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Constitucional 2

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Constitucional 2
Organização do estado: Federação 
1) Fundação da constituição 
- Limitação do Poder político 
-Organização do Estado 
-Garantir Direitos fundamentais 
2) Origem histórica (Federação )
3) Características dos estados federativos 
-Descentralização política 
-Repartição de competências 
-Constituição rígida como base jurídica 
-Inexistência de direitos de secessão
-soberania do estado federal 
-intervenção 
-Auto organização dos estados membros 
-Órgão representativo dos estados membros 
- Órgão guardião da constituição .
-Repartição de receitas 
4)Base normativa
5) Resumo sobre estado brasileiro
6)Entes federativos 
7)autonomia. 
 1) No estudo da disciplina de constitucional 2, destaca-se a função constitucional relativa a organização – estruturação do estado.
 Quando falamos em organização do estado ,necessariamente devemos pensar sobre a forma de governo ,o sistema de governo e sobre a forma de estado .
 A forma de governo adotada pelo Brasil é a republicana ,já o sistema de governo e o presidencialista ,e por fim a forma de estado adotada ,que é o federativo ,que será objeto de estudo nessa aula .
2) A origem histórica da federação é a constituição americana de 1787 . Toda via a instituição do estado federativo americano ,teve origem na independência das 13 colônias em relação ao império britânico .
E inicialmente as 13 colônias formaram uma confederação ,constituída por estados soberanos e com a prerrogativa de direto de secessão .
 Como o direito de secessão tornava o pacto confederativo mas instável ,sobre tudo ,diante da ameaça britânica ,os estados independentes resolveram abrir mão de uma parte de sua soberania em favor de um ente político central ,mantendo autonomia ,bem como dispor do direito de secessão ,que culminou com a instituição da forma federativa de estado pela constituição americana de 1787.
3)Características do estado federativo :
1)Descentralização política - No estado federativo há uma divisão espacial do poder político entre os entes que compõem a federação ,que no caso brasileiro são a união ,os estados ,o distrito federal e os municípios .
2)Repartição de competências -O estado federativo ,há repartição de competências matérias ou administrativas e legislativas entre os entes federativos .
3)Constituição rígida como base jurídica -A federação deve ser instituída por uma constituição rígida para que seja assegurada sua estabilidade .
 Alias ,a forma federativa de estado constitui clausula pétrea (at.60 pr. 4° ,I )
4)Inexistência de direito de secessão -Art. 1° ,caput. Na forma federativa de estado não há direito de secessão ou de retirada. Os entes federativos não podem romper o pacto federativo. Daí decorre o principio de indissolubilidade, que tem base normativa no at.1°, caput e no at. 60 pr.4°, I.
 Alem do mais as ameaças provocadas por movimentos separatistas nos estados membros podem causar interdição federal ,na forma do at.34 , I .
5)Soberania do estado federal - A republica federativa do Brasil, representada pela união é detentora de soberania.
6)Intervenção – Trata-se de mecanismo excepcional pelo qual a autonomia de um ente federativo ( estado, união, distrito federal e município) ,é provisoriamente suprimida diante de uma situação de crise institucional ,como por exemplo : a violação ao direitos humanos .
 O objetivo desta é proteger o pacto federativo.
7)Auto organização dos estados membros -At. 25 ,Os estados membros podem editar suas próprias constituições .
8)Órgão representativo dos estados membros -O estado federativo tem um órgão que representa o estados membros que no estado brasileiro é o senado (art.46)
9)Órgão guardião da constituição -No estado federativo a um órgão guardião da constituição ,que no nosso caso é o STF ,at. 102 .O STF ,resolverá os conflitos federativos buscando preservar a própria federação (at. 102,I)
10) Repartição de receitas -Para exercer sua autonomia e as competências constitucionais na consecução do interesse publico ,os entes federativos precisão de recursos financeiros que provem da repartição de receitas oriundas de tributos .
4)Base normativa:
A federação tem como base normativa o at. 1 da constituição combinado com o at. 18 ,que diz como será a forma de governo forma de estado e sistema de governo ,e suas autonomias.
5)O estado brasileiro , tem em sua formação, a republica como forma de governo ,o presidencialismo como sistema de governo ,e a federação como forma de estado ,todos os seus estados membros são dotados de autonomia , isso também inclui ,auto organização ,auto governo ,auto administração ,auto legislação . 
6)Entes federativos ,são entes que compõe o estado ,são eles ,estados membros ,municípios, união e distrito federal ,todos eles dotados de autonomia, e sem direitos a secessão como descrito no at. 1° da constituição quando fala da união indissolúvel dos entes federativos .
7)Os entes federativos ,estados membros ,distrito federal e municípios ,são dotados de autonomia ,conforme o disposto no at.18,caput .A autonomia é traduzida pela reunião de 4 capacidades :Capacidade de auto organização ,que confere aos entes federativos a competência para editar suas constituições ou leis orgânicas ,capacidade de auto governo que confere os entes federativos a prerrogativa de organizar os seus governos (poder executivo ,legislativo e judiciário ) ,capacidade de auto administração ,que confere a gestão dos seus serviços públicos (saúde ,educação ,transporte) , e auto legislação ,que confere aos entes competências para editar suas próprias leis ,observando as competências constitucionais. 
Organização do estado, Federação :
1)união federal :
*dupla personalidade 
-art.1° caput. c/c art. 18 caput.
-art.1°, I c/c art. 21 I a IV.
Autonomia diferente de Soberania 
2) Estados membros .
-Entes federativos 
-Quantidade de estados 
-Órgão de representação 
-Autonomia 
*auto organização (art. 25,caput.)
*auto governo(art. 27, 28 e 125)
*auto administração 
*auto legislação ( art. 18 e 25 a 28)
-Natureza jurídica 
3)Municípios
-NJ.
-Entes federativos 
-Cap. De auto organização (art.29)
(traço mais relevante da autonomia municipal )
-Poder constituinte derivado decorrente ?
-Responsabilidade criminal do prefeito (art.29, X )
*art. 5 , XXVIII , “d” CF.
-Imunidade material vereadores (art. 29 , VII cf.)
 A união é ente federativo porem ao mesmo tempo representa a republica federativa do Brasil. Por isso podemos dizer que a união possui dupla personalidade .
 Como ente federativo e pessoa jurídica de direito publico interno a união possui autonomia a exemplo de todos os outros entes .
 Já como representante da republica terá prerrogativa de exercer a soberania.
 A soberania se projeta no plano interno e no plano externo .
No plano interno justifica o poder coercitivo do estado ,que restringe as liberdades individuais em visto da convivência social ,como por exemplo,por meio da aplicação de penas pelo direto penal .
 No plano externo, a soberania garante a independência do estado nacional ,evitando que sofra ingerências (influencia) de outros estados nacionais ou de organismos internacionais .
 Deve ser obervado que o conceito de soberania vem sendo flexibilizado na atualidade.
 Logo não é possível justificar qualquer ato estatal em nome da soberania ,como por exemplo a violação de direitos humanos .
 No caso do Brasil o presidente acumula as funções de chefe de estado (republica federativa do Brasil ) , e chefe de governo (chefe do poder executivo da união ).
2) (art. 46 CF )
 Os estados membros são entes federativos dotados de autonomia .
Atualmente 26 estados membros compõe o estado federativo brasileiro .
O órgão de representação nacional dos estados e o senado federal conforme o art. 46 Cf.
 Cada estado poderá eleger 3 senadores (art. 46,§ 1° ) .A capacidade de auto organização resulta da autonomia dos estados ,permite queestes editem suas próprias constituições (art. 25) . A edição das constituições estaduais é consequência do exercício do poder constituinte derivado decorrente .
 A capacidade de auto governo permite que os estados tenham governos próprios. Ex: os estados elegem seus governadores ,vices ,deputados estaduais ,juízes ,organiza serviços judiciais e etc.
 A capacidade de auto administração permite que os estados promovam a gestão dos seus serviços públicos ,como por exemplo , o serviço de gás localizado ,serviço de saúde educação e etc.
 A capacidade de auto legislação ,é a que permite os estados a edição de leis próprias observando as competências constitucionais.
 Os estados membros tem natureza jurídica de pessoa jurídica de direito publico interno . 
3)
Os municípios também tem natureza de pessoa jurídica de direito publico interno .
 Também são entes federativos dotado de autonomia .
 A capacidade de auto organização que permite os municípios editarem suas leis orgânicas revela o traço mais marcante da autonomia municipal .
 Segundo a doutrina majoritária ,ao editarem suas leis orgânicas , os municípios não exercem poder constituinte derivado decorrente, visto que as leis orgânicas estão subordinadas a constituição do estado respectivo e a constituição da republica.
Os prefeitos possuem foro por prerrogativa de função no caso da pratica de crimes, na forma do disposto do (art. 29 ,X, CF).
 Caso o prefeito cometa crime será julgado pelo tribunal de justiça ,ainda que este crime seja de homicídio doloso ,pois neste caso o art. 29 ,X ,prevalece sobre o art.5 °, XXXVIII, “d” ,por força do principio da especialidade. (ver sumula vinculante 45).
 Os vereadores são invioláveis por suas opiniões ,palavras e votos ,porem esta opiniões ,palavras e voto devem ter conexão lógica com o exercício do mandato .Trata-se do que a doutrina fala,imunidade material .
 Além disso a imunidade só terá aplicação se as palavras ,opiniões e votos tiverem sido proferidos nas circunstâncias do município .
Distrito federal 
-Natureza Jurídica 
-autonomia 
-pode ser dividida em municípios ?
-autonomia parcialmente tutelada pela união (art. 32 § 4°, c/c 144,§ 6°, c/c 21,XIV CF )
(Ver sumula 647,STF e 39)
-Ver art. 21 ,XIII e 22 XVII P. Jurídico e MP 
(Organizados e mantidos pela união )
-Competências legislativas (reservadas aos estados municípios (art. 32 ,§ 1° cf )
Se a constituição estaduais estabelecerem hipóteses de foro por prerrogativa de função ,para uma determinada autoridade publica,de forma exclusiva ,isto é , sem que a constituição da republica tenha previsto a hipótese de foro por prerrogativa de função ,caso cometa o crime doloso contra vida ,tal autoridade publica será processada e julgada pelo tribunal do júri .
 Neste caso deve prevalecer a supremacia da constituição da republica ,em face da constituição estadual.
Df. Natureza jurídica ( Ente federativo autônomo que constitui pessoa jurídica de direito publico interno .
Auto organização Autonomia (Capacidade de auto organização,consiste na prerrogativa de editar suas leis orgânicas ,conforme o art 32 ,caput. CF.
 Embora formalmente designa lei orgânica,sob o aspecto material ,esse documento normativo assemelha-se as constituições estaduais ,tendo em vista suas subordinação direta a constituição da republica .(ver final do art. 32 caput. CF).
 Auto governo - Consiste no poder de organizar o seu próprio governo, de estruturar a sua administração ,Ex: o DF. , elege seu governador , vice governador ,deputados distritais ,organizar seus órgãos e entidades e etc. Ver ex: art.32 ,§2° e 3°.
Auto administração -O DF. Tem o poder de promover a gestão de seus serviços públicos ,EX: serviços de saúde, educação, transporte e etc.
Auto legislação – O DF. Edita suas próprias leis ,observando as competências previstas na constituição da republica .
Pode ser dividido em municípios? Não pode ser dividido em municípios ,por força de vedação expressa do art. 32 caput. 
Obs: Brasília é a capital da republica federativa do Brasil , a sede do governo da união e a sede do governo do DF. 
-Autonomia parcialmente tutelada : O DF. , tem autonomia parcialmente tutelada pela união ,porque muito embora o governo tenha poder de comando sobre as policias civil e militar e bombeiro militar ,estes serviços não pertencem ao DF. Pois eles são mantidos e organizados pela união. E também ,porque o poder judiciário e o Poder Politico do DF. ,são organizados e mantidos pela união.
-O DF. Exerce competências legislativas reservadas tanto as municípios quando aos estados ,na forma prevista no art. 32 §1° cf)
Obs: o DF. É denominado pela doutrina de ente federativo anômalo ,pelas seguintes razoes 
a)O DF. É regido por lei orgânica que esta subordinada diretamente a constituição da republica.
b) o DF., não pode ser dividido em municípios 
c) o DF. Tem autonomia parcialmente tutelada pela união.
d) o DF. Exerce competências legislativas reservadas ao estado e aos municípios.
Obs: responsabilidade política dos prefeitos .(art. 29 –a § 2° cf.) ec. 25/01
 O art. 29 –a § 2° da constituição ,acrescentado pela emenda constitucional 25 de 2001 ,instituiu os chamados crimes de responsabilidade do prefeito ,cuja caracterização resultará na perda do cargo ,e na impossibilidade de exercício de qualquer cargo publico por 8 anos.
 O Dispositivo constitucional e regulamentado pelo decreto lei 201/67.
Muito embora a constituição chame esses conceitos,de crime de responsabilidade ,na verdade trata-se na essencial de infração político administrativa ,que provocará a responsabilidade política do prefeito .
 Sendo assim o chamado crime de responsabilidade possui tipo com textura mais aberta do que os crimes comuns.
Formação de estados membros . (art.18,§ 3º ,cf.)
A) subdivisão (cisão)
b) desmembramento 
-por formação 
-por anexação 
c)incorporação (fusão )
FUSÃO : antigo estado da Guanabara, antigo estado do rio, foram extintos. Eles foram incorporados ou fundidos dando origem ao um novo estado, chamado estado do rio de janeiro.
DESENVOLVIMENTO POR FORMAÇÃO : Goiás e Tocantins o estado de Goiás perdeu parte do seu território, dando origem a um novo estado, de Tocantins . Mato grosso e mato grosso do sul, o estado do Matogrosso perdeu parte do seu território dando origem ao Matogrosso do sul.
DESENVOLVIMENTO POR ANEXAÇÃO: Não há exemplos no Brasil .Trata-se, em que um sede parte do seu território que será anexado em outro estado.
CISÃO : o estado A é extinto dando origem a dois ou mais novos estados. Ex: houve a tentativa de fazer a cisão do estado do Pará, que seria extinto dando origem aos estados de tapajós e Carajás, a proposta não foi aprovada.
REQUISITOS DE FORMAÇÃO DE NOVOS ESTADOS MEMBROS: 
*plebiscito, tem q haver uma consulta diretamente a população interessada.
*Convocação por congresso nacional, por decreto legislativo (1/3 dos membros da câmara ou senado)
*Projeto de lei complementar
*Oitiva das assembleias legislativas- caráter opinativa.
FORMAÇÃO DO ESTADO : REPARTIÇÃO DE COMPETENCIAS 
1) repartição de competências entre os entes federativos 
Conceito 
a)principio da predominância do interesse 
b)Repartição em matéria administrativa 
-união 
*exclusiva (art.21º )
*comum (art. 23º )
-Estados 
*residual (art. 25º ,§1º )
*comum (art. 23º )
*exclusiva (art. 25º ,§2º )
-Municípios
* exclusiva (art. 30º ,I a V e VII ,144º ,§8º e 182º )
*Comum (art. 23º ,30º ,VI, VII, e IX).
Conceito :repartição de competências .
 Por esta, consiste em um processo constitucional de distribuição de poderes entre os entes federativos, significa repartição de poder político.
 O estado federativo pressupõe a divisão espacial do poder político entre os membros da federação .
 Os entes federativos somente poderão exercer sua autonomia plenamente a partir da divisão de competências constitucionais . O interesse da coletividade somenteserá alcançado por meio do exercício dessas competências, cuja a natureza é instrumental em relação a realização do interesse publico.
 O PCO, possui juízo de conveniência política para promover a partilha de competências entre os entes federativos .
 Com tudo o principio da preponderância do interesse servirá de referencia para essa divisão.
 A união terá competências para cuidar dos interesses nacionais .
Os estados são dotados de competências para cuidar de interesse regionais, bem como o Distrito Federal.
 Por fim os municípios terão competências para cuidar de interesses locais, bem como o Distrito Federal.
 A repartição de competências constitui ponto nuclear ( fundamental) , da noção de estado federativo, pois a partilha de competências evita excessiva concentração de poderes políticos nas mãos de um único ente federativo.
Repartição de competências federais :
1)introdução 
2)Conceito 
3)Principio da predominância de interesses
4) Competências administrativa ou material
-União 
*Exclusiva (art. 21º )
*Comum (art. 23º )
-Estados 
*exclusivas (art. 25º ,§2º )
*residual (art.25º ,§1º )
*comum (art. 23º )
-Distrito federal
-Municípios
*exclusiva (art.30º ,I a V e VIII, 144º ,§8º e 182º )
*comum (art.23º , 30º , VI, VII e IX)
4.1) Interesse local
5) competências legislativas 
a) União 
-privativa (art. 22º )
-concorrente (art.24º )
b) Estados 
-exclusiva (art. 25º ,§1º e 3º ,18º ,§4º )
-concorrentes(art.24º )
*suplementar(§2º )
*plena (§3º ) 
 
c)Distrito federal ( 32º ,§1º 
d) municípios 
-exclusiva (art. 30º ,I )
-suplementar(art.30º ,II c/c art. 24º )
1) A divisão de competências, traduz uma característica fundamental da forma de estado federativo.
 Na partilha de competências o PCO utiliza, conveniências de critério político, com tudo evita concentrar o poder político nas mãos de um único ente, de modo a garantir o equilíbrio federativo e possibilitar o exercício da autonomia pelos entes federativos.
 Ainda que o PCO exerça juízo de conveniência política para dividir o poder político entre os membros da confederação a doutrina aponta como critério fundamental para a divisão de competências o principio da predominância do interesse.
Lei complementar 140/2011.
4)União : Essa competência,consiste em uma competência não legislativa .Ela dispõe sobre assuntos de natureza político administrativa.
 Todos os entes federativos exercem competências administrativa ou material.
 A União exerce competências administrativas exclusivas e comuns, as exclusivas, que somente a união pode exercer , constam no art. 21º da constituição .São competências que dizem respeito a execução de providencias matérias de interesse nacional, como exemplo , a elaboração e execução de planos nacionais de ordenação e desenvolvimento econômico e social (art. 21º ,IX).
 A união também exerce competências administrativas comuns, que são aquelas matérias exercidas concomitantemente pelos entes federativos .
Obs: Para evitar a sobreposição de competências administrativas o constituinte previu a possibilidade de edição de leis complementares, detalhando o alcance da competência administrativa de cada ente em um determinado assunto, de modo a permitir o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional .(art. 23º ,§ U.) .Lei complementar 140/2011 ,que fixa normas para a cooperação entre os entes federativos no exercício da competência administrativa em matéria ambiental. 
Obs: Na ausência de lei definindo âmbito de incidência das competências administrativas comuns, de acordo com a jurisprudência do STF, a esfera de atuação de cada ente, tem de ser definida segundo o princípio da predominância do interesse. Ex : Na AC/ MC PR 1255 (22.06.06) , o STF decidiu que a união poderia desapropria imóvel do estado de Roraima para instituir reserva extrativista ambiental.
 O estado de Roraima sustentou violação, e perdeu para a união pois se tratava de uma questão de interesse e nesse caso a união se sobrepõe ao interesse patrimonial do estado .
 Neste caso revelou-se a existência de hierarquia entre os interesses tutelados de cada ente, embora não exista hierarquia entre os ente federativos .
4)Estados :
Exclusiva (25º § 2º ). Somente os estados membros podem explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizados .
Comum( Constatado no art. 23º 
Residual ( (art. 25º § 1º ) : São reservadas ao estado as competências que não lhe seja vedada pela constituição .Essas competências também são chamadas de poder remanescente e dizem respeito as competências que não sejam exclusivas da união e que não digam respeito a interesses predominantemente locais (municípios ).
4) Municípios ( Exclusivos : consta no art. 30º ,I a V e VIII, bem como no art.144º ,§8 e também o art. 182º, que cuida do desenvolvimento da política urbana .
Comum ( (art. 23º , 30º , VI, VII e IX )
4.1) “interesse local” SV 38 e 49 (art. 30 ,I) ( Significa interesse peculiar, isto é, o interesse predominante que afeta o município diretamente, ainda que possa atingir a união e os estados indiretamente .
 A jurisprudência do STF tem alguns parâmetros que indicam o que seja interesse local . EX: de acordo com a SV 38 os municípios são competentes para fixar o horário de funcionamento de estabelecimentos comercial .
 De acordo com o STF neste caso o peculiar interesse do município e preponderante (SV 49)
ARE= Agravos em recurso extraordinário (784981- agr.= agravo )
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS: 
-Uniao 
*privativo (art. 22º )
*concorrente (art. 24º )
-Estados 
*exclusiva (art. 25,§ 1º e 3º , 18,§4º )
*concorrente (art. 24)
- Suplementar (§2º )
- Plena (§3º )
-Distrito federal (art.32, § 1º )
Municípios 
*exclusiva (art. 30º , I )
 Suplementar (art. 30º ,II e 24º ). 
Obs1: A competência administrativa ou material decorre da autonomia dos entes federativos, mais especificamente, da capacidade de autoadministração, pela qual, os entes exercem atividades de natureza político-administrativa.
Obs2: A partilha de competências legislativas também revela traço fundamental do Estado Federativo, representando a capacidade de autolegislação dos entes federativos. As competências legislativas são essências para o exercício da autonomia dos entes, por meio da capacidade de autolegislação.
1) União (Art.22): 
a) Competência Legislativa Privativa da União: As competências legislativas privativas da União estão relacionadas nos incisos do art.22 da CRFB. Somente a União pode legislar sobre as matérias destes incisos. Por exemplo, Lei Estadual que defina um novo Tipo Penal será inconstitucional por violar a competência legislativa privativa da União para dispor sobre Direito Penal.
	De acordo com o §único do art.22 da CRFB, lei complementar pode autorizar os estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas nos incisos do art.22. Este dispositivo demonstra a existência de diferença entre competência privativa e competência exclusiva, isto é, a competência privativa pode ser delegada(através de lei complementar), já a exclusiva não pode ser objeto de delegação. 
b) Concorrente (Art.24): A competência legislativa concorrente tem previsão no art.24 da CRFB. Significa que a União, os Estados e o DF possuem competência para legislar concomitantemente( ao mesmo tempo), sobre as matérias dos incisos do art.24, como, por exemplo, Direito Tributário (inciso I) e Previdência Social (inciso XII). No âmbito da competência concorrente cabe a União editar normas gerais (ver §1º do art.24 da CRFB). 
- Concorrência Suplementar (art.24, §2º da CRFB): No âmbito da competência concorrente a União edita normas gerais e os Estados e o DF podem suplementar as normas gerais editadas pela União, detalhando a sua aplicação, no legítimo exercício da competência concorrente suplementar. Por exemplo, a União editou o Código Tributário Nacional, que é norma geralsobre Direito Tributário. Contudo, os Estados e o DF podem suplementar o Código Tributário Nacional, editando normas suplementares específicas sobre Direito Tributário, por exemplo, por meio da edição de Códigos Tributários Estaduais ou Leis Extravagantes ou Esparsas. 
No exercício da competência concorrente, a União editou a Lei 9.717/98, que dispõe sobre normas gerais para os regimes próprios de previdência dos servidores dos entes federativos e de suas autarquias e fundações. No exercício da competência concorrente suplementar, os Estados podem editar leis específicas para os seus servidores, relativas aos respectivos regimes de previdência. Portanto, no âmbito da competência legislativa concorrente, a União edita normas gerais contendo conceitos e princípios mais abertos e genéricos e os Estados e o DF detalham estas normas gerais, visando aplicação nos seus territórios.
- Concorrente Plena (art.24, §3º da CRFB): Tem previsão no §3º do art.24 da CRFB. Significa que os Estados e o DF poderão exercer competência legislativa plena (editar a norma geral e a norma suplementar), caso a União não edite normas gerais sobre quaisquer das matérias do art.24.
	De acordo com o §4º do art.24, se o Estado em razão da inércia da União exerceu competência legislativa plena (edição de norma geral e normas suplementares), a posterior edição de normas gerais pela União provocará a suspensão da eficácia das normas gerais editadas pelo Estado que sejam contrárias às normas gerais posteriormente editadas pela União. O constituinte fala em suspensão de eficácia e não em revogação, já que a autonomia federativa impede que um ente revogue normas editadas por outro ente. 
Obs: A União pode editar normas gerais no âmbito da competência legislativa concorrente. Estas leis terão caráter nacional, pois, seus efeitos repercutirão sobre Estados, DF e Municípios, além da própria União. Como é sabido, do exercício da competência legislativa concorrente, Estados, DF e Municípios, poderão instituir leis suplementares a estas leis nacionais.
Do mesmo modo, a União pode editar leis regulando direitos e obrigações que digam respeito apenas aos interesses da própria União, no exercício da sua autonomia federativa, mais especificamente, da capacidade de autolegislação. Estas leis são chamadas de leis federais. Por exemplo, a União pode criar uma lei disciplinando o regime jurídico dos seus servidores (Lei 8.112/90).
Competência Legislativa Exclusiva dos Estados: A competência exclusiva não pode ser objeto de delegação, diferentemente da privativa que pode ser delegada.
As competências exclusivas dos Estados são as competências chamadas de residuais ou remanescentes, previstas no §1º do art.25 da CRFB; A competência para instituir por meio de lei complementar regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões, e; a competência para formar novos municípios (ver §3º do art.25 e §4º do art.18).
Obs1: Competência legislativa exclusiva remanescente ou residual é conceito obtido por exclusão. O que não for de competência legislativa privativa da União, nem de interesse local dos Municípios poderá ser objeto da competência legislativa remanescente ou residual estadual
Competências Legislativas do DF: O DF exerce competência legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios. Sendo assim, exercer competências legislativas exclusivas, concorrente suplementar, plena e regula questões de interesse local (Art.32, §1º).
Competências Legislativas dos Municípios:
a) Exclusiva: Compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local. Interesse local revela conceito jurídico indeterminado, razão pela qual a doutrina e a jurisprudência buscam densificar, de modo a torna-lo mais objetivo e preciso. A doutrina sustenta que interesse local é aquele que diz respeito às necessidades e peculiaridades de uma localidade, traduzindo um peculiar interesse. O interesse predominantemente local, não pode se sobrepor aos interesses da União e dos Estados. A jurisprudência do STF possui algumas decisões definindo o que seja interesse local.
Por exemplo, a Súmula Vinculante 38 diz que compete aos Municípios fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial, no exercício da competência para dispor sobre normas de interesse local. Do mesmo modo, o STF afirma que o interesse local autoriza que os Municípios legislem sobre segurança nos terminais de autoatendimento de estabelecimentos financeiros (bancos). Igualmente, o STF diz que se insere no interesse local a competência legislativa para a fixação de tempo razoável de espera dos usuários de serviços de cartórios.
b) Suplementar (art.30, II, c/c art.24): Os Municípios também exercem competência legislativa suplementar, a partir da qual poderão suplementar a legislação, federal e estadual, conforme o seu peculiar interesse local. Há autores que sustentam a possibilidade de os Municípios exercerem competência legislativa plena, porém, a questão é controvertida na doutrina, predominando, entretanto, o posicionamento pela impossibilidade.
Intervenção
Intervenção: Consiste em instituto típico da estrutura do Estado Federativo, que resulta no afastamento transitório da autonomia de um ente, e cujo objetivo é proteger o Estado Federativo.
No Estado Federativo, a autonomia dos Entes é a regra, conforme o disposto nos arts.1º e 18 da CRFB. Porém, em situações de anormalidade, ou de instabilidade institucional, como, por exemplo, grave comprometimento à ordem pública, a União poderá intervir nos Estados e no DF, e os Estados nos Municípios, provocando a supressão temporária da autonomia federativa do ente que sofreu a intervenção. A intervenção é mecanismo excepcional, dramático, somente utilizado no último caso, nas hipóteses taxativamente previstas nos arts.34 e 35 da CRFB, e devem ser interpretados restritivamente.
 
1) Intervenção Federal: A União tem legitimidade para intervir nos Estados e no Distrito Federal. A intervenção traduz mecanismo excepcional, pelo qual, a União suprime temporariamente a autonomia de Estados e do DF nas hipóteses previstas taxativamente no art.34 da CRFB, com o objetivo de proteger a integridade política, jurídica e física do Estado Federativo.
A autonomia dos Entes revela princípio basilar da forma federativa de Estado, contudo, em momentos de anormalidade e instabilidade institucional a autonomia de Estados e do DF pode ser provisoriamente suspensa em nome do próprio Estado Federativo.
Compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção Federal, conforme o disposto no art.84, X da CRFB.
A Intervenção Federal é materializada por Decreto Presidencial, chamado Decreto Interventivo, no qual, serão especificados a amplitude, o prazo e as condições de execução, bem como, se couber, será nomeado interventor, na forma do art.36, §1º da CRFB.
Previamente à edição do Decreto Interventivo, o Presidente da República deverá ouvir, obrigatoriamente, os Conselhos da República e da Defesa Nacional, na forma dos arts.90, I e 91, §1º, II da CRFB.
A manifestação dos conselhos não vincula a decisão do Presidente sobre a decretação da intervenção. Primeiramente, porque ao decretar a intervenção o Presidente exerce competência privativa. Em segunda lugar, porque a manifestação dos conselhos tem natureza meramente opinativa, tendo em vista a natureza jurídica de órgãos superiores consultivos.
O Decreto Interventivo é objeto de controle político pelo Congresso Nacional, que pode aprovar, rejeitar ou suspender o Decreto Interventivo. Uma vez publicado o Decreto Interventivo, o CN é notificado para apreciação no prazo de 24 horas. Caso o CN esteja em recesso, haverá convocação extraordinária para a apreciação do Decreto Interventivo no mesmo prazo de 24 horas.
O Ato Normativo pelo qual o CN aprova, rejeita ou suspende o Decreto Interventivo é o Decreto Legislativo, que tem previsão no art.59, VI da CRFB. Caso o CN rejeite o Decreto Interventivoe o Presidente da República se negue a cessá-lo imediatamente, o Presidente cometerá crime de Responsabilidade pelo atentado ao livre exercício dos poderes constitucionais das unidades da federação, na forma do art.85, II da CRFB.
A Intervenção Federal tem por finalidade permitir a manutenção da integridade política, jurídica e física do Estado Federativo.
Obs: Art.36, §4º=> Uma vez cessados os motivos da intervenção, o Ente Federativo resgata sua autonomia e as autoridades governamentais afastadas retornam aos seus cargos, ressalvado motivo de impedimento legal.
2) Espécies de Intervenção:
a) Espontânea: A Intervenção Espontânea encontra previsão no art.34, I, II, III, V da CRFB. Nesses casos, o Presidente da República age de ofício, isto é, independentemente de provocação de qualquer outro órgão. A decretação da Intervenção Espontânea é ato discricionário do Presidente da República, isto é, mesmo que, em tese, se apresente uma situação que justifique a intervenção, o Presidente não é obrigado a decretá-la. Trata-se de decisão que envolve juízo político de conveniência e oportunidade. Por exemplo, o Presidente terá liberdade para decretar a intervenção caso algum Estado promova sucessivamente o desenvolvimento de movimentos separatistas, ameaçando a integridade nacional, bem como diante da ameaça de invasão estrangeira.
Intervenção Federal:
b) Por Solicitação (art.34, IV, c/c art.36, 1º parte da CRFB): É a espécie de intervenção federal em que o poder legislativo ou o poder executivo de Estados ou do DF solicitam a decretação de intervenção ao Presidente da República, nos casos em que há coação ou impedimento para o exercício das funções constitucionais de cada poder. A doutrina sustenta que a hipótese é de coação imprópria (não legitimada pelo Direito) ao livre exercício de um dos poderes locais.
Exemplos de causa de intervenção por solicitação:
- O chefe do poder executivo impede, deliberada e propositalmente que os parlamentares estaduais se reúnam para as deliberações sobre a elaboração de leis, isto é, trata-se de coação imprópria do Executivo Estadual sobre o legislativo estadual.
- Governador recém-eleito é impedido de tomar posse pelo governador anterior. Neste caso, o impedimento ocorre dentro do próprio Poder Executivo Estadual.
Nesta hipótese de intervenção, o Presidente da República, mesmo com apresentação de solicitação, não é obrigado a intervir. A decisão do Presidente é discricionária, pautada em juízo de oportunidade e conveniência política.
c) Por Requisição (art.34, IV, c/c art.36, I, 2º parte, e art.34, VI, 2º parte, c/c art.36, II da CRFB):
- DO STF: O STF requisita o Presidente da República a decretação de intervenção nos casos em que o Poder Judiciário dos Estados ou do DF sofram coação imprópria ou sejam impedidos de exercer suas funções constitucionais livremente. Por exemplo, o Governador do Estado se recusa a nomear os membros do órgão especial do TJ, impedindo propositalmente o funcionamento do órgão. Nesta hipótese, o Presidente da República está vinculado a requisição, sob pena de cometer crime de responsabilidade.
- DO STF, STJ OU TSE => Descumprimento de Ordem Judicial: Ocorre nos casos em que o STF, STJ ou o TSE, requisitam a intervenção ao Presidente da República no caso de descumprimento de ordem judicial. O exemplo mais emblemático é o do não pagamento de precatórios pelo Poder Executivo, que caracteriza o descumprimento de ordem judicial. Contudo, no julgamento da Intervenção Federal 164/SP, o Ministro Gilmar Mendes, relator do caso, estabeleceu dois requisitos para a decretação de intervenção pelo não pagamento de precatórios. São eles:
1 - O descumprimento tem que ser proposital, intencional;
2 - Deve haver recursos financeiros do Ente.
 Segundo o ministro Gilmar Mendes, a decretação da intervenção neste caso, deve ser interpretada à luz do princípio da razoabilidade. Com efeito, os recursos públicos são limitados e os Entes públicos possuem outras obrigações constitucionais, como por exemplo, as prestações de saúde e educação, que também geram custos. Nestes casos, os Entes são obrigados a fazer escolhas trágicas e legítimas. Nesta hipótese, o Presidente também está vinculado.
d) Provocada (art.34, VII, c/c art.36, III, 1º parte, e art.34, VI, 1º parte, c/c art.36, III, 2º parte, CRFB):
- DEPENDENTE DE PROVIMENTO DE REPRESENTAÇÃO (REPRESENTAÇÃO POR INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA): Trata-se da hipótese em que o Procurador Geral da República( PGR), apresenta representação de intervenção ao STF, que dará provimento ou não. Esta espécie de intervenção tem como causa a violação dos princípios constitucionais previstos no art.34, VII da CRFB, chamados de princípios constitucionais sensíveis.
Segundo o professor José Afonso da Silva, estes princípios se referem a coisas dotadas de sensibilidade, que se forem contrariadas geram reação.
Os princípios constitucionais sensíveis tratam de questões essenciais para a organização política e jurídica do Estado brasileiro, como por exemplo, a forma republicana de governo, a democracia e os direitos da pessoa humana.
No julgamento da IF 114/MT, em que se alegava violação ao princípio constitucional sensível dos direitos da pessoa humana, o STF chegou a deliberar sobre o provimento da representação, tendo em vista que havia flagrantes descumprimentos dos direitos humanos dos presidiários locais, em virtude de rebeliões sucessivas e linchamentos até a morte pela população local. O STF não deu provimento a representação, pois o governo estadual tomou as medidas necessárias a tempo de solucionar o problema, cessando as causas para a intervenção.
Neste caso, o Presidente está vinculado ao provimento do STF.
- AÇÃO DE EXECUTORIEDADE DE LEI FEDERAL: Também depende de representação do PGR ao STF e de provimento do STF.
 Não é qualquer desrespeito à lei que provoca a intervenção. Primeiramente, aquele Ente que se sentiu lesado pelo descumprimento da lei federal deve postular seu direito judicialmente. Caso o Ente descumpra a decisão judicial, insistindo no descumprimento da lei, será possível a intervenção.
Neste caso, o Presidente também está vinculado.
Em nenhuma das duas hipóteses haverá controle político pelo CN.
INTERVENÇÃO ESTADUAL (art.35, CRFB): A Intervenção Estadual tem previsão expressa no art.35 da CRFB. Nas hipóteses dos incisos do art.35, os Estados, em tese, poderão intervir em Municípios localizados dentro dos seus limites territoriais. Sendo assim, os Estados Membros têm legitimidade para intervir nos Municípios.
Obs: Esta hipótese de intervenção não se estende ao DF, pois este não pode ser dividido em Municípios, conforme previsto no art.32 da CRFB.
A autoridade competente para decretar e executar a intervenção nos municípios é o Governador do Estado. As hipóteses de Intervenção Estadual estão previstas taxativamente no art.35, não havendo possibilidade de se adotar interpretações que ampliem tais hipóteses.
Obs2: Os Estados também poderão intervir nos municípios para assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis previstos no art.34, VII da CRFB. Deste modo, o Tribunal de Justiça Estadual deverá dar provimento à representação oferecida pelo Procurador Geral de Justiça, a exemplo das hipóteses previstas no art.35, IV da CRFB.
O Decreto de Intervenção editado pelo Governador do Estado, deve especificar a amplitude, o prazo e as condições de execução da intervenção, bem como, se houver, necessidade nomear o interventor.
 O Decreto Interventivo será objeto de controle político pela Assembleia Legislativa nas hipóteses do art. 35, I, II e III da CRFB. Sendo assim, o Decreto Interventivo deve ser submetido à apreciação da respectiva Assembleia Legislativa no prazo de vinte e quatro horas, para aprovação ou rejeição. Se a Assembleia estiver em recesso será feita convocação extraordinária para decisão também no prazo de vinte e quatrohoras (ver art.36, §1º e §2º da CRFB).
Na Intervenção Estadual decretada com base nas hipóteses do art.35, IV e 34, VII da CRFB, não haverá controle político da Assembleia Legislativa sobre o Decreto Interventivo. Neste caso, o Decreto Interventivo suspenderá a execução do ato impugnado, se esta medida for suficiente para restabelecer a normalidade, na forma do §3º do art.36 da CRFB.
Afastada as causas da intervenção esta deve cessar imediatamente e as autoridades eventualmente afastadas do poder deverão retornar aos seus cargos, salvo impedimento legal, conforme o art.36, §4º da CRFB.
Poder legislativo : estrutura e funções
4) mesas diretoras 
5) poder legislativo
-estadual
-distrital
-municipal
6) Comissão parlamentar de inquérito (cpi)
6.1) Requisitos para criação (art.58 $3, CF)
- 1/3(CD, SEN OU CN)
-Apurar fato determinado
-Prazo certo
6.2)função
6.3) Objeto= Fato determinado
6.4) Prazo certo
6.5) Poderes de investigação e reserva de jurisdição
6.6) Direito público subjetivo das minorias (ms 24831/ rel. ministro celso de melo)
4) Cuida-se do órgão diretivo dos órgãos legislativos, todo órgão legislativo possui mesa diretora. A mesa diretora conduz os trabalhos legislativos e administrativos da respectiva casa legislativa.
Camara dos deputados , senado e congresso nacional, cada um, tem a sua mesa diretora. 
 A composição dos cargos e o preenchimento destes, constituem matérias tratadas pelo regimento interno de cada uma delas. Entre tanto a constituição estabelece alguns parâmetros mínimos como exemplo: o prazo do mandato dos membros das mesas( ver $4 art. 57), e confere ao presidente do senado a presidência da mesa diretora do congresso nacional ( ver $5 do art. 57).
5) Cada unidade da federação terá órgãos autônomos para exercício das funções tipicas e atípicas do poder legislativo. Deste modo estes órgãos poderam legislar e exercer função fiscalizadora q envolve o controle dos atos do governo e poderes de investigação. 
 A existência de órgãos legislativos em cada ente federativo decorre da autonomia destes entes, especificamente da capacidade de auto legislação. 
 Nos estados o poder legislativo e exercido pelas assembléias legislativas.
 No DF pela câmara legislativa.
 E nos municípios pela câmara municipal.
6)CPI
 Consiste em uma comissão formada temporariamente, como objetivo de investigar e apurar fato determinado, que possa caracterizar irregularidades, administrativas, civis ou criminais. Ela pode ter por objeto ate mesmo fatos praticados por particulares, desde que estes fatos tenham relação com o interesse público.
6.1) Requisitos para criação de uma CPI
requerimento de 1/3 no mínimo dos membros da câmara dos deputados, do senado federal, ou nas comissões mistas de requerimento de um 1/3 dos membros da camara e do senado. 
obs: as cpis podem ser simples ou mistas.
As cpis simples são criadas ou na camara dos deputados ou no senado tanto uma quanto a outro tem q haver 1/3 de aprovação da que for escolhida .Ja na cpis mistas necessariamente necessita de um 1/3 da camara dos deputados e 1/3 do senado, sendo evidente o somatório.
obs. 2: apuração de fato determinado. Não e possível criar cpi para apurar suposições ilações, questões genéricas e indeterminadas.
obs. 3: a cpi deve ter prazo certo, por tanto a cpi nao pode ter vocação de permanência, ela deve ser temporária.
 A entendimento na doutrina de que o funcionamento da CPI não pode ultrapassar uma legislatura ou seja o período de 4 anos.
 Por sua vez parte da doutrina entende que os regimentos internos das casas legislativas é que vão determinar o período durante o qual a CPI pode funcionar. O primeiro posicionamento parece mais adequado ao princípio da temporariedade ou transitoriedade das CPIs uma vez que sao comuns os abusos por parte dos regimentos internos, que prevêem inclusive sussessivas prorrogações descaracterizando os requisitos constitucional do prazo certo.
6.2) função investigatória / inquisitiva. 
 As CPIs exercem função investigatória ou inquisitiva. A CPI investiga fatos determinados, sejam eles de governo ou particulares, que tenham relação direta com o interesse público, e que possam caracterizar irregularidades. Tanto é assim que o resultado das investigações pode ser encaminhado ao MP para as ações civis ou criminais pertinentes. CPI nao aplica sanção e também não promove julgamento.
CPI da lei rouanet --> recursos públicos utilizado irregularmente. 
6.3) Objeto. A CPI deve ter por objeto fato determinado na forma exigida pelo $ 3 do art.58 da constituição. Isto significa que o fato objeto de investigação que origina a CPI deve ser definido com precisão e especificidade. Ex: na CPI da lei rouanet o fato determinado objeto de investigação é a suposta utilização irregular de recursos públicos para estimular projetos culturais, em violação a lei que criou esta política pública. Deste modo, não é possível incluir no objeto de investigação desta CPI irregularidades que não tenham qualquer relação com a aplicação da lei rouanet. 
6.4) A CPI deve ter prazo certo, isto e, ela deve ser constituída para funcionar durante um período determinado. A CPI não pode ser instalada para atuar no período incerto e indeterminado. trata-se da aplicação do princípio da temporariedade ou transitoriedade das CPIs. A constituição não define prazo para as CPIs porém a doutrina se manifesta a respeito. Existem dois posicionamentos: o primeiro sustenta que o período Maximo de funcionamento de uma CPI corresponde a uma legislatura, que equivale a 4 sessões legislativas. Segundo posicionamento, entendo que compete aos regimentos internos das casas legislativas definirem um prazo e se necessário eventuais prorrogações, pois cuida-se de uma questão interna a serem definidas pelas casas legislativas. (questões interna corporis).
6.5) (art.58 $3)
De acordo com o $ 3 do art. 58 da constituição as CPIs tem poderes de investigação proprios das autoridas judicias, isto é dos magistrados toda via quando a constituição utiliza a expressão poderes de investigação o faz de maneira coloquial , isto é, sem precisão técnica com efeito no sistema processual Brasileiro os juizes nao investigam, eles julgam e para julgar buscando a verdade dos fatos precisão promover a instrução do processo mediante colheita de provas. todos os atos de instrução processual em regra usados pelo juiz podem ser usados pelas CPIs, ex: oitivas de testemunhas, depoimentos pessoal do investigado, interrogatório do investigado a careacoes reconhecimentos, requisição de documentos e informações perícias e etc.
os poderes de investigação da CPI não são absolutos pois as medidas que possam causar restrição aos direitos fundamentais de liberdade e privacidade dependem de autorização judicial. Ex: a CPI não pode determinar a prisão do investigado, mesmo em caráter provisória, pois esta medida está sob reserva de jurisdição ( ver art.5, lxi)
 CPI não pode determinar busca e apreensão de documentos no domicílio do investigado, pois essa medida só pode ser autorizada por ordem judicial. (ver art.5 , xI).
6.6) Direito público subjetivo das minorias: segundo o STF em decisão no mandado de segurança (ms 24831), de relatoria do ministro Celso de Mello, com julgamento publicado em 4/8/06, para a criação de CPI não ha necessidade de deliberação plenária pela maioria dos parlamentares da câmara ou do senado, pois de acordo com a constituição o corum mínimo de instalação de uma CPI é de 1/3 de deputados ou senadores cuida-se do direto público subjetivo das minorias, que traduz importante instrumento de controle a disposição das minorias parlamentares.
aula const. dia 20
semana 7 
1)poder legislativo(continuação): estatuto do congressista.
1.1) regime jurídico dos parlamentares
*prerrogativas
-imunidade material
-imunidade formal
(para a prisão(art. 53, §4°)/ para o processo (art.53 §3°)
*!! HC.89417 AC.4039 - flexibilização
- limitação quanto ao dever de testemunhar(art.53 §6°)
-isenção do serviço militar(art.53, §7°)
-de foro
questão discursiva da semana 6
"A resposta e afirmativa , pois a CPI tem poderes para ouvir testemunhas, inclusive sob pena de condução coercitiva. Neste caso a CPI pode intimar o diretor da imprensa vencedora da licitação , uma vez que , embora pessoa jurídica de direito privado, seus atos revelam interesse público. "
 Conceito: estatuto do congressista: Não há um código positivado de norma ou um estatuto formal para regular o comportamento dos parlamentares durante o exercício do mandato. Toda via a constituição estabelece um conjunto de normas que dispõe sobre a regulação da atuação dos parlamentares, também chamado de regime jurídico dos parlamentares. Este regime jurídico define as prerrogativas, os impedimentos, e as hipóteses de perda do mandato dos parlamentares.
Prerrogativas: Consiste em algumas benesses, que traduzem tratamento diferenciado aos parlamentares, não em virtude da pessoa do parlamentar, mas por conta da importância da função que ele exerce. Logo a prerrogativa não é privilégio da pessoa, mas uma garantia para o bom exercício da função parlamentar.
Imunidade material: A imunidade material tem previsão no art. 53 caput da CF, segundo o qual os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Toda via, a imunidade só alcança as palavras opiniões e votos proferidos no exercício do mandato, isto e , elas devem ter conexão direta com o desempenho da função parlamentar. Deste modo a imunidade material não é absoluta. Ex: são acobertado pela imunidade material, palavras e opiniões proferidas pelo parlamentar durante um comício, ou uma entrevista para a tv. , em um art. de jornal, durante um debate público e etc. Por outro lado palavras e opiniões do parlamentar durante sua vida privada , como exemplo :ao desacatar uma autoridade policial, não estão protegidos pela imunidade material. 
A imunidade material se aplica também aos deputados estaduais e distritais, por força do at. 27°§1° da cont.
 Os vereadores também tem imunidade material, porem só dentro dos limites da circunscrição do seu município. 
A imunidade material exclui a tipicidade da conduta do parlamentar. 
imunidade formal ( para a prisão): A partir da expedição do diploma, os deputados e senadores somente poderão ser presos em flagrante delito pela prática de crime inafiançável.
 Caso o parlamentar seja preso os autos da prisão serão remetidos em 24 horas para a respectiva casa parlamentar, que pelo voto da maioria dos seus membros, resolverá sobre a prisão, isto é, a casa parlamentar poderá manter ou sustar a prisão do parlamentar. 
 O STF vem flexibilizando à interpretação da imunidade formal para a prisão por exemplo no HC 89417 , o STF , determinou a manutenção da prisão de senador da república pela prática do crime de associação criminosa. Neste caso o STF sustentou a permanência do estado de flagrância, já que o crime de associação criminosa e de natureza permanente. Além do mais o STF afastou a literalidade do dispositivo constitucional, quanto ao crime inafiançável. Do mesmo modo na ação cautelar AC 4039, o STF admitiu a prisão de deputados estaduais por simples ordem judicial , sem flagrante delito , no curso do processo penal , afastando também a literalidade do dispositivo constitucional. Ver art. 27 §1° 
imunidade formal ( para o processo ): Havendo denuncia contra senador ou deputado, o crime ocorrido após a diplomação , o STF deve dar ciência a respectiva casa legislativa que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros , poderá , até a decisão final, sustar o andamento da ação.
aula do dia 27
poder legislativo (continuação) : estatuto do congressista. 
Prerrogativa de foro e outras garantias :
-outras garantias
*limitação quanto ao dever de testemunhar (art. 53, §6° , CF.)
*isenção de serviços militar (art.53 §7 °)
-prerrogativa de foro (art. 53, §1°, CF)
*suplementes
*atos anteriores à diplomação
*renúncia -ação penal 333
 -ação penal 396
*abuso de direito!
-deputados estaduais e distritais
-vereadores
sumula 721 STF
sv45
art. 5°, XXXVIII, D ,CF
 Umas das principais garantias dos parlamentares, consiste na limitação quanto ao dever de testemunhar, que tem previsão no art. 53 §6° da cf. De acordo com essa norma constitucional, os parlamentares não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, bem como sobre as pessoas que lhe prestaram as informações ou para as quais eles tenham prestado informações. 
 Trata-se de prerrogativa da função, e não de privilegio da pessoa, cujo objetivo é garantir a independência e a autonomia das funções parlamentares. Nesta hipótese, o poder judiciário não pode forçar o parlamentar a testemunhar, sob pena da nulidade da medida judicial.
Isenção do serviço militar:
 Os parlamentares são isentos do serviço militar. Mesmo na condição de militares, e em tempo de guerra a incorporação às forças armadas para prestar serviço militar, dependerá de previa licença da respectiva casa legislativa. 
 Cuida-se de outra prerrogativa da função, que tem por objetivo permitir que o parlamentar exerça sua função adequadamente, sem a necessidade de exercícios concomitante com a função militar, o que para o constituinte seria incompatível.
Os deputados e senadores possuem prerrogativa de foro na forma do art. 53 §1° CF. Significa que desde a expedição do diploma, que é o ato solene no qual a justiça eleitoral atesta a outorga do mandato ao parlamentar, na prática de crimes eles serão processados e julgados perante o STF.
 Os suplentes que não estejam substituindo os parlamentares, não terão prerrogativa de foro, sendo processados e julgados na justiça comum. Com tudo, se o suplente estiver substituindo o parlamentar temporariamente afastado, ex ( para ocupar cargo de ministro de estado) o suplente terá direito ao foro por prerrogativa de função, pois está no exercício do mandato. 
Sobre o aspecto processual todos os atos praticados pelo juízo comum por crimes praticados anteriormente a diplomação, são validos e eficazes. Ocorre que após a diplomação ha um deslocamento da competência para o STF, que é o juiz natural dos parlamentares. O STF continuará com o processo visando o julgamento final, enquanto o acusado estiver exercendo a função parlamentar.
Renúncia:
Segundo o STF, em decisão proferida na ação penal 333, caso o parlamentar renuncie ao mandato, haverá o deslocamento da competência para processo e julgamento do STF para o juízo comum. Entretanto a posição atual do STF firmada na ação penal 396, de relatoria da ministra Carmem Lúcia de 28/04/11, caso tenha havido abuso de direito na renúncia feita pelo parlamentar, a competência do processo e julgamento permanecerá com o STF. 
 O caso concreto dizia respeito a um deputado que no dia anterior a data do seu julgamento pelo STF, renunciou ao mandato, com o claro objetivo de não ser julgado pelo STF, e sim por um juízo de primeira instância, onde teria maiores possibilidades de recursos. 
Deputados estaduais e distritais:
 Deputados estaduais e distritais também possuem prerrogativa de foro. Eles serão processados e julgados pelos crimes q cometerem após a diplomação pelo respectivo tribunal de justiça.
vereadores:
 Os vereadores em princípio não possuem foro por prerrogativa de função. Toda via se a respectivo constituição estadual assim dispuser, os vereadores terão prerrogativa de foro em relação aos crimes praticados após a diplomação, ressalvada a hipótese de crime doloso contra a vida, cuja a competência para o processoe julgamento e estabelecida pela constituição da república para o tribunal do júri. ( ver sumula 721 STF sv45 art. 5 °, XXXVIII, D.).
Aula do dia 3
3)incompatibilidade e impedimento (art54)
*desde a exposição do diploma (art.54, I, A, B)
*desde a posse (art. 54, II, A, B, C, D)
Conceito: Representam atividades que os deputados e senadores não podem praticar. Existe uma diferença relativa aos momentos a partir dos quais incidem as incompatibilidades ou impedimentos. A hipótese proibitiva prevista no art.54, I, A, B, incide desde a diplomação do parlamentar. Com tudo as proibições do art. 54, II, A, B, C e D, somente iram incidir a partir da posse, isto é, em momento posterior a diplomação. 
 A diplomação consiste em ato solene pelo qual a justiça eleitoral reconhece e atesta a outorga do mandato ao parlamentar eleito.
 Já a posse é ato praticado pela respectiva casa legislativa, a partir do qual constitui - se o vínculo público da função parlamentar. 
 As incompatibilidades e impedimentos se estendem aos deputados estaduais e distritais, por força do art. 27, §1° CF, e também aos vereadores por força do art.29 , IX da constituição. 
4)perda do mandato
*cassação (art.55 , I, II, VI e §2°)
*extinção (art. 55, III, IV e V e §3°)
Conceito: A Perda do mandato e gênero do qual são espécies a cassação e a extinção. 
 A Cassação tem previsão no art. 55, I, II, VI e §2° da const.
Na cassação a perda do cargo vai precisar de julgamento político, promovido pela respectiva casa legislativa, por maioria absoluta de votos, mediante provocação da respectiva mesa ,ou de partido político com representação no congresso nacional , assegurada a ampla defesa ao parlamentar. 
 Com a promulgação da emenda constitucional 76/13 o voto dos parlamentares pela cassação ou não de um deputado ou senador, deverá ser aberto, com publicidade absoluta.
 Os atos do parlamento somente serão restritos ou secretos, caso a constituição assim diga expressamente. A emenda constitucional 76/13 alterou a redação do §2° do art. 55.
 A outra espécie de perda de mandato e a extinção, prevista no art. 55 , III, IV, V e §3° CF. Neste caso não há julgamento político, pois a perda do mandato em decorrência de extinção será declarada pela mesa da casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político com representação no CN também assegurada a ampla defesa. Por tanto a decisão da casa legislativa é vinculada, e apenas reconhece uma situação anterior, que deu causa a perda do mandato por extinção. 
*ap.470
*ap.565
 No julgamento da ação penal 470 (mensalão), o STF por maioria apertada de 5 a 4 e a partir do voto do relator mini. Joaquim Barbosa ficou decidido que a perda do mandato seria uma consequência da condenação criminal pelo STF. Deste modo, a pena restritiva de liberdade ou de direitos seria a pena principal e a perda do mandato a pena acessória. Em outras palavras a perda do mandato seria um dos efeitos da condenação criminal, cabendo ao STF decidir sobre ela. Neste caso, não haveria julgamento político pelo poder legislativo para decidir sobre a perda do mandato, não incidindo o §2° do art. 55 da CF. Ao poder legislativo caberia apenas dar fiel execução a decisão judicial do STF, na forma do §3° do art. 55. Toda via no julgamento da ação penal 565 da ministra Carmem Lúcia, publicada em 8/8/13, O STF reviu o seu posicionamento, voltando a entender que mesmo com a condenação criminal de parlamentar, cabe ao poder legislativo em julgamento político decidir sobre a perda do mandato na modalidade cassação, conforme a literalidade do art.55, VI e §2°.
Aula do dia 9
PODER EXECUTIVO: O Estado é o detentor do poder político, e vai exercê-lo em nome do povo, que é o titular do poder soberano. Da soberania e do poder político, decorre o poder de coerção do Estado, que é por este monopolizado.
 Pelas teorias contratualistas, os indivíduos abrem mão de parte de sua liberdade em favor do Estado em troca de segurança e da própria possibilidade da vida em sociedade. Esta teoria busca justificar a existência do Estado como ente regulador da vida em sociedade pelo poder de coerção. Antes do Contrato Social e da instituição do Estado, havia o Estado de Natureza, no qual, o homem subjulgava o próprio homem.
 Por meio da coerção, o Estado organiza o convívio social. Para isso, o Estado precisa organizar o exercício de algumas funções políticas básicas, chamadas de “Poderes”. O Poder Executivo exerce as funções de Chefia de Estado, Chefia de Governo e Chefia de Administração. Trata-se de órgão político que exerce funções ou competências institucionais. A expressão “poder” é consagrada pelo uso, porém, na essência, significa “função”, uma vez que, segundo a Teoria do Estado, o poder é uno e indivisível.
No exercício da Chefia de Estado, o Poder Executivo representa a pessoa política no plano internacional, tutelando a soberania. Por exemplo, Presidente da República adere a Tratado Internacional na condição de Chefe de Estado, firmando obrigações e responsabilidades para o país.
Na Chefia de Governo, o poder político é exercido em nome e a partir da vontade nacional. Na atividade de governo, o Poder Executivo, dará concretude às políticas públicas constitucionais e legais, como, por exemplo, no campo dos direitos fundamentais sociais (saúde, educação, relações de trabalho, previdência social, assistência social e etc).
Por fim, o Poder Executivo exerce a Chefia da Administração Pública, exercendo as chamadas funções administrativas, que correspondem aos serviços públicos, poder de polícia, fomento, e intervenção no domínio econômico e social.
SISTEMAS DE GOVERNO: Na Ciência Política, os sistemas de governo mais abordados são: o Presidencialismo e o Parlamentarismo.
O Presidencialismo tem origem histórica nos EUA, na Constituição de 1787. O ideal filosófico do presidencialismo tem fundamento nas ideias de Montesquieu, para o qual o presidencialismo poderia equilibrar o poder político entre o Legislativo e o Executivo.
Já o Parlamentarismo, tem origem histórica no século XVII, na Inglaterra, precisamente em 1688, a partir da Revolução Gloriosa. O ideal filosófico do Parlamentarismo era propiciar a supremacia do Parlamento, sobre o governo. Se o Presidencialismo buscava o equilíbrio entre o Executivo e Legislativo, o Parlamentarismo buscava a preponderância do Parlamento sobre a Coroa.
OBS: No Presidencialismo, existe uma relação de independência entre Executivo e Legislativo. Já no Parlamentarismo, existe uma certa dependência do Executivo (Governo) em relação ao Legislativo, o que a doutrina chama de vinculação política.
No sistema Presidencialista, o Presidente da República acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo. Sendo assim, ele representa o Estado Nacional no plano internacional no exercício da soberania, e ao mesmo tempo, cuida da execução de políticas públicas (governo), bem como das funções administrativas.
No Presidencialismo, há uma excessiva concentração do Poder Político nas mãos do Presidente da República. Já no Parlamentarismo, a instância política mais relevante é o Parlamento.
O Presidente da República é eleito para exercício de mandato com termo fixo. Por isso, em tese, não pode ser destituído do cargo em virtude da perda de confiança do parlamento, já que o seu mandato é garantido pela Constituição. Por outro lado, no Parlamentarismo, o Chefe do Governo pode ser destituído caso receba voto de desconfiança do Parlamento ou perca a maioria de representantes do governo no Parlamento.
No Presidencialismo, os parlamentares são eleitos para mandato a termo fixo, o que impede a dissolução. Por sua vez, no Parlamentarismo, caso os representantes do governo passem a ser minoria no parlamento, este poderá ser dissolvido.
aula do dia 10
 Princípio da separação de poderes tem art. expresso no CF noart. 2°. Além do mais constitui clausula pétrea prevista no art. 60 §4°, III cf. Deste modo representa um limite material ao poder de reforma da constituição, não sendo admitida proposta de emenda constitucional tendente a abolir o princípio. O princípio da separação de poderes é norma constitucional, por tanto tem força normativa, o que impõe observância pelo poder público. 
 Já na antiguidade clássica Aristóteles estudava o princípio. 
 Na modernidade coube a Montesquieu, atribuir ao princípio a teoria científica mais conhecida, sobre o tema, sistematizando a sua aplicação, seu sentido e alcance. Para Montesquieu o fundamento do princípio estava na proteção à liberdade individual, pois a excessiva concentração de poderes nas mãos do governante causaria sérios riscos aos cidadãos. Montesquieu era um filósofo ant. absolutista. Para ele as funções do estado deveriam ser divididas entre 3 órgãos independentes e harmônicos. 
 A função legislativa será atribuída ao poder legislativo, que teria a missão de editar normas gerais abstratas e interativas para regular a vida em sociedade. 
 A função executiva caberia ao poder executivo, cuja à atribuição seria dar cumprimento as normas editadas pelo poder legislativo. 
 Por fim a função jurisdicional, seria exercida pelo poder judiciário, que caracteriza uma instância de controle independente, neutra politicamente e equidistante dos dois outros poderes.
 Ao judiciário caberá solução de conflitos visando a pacificação social. 
 A outra vertente do princípio da separação de poderes, se refere ao controle recíproco entre os poderes, cuja a origem é norte americana. Neste caso um poder impõe limites a outro poder.As duas concepções relativas a separação de poderes são complementares. Ex: Quando o presidente da república veta um projeto de lei, por razões de inconstitucionalidade, ele exerce controle sobre o poder legislativo. Da mesma forma quando o poder legislativo susta um ato normativo editado pelo presidente da República, que exorbita o poder regulamentar. 
 Atualmente a divisão rígida de funções entre os 3 poderes ,perde um pouco de importância e a noção relativa ao controle por sua vez ganha importância. Hoje é mais importante saber como uma função pública é exercida do que saber quem a exerce. Existe instâncias de poder q não se adéquam a nenhuma das funções da tripartição clássica. Ex : agências reguladoras, tribunais de contas, agências executivas. Toda via para a doutrina contemporânea a liberdade ainda faz parte do núcleo essencial do principio, nas concepções negativa e positiva.
OBS: Sobre o art.84, VI-A, B.
 Estes dispositivos constitucionais cuidam dos chamados decretos autônomos. Nestes casos o decreto não terá função de regulamentar, isto é, de dar execução à lei, detalhando o seu cumprimento. Aqui o decreto inova na ordem jurídica, podendo criar ou extinguir relações jurídicas estes decretos são autônomos por que tem julgamento de validade na constituição e não nas leis. Trata-se de situação excepcional. 
 A doutrina sustenta que nessas hipóteses existe uma reserva de regulamento. 
 Em razão da forma federativa de estado todos os entes federativos possui poder executivo o que decorre especificamente da autonomia dos entes, nas capacidades de auto-organização, e autogoverno.
 O chefe do poder executivo da união é o presidente da república, que acumula as funções de chefe se estado e de chefe se governo.Ele exerce mandato a termo fixo por 4 anos a contar de primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. 
 O presidente da república exerce competências privativas, estabelecidas no art. 84 da CF. Ele é auxiliado pelos ministros de estado, que exercem cargos políticos baseados na confiança, pois são nomeados por livre escolha do presidente da república. Seus cargos são de livre nomeação, e exoneração. Os requisitos constitucionais para investidura no caso de ministro são: Nacionalidade Brasileira, idade superior a 21 anos, e pleno exercício de direitos políticos. 
 Nos estados e no DF, os chefes do poder executivo são os governadores, que são auxiliados pelos secretários de estado ou secretários distritais. 
 Nos municípios o chefe do poder executivo e o prefeito municipal que é auxiliado pelos secretários municipais.
Aula do dia 16.
Administração Pública, dividi-se em administração direta e indireta. A administração direta também chamada Administração Centralizada é resultado da delegação de competências do poder central (união, estados, DF, e municípios) , para órgãos públicos que atuam em nome do ente central.
 Na administração direta ocorre o fenômeno da desconcentração de atividades pelo qual o poder central confere atribuições e competências a órgãos públicos em nome do princípio da eficiência administrativa. Com efeito, não seria admissível o poder central concentrar todas as funções administrativas do estado nas mãos do chefe do poder executivo. 
 Os órgãos da administração direta ou centralizada, não tem personalidade jurídica própria, pois eles atuam em nome do poder central. Por exemplo, caso algum aluno que se sentiu lesado pelos exames do Enem, resolva buscar reparação judicial de danos, deverá ajuizar ação contra a união, e não contra o ministério da educação que é ente despersonalizado. 
 Ha uma relação de hierarquia entre, o chefe do poder executivo e os órgãos da administração direta. 
 O chefe do executivo tem o poder de rever os atos praticados pelos órgãos da administração direta. Por exemplo, o governador do estado é a autoridade competente para rever em sede de recurso administrativo hierárquico, ato ilegal praticado por secretário de estado. (ver art. 37 caput CF.).
Indireta ou descentralizada.
 Neste caso o poder central transfere a titularidade ou a competência para execução dessas atividades, para a pessoas jurídicas com personalidade própria distinta do poder central. Cuida-se do fenômeno da descentralização pelo qual as atividades administrativas são transferidas (descentralizados) do ente central para entidades criadas por lei. Por exemplo, por uma questão de estratégia política e técnica, o poder central da união transferiu as atividades de seguridade social para o INSS, que é uma autarquia, pessoa jurídica de direito público, com personalidade própria e autonomia administrativa, orçamentária e financeira. Em outro exemplo, o detran-rj , é entidade da administração indireta do estado do Rio de Janeiro. 
 Não existe relação de hierarquia entre, a entidade da administração indireta e o poder central. Na verdade existe uma relação de controle finalistico, também chamada de tutela administrativa. 
 O decreto lei 200/67, que foi recepcionado pela constituição de 88 conceitua e regulamenta as atividades das entidades da administração indireta da união. (ver art 37, XIX, XX).
 aula do dia 17 const.
Responsabilidade do presidente da república
 A responsabilidade do presidente da República, é da própria natureza o sistema de governo presidencialista. Esta responsabilidade é a regra do presidencialismo, que divide-se em , responsabilidade política e responsabilidade criminal. 
 No processo e julgamento da responsabilização política do presidente da República, o poder legislativo exerce função típica de fiscalização, na modalidade controle, dos atos praticados pelo chefe do poder executivo. Esta competência tem fundamento no princípio da separação de poderes, que estabelece a necessidade de controle recíproco entre os poderes. 
 A responsabilização política do presidente da República, resulta da prática dos chamados crimes de responsabilidade, que tem previsão no art.85 da CF, e não da lei 1079/50 , que foi recepcionada pela constituição de 88. 
 Muito embora a doutrina e a própria constituição denomine as condutas do presidente da República passíveis de responsabilização política, como "crimes de responsabilidade",na verdade estas condutas não caracteriza ilícito criminal, com tipificação no código penal ou em leis penais especiais. Cuida-se de infração de natureza político administrativa, que pode resultar na perda do cargo e na inabilitação por 8 anos para o exercício de funções públicas. Por está razão, as condutas destas infrações político administrativa são previstas na constituição e na lei 1079/50, de forma mas abstrata, genérica, com conceitos vagos/abetos, o que provoca uma baixa normatividade. Este fato explica em parte a controvérsia criada sobre a prática ou não de "crime de responsabilidade" pela ex presidente Dilma Rousseff. 
 De acordo com o art. 14 da lei 1079/50 , qualquer cidadão pode apresentar denúncia pela prática de "crimes de responsabilidade" contra o presidente da república. 
 A denúncia deve ser apresentada perante a câmara dos deputados.
 O processo e julgamento do presidente da república pela prática de " crime de responsabilidade" , também conhecido como processo de impeachment ou impedimentos, é considerado um processo bifásico.
 Na primeira fase, compete a câmara dos deputados decidir se admite ou não a acusação, exercendo o juízo de admissibilidade. Neste caso a câmara dos deputados não analisa com profundidade se o preside cometeu crime de responsabilidade. A câmara apenas analisa se a indício suficiente da prática de crime de responsabilidade pelo presidente da república. A decisão sobre a admissibilidade pela câmara dos deputados deve ser por maioria de 2/3 dos seus membros. 
 A doutrina afirma que o juízo de admissibilidade exercidos pela câmara dos deputados, e condição de procedibilidade para a efetiva instauração do processo de impeachment.
 A segunda fase do processo de impeachment ocorre no senado federal, ao qual compete processar e julgar o presidente da República pela prática de crime de responsabilidade, conforme o disposto o art.52, I CF. 
 Segundo o STF, em decisão proferida por maioria na ADPF 378 , publicada em 17/12/15 , o senado pode recusar o prosseguimento do processo de impeachment , ainda que a câmara dos deputados tenha decidido pela admissibilidade da acusação, e por maioria simples. Na verdade, de acordo com a jurisprudência do STF são feito dois juízos de admissibilidade, o primeiro pela câmara dos deputados e o segundo pelo senado.
 O julgamento definitivo do presidente da república por crime de responsabilidade é feito pelo senado , por maioria qualificada de dois terços de seus membros. Toda via antes desse julgamento, com a simples instauração do processo no senado o presidente é afastado do cargo por ate 180 dias. Caso o senado não conclua o julgamento neste prazo o preside deve retornar ao cargo, e será assim julgado no exercício do cargo.
 Cabe ao presidente do STF, comandar a sessão de julgamento do presidente por crime de responsabilidade. Ficando ele vinculado a decisão da maioria de 2/3 dos senadores pela absolvição ou condenação. A ideia e que o presidente do STF, faça cumprir a constituição e todo ordenamento jurídico durante a sessão de julgamento. Caso o presidente seja condenado, será submetido a sanção de perda do cargo e a sua inabilitação por 8 anos para o exercício de qualquer função pública. Esta conclusão esta expressa no §.u. do art. 52 da CF, que prevê a indivisibilidade da sanções pela prática de crime de responsabilidade. Toda via , no julgamento da ex presidente Dilma Rousseff, os senadores decidiram pela aplicação de somente a perda do cargo, absolvendo a presidente da inabilitação por 8 anos ,para o exercício de qualquer função pública, o q foi referendado pelo presidente do STF e da sessão, em absoluta afronta ao §.u. do art.52 da constituição.
aula do dia 23 constitucional
Poder executivo: responsabilidade do presidente da república.
 O presidente da república também pode ser responsabilizado pela prática de crime comum, que são aqueles tipificados no código penal e nas leis penais especiais diferentemente dos crimes de responsabilidade os crimes comuns estabelecem condutas objetivas e por tanto possuem maior densidade normativa do que as infrações político administrativo. 
 Compete à câmara dos deputados decidirem sobre a admissibilidade da denúncia pelo voto da maioria de 2/3 dos seus membros. Trata-se de julgamento político sobre a existência de elementos mínimos de materialidade e autoria de crime, e não julgamento definitivo de mérito. 
 Compete ao STF processar e julgar o presidente pela prática de crime comum. 
OBS: O STF pode rejeitar a peça de acusação, a denúncia ou queixa crime , em razão da ausência de elementos mínimos da existência de crime, pois a suprema corte exerce juízo jurídico e não político, sendo assim mesmo que a câmara dos deputados decida pelo recebimento da denúncia pela maioria de 2/3 de seus membros, o STF pode rejeita-la , o que caracteriza o exercício de um duplo juízo de admissibilidade, o primeiro de natureza política e o segundo de natureza jurídica. 
 Este procedimento tem fundamento no controle recíproco extraído do princípio da separação de poderes. 
 Com o recebimento da denúncia pelo STF o presidente é automaticamente afastado do cargo ficando suspensas suas funções. Caso o julgamento não tenha sido concluído no prazo de 180 dias a contar do recebimento da denúncia pelo STF o presidente retornará ao exercício do cargo e será julgado paralelamente ao andamento do processo e julgamento por crime comum.
 O presidente da república não poderá ser preso enquanto não houver sentença penal condenatória transitado em julgado.
Processo legislativo
 Consiste no mecanismo de produção das espécies normativas previstas no art. 59 CF. As espécies normativas, mas produzidas são as emendas constitucionais as leis complementares e as leis ordinárias. 
 O processo legislativo é expressão do exercício da função legislativa, que e a função constitucional predominante exercida pelo poder legislativo, que se destina a criação de normas gerais abstratas e imperativas voltadas à regulação da vida em sociedade. Toda via o poder executivo também participa do processo legislativo com as prerrogativas de sanção ou veto.
 A primeira fase do processo legislativo, e chamada de fase iniciativa em que é iniciado o processo legislativo a partir da apresentação de uma proposta de emenda constitucional ou de projeto de lei.
aula const. do dia 24.
 Os crimes de responsabilidade praticados por prefeitos tem previsão no decreto lei 201/67.
 Nos crimes de responsabilidade que tem previsão nos incisos do art. 1°do decreto lei 201/67 possuem natureza jurídica de infrações penais tanto é assim que são punidos com penas restritivas de liberdade, na forma do §1°, do art. 1° do decreto lei 201/67.
 Trata-se de crimes de ação penal pública incondicionada, isto é, a peça de acusação (denúncia), é apresentada pelo ministério publico.
 As condutas dos incisos I, II do art. 1°, são punidas com pena de reclusão de dois a doze anos, e a dos demais incisos com pena de detenção de três meses a três anos.
Ambas provocam como sanção acessória a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de cargo ou função pública por cinco anos (ver §2° do art. 1°).
 Nos casos dos prefeitos o decreto lei 201/67, distingue os crimes de responsabilidade que tem natureza jurídica de infração penal "art. 1°, e as infrações política administrativa propriamente ditas previstas nos incisos do art.4°, julgadas pela câmara municipal e sancionadas com a cassação do mandato."
 Nos casos de crime de responsabilidade de prefeito o art. 2° do decreto lei 201/67 estabelece que o juízo criminal comum ou singular seja o competente para o processo e julgamento do prefeito. Toda via este dispositivo deve ser lida a luz do art. 29, X da constituição, que prevê a prerrogativa de foro para os prefeitos nos tribunais de justiça. Com efeito, geralmente as respectivas constituições

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