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Hannah Arendt

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Teoria Geral do Estado5
Hannah Arendt
Para ela a ação é altamente individualista, quando o homem deseja deixar sua marca na história, perdendo seu significado, pois busca uma recompensa. (Perpetuar-se através de sua ação no caso)
A ação não deve ser individualizada, precisando da existência de uma pluralidade dos homens com seus semelhantes, se dando por meio de uma interação social.
Busca na antiguidade clássica (grega) formular o conceito de vita activa e traçar o caminho feito pelo liberalismo.
Em sua visão a liberdade só existe quando o indivíduo se desprende do labor e vive uma vida pautada na ação e no discurso.
 Com a chegada do liberalismo o indivíduo menospreza cada vez mais a vida pública, passando a seguir um estilo de vida totalmente individual, desprendendo-se da pluralidade (Característica culminante da política) – Crítica presente também em Schmitt
Labor e trabalho pertencentes à esfera privada e a ação à esfera pública. (A esfera pública é fruto do trabalho e do labor do homem)
A violência é contrária ao poder e pode destruí-lo.
Na modernidade o animal laborans e o homo faber denunciam o discurso e a ação porque os considera uma ociosidade.
A esfera pública engloba a privada, passando a agir em prol do benefício da mesma. (Possibilitando o acúmulo de riquezas por exemplo) Com isso, a família é absorvida pelo público, culminando na passagem da violência e da desigualdade (Ambas típicas do lar) para a vida política. Arendt via essa transição com bastante temor, pois para ela não se governava em hipótese alguma com a violência.
No trabalho escravo, o trabalhador não era tido como cidadão. Diferentemente do trabalho moderno.
No seu pensamento a política não é domínio, mas sim uma ação em comum acordo. (Consenso)
Na modernidade o homem é um homo faber, estando suas capacidades dependentes da fabricação.
O indivíduo moderno nasce da rebelião do coração
Na modernidade o homem passa a dominar a natureza, podendo destruí-la.
A ação é uma das mais decisíveis experiências humanas.
Diferente de Schmitt, que defendia a soberania estatal, Arendt vê a soberania (governo de um único) como o governo de ninguém. Autoritário e contrário a liberdade.
A ação está fortemente ligada a concepção de nascimento, pois através dela será gerado o ‘’novo’’.
Com o liberalismo e a ascensão do individualismo a liberdade passa a não ser obtida, pois essa só se dá segundo sua visão, por meio de uma interação do homem com seus semelhantes.
Tanto Schmitt quanto Hannah, batem na tecla do individualismo gerado pelo liberalismo. Esse seria prejudicial para schmitt porque romperia com a homogeneidade que é um caráter apaziguador de conflitos, juntamente com a unidade. E para Arendt, esse prejudicaria a pluralidade dos indivíduos e suas interações, que são na sua visão, fatores concomitantes para a esfera política. Essa se faz na pluralidade e não no individualismo.
Arendt é totalmente contrária ao individualismo condicionado ao homem na modernidade, este é um empecilho tanto para a ação política como para a política em si. (Pois ambas só se dão por meio da pluralidade)
Ao aparecer no espaço público o homem se revela, a ação está em busca de distinção dos indivíduos.
Por estarmos inseridos numa rede de relações, nossas ações geram reações imprevisíveis, por isso ela afirma que não somos donos de nossa própria história.
Para ela a política é a criação do novo, do inesperado, resultado do dialogo da persuasão, não da violência. Torna-se um uma necessidade para a constituição do indivíduo e da comunidade política.
Em sua visão, a legitimidade se dá por meio de um consenso. Diferentemente de Weber e Bobbio, que propunham uma legitimidade pautada no domínio da força pelo estado. E do uso de coação física ou psicológica para garantir essa dominação.
Em sua concepção, só a ação é prerrogativa essencial do homem, a ação e o discurso são características indispensáveis. Contudo, na modernidade, ambas tornam—se descartáveis, dando lugar a vitória do animal laborans, que passa a vê-las como ociosidade, algo descartável. 
Via com espanto que o mal se tornou uma banalidade, algo feito inconscientemente pelo indivíduo, influenciado pelo meio que o condiciona.
A liberdade é conseguida com a definição de cidadão.
Em sua visão a política não é domínio, baseando-se antes disso num consenso.
O perdão é além de uma reação, uma nova ação. Buscando pôr um fim nas consequências da ação inicial através de outra.

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