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7 - Xenobióticos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDECENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
MBI 150 – Microbiologia do Solo
DECOMPOSIÇÃO DE PESTICIDAS EDECOMPOSIÇÃO DE PESTICIDAS E 
COMPOSTOS XENOBIÓTICOS
Xenobióticos e Xenóforos 
Xenobiótico = significa, literalmente, algo “estranho à vida”;
designa o composto químico que não é produzido
t l t bi fnaturalmente na biosfera.
Xenóforo = grupos ou estruturas presentes em um composto
químico, que conferem o caráter xenobiótico e que podem
i di bi d d ã d timpedir a biodegradação desse composto.
Xenóforos
Grupo ciano (CN)Grupo ciano (CN)
Grupo alcano ramificadoGrupo alcano ramificado 
Halogênios (F, Cl, Br, I)g ( )
Grupo nitro (NO2)
Estruturas cíclicas contendo heteroátomos
Grupos do tipo ácido sulfônico (SO3H)
Xenobióticos: degradação microbianag ç
“A força motriz que induz a degradação microbiana de
xenobióticos no solo é a necessidade da microbiota de gerarg
energia e obter carbono e outros nutrientes para síntese de
biomoléculas.”
Xenobióticos: degradação microbianag ç
Produção de energia: Xenobióticos funcionam como
d d t d lét ddoadores ou aceptores de elétrons nos processos de
produção de energia pela célula microbiana;
Nutrientes: assimilação do carbono contido na molécula
xenobiótica (em alguns casos outros elementos tais como Nxenobiótica (em alguns casos outros elementos, tais como N,
S ou P, são também assimilados).
Xenobióticos: degradação microbianag ç
Composto 
bióti
Intermediários 
metabólicosxenobiótico metabólicosVias metabólicas 
periféricas
Vias metabólicasVias metabólicas 
centrais
Energia e 
bi í tbiossíntese
Xenobióticos: Persistência x recalcitrância
Persistência: resistência à biodegradação de uma substância ou
composto sob determinadas condições específicas.p ç p
Recalcitrância: composto químico totalmente resistente à
degradação microbiana.g ç
Grupos de pesticidas Valor médio (anos)
Persistência no solo
Fungicidas Diversos
C á fá
0,1 a 0,5
Herbicidas
Carbamatos e ácidos alifáticos
Toluidina, nitrilas e fenoxis
Triazinas e picloranas
0,2
0,5
1 5Triazinas e picloranas
Ácidos benzóicos e aminas
1,5
1,0
Inseticidas 
Organofosforados (vários) 0,2 a 0,5
Aldrin
Heptacloro
9,0
9,0
Inseticidas 
Organoclorados
BHC
DDT
Cl d
11,0
10,0
Adaptado de Siqueira, 1991.
Clordane 12,0
Biomagnificação:
Composto:
i lú lLipossolúvel
Recalcitrante
Mamíferos 30 ppm
Peixes grandes 3ppm
Mamíferos 30 ppm
Peixes pequenos 0,3ppm
BIOMAGNIFICAÇÃO
Plâncton 30 ppb
Ambiente aquático 0,3ppb
Xenobióticos: recalcitrância
Substituições pouco comuns;
Li õ üê i d li õ ( b t iá iLigações ou seqüência de ligações pouco comuns (carbono terciário e
quaternário);
Anéis aromáticos altamente condensados;
Elevado peso molecular;Elevado peso molecular;
O composto não é capaz de induzir a síntese de enzimas degradativas,
embora seja susceptível a ação dessas proteínas;embora seja susceptível a ação dessas proteínas;
O composto não entra na célula pela falta de permeases adequadas;
Indisponibilidade do composto em função da insolubilidade ou adsorção;
Elevada toxicidade do composto original ou de seus derivados
metabólicos.
Xenobióticos: transformações
Biodegradação/Decomposição: transformação biológica de um
composto químico a outra forma mais simplescomposto químico a outra forma mais simples.
Mineralização: completa degradação dos compostos orgânicosç p g ç p g
até os seus componentes inorgânicos, geralmente CO2, NH3,
SO42- e H2O.
Destoxificação: biodegradação de uma substância que leva à
formação de produtos inócuos livres de toxicidade aparenteformação de produtos inócuos, livres de toxicidade aparente.
A transformação biológica dos xenobióticos envolve
reações enzimáticas hidrolíticas, oxidativas ou redutivas
que podem ser resultantes:
►Diretamente do metabolismo central para moléculas►Diretamente do metabolismo central, para moléculas
pequenas, visando `a obtenção de energia
(catabolismo)(catabolismo)
►Transformações catalisadas por enzimas►Transformações catalisadas por enzimas
extracelulares, gerando compostos mais simples
►Transformações a partir de processos metabólicos►Transformações a partir de processos metabólicos
periféricos – “cometabolismo”.
CometabolismoCometabolismo
M b t i
Propano Energia + CO2 +H2O
Mycobacterium 
vaccae
Ciclohexana Ciclohexanol
Pseudomonas
Ciclo hexanona
Energia + CO2 +H2O
Pseudomonas
-------- CometabolismoCometabolismo
_____ Metabolismo Assimilatório
Transformações de xenobióticos no solo
► Destoxificação
► D d ã► Degradação
►Ativação
► Conjugação
► Defusingg
► Degradação: 2,4-D (pioneiro)
OH
Cl
CH3-O
Cl
OCH2COOH
Cl
DA
Cl ClCl
D
Diclorofenoximetil
Cl
2,4-Diclorofenol
ClCl
2,4-D E E
O-CH2-COOH
CO2 + H2OC
B
Cl
Cl
A. Destoxificação (Arthrobacter, Solo)
Cl
4-(2-4-DB)
Cl
B. Defuzing (Flavobacterium)
C. Ativação (Solo)
D. Conjugação - Reação de adição 
(Arthrobacter). Poderá aumentar a 
recalcitrância
E. Degradação e,ou mineralização 
(Pseudomonas)
Mudança no espectro de toxidezç p
Cl Cl Cl Cl
Cl NO2 Cl NH2
Cl Cl Cl Cl
Pentacloronitrobenzeno PentacloroanilinaPentacloronitrobenzeno
PCNB (fungicida)
Pentacloroanilina
(bactericida)
Cl CH2OH Cl COOHCl
ClCl
2 Cl
ClCl
Cl Cl Cl Cl
C l b l Á id b óiCetoclorobenzol
(fungicida)
Ácido benzóico
(herbicida)
C C C C
O O
OCH2COOH
Cl
OH
Cl
OH
ClOH
C D E F G C-C-C-C
OHOH
Ácido succínicoCl
A
Cl
B
Cl
C,D,E,F,G
Ácido succínicoCl
2,4-D
Cl
2,4-Diclorofenol
Cl
3,5-Diclorocatecol
A. dioxigenase CH3 – C – SCoA
O
CH3 – C – SCoA
O
B. monooxigenase
C. dioxigenase
D i l i
Acetil CoA
D. cicloisomerase
E. lactose isomerase
F hid l
G. redutase
F. hidrolase
Rota de degradação do 2,4-D pelo Alcaligenes eutrophus JMP 134 (PJP4)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
MBI 650 – Microbiologia do Solo
BIORREMEDIAÇÃO 
DE SOLOS CONTAMINADOS
Remediação x Restauração de SolosRemediação x Restauração de Solos
• Remediar ou restaurar: práticas ou processos para
atenuar ou corrigir impacto de contaminantes a
funcionalidade do ecossistema
• Importância: A remediação de áreas contaminadas, além
do efeito visual e protetor, é geralmente, uma exigência
legal e um compromisso social que precisam ser
executados.
• Remediação: Processo físico, químico ou biológico
Biorremediação: conceitoBiorremediação: conceito
“P i i d ê i l“Processos que usam microrganismos de ocorrência natural
(leveduras, fungos e bactérias) visando à decomposição e, ou
degradação de substâncias nocivas a compostos menosdegradação de substâncias nocivas a compostos menos
tóxicos ou inócuos.” (EPA-USA)
“Estratégia ou processo que usa microrganismos, plantas ou
ambos, visando à transformação ou degradação de
contaminantes presentes no solo ou em outros ambientes ”contaminantes presentes no solo ou em outros ambientes.”
Solo poluído x Solo contaminado
• Solo poluído: concentrações acima do esperado 
di õ t iem condições naturais.
• Solo contaminado: concentrações afetando 
componentes bióticos → funcionalidade e p
sustentabilidade do ecossistema.
Fontes de contaminação ou poluiçãoFontes de contaminação ou poluição
- atividades industriais
õ t ó i- ações antrópicas
- material de origem
a. Inorgânicos
- eutrofização, metais pesados e radionuclídeoseutrofização, metais pesados e radionuclídeos
b. Orgânicos
- naturais ou sintéticos – pesticidas e derivados de
petróleo, cujos os produtos da destilação não são encontrados
na natureza hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs)na natureza – hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs),
nitroaromáticos, compostos organoclorados (PCB, PCP),
dioxinasdioxinas
Gama de contaminantesGama de contaminantes
BTEX = benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno
MTBE = metil tert-butil éter (aditivo de gasolina usado nos EUA)
HAP = Hidrocarbonetos aromático policíclicos (presenteem muitosHAP = Hidrocarbonetos aromático policíclicos (presente em muitos 
derivados do petróleo)
PCB = bifenis policloradosPCB = bifenis policlorados
Solventes clorados (tricloretileno, tetracloroetileno)
Explosivos (TNT)
MetaisMetais
Radionuclídeos
Compostos inorgânicos (nitrogênio e fósforo)
Quadro 1. Rotas de entrada de metais pesados no solo (King,
1996)
Rota de entrada no solo Contaminante
Deposição de rejeitos industriais, Cd Cr Cu Hg Ni Pb Znp ç j ,
extração e processamento de 
minérios
Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb, Zn
Fertilizantes e pesticidas Cd, Cr, Cu, Hg, Zn
Lodos de estação de tratamento de 
esgoto urbano e industrial
Cd, Cr, Cu, Ni, Pb, Zn
Deposição atmosférica Cd, Pb, Zn
Quadro 2. Concentrações máximas de metais pesados 
(Kg ha-1) permitidas no solo em diferentes países
Metal USEPA 
(King 1996)
HOLANDA
(King 1996)
SUÍÇA
(Saefl 1998)(King, 1996) (King, 1996) (Saefl, 1998)
Cd 39 10 15
---------------- kg/ha) ---------------
Cd
Cr
Cu
39
3000
1500
10
500
200
15
-
500
Hg
Ni
Pb
17
420
300
4
200
300 500Pb
Se
Zn
300
100
2800
300
-
1000
500
1000
Quadro 3 Meia vida e tipos de radiação de algunsQuadro 3. Meia vida e tipos de radiação de alguns
isótopos radioativos contaminantes de solo
(Fellenberg, 1980).( g )
Isótopo Meia-vida (anos) Tipo de radiação 
emitida
Carbono 14C 5570 β
Estrôncio 90Sr 28 βEstrôncio 90Sr 28 β
Césio 137Cs 30 β
Rádio 226Ra 1620 α e γ
Plutônio 239Pu 24300 α e γPlutônio Pu 24300 α e γ
Urânio 238U 4.510.000.000 α e γ
Contaminantes Orgânicos
• Provenientes de: 
indústrias
atividades agrícolasg
Petróleo: natural produtos da destilação nãoPetróleo: natural, produtos da destilação não 
encontrados na natureza.
Contaminantes Orgânicos
• Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) 
●não-voláteis, 
●ligações benzeno condensadas,g ç ,
●100 diferentes compostos (antraceno),
●mutagênicos ou carcinogênicos●mutagênicos ou carcinogênicos.
Contaminantes Orgânicos
• Compostos nitroaromáticos: 
●materiais explosivos (DDT, TNT).
• Hidrocarbonetos clorados: 
●maior persistência → baixa solubilidade●maior persistência → baixa solubilidade, 
configuração e tamanho molecular, toxidez e 
energia de ligação (PCP TCE PCBs)energia de ligação (PCP,TCE, PCBs).
Contaminantes Orgânicos
Pesticidas: 
●cloroaromáticos
●hidrocarbonetos poliaromáticosp
●aromáticos simples 
●nitrogenados●nitrogenados 
●600 produtos diferentes
●moléculas simples: brometo de metila a 
complexas: Aldrin. 
Quadro 4. Concentrações máximas permitidas no solo
para alguns contaminantes orgânicos
Contaminante Concentração Referência
Hidrocarbonetos 
derivados de 
petróleo
Áreas 
residenciais:100mg/kg
À
Cunningham et al. 
(1996)
petróleo Àreas 
industriais:300mg/kg
Pentaclorofenol <162mg/kg Ferro et al. (1997b)
Hidrocarbonetos 
aromáticos 
policíclicos
100mg/kg Environmental 
BioTechnologies, 
Inc (1999)policíclicos Inc. (1999)
Características da biorremediaçãoCaracterísticas da biorremediação
Pode ser aplicada para larga gama de compostos químicos;
Inclui processos conduzidos por muitas espécies
microbianas que agem conjunta ou sucessivamente;
Pode ser implementada sob várias condições de soloPode ser implementada sob várias condições de solo 
(camadas superficiais e subsuperficiais)
Caráter multidisciplinar.
Biorremediação: conceitos
Biotransformação = termo geral que designa a transformação deg g
um composto em seus derivados.
Mineralização = corresponde a biodegradação completa de um
composto o seja designa a con ersão de m compostocomposto, ou seja, designa a conversão de um composto
orgânico a seus constituintes inorgânicos (dióxido de carbono e
água, dentre outros elementos, tais como o cloro etc).água, dentre outros elementos, tais como o cloro etc).
Cometabolismo = refere-se à transformação de um composto
contaminante sem que haja a provisão de carbono ou energia
i i d d dpara o microrganismo degradador.
Biorremediação: técnicas
Bioestimulação = corresponde à adição de nutrientes, tais como
o nitrogênio e o fósforo, ou outros compostos, a fim de
estimular a atividade de microrganismos nativos do solo
Bioaumentação = introdução de microrganismos em um sítioBioaumentação introdução de microrganismos em um sítio
contaminado visando facilitar a biodegradação do
contaminante.
Efetua-se pela introdução de populações de uma mesma espécie ou de um
consórcio de várias espécies.
O inoculante pode conter microrganismos do tipo selvagem ou, ainda,
microrganismos geneticamente modificados.microrganismos geneticamente modificados.
Exemplo de BiOESTIMULAÇÃO:
(1) Derramamento de petróleo no(1) Derramamento de petróleo no 
Alaska pelo navio Exxon Valdez. 
(2) Centro. Adição de compostos 
nitrogenados e fosfato para 
estimular o crescimento de 
microrganismos.g
Técnicas de biorremediaçãoç
1. Biorremediação passiva ou intrínseca
Corresponde à biorremediação
natural do sítio contaminado pela
atividade de microrganimos
i díindígenos.
As taxas de degradação sãoAs taxas de degradação são
freqüentemente baixas;
Nã há it tNão há monitoramento;
Difícil de se prever a migração
ou degradação do contaminante;
Um ou mais de um fator
encontra-se em condições
subótimas;
Técnicas de biorremediaçãoç
2. Remediação natural monitorada
Corresponde à biorremediação
natural do sítio contaminado pela
atividade de microrganimos
indígenos ou por processos
abióticos.
Inclui um programa de
monitoramento para confirmar amonitoramento para confirmar a
remediação;
Técnicas de biorremediaçãoç
3. Fitorremediação
Termo amplo que descreve o uso
de plantas para remover, conter
ou transformar contaminantes.
Envolve freqüentemente a
participação de microrganimos dopa t c pação de c o ga os do
solo;
Fitorremediação
d i bilid d
Fitorremediação
retirada ou 
reduzir a mobilidade 
e a disponibilidade
Fitodescontaminação Fitoestabilização
transformação do 
contaminante
Fitodescontaminação Fitoestabilização
Fitoextração Fitovolatilização Fitodegradação Fitoestimulação
absorção, 
translocação e 
absorção, 
liberação pela 
absorção e 
metabolismo
microbiota, 
raízes, 
acumulação na 
parte aérea
superfície foliar exsudatos
Técnicas de biorremediaçãoç
3.1. Fitoextração
Certas plantas podem absorver
quantidades significativas de
nutrientes. Essa capacidade podep p
ser explorada para remover o
excesso de nutrientes no solo.
Algumas plantas acumulam
grande quantidade de metais;
Hiperacumulação;
Plantas são colhidas ePlantas são colhidas e
eliminadas;
Em alguns casos há aEm alguns casos, há a
possibilidade de recuperação dos
metais acumulados.
Fitorremediação de contaminantes inorgânicosFitorremediação de contaminantes inorgânicos
Hiperacumulação
Plantas hiperacumuladoras:
1)Brassica juncea : Cd, Ni, Pb e Sr
2)Piptadenia gonoacantha: Zn e Cd
3)Dendropanax cuneatum: Zn e Cd3)Dendropanax cuneatum: Zn e Cd
4)Enterolobium contortisiliquum: Cu, Zn e Cd
Piptadenia gonoacantha (Jacaré ou Angico 
j é ) Z Cdjacaré ): Zn e Cd
Dendropanax sp. (maria-mole): (Zn e Cd)
Brassica juncea (Mostarda): Cd, Ni, Pb e Sr Enterolobium contortisiliquum (araribá, árvore das 
patacas, cambanambi, chimbó, chimbuva): Cu, Zn e Cd
Técnicas de biorremediaçãoç
3.2. Fitodegradação
Degradação pela planta de
compostos orgânicoscompostos orgânicos
relativamente solúveis em água
Ex.: Degração de TCE por
Populus.
Técnicas de biorremediaçãoç
3.3. Fitovolatilização
Alguns contaminantes fito extraídos podem ser volatilizados a partir de tecidos
da planta em associação à atividade transpiratória.
Técnicas de biorremediaçãoç
3.4. Controle hidráulico
Algumas plantas ex Populus podem transpirarAlgumas plantas, ex. Populus, podem transpirar
intensamente, a ponto de influenciar o fluxo de água do
lençol freático;ç
E ti id d d b éfi d li itEssa atividade pode ser benéfica quando limita o
transporte do contaminante em reservatório de água.
Está diretamente relacionado com a fitoextração e a
fitodegradação.
Técnicas de biorremediaçãoç3.5. Rizodegradação
A exsudação e a secreção de
compostos de carbono nacompostos de carbono na
rizosfera, a partir das raízes,
estimulam a microbiota do solo
dessa regiãodessa região.
 Atividade microbiana Atividade microbiana
 Degradação de contaminantes
Técnicas de biorremediaçãoç
3.6. Fitoestabilização
As plantas juntamente com a microbiota do soloAs plantas, juntamente com a microbiota do solo,
influenciam as taxas de ciclagem e acúmulo da matéria
orgânica no solo;g
Al t i t d t d i d dAlguns contaminantes ou os produtos derivados de suas
transformações, podem ser quimicamente ligados ou
incorporados à MOS (humificação); alternativamente podemincorporados à MOS (humificação); alternativamente, podem
ser capturados ou presos fisicamente ao húmus ou nas
frações minerais do solo (seqüestro).( )
Técnicas de biorremediaçãoç
4. Bioventilação
Forma de bioestimulação na qual
estimulantes gasosos tais comoestimulantes gasosos, tais como
ar, oxigênio ou metano são
bombeados em solos mal
drenados para estimular ap
atividade microbiana.
Ar ou oxigênio = promovem o
metabolismo aeróbico;
Metano = fonte de carbono e
energia; promove o
cometabolismo.
Técnicas de biorremediaçãoç
Bioventilação
Técnicas de biorremediaçãoç
Bioventilação
Técnicas de biorremediação
Consiste no espalhamento e
7. Landfarming
p
mistura de contaminantes,
solo contaminado ou
resíduos, na superfície do
solo não-contaminado.
Camada impermeável abaixo
da superfície da área (em geral
argila);
Camada de material é arada e
gradeada, para promover a
aeração e uniformizar a
Camada reativa: máximo 50 cm
Zona de tratamentoZona de tratamento
umidade;
Aração e gradagem diminuem
Mínimo de 3 m
Aração e gradagem diminuem
a concentração do poluente;
Pode ser usado em
associação à bioestimulação e à
bioaumentação.
Zona saturada (lençol freático)
Técnicas de biorremediaçãoç
Landfarming
Técnicas de biorremediaçãoç
8. Compostagem
Uso de microrganismosUso de microrganismos
aeróbios, termofílicos em
pilhas ou leiras compostas
de uma mistura de solo ede uma mistura de solo e
material grosseiro (bulking
agent), para promover a
degradação dodegradação do
contaminante.
O material grosseiro
(partículas grandes)
promove a boa aeraçãop ç
dentro das pilhas;
Pilhas são reviradas e
umedecidas periodicamente;
Estudo de caso envolvendo bioestimulação, 
bi t ã l df ibioaumentação e landfarming
► Local: Louisiana, USA► oc : ou s , US
► Área: 1,9 hectares
► Contaminação: Atrazine
► Bioestimulação: 880 kg ha-1 NPK (13-13-13)
►Bioaumentação: Pseudomonas (degradadoras de atrazina)
►C t t t l US$ 1 ilhã►Custo total: US$ 1 milhão
►Custo equivalente com escavação e deposição apropriada do solo 
contaminado: US$ 5,3 milhões
►Economia: US$ 4,3 milhões
N
Cl
N Desalquilação DesalquilaçãoN
Cl
N N
Cl
N
N
H
NC2H5H2N
Deisopropilatrazine
Desalquilação q ç
N
H
N-C2H5
H
(C3H7)I-N
Atrazine
Hidrólise
N
NH2(C3H7)I-N
Deetilatrazine
Desalquilação Desalquilação
Cl ClOH
(biológica ou química)
NN
N
H2N NH2
NN
N
H2N NH2
NN
N
H
N-C2H5
H
(C3H7)I-N
Hidroxilatrazine
2-Cloro-4,6-
diamino-S-atrazine
2-Cloro-4,6-
diamino-S-atrazineDesalquilação
OH HidróliseHidrólise
NN
N
H
NC2H5H2NDesaminação
Degradação do atrazine
80% do processo é realizado por
microrganismos (maioria por
Ameline
N
OH
N
O O O
CO2 CO2+ NH3
microrganismos (maioria por
Pseudomonas)
CO2+ 2NH3N
OHOH
Ácido cianúrico
H2N C N C NH2
O O
Biureto
C NH2
O
H2N
Ureia
Biorremediação: vantagens e desvantagens
Relação custo x tempo
Biorremediação: vantagens e desvantagens
Té i i b t t i t d d d d iTécnica mais barata; o contaminante pode ser degradado in 
situ, reduzindo o custo operacional.
Processo natural, com baixo impacto ambiental;
Grande aceitação pela opinião pública;
As técnicas de biorremediação requerem tempo e não se 
pode prever a sua eficácia;
Em geral as técnicas de biorremediação levam a uma 
redução progressiva na concentração do contaminante, mas ç p g ç ,
não à sua eliminação completa
Biorremediação: vantagens e desvantagens
Razões: 
O t i t dO contaminate pode ser:
Adsorvido nas superfícies 
do solo;
Capturado dentro de 
agregados;
Coberto ou protegido do 
Durante a biorremediação, a
concentração do contaminante
p g
ataque enzimático.
diminui progressivamente até um
valor de concentração residual.
Considerações práticas para a escolha da biorremediação
Contaminante conhecido bem como as vias de degradaçãoContaminante conhecido, bem como as vias de degradação
“Princípio da infalibilidade microbiana”
Modificação das condições do solo
“Lei de Liebig”“Lei de Liebig” 
Temperatura, água, nutriente e substratos, condições redox
Critérios para a biorremediação
O microrganismo deve ter atividade metabólica para
d d t i tdegradar o contaminante;
O contaminante deve ser/estar biodisponível;
O custo da biorremediação deve ser menor do que os
custos de outras tecnologias utilizadas para a remoção de
t i tcontaminantes;
Biorremediação: vantagens e desvantagens
Alt t ífi. Altamente específico;
. Em alguns casos, os produtos podem ser 
mais persistentes do que o composto original
. Limitado pela falta de dados na literatura. Limitado pela falta de dados na literatura 
(pesquisa)
Desafios para o tratamento de solos contaminados
Heterogeneidade dos resíduos• Heterogeneidade dos resíduos
• Efeito de concentraçãoç
• Persistência dos compostos
• Condições de introdução e manutenção de 
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