluem a uréia, o nitrato de 
amônia, o sulfato de amônia e várias de suas soluções. O N joga um importante papel na vida 
das plantas. O nitrogênio é parte da clorofila a qual é receptora da energia solar e de proteínas 
as quais constroem as células. As plantas somente fixam o N na forma de nitratos, sais de 
amônia e amidas. 
 
 Nitrato de amônia 
 
O nitrato de amônia é um material cristalino, branco, com aproximadamente 36% de 
N, nas formas nitrato e amoniato, assimiláveis pelas plantas. É um sal altamente solúvel em 
Processos Industriais Orgânicos 
 
Profa. Caridad Noda Pérez Página 135 
 
água e higroscópico. Sua produção baseia-se na reação homogênea em fase gasosa entre o 
vapor de amônia e o ácido nítrico diluído, segundo: 
 
NH3 + HNO3  NH4NO3 + 144,9 kJ/mol 
 
 A reação acontece à alta velocidade. 
 
 Uréia 
 
Dentre os fertilizantes nitrogenados, a uréia ocupa o segundo lugar, após o nitrato de 
amônia em termos de produção. Sua produção tem sido desenvolvida graças aos usos na 
agricultura. A uréia é o menos suscetível a lixiviação quando comparado aos outros 
fertilizantes nitrogenados, menores quantidades são esgotadas pelo solo e é menos 
higroscópica. A uréia pode ser usada não somente como fertilizante, mas também na 
alimentação animal. A uréia é amplamente usada para fazer misturas, fertilizantes compostos, 
fertilizantes de liberação controlada, plásticos, cimentos, vernizes e outros recobrimentos 
protetores. 
 A uréia, CO(NH2)2, quando está quimicamente pura é incolor, cristalina e possui 46,6 % 
em peso de N. Sua produção baseia-se na reação entre a amônia e o dióxido de carbono. 
 
2 NH3 + CO2  CO(NH2)2 + H2O; H
o
298 = -110 kJ/mol 
 
 As matérias primas para a síntese da uréia são a amônia e o dióxido de carbono 
resultante como co-produto na manufatura dos gases de síntese de amônia. Por esta razão 
quase sempre a produção de uréia está combinada com a de amônia. A reação ocorre em duas 
etapas. Durante a primeira etapa é sintetizado o carbamato de amônia de acordo com a 
reação: 
 
2 NH3 (g) + CO2 (g)  NH2COONH4 (liq); H
o
298 = - 177 kJ/mol 
 
Durante a segunda etapa acontece a perda endotérmica de água para formar a 
molécula de uréia: 
 
NH2COONH4 (liq)  CO(NH2)2 (liq) + H2O (liq); H
o
298 = - 16 kJ/mol 
 
A formação do carbamato de amônia é uma reação exotérmica reversível e acontece 
uma redução de volume, para deslocar o equilíbrio para os produtos a reação deve acontecer 
a pressões elevadas. Na prática a uréia é sintetizada a temperaturas entre 423-463 K e 
pressões entre 15-20 MPa (bar). Nestas condições a reação procede à alta taxa e é 
praticamente completa. 
 A decomposição do carbamato de amônia é uma reação reversível endotérmica e 
acontece a alta velocidade na fase líquida. Deve ser realizada a temperaturas superiores a 371 
K, ponto eutético para o sistema CO(NH2)2 - NH2COONH4, para prevenir a cristalização de 
sólidos no reator. As temperaturas mais elevadas o equilíbrio é deslocado para a direita e 
intensificar a velocidade. A máxima conversão de carbamato em uréia é obtida a 493 K. O 
equilíbrio desta reação também pode ser deslocado adicionando um excesso de amônia. Ainda 
assim não é obtida a conversão completa a uréia e a mistura de reação também contém 
carbamato de amônia, amônia e CO2. 
 
 
 
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3.2 Reguladores do crescimento vegetal 
 
 A ação seletiva destes agentes pode provocar, por exemplo; 
a) Aumento do número de sementes germinantes; 
b) Maturação precoce das plantas; 
c) Estimular o desenvolvimento das raízes; 
d) Acelerar o amadurecimento dos frutos e grãos; 
e) Suprimir o florescimento indesejável; 
f) Produzir menos frutos, porem maiores, pelo estímulo à menor formação de botões ou 
de frutos; 
g) Suprimir a queda de frutos das árvores ou dos arbustos frutíferos antes do 
amadurecimento; 
h) Produção de frutos sem semente; 
i) Controle dos brotos de batata. 
Dentre os reguladores encontram-se os seguintes produtos: 
a) Ácido indolbutírico, que estimula o crescimento das raízes; 
b) Ácido naftalenacético, que impede a queda dos frutos antes o amadurecimento e 
poder ser usada para remover alguns frutos antes de crescerem, permitindo-se que os 
outros atinjam o tamanho normal; 
c) O carbonato de isopropil-N-(3-clorofenil) em baixa concentração elimina o excesso de 
frutos das fruteiras e em concentração elevada atua como exterminador de ervas 
daninhas antes da brotação. 
 Os hormônios vegetais usados apropriadamente podem ampliar a duração do 
crescimento, amadurecer as colheitas na época desejada e compensar efeitos de temporais, 
do frio e talvez de pragas. Eles iniciam as complicadas reações químicas que provocam a 
utilização dos alimentos pelas plantas. 
 
3.3 Inibidores e esterilizantes do segundo crescimento 
 
 A hidrazina maleica é uma substância usada nas plantações de fumo para minimizar o 
problema dos brotos ladrões e aumentar os rendimentos. Esta prática é combatida pelos que 
preferem o tabaco tratado manualmente e curado por calor indireto. 
 Os desfolhantes são auxiliares na agricultura. Provocam a formação de uma camada de 
excisão na base de cada folha e as folhas caem mais tarde no solo. São úteis quando aplicados 
a uma plantação de algodão antes da colheita mecânica. A cianamida de cálcio e o clorato de 
magnésio são substâncias usadas para estes fins. 
 Os dessecativos aceleram artificialmente a secagem do tecido vegetal. A colheita 
mecanizada dos cereais pode ser antecipada e se obtém uma produção mais limpa e mais 
abundante. O ácido arsênico e um dessecativo do algodão e o DNBP (4,6-dinitro-o-sec-
butilfenol) é um dessecativo usado em plantações de linha, legumes e milho. Eles são 
freqüentemente incluídos dentro dos herbicidas.

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