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TB de Brasileira

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A política cafeeira objetivava proteger os interesses do setor cafeeiro, que era o responsável pela dinamização da renda interna. Assim, utilizando o mecanismo da depreciação da moeda, conseguia-se atenuar o impacto da baixa de preços - provocada pela crise- sobre a renda monetária dos produtores de café, induzindo-os a continuarem colhendo. Entretanto, esse mecanismo não era eficiente, pois, a demanda por café não respondia, devidamente, a queda nos preços, fazendo com que essa produção excedente pressionasse cada vez mais o mercado. Precisava-se então, reter esses estoques através de recursos internos, ou seja, expansão do crédito. Vale lembrar, porém, que mesmo financiando a retenção desses estoques, não era possível a sua absorção pelo mercado, fazendo-se necessário a destruição das sacas de café. Dessa forma, obtinha-se um equilíbrio entre oferta e procura a um nível mais elevando de preços, garantindo a renda do setor cafeeiro e, assim, a manutenção do nível de emprego na economia exportadora e, indiretamente, dos setores ligados ao mercado doméstico. Mantendo a renda interna, mantinha-se também, a procura. 
A partir de 1929, as retenções de estoques passaram a ser financiadas por expansão de crédito que, devido a fomentação da renda interna e a falta de divisas decorrente da baixa de preços e fuga de capital, contribuía para um desequilíbrio externo. Sua correção se fazia por meio da desvalorização cambial que, por sua vez, gerava um desequilíbrio interno. Esse desequilíbrio provinha do aumento da procura reprimida com a elevação dos preços dos artigos importados. O mercado interno, pois, passa a atender essa demanda reprimida. Vale lembrar, porém que, outras condições além da política cafeeira e depreciação da moeda contribuíram para a dinamização do mercado interno, tais como: a utilização intensiva da capacidade da indústria já existente e a possibilidade de obtenção de equipamentos de segunda mão mais baratos.
Com o controle da taxa de câmbio instituído para atender aos interesses dos cafeicultores, os interesses da indústria também acabaram sendo protegidos da competição internacional, porque havia um controle das importações e, além disso, a possibilidade de aquisição de insumos relativamente mais baratos. O governo provisório teve uma política protecionista com respeito à produção doméstica ao aumentar o imposto específico, regular o consumo compulsório de matérias-primas e proibir importações de equipamentos para determinadas indústrias caracterizadas por sua capacidade ociosa. Vale lembrar por último que durantes o governo Vargas foram adotadas políticas fiscal, monetária e creditícia de cunho expansionista que permitiram a sustentação da demanda. 
Em 1934, como recomendação de John Williams, toda a cobertura cambial gerada por exportação (exclusive café) foi liberada do controle cambial. Assim, em 1935 houve um agravamento da crise cambial causada pela liberalidade na concessão de licenças para remeter lucros. Como consequência, criou-se um novo regime cambial onde 35% das cambiais de exportação eram obrigadas a serem repassadas ao Banco do Brasil e 65% negociadas no mercado livre. Conseguiu-se com isso e com a variação da taxa de câmbio para exportar, uma expansão do valor das exportações enquanto as importações permaneciam constantes. Logo, durante 1936 e início de 1937 tinha-se uma acumulação razoável de reservas cambias. Essa relativa folga propiciou a adoção de política extremamente liberal quanto à remessa de lucros, bem como o relaxamento dos controles de importação, com intuito de atrair capitais estrangeiros. Porém, essa política fracassou porque os Estados unidos entrou em recessão em 1937-1938, e no final de 1937 o Banco do Brasil tinha um descoberto em moedas conversíveis, caracterizando um agravamento da crise. 
Em 1938 os Estados Unidos continuaram sem pressionar o Brasil que estava diante de relativa escassez de cobertura cambial, colocando seus objetivos estratégicos em primeiro lugar. Aranha, em sua missão de 1939, comprometeu-se a se opor ao mercado teuto-brasileiro. Foram realizados acordos com os Estados Unidos: 1940 acordo interamericano do café e em 1941 o acordo de suprimento de materiais estratégicos. Durante a segunda Guerra Mundial os britânicos tinha uma política externa voltada à minimização dos custos das importações necessárias ao esforço de guerra, tendo em vista a escassez de reservas conversíveis. Assim, até 1941 o balanço bilateral de pagamentos manteve-se desfavorável ao Brasil, depois, a posição das reservas brasileiras em libras mudou, como resultado de um maior volume de compras britânicas. Ainda, os Estados Unidos decidiram fornecer crédito e materiais para a construção de Volta Redonda visando o desenvolvimento do Brasil às expensas da Argentina. Vale ressaltar, porém, que essa posição generosa dos Estados Unidos com relação ao Brasil começou a mudar com o fim da guerra. 
A reorganização da economia mundial com base nos princípios liberais de Bretton Woods (compreendido como sistema de equilíbrio) e a volta pregada pelos Estados Unidos do Multilateralismo e livre convertibilidade, marcaram o início do Governo Dutra, que tinha, assim, expectativas favoráveis quando a situação econômica externa. Além disso, havia uma esperança de uma significativa alta dos preços internacionais do café em consequência, principalmente, da eliminação, em 1946, de seu preço-teto por parte do governo norte-americano. (...)
O início da recuperação do preço do café foi resultante da eliminação do acordo interamericano do café. Essa alta, no entanto, encontrou os EUA com estoques substanciais, o que causou uma tendência a reversão do preço. A partir de 1947 há um movimento ascensional. A produção havia sido comprimida com o período de preços baixos e pelas fortes geadas de 1947 e 1948, enquanto o consumo americano era crescente. Em 1948, o Departamento Nacional do café anunciou a venda de seus estoques remanescentes, mas o início da recessão norte-americana (1949) comprometeu elevação da cotação do café. Em 1949 o governo brasileiro anunciou que não possuía estoques e que manteria a paridade do cruzeiro em relação a libra esterlina desvalorizada. Fazendo com que os EUA efetuassem grandes compras temendo a alta dos preços. 
Sobre o número de matriculados no ensino superior no Brasil, tem-se que em 2014 havia 7,8 milhões, com 75% concentrados na rede privada (5,9 milhões). A Semesp, baseada na diminuição do número de contratos do FIES, Fundo de Financiamento Estudantil, e na crise econômica de 2014, tinha como perspectivas para 2015 uma redução de 3,6% no total de matrículas em cursos na rede privada e, para 2016, a mesma deveria manter-se estável com relação ao ano anterior.

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