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VIVIAN CABRAL LIMA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA 
COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
VIVIAN CABRAL LIMA 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA EM BLOCO CERÂMICO E 
PAINÉIS EM GESSO ACARTONADO PARA O USO COMO VEDAÇÃO EM 
EDIFÍCIOS: ESTUDO DE CASO EM EDIFICIO DE MULTIPAVIMENTOS NA 
CIDADE DE FEIRA DE SANTANA 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA 
2012
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VIVIAN CABRAL LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA EM BLOCO CERÂMICO E 
PAINÉIS EM GESSO ACARTONADO PARA O USO COMO VEDAÇÃO EM 
EDIFÍCIOS: ESTUDO DE CASO EM EDIFICIO DE MULTIPAVIMENTOS NA 
CIDADE DE FEIRA DE SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTADOR: Prof. Carlos Antônio Alves Queirós 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA 
 2012 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Departamento de 
Tecnologia da Universidade 
Estadual de Feira de Santana 
UEFS, como requisito parcial para 
obtenção do título de bacharel em 
Engenharia Civil. 
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VIVIAN CABRAL LIMA 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA EM BLOCO CERÂMICO E 
PAINÉIS EM GESSO ACARTONADO PARA O USO COMO VEDAÇÃO EM 
EDIFÍCIOS: ESTUDO DE CASO EM EDIFICIO DE MULTIPAVIMENTOS NA 
CIDADE DE FEIRA DE SANTANA 
 
 
FEIRA DE SANTANA 
 2012 
 
Banca examinadora: 
 
_____________________________________________ 
Orientador: Prof. Esp. Carlos Antônio Alves Queirós 
 Universidade Estadual de Feira de Santana 
 
Prof. MSC. Antônio Freitas da Silva Filho 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
 
_____________________________________________ 
Prof. MSC. Cristovão César Carneiro Cordeiro 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Inicialmente agradeço a Deus, por ter me dado força e sabedoria, sem o qual não 
teria conseguido nem começar este trabalho. Agradeço ainda a Deus por ter colocado 
em minha vida pessoas maravilhosas, que através de gestos de carinho e apoio, 
contribuíram muito com o desenvolvimento do trabalho. 
Aos meus pais, Adeolito e Simone, pelo respaldo afetivo, financeiro e 
psicológico durante toda a graduação e vida. 
A meu noivo Raphael, pelo enorme carinho, incentivo e compreensão, durante a 
realização deste trabalho. 
Aos meus grandes amigos da UEFS, Antonio Almeida, Deivid Brito, Joabe, 
Rodolfo Carneiro, Alex Borges e Cynthia Jovanovicht, pela parceria destes anos em que 
vivemos juntos. 
Ao professor Antônio Freitas, pela colaboração e ensino transmitidos. 
Ao professor Cristovão Cordeiro, pelos ensinamentos e apoio durante todos 
esses anos de universidade. 
Ao professor Carlos Alves, pela orientação e compreensão durante todo o 
desenvolvimento do trabalho, do qual eu me orgulho muito da sua competência 
profissional e do seu caráter pessoal 
A todos que, direta ou indiretamente torceram por mim deixo minha gratidão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
 
Com o crescimento da competitividade no setor da Construção Civil as empresas 
têm buscado sistemas mais eficientes da construção com o objetivo de aumentar a 
produtividade, diminuir os custos e melhorar a qualidade do produto. 
Nesse contexto, o uso das chapas de gesso acartonado como componente vertical 
de vedação interna vai se tornando cada vez mais intenso, substituindo a alvenaria 
convencional. 
Apesar da utilização crescente desse componente, existe uma carência por parte 
dos engenheiros e técnicos no que diz respeito às vantagens e a economia que este tipo 
de vedação pode trazer durante a construção do edifício. 
Dessa forma, este trabalho apresenta através de um estudo de caso, um 
comparativo entre dois métodos construtivos de vedação interna, as paredes executadas 
com chapas de gesso acartonado e o bloco cerâmico, onde será demonstrado através de 
cálculos, tabelas e gráficos, o valor do peso próprio, o custo da mão de obra e o custo 
dos materiais de cada tipo de vedação interna. Após a apresentação desses dados serão 
demonstradas as vantagens e desvantagens de cada tecnologia de vedação interna. 
 A partir dos dados obtidos, das vantagens e desvantagens de cada material é 
efetuada uma analise onde foi identificado que o sistema de vedação mais adequado 
para este edifício é a vedação executada com painéis em gesso acartonado. 
 
Palavras chave: chapas de gesso acartonado, bloco cerâmico para alvenaria, peso 
próprio e custo. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
 
With the growth of competition in the sector of Civil Construction companies 
are looking for more efficient systems of construction with the objective of increase 
productivity, decrease costs and improve the quality of product. 
In this context, the use of drywall as a component of vertical inner seal is 
becoming ever more intense, replacing the conventional masonry. 
Despite the increasing use of that component, there is a deficiency by the 
engineers and technicians in respect of the advantages and economy that this type of 
seal can bring during the construction of the building. 
Thus, this work shows behind a case study, a comparison between two 
constructive methods of sealing internal walls performed with drywall and ceramic 
block of six holes, which will be shown by calculations, tables and graphs, the value of 
the own weight, the cost of labor and material cost of each type of inner seal. After the 
presentation of these data will be shown the advantages and disadvantages of each 
technology inner seal. 
From the data obtained, the advantages and disadvantages of each material is 
made an analysis to identify the best type of seal to be used in this building. 
 
Keywords: drywall, ceramic block , own weight and cost. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12 
1.1. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 13 
1.2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 14 
1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................ 14 
1.2.2. Objetivo Específico .................................................................................................... 14 
1.3. MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................................. 14 
1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .............................................................................. 15 
2. VEDAÇÃO VERTICAL .............................................................................................. 16 
2.1. VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA ............................................................................. 16 
2.2. VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA .............................................................................. 16 
2.2.1. Classificação das vedações verticais internas ............................................................ 16 
2.2.2. Funções das vedações verticais internas .................................................................... 18 
2.2.3. Critérios de desempenho das vedações verticais internas .......................................... 19 
2.3. VEDAÇÃO VERTICAL EM ALVENARIA .................................................................21 
2.3.1. Alvenaria com Blocos cerâmicos vazados ................................................................. 22 
2.3.2. Argamassa de assentamento ....................................................................................... 26 
2.4. VEDAÇÃO VERTICAL EM GESSO ACARTONADO ............................................... 27 
2.4.1. Divisórias internas em gesso acartonado ou drywall ................................................. 27 
2.4.2. Componentes para fechamento .................................................................................. 29 
2.4.3. Histórico das placas em gesso acartonado ................................................................. 29 
2.4.4. Fabricação das placas de gesso acartonado ................................................................ 31 
2.4.5. Tipos de placas de gesso acartonado .......................................................................... 31 
2.4.6. Componentes para suporte das chapas ....................................................................... 35 
2.4.7. Materiais utilizados para a fixação ............................................................................. 38 
2.4.8. Materiais para tratamento das juntas .......................................................................... 41 
2.4.9. Principais tipos de paredes em gesso acartonado ....................................................... 43 
2.4.10. Desempenho acústico do gesso acartonado ................................................................ 44 
2.4.11. Resistência ao fogo do gesso acartonado ................................................................... 44 
2.4.12. Resistência à umidade ................................................................................................ 45 
2.4.13. Reparos e capacidade de suporte do gesso acartonado .............................................. 45 
8 
 
2.4.14. Instalações integradas em gesso acartonado .............................................................. 46 
2.4.15. Juntas de dilatação ou movimentação ........................................................................ 47 
2.4.16. Questão ambiental ...................................................................................................... 47 
3. ESTUDO DE CASO ...................................................................................................... 48 
3.1. ANÁLISE DE DADOS................................................................................................... 50 
3.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS (DRYWALL X ALVENARIA 
CONVENCIONAL) ................................................................................................................. 55 
4. CONCLUSÕES ............................................................................................................. 58 
4.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 58 
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 60 
 
 
9 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 –Dimensões do bloco cerâmico ................................................................................ 24 
Figura 2 – Execução de alvenaria em blocos cerâmicos .......................................................... 25 
Figura 3 – Tipos de paredes ...................................................................................................... 27 
Figura 4 – Processo de execução da vedação interna em gesso acartonado. ............................ 28 
Figura 5 – Histórico do consumo de chapas de gesso acartonado no Brasil. ........................... 30 
Figura 6 – Processo de fabricação da placa de gesso acartonado ............................................. 31 
Figura 7 – Tipos de chapa para Drywall................................................................................... 32 
Figura 8 – Guias e montantes da divisória em gesso acartonado. ............................................ 36 
Figura 9 – Distância entre montantes ....................................................................................... 36 
Figura 10 – Formas de montantes e guias. ............................................................................... 37 
Figura 11 – Passagem de tubulações elétricas. ......................................................................... 37 
Figura 12 – Posicionamento dos parafusos nas chapas de gesso acartonado ........................... 39 
Figura 13- Tipos de parafusos comercializados no Brasil ........................................................ 40 
Figura 14- Especificação de parafusos ..................................................................................... 41 
Figura 15 – Fotografia do edifício em estudo........................................................................... 48 
Figura 16 – planta de pavimento tipo ....................................................................................... 49 
Figura 17 – Planta do 7° pavimento. ........................................................................................ 49 
Figura 18 – Vedação interna em alvenaria convencional. ........................................................ 50 
Figura 19 – Vantagens da utilização do drywall ...................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Critérios de resistência ao fogo............................................................................... 19 
Tabela 2 – Dimensões de blocos cerâmicos para vedação ....................................................... 23 
Tabela 3 – Dimensões de blocos cerâmicos para vedação ....................................................... 24 
Tabela 4 – Dimensões das chapas de gesso acartonado (Standart) .......................................... 33 
Tabela 5 – Dimensões das chapas de gesso acartonado (RU) .................................................. 34 
Tabela 6 – Dimensões das chapas de gesso acartonado (RF)................................................... 35 
Tabela 7 –Tipos de guias e montantes comercializados no Brasil ........................................... 38 
Tabela 8 – Massa para rejunte comercializada no Brasil. ........................................................ 42 
Tabela 9 – Planilha de diferença de carga na estrutura ........................................................... 51 
Tabela 10 – Planilha do valor da mão de obra para as duas técnicas de execução. ................. 51 
Tabela 11 – Custo da parede com chapas de gesso acartonado. ............................................... 52 
Tabela 12- Custo da parede com bloco cerâmico convencional. ............................................. 52 
Tabela 13: Orçamento de vedação interna executada com drywall. ........................................ 53 
Tabela 14: Orçamento de vedação interna executada com bloco cerâmico. ............................ 54 
Tabela 15 – Desempenho acústico do dywall e da alvenaria. .................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 01- Tipo de vedação interna X custo de material. ....................................................... 53 
Gráfico 02- Tipo de vedação interna X custo de material + mão de obra. ............................... 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Segundo BARROS (1998) a Construção Civil passa por um processo de 
mudança onde a competitividade fica mais acentuada. O avanço da tecnologia em todos 
os seguimentos daConstrução faz com que a produção fruto da mão de obra, assuma 
cada vez mais um papel de destaque nesse setor, estimulado pela necessidade de 
racionalização em obra, devido aos custos e à competitividade que se torna cada vez 
mais acirrada. Sendo assim o engenheiro deve procurar soluções técnicas com melhores 
relações de custo e beneficio. 
Para a execução das vedações verticais, pode-se utilizar uma variedade de 
materiais e componentes, bem como podem ser empregadas diversas técnicas 
construtivas. Por isso, segundo SABBATINI (2003) recomenda-se que para a escolha 
da tecnologia a ser empregada devem ser avaliados alguns aspectos como: 
 Critérios de desempenho que a vedação vertical deve cumprir – 
desempenho térmico e acústico, estanqueidade à água, controle de 
passagem de ar, proteção e resistência contra a ação do fogo, 
desempenho estrutural, controle de iluminação e durabilidade; 
 Aspectos construtivos – facilidade de execução, produtividade, 
disponibilidade de pessoas habilitadas a executar o serviço e materiais 
necessários para o serviço, bem como equipamentos e mecanização 
acessíveis; 
 Aspectos ligados ao uso e manutenção. 
Ao analisar os subsistemas de vedações verticais existentes atualmente, poderá 
ser definido qual dos materiais ou componentes é a melhor alternativa para a condição 
determinada a ser empregado. 
Os sistemas de vedações construídos com blocos cerâmicos vazados são 
tradicionalmente utilizados no Brasil, enquanto que os painéis em gesso acartonado 
estão sendo cada vez mais utilizados neste país. 
 O gesso acartonado forma um sistema construtivo de vedações internas também 
chamado de “sistema construtivo a seco” ou drywall. Esta designação refere-se ao 
13 
 
método de produção e montagem, no qual consegue-se produzir uma vedação com 
materiais industrializados e pré-fabricados, com mínima geração de resíduos. 
 
1.1. JUSTIFICATIVA 
 
De acordo com PESSANHA et al (2002) atualmente, diversas empresas 
construtoras buscam nas inovações tecnológicas a melhoria qualitativa e também 
produtiva, impondo assim, novos desafios aos métodos convencionais, sejam de 
habitações, estruturas ou edificações em geral. Existe uma contínua busca por materiais 
de alto desempenho com baixo custo de implantação, manutenção e com rapidez de 
execução. 
 Destaca-se a necessidade de se explorar novos materiais e novos métodos 
construtivos, investindo cada vez mais na qualidade do produto final visando diminuir o 
impacto ambiental causado pela expansão das edificações industriais e habitacionais. 
MITIDIERI (2002) afirma que as vedações verticais são muito importantes ao 
longo da construção, pois este componente está no caminho crítico da construção, 
determinando assim as diretrizes para o planejamento. E além de influenciar no 
planejamento da edificação também influencia no grau de racionalização da obra, pois 
interferem nas instalações elétricas e hidrosanitárias, esquadrias e revestimentos. 
De acordo com SABBATINI (2003) a vedação vertical concentra o maior 
desperdício de materiais e mão de obra, tendo 10% a 40% do custo total do edifício. 
Segundo FRANCO (1998) muitas empresas do mercado têm percebido a 
importância da vedação vertical e vêm investindo em mudanças nesse subsistema, 
muitas vezes associadas a mudanças nos demais subsistemas do edifício. Uma das 
mudanças nesse subsistema é a utilização dos painéis em gesso acartonado para 
fechamentos ou divisões de áreas internas ao invés do uso convencional do bloco 
cerâmico para vedação. Os painéis em gesso acartonado podem atender muito bem as 
questões de racionalização do subsistema citadas acima, porém muitas pesquisas ainda 
devem ser elaboradas para quantificar e melhorar a utilização da técnica. 
14 
 
 Todavia, uma pergunta deve ser feita: é viável mudar o subsistema de vedação 
em blocos cerâmicos vazados para um novo tipo de vedação vertical (painéis em gesso 
acartonado)? 
Para que seja respondida essa pergunta, é necessário que seja feita uma avaliação 
dos custos e dos benefícios para ambos os subsistemas de vedação. 
 
1.2. OBJETIVOS 
 
1.2.1. Objetivo Geral 
 Avaliar através de estudos comparativos qual o sistema de vedação vertical 
mais adequado entre painéis em gesso acartonado e alvenaria em bloco cerâmico para 
um edifício de multipavimentos com função comercial e residencial localizado na 
cidade de Feira de Santana. 
1.2.2. Objetivo Específico 
 Comparar os custos diretos unitários e totais dos materiais e mão de obra 
do subsistema de vedação vertical entre painéis em gesso acartonado e 
alvenaria em blocos cerâmicos para alvenaria. 
 Comparar os pesos próprios entre painéis em gesso acartonado e 
alvenaria em bloco cerâmico 
 Avaliar as vantagens e desvantagens da utilização dos painéis em gesso 
acartonado e dos blocos cerâmicos utilizados nas vedações verticais . 
 
1.3. MÉTODO DE PESQUISA 
 
A estratégia de pesquisa do trabalho é o estudo de caso, onde este é o método 
mais adequado para estudar um fenômeno contemporâneo, pois segundo YIN apud 
ROESCH, 1999 o pesquisador não tem o domínio de todas as variáveis. 
Inicialmente será feita uma fundamentação teórica das características dos 
materiais a serem estudados e dos critérios de comparação. 
15 
 
Terminada essa etapa, será feito o comparativo entre os sistemas de vedação 
vertical. No primeiro momento será adotado um sistema em que as vedações verticais 
internas serão de placas de gesso acartonado. No segundo momento o material utilizado 
para a vedação interna será o bloco cerâmico. Em ambos os casos serão realizados os 
cálculos do peso próprio do material, da quantidade de material a ser utilizado para a 
vedação interna de toda a construção e será realizado o orçamento do material e de sua 
mão de obra utilizados no edifício. 
A partir dos resultados obtidos será realizada uma avaliação entre os tipos de 
vedações verticais, analisando vantagens e desvantagens, econômicas e construtivas, 
afim de identificar o sistema mais adequado a ser utilizado neste edifício. 
 
1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 
 
No capítulo 1 será apresentada a introdução da monografia onde será relatada a 
situação problemática que deu origem ao trabalho, a justificativa, os objetivos a serem 
alcançados (objetivo geral e objetivos específicos) e a metodologia que será adotada no 
trabalho. 
No capítulo 2 será apresentado o referencial teórico necessário para o 
entendimento das vedações internas dos edifícios executadas com drywall e alvenaria de 
blocos cerâmicos. 
No capítulo 3 será apresentada a metodologia do estudo de caso. É realizada a 
descrição do estudo de caso em um edifício residencial e comercial, onde o tipo de 
vedação vertical interna é a alvenaria convencional. Também será exposta a análise de 
dados realizados através de dados fornecidos pela norma brasileira e valores de custos 
baseados no TCPO, assim como as vantagens e desvantagens da utilização do drywall 
em relação às paredes executadas com bloco cerâmico furado. 
No capítulo 4 serão realizadas as considerações finais no que tange a escolha do 
mais adequado tipo de vedação vertical interna entre o drywall e as paredes com 
alvenaria convencional para o edifício em questão. 
 
16 
 
 
2. VEDAÇÃO VERTICAL 
 
Sabbatini (1997) define vedação vertical como um subsistema de um edifício 
que compartimenta e determina os ambientes internos, impedindo a ação de agentes 
indesejáveis. 
Segundo Sabbatini (1997), além de compartimentar e definir os ambientes 
externos a vedação vertical serve de suporte e proteção para instalações do edifício, 
quando embutidas e cria condições de habitabilidadepara o edifício. 
De acordo com Mitidieri (2002) a vedação vertical é um componente muito 
importante no conjunto – edifício, pois determinam grande parte do desempenho do 
edifício sendo responsáveis pelos aspectos relativos à habitabilidade tais como conforto, 
higiene, saúde e segurança de utilização. E, além disso, têm uma grande relação com a 
ocorrência de problemas patológicos tais como fissura. 
 
2.1. VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA 
 
De acordo com Sabbatini (2003) a vedação vertical externa é a vedação que 
envolve o edifício sendo que pelo menos uma de suas faces esteja em contato com o 
meio ambiente externo do edifício. 
 
2.2. VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA 
 
 Sabbatini (2003) define vedação interna como a vedação que divide as 
unidades internas do edifício separando os ambientes internos. 
 Elder (1997) conceitua vedação vertical interna como aquela que subdivide o 
volume interno do edifício, compartimentando-o em vários ambientes. 
2.2.1. Classificação das vedações verticais internas 
17 
 
A vedação vertical interna possui diversas classificações, onde são utilizados 
alguns critérios para tornar mais fácil a escolha do melhor tipo a ser utilizado, já que a 
partir dessas classificações a distinção entre um tipo ou outro de vedação se torna mais 
claro. 
Segundo Sabbatini et al (1988) a vedação interna pode ser classificada quanto a 
sua capacidade de suporte, podendo ser classificadas em : 
 Resistente – além da função de compartimentação e divisão de ambientes 
internos, a vedação possui função estrutural, tendo como exemplo a 
alvenaria estrutural; 
 Auto-portante – possui apenas a função de compartimentação, tendo 
como exemplo a alvenaria de vedação e a parede de gesso acartonado. 
Sabatinni (2003) classifica as vedações quanto a mobilidade, podendo ser: 
 Fixa – vedação que não pode ser mobilizada, pois em qualquer 
modificação posterior a execução os elementos são difíceis e 
praticamente impossíveis de recuperar, tendo como exemplo paredes 
maciças moldadas in loco e alvenaria em bloco cerâmico; 
 Desmontável – vedação que ao precisar ser mobilizada para outro local, 
sofre pouca ou nenhuma degradação, podendo ou não necessitar de novas 
peças para a remontagem, como é o caso das vedações de gesso 
acartonado; 
 Móvel – vedação que pode ser deslocada de um local para outro sem 
necessidade de desmontar ou degradar seus componentes. Um exemplo 
desse tipo de vedação são os biombos. 
De acordo com a NBR 11685/1990 as vedações verticais podem ser classificadas 
quanto a sua densidade superficial. Essa característica influencia no dimensionamento 
das cargas das fundações e influencia no dimensionamento das estruturas. Além disso 
essa característica influencia no método construtivo do edifício. As vedações podem ser 
classificadas quanto a sua densidade como: 
 Leves – as vedações que possuírem densidade superficial inferior a 60 
Kg. Um exemplo é a parede de gesso acartonado; 
18 
 
 Pesadas – as vedações que possuírem densidade superficial superior a 60 
Kg, citando-se como exemplo as vedações com bloco cerâmico e os 
painéis de concreto. 
Segundo Sabbatini (2003) as vedações podem ser classificadas quanto à técnica 
de execução, podendo ser: 
 Por conformação – vedações obtidas por moldagem a úmido no local 
utilizando materiais com plasticidade obtida pela adição de água. Tendo-
se como exemplo as vedações realizadas com bloco cerâmico; 
 Por acoplamento a seco – vedações obtidas por uma técnica que não 
utiliza materiais obtidos com adição de água, ou seja, utilizam 
dispositivos como pregos, parafusos, rebites, cunhas e etc. Um exemplo 
desse tipo de vedação é a parede de gesso acartonado. 
Outra classificação proposta por Sabbatini (2003) é subdividir as vedações 
verticais quanto a sua estruturação, podendo ser: 
 Auto-suporte – a vedação se sustenta sem a necessidade de estruturas 
complementares, citando-se como exemplo as vedações realizadas com 
alvenaria; 
 Estruturada – a vedação possui uma estrutura complementar para suporte 
dos componentes de vedação. Um exemplo desse tipo é a vedação de 
gesso acartonado. 
 
2.2.2. Funções das vedações verticais internas 
Para que se atenda à questão do desempenho do edifício é necessário que cada 
um dos subsistemas do mesmo cumpra as suas funções. 
Sabbatini (2003) afirma que no caso das vedações verticais internas, além de 
cumprir a função de compartimentação de ambientes, as mesmas devem cumprir 
funções secundárias como: 
 Auxiliar no conforto térmico e acústico; 
 Servir de suporte e proteção às instalações do edifício; 
19 
 
 Servir de proteção de equipamentos de utilização do edifício; 
 Em alguns casos, suprir a função estrutural do edifício. 
 
2.2.3. Critérios de desempenho das vedações verticais internas 
De acordo com Akutsu (1988) existe uma dificuldade muito grande em se 
estabelecer um critério de desempenho quanto ao conforto térmico, pois o mesmo varia 
de um ser humano para outro. 
Segundo Akutsu (1988) existe uma maneira simples de determinar o critério de 
desempenho quanto ao conforto térmico, que é analisar a variação de temperatura 
externa a edificação e a que está ocorrendo no interior do edifício por um determinado 
período. 
Mayhew (1977) afirma que nos países que possuem clima tropical a temperatura 
térmica ideal para que se tenha um conforto térmico está na faixa de 22°C a 27°C. 
De acordo com Berto (1988) o critério de desempenho referente a resistência e 
reação ao fogo é analisada através do tempo que os elementos da construção se mantêm 
estáveis quando sujeitos a uma elevação de temperatura. E no caso de elementos 
separadores como as vedações internas, não é permitido a elevação de temperatura no 
lado não exposto ao fogo, e nem a passagem de gases quentes ou chamas. 
Kato et al (1988), afirma que o requisito de desempenho quanto a resistência e 
reação ao fogo é muito importante pois está ligada diretamente com a preservação da 
vida humana. 
Segundo Kato et al (1988) é importante avaliar os elementos quanto à reação ao 
fogo, que é a capacidade do elemento na propagação superficial de chama e no 
desenvolvimento de gases tóxicos quando submetidos à ação do fogo. 
Quanto ao critério de resistência ao fogo, apresenta-se na tabela 2.1.2 valores 
regulamentados pela NBR 9077 (1993) que cada tipo de vedação deve permanecer 
estável por um determinado tempo. 
Tabela 1 – Critérios de resistência ao fogo, segundo a NBR 9077 (1993) 
 Resistência ao fogo Aplicação 
20 
 
Paredes externas ≥ 120 min 
Paredes de subdivisão de 
espaços 
≥ 120 min 
Isolamentos entre unidades 
autônomas e áreas de uso 
comum 
≥ 240 min 
Isolamento entre unidades 
autônomas e áreas de uso 
comum em edifícios com 
altura superior a 30m 
Parede de enclausuramento 
≥ 120 min 
Enclausuramento de 
escadas protegidas* e 
paredes de saídas de dutos 
de saídas de ar 
≥ 240 min Enclausuramento de 
escadas à prova de fumaça 
** e poço de elevador de 
emergência 
*Escada enclausurada protegida: escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por 
paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo. 
** Escada enclausurada à prova de fumaça: escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e o 
acesso é por antecâmara igualmente enclausurada, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio. 
 
Quanto ao critério de desempenho acústico Filho (1988) afirma que este critério 
visa limitar o isolamento sonoro de elementos que compartimentam os ambientes do 
edifício. 
Segundo Baring (1998) o isolamento sonoro é um requisito que vêm cada vezmais sendo exigidos pelos usuários. 
 
 
 
 
21 
 
De acordo com Baring (1998) em casos como edifícios, os sons e ruídos podem 
ser provenientes de três fontes diferentes que são: 
 perturbações do meio externo que incidem no ambiente do edifício por 
meio das suas fachadas; 
 interferências sonoras internas que podem “ atravessar” a vedação 
vertical; 
 ruídos provenientes de vibrações de máquinas ou equipamentos 
hidráulicos transmitidos pela estrutura e pelas vedações verticais do 
edifício. 
Segundo Sabbatini et al (1988) o critério de estanqueidade a água e ao vapor d’ 
água é a limitação da penetração da água nas vedações. 
Segundo a NBR 11681 (1990), os componentes de fechamento, quando 
submetidos à ação da água, não devem apresentar: 
 aumento de espessura superior a 10%; 
 deslocamentos, cuja a somatória das extensões seja superior a 10% da 
largura efetiva; 
 fissuras verticais com extensão superior a 10 mm. 
 
2.3. VEDAÇÃO VERTICAL EM ALVENARIA 
 
A definição de alvenaria pode ser dada por um componente construído em obra, 
utilizando-se a união entre tijolos ou blocos com juntas de argamassa, formando um 
conjunto rígido e coeso (SABBATINI, 1984). 
Segundo Nascimento (2002), uma das principais funções da alvenaria é a de 
separar ambientes, seja uma separação entre ambientes internos ou em relação à 
ambientes externos, servindo como freios, barreiras ou filtros para ações quase sempre 
heterogêneas. 
Estas estruturas são utilizadas desde a antiguidade, e apresenta alto grau de 
aceitação pelo homem como método construtivo. 
22 
 
As alvenarias podem ser classificadas como resistentes ou auto - portantes. As 
primeiras, segundo Nascimento (2002), são destinadas a absorver as cargas advindas 
das lajes e sobrecarga, sendo utilizadas no seu dimensionamento as normas NBR 10837 
e NBR 8798 onde é indicado que sua espessura nunca deverá ser inferior a 14,0 cm 
(espessura do bloco) e a resistência à compressão não deverá ser menor que 4,5 MPa. 
Já os componentes de auto-portantes ou vedação, como próprio nome sugere, 
servem para o fechamento dos vãos nos edifícios não suportando cargas além do seu 
peso próprio. Nesse tipo de alvenaria os blocos cerâmicos e de concreto apresentam 
maior índice de utilização na Indústria da Construção Civil. 
Segundo Sabbatini (2003) os tipos de vedação em alvenaria são de: 
 bloco de concreto; 
 bloco cerâmico; 
 bloco silico-calcário; 
 bloco de concreto celular; 
 bloco de solo cimento; 
 pedra. 
 
2.3.1. Alvenaria com Blocos cerâmicos vazados 
São os blocos com maior freqüência de utilização na região Nordeste, não só 
pelas práticas construtivas, mas também pela cadeia de distribuidores estabelecida no 
mercado. 
Segundo Nascimento (2002), este tipo de bloco é obtido a partir da queima de 
argilas e é de fácil fabricação. Possuem variação volumétrica de valores considerados 
baixos ao absorver ou expelir água, além de baixa densidade e facilidade de manuseio, 
apresentando, ainda, custo competitivo. 
A NBR 15270 (2005) define bloco cerâmico em alvenaria como um componente 
de alvenaria que apresenta furos prismáticos e/ou cilíndricos perpendiculares às faces 
que a contém. 
23 
 
Segundo Rodrigues (2001) a alvenaria em blocos cerâmicos furados são 
constituídos por paredes executadas com blocos cerâmicos furados de seis, oito ou dez 
furos, possuindo furos redondos ou quadrados. 
Segundo a NBR 15270 (2005) os blocos cerâmicos possuem dimensões 
nominais variadas, indo desde (9x9x19)cm até (24x24x39)cm correspondendo a 
(largura x altura x comprimento). 
 Nas tabelas 2 e 3 da NBR 15270 (2005) apresenta-se as dimensões dos blocos 
cerâmicos para vedação. 
 Tabela 2 – Dimensões de blocos cerâmicos para vedação 
 
Fonte: NBR 15270 (2005). 
 
 
24 
 
Tabela 3 – Dimensões de blocos cerâmicos para vedação 
 
Fonte: NBR 15270 (2005). 
 
Segundo a NBR 6120 (1980) que o bloco cerâmico tem peso especifico de 13 
KN/m³, o que representa para o bloco cerâmico de seis furos com dimensões de 
(9x19x29) um peso de 117 Kg/m². 
A Figura 1 mostra as dimensões do bloco cerâmico (9x19x29)cm. 
 
Figura 1 –Dimensões do bloco cerâmico 
Fonte: www.adebaraceramica.com.br 
 
25 
 
Segundo Silva (2009), o peso específico da parede executada com alvenaria em 
bloco cerâmico de seis furos com dimensões de (9x19x29)cm é de 180 Kg/m². 
Silva (2009) afirma que na execução de uma parede de alvenaria é gerada uma 
grande quantidade de entulho, e consequentemente um grande desperdício de material 
por causa da necessidade de cortes ou “rasgos” na vedação para que sejam embutidas as 
tubulações das instalações elétricas e hidráulicas. 
Segundo Rodrigues (2001) os blocos cerâmicos tem bom isolamento térmico e 
acústico, devido ao ar que permanece aprisionado no interior dos seus furos. 
Rodrigues (2001) afirma que na execução da vedação com alvenaria em bloco 
cerâmico são assentados de inicio os blocos de canto, para poderem servir de apoio a 
uma linha que deve ser esticada entre eles, sendo fixada por pregos nas juntas das 
argamassas servindo de guia para a colocação dos blocos da primeira fiada, que devem 
ficar alinhados. Completada a primeira fiada de alvenaria verifica-se o nivelamento com 
o auxilio de um nível de bolha apoiado na régua de pedreiro. Devem ser verificados 
todos os cantos, cruzamentos e extremidades. Após essa verificação, é realizado o 
levante das prumadas guias com o auxilio do prumo para assim garantir a perfeita 
verticalização da vedação, para assim serem assentadas as fiadas seguintes uma a cada 
vez. 
Na figura 2 apresenta-se a execução da alvenaria em blocos cerâmicos. 
 
 
Figura 2 – Execução de alvenaria em blocos cerâmicos 
Fonte: Rodrigues (2001) 
26 
 
 
 
2.3.2. Argamassa de assentamento 
A argamassa é o agente agregador entre os blocos numa parede de alvenaria. 
Segundo Pozzobon (2003) a argamassa deve ser resistente, durável, capaz de manter a 
parede em condições estruturais por toda vida útil da edificação e, ainda, deve ajudar a 
criar uma barreira resistente à água. 
As argamassas mistas normalmente utilizadas para o uso na alvenaria são 
compostas de areia, cimento, cal e água. 
Duarte (1999), afirma que a resistência da argamassa desempenha um papel 
secundário na resistência à compressão da parede em relação à resistência à compressão 
dos blocos. 
As principais características da argamassa no estado plástico são a plasticidade, 
trabalhabilidade, a retenção de água e o tempo de endurecimento. Já no estado 
endurecido, os pontos mais importantes a serem observados são a aderência e a 
resistência a compressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
2.4. VEDAÇÃO VERTICAL EM GESSO ACARTONADO 
Segundo Mitidieri (2000) as vedações verticais em gesso acartonado podem ser 
definidas como um sistema constituído por perfis de chapas de aço zincado e 
placas de gesso acartonado, fixadas por meio de parafusos especiais. 
 
2.4.1. Divisórias internas em gesso acartonado ou drywall 
Segundo Ferguson (1996) as divisórias internas em gesso acartonado são 
constituídas de uma estrutura leve em perfis metálicos de aço zincados, como montantes 
e guias, sobre os quais são fixadas as chapas de gesso acartonado, em uma ou mais 
camadas, como mostra a figura 3. 
 
 
Figura 3 – Tipos de paredes 
Fonte: Braga (2008) 
 
Segundo Losso (2004) as chapas de gesso acartonado são montadas em ambos 
os lados de estruturas metálicas leves que, por sua vez, são fixadas na estrutura principal 
da edificação (lajes, vigas,pilares). As placas são montadas seqüencialmente até a 
vedação da toda a superfície. Na parte interna da parede fica um vazio, por onde podem 
passar tubulações elétricas e hidráulicas. Entre cada placa existe uma junta que, além de 
1 camada 2 camadas 
28 
 
separá-las, serve para absorver esforços mecânicos oriundos de movimentações 
estruturais das próprias placas e/ou da estrutura principal da edificação. Também, outras 
movimentações, como dilatações e retrações térmicas, são absorvidas pelas juntas. 
Segundo Losso (2004) a última etapa da montagem consiste em realizar a 
vedação das juntas entre placas ou entre elementos construtivos (laje-placa por 
exemplo). Para isto são utilizadas fitas de papel microperfuradas, massas especiais 
flexíveis, para evitarem-se fissuras, e colas para calafetação. 
Na figura 4 apresenta-se a execução da parede em gesso acartonado. 
 
Figura 4 – Processo de execução da vedação interna em gesso acartonado. 
Fonte: Braga (2008) 
 
Para que se possa compreender o método construtivo das divisórias internas em 
gesso acartonado, é necessário saber quais os materiais e componentes utilizados para a 
execução do mesmo. 
Desta forma, o presente capítulo aborda os materiais e componentes necessários 
para a execução das divisórias em gesso acartonado, onde estes serão apresentados de 
acordo com sua função dentro do processo de execução. 
 
29 
 
2.4.2. Componentes para fechamento 
Os componentes para fechamento são constituídos por chapas de gesso 
acartonado. 
Segundo Oliveira (2005) e a NBR 14715/2001, caracterizam-se como chapas de 
gesso acartonado as chapas fabricadas por processo de laminação contínua de uma 
mistura de gesso, água e aditivos, entre duas lâminas de cartão. 
Hardie (1995) define chapa de gesso acartonado como um “sanduíche” 
composto na sua parte central de gesso, entre duas camadas de papel cartão. 
A placa de gesso acartonado comum é formada por uma mistura de gesso 
(gipsita natural) em sua parte interna, revestida por um papel do tipo “kraft” em cada 
face. 
 
2.4.3. Histórico das placas em gesso acartonado 
Segundo Hardie (1995) as placas em gesso acartonado foram inventadas nos 
Estados Unidos no ano de 1898 por Augustine Sackett. Porém de acordo com Gypsum 
(1999) esse sistema de vedação interna começou a ser utilizado em 1917 na 1° guerra 
mundial por causa da sua resistência ao fogo e a rapidez de montagem. 
Entretanto, de acordo com Gypsum (1999) este tipo de parede interna só 
começou a ser utilizado em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 40. 
Segundo Hardie (1995) após a 2° guerra mundial houve uma crescente demanda 
por habitações e reconstrução dos centros urbanos, onde contribuiu para a introdução 
dessa tecnologia de vedações internas na Europa. 
Faria (2008) afirma que a primeira fábrica de placas em gesso acartonado no 
Brasil foi instalada em 1972 na cidade de Petrolina em Pernambuco. 
Segundo Faria (2008), foram construídos na década de 70 diversos conjuntos 
habitacionais em São Paulo com essa tecnologia de painéis em gesso acartonado. 
Porém, de acordo com Faria (2008) os painéis de gesso acartonado começaram a 
ganhar expressiva importância no Brasil na segunda metade da década de 90 para o 
30 
 
público em geral. Entretanto segundo Corbiolli (1995), o uso de tal sistema já estava 
difundido e consolidado há muito tempo no exterior, pois os diversos países já estão em 
um estágio de desenvolvimento do produto bastante adiantado, com uso expressivo em 
relação a outros sistemas de vedação interna. Nos Estados Unidos, por exemplo, 
aproximadamente 90% dos fechamentos internos são realizados com gesso acartonado. 
Segundo Faria (2008), foi criada uma associação drywall em 2000 no Brasil 
pelos fabricantes de chapas para divulgar a cultura da construção seca. Neste mesmo 
ano foram lançadas no país novas tecnologias de painéis em gesso acartonado. 
De acordo com Faria (2008) em 2001, foram publicadas as primeiras normas 
técnicas para chapas de gesso acartonado: a NBR 14.715 (Requisitos), a NBR 14.716 
(Verificação das Características Geométricas) e a NBR 14.717 (Determinação das 
Características Físicas). 
Segundo Faria (2008) foi constatado que com a verificação do potencial de 
crescimento desse sistema nacionalmente, as principais empresas fabricantes mundiais 
começaram a migração em direção ao mercado brasileiro. O material que tinha uma 
produção bastante inexpressiva passa a ser produzido em larga escala no país, trazendo, 
assim, a queda no custo. 
Dessa forma, conjugando aspectos econômicos com vantagens oferecidas pelo 
material, o mercado apresentou um crescimento expressivo, como apresentado na 
Figura 5 e, atualmente, o sistema já se encontra bastante difundido no mercado interno 
brasileiro. 
 
Figura 5 – Histórico do consumo de chapas de gesso acartonado no Brasil. 
Fonte : Abragesso (2004) 
31 
 
2.4.4. Fabricação das placas de gesso acartonado 
Segundo Hardie (1995) a fabricação das placas de gesso é realizada inicialmente 
com a extração da matéria prima e fabricação do gesso em pó. Logo em seguida é feita 
uma pasta com o gesso em pó, aditivos e água, e essa pasta é espalhada sobre uma folha 
de papel cartão sendo submetida a um processo de vibração, onde esta ação é realizada 
para expulsar as bolhas de ar internas à pasta, evitando que a placa fique com vazios não 
comprometendo a resistência mecânica. Após esse processo de vibração é colocada 
outra folha de papel cobrindo a pasta, formando assim um sanduiche de gesso. Após o 
endurecimento deste “sanduiche”, essas placas são cortadas e transportadas para tuneis 
de secagem, onde é controlada a umidade e a temperatura. Em seguida, passam por um 
circuito de ar frio, para que a placa não perca a sua propriedade elástica neste processo 
de secagem. 
A figura 6 mostra esse processo de fabricação. 
 
Figura 6 – Processo de fabricação da placa de gesso acartonado 
Fonte: Tanigutti (1998) 
 
 
2.4.5. Tipos de placas de gesso acartonado 
No Brasil além da placa de gesso para uso comum, existem outros tipos de 
placas especiais para usos específicos, como para áreas úmidas (banheiros e cozinha) e 
32 
 
para proporcionar maior resistência ao fogo. O que diferencia essas placas são os 
aditivos incorporados ao gesso com o objetivo de melhorar a propriedade específica a 
que se destina. Dentre as tipologias das placas comumente utilizadas (figura 7) têm-se: 
• Standartd (ST): utilizada em áreas secas, sem necessidades específicas; 
• Resistente à Umidade (RU): utilizadas em áreas sujeitas à umidade de forma 
intermitente e por tempo limitado; 
• Resistente ao Fogo (RF): utilizadas em áreas com pouca presença de umidade e 
com exigências especiais em relação ao fogo. 
 
Figura 7 – Tipos de chapa para Drywall 
Fonte: DRYWALL,2009. 
 
2.4.5.1. Placas para uso comum (Standartd) 
Segundo Knauf (1997) as chapas para uso comum só devem ser empregadas em 
locais onde a temperatura seja abaixo de 50°C e a umidade relativa permanente inferior 
a 90%. 
De acordo com Hardie (1995) as chapas para uso comum no Brasil possuem 
cartão branco na face frontal e marfim na face posterior. 
Segundo Hage et AL (1995) as placas para uso padrão (standart) são compostas 
por um miolo de gesso e aditivos que são o sulfato de potássio, o cloreto de sódio ou o 
sulfato de sódio, onde a função destes aditivos é acelerar o tempo de pega. 
33 
 
Segundo Ferguson (1996), cada espessura de chapa é mais adequada conforme o 
tipo e utilização da divisória. As chapas com espessuras maiores, por exemplo, possuem 
melhor desempenho estrutural, porém são mais difíceis de serem curvadasjá que são 
mais rígidas. 
Segundo Knauf (1999) a chapa com 12,5 mm de espessura é o mais utilizado no 
Brasil. 
As dimensões das chapas de gesso acartonado para uso comum no Brasil são 
apresentadas na tabela 4. 
Tabela 4 – Dimensões das chapas de gesso acartonado (Standart) 
 
Fonte: Knauf (1996), Lafarge (1996), Placo do Brasil (1996) 
 
2.4.5.2. Placas resistentes a umidade (RU) 
De acordo com a NBR 14717 (2001), que define as características físicas das 
chapas de gesso acartonado, as placas RU devem apresentar uma taxa de absorção 
máxima de 5%. 
Segundo Knauf (1997) as chapas de gesso acartonado resistentes a umidade 
possuem coloração esverdeada. 
34 
 
Segundo Ferguson (1996) as placas resistentes à umidade são constituídas por 
gesso e aditivos ,como silicone ou fibras de celulose, e têm as duas superfícies com 
cartões hidrofugantes. 
No Brasil, é possível encontrar esse tipo de chapa com várias dimensões, as 
quais são apresentadas na tabela 5. 
 
Tabela 5 – Dimensões das chapas de gesso acartonado (RU) 
 
Fonte: Knauf (1996), Lafarge (1996), Placo do Brasil (1996) 
 
 
2.4.5.3. Placas resistentes ao fogo (RF) 
Segundo Ferguson (1996) as placas resistentes ao fogo possuem aditivos no 
gesso e fibras de vidro onde a função desses aditivos e da fibra de vidro, é de além de 
melhorar a resistência da placa de gesso ao fogo, é melhorar a resistência a tração e 
reduzir a absorção de água. 
Segundo Knauf (1997) as chapas de gesso acartonado resistentes ao fogo 
possuem o cartão da face frontal na cor rosa. A tabela 6 apresenta as dimensões de 
chapas resistentes ao fogo comercializadas no Brasil. 
 
 
 
 
 
35 
 
Tabela 6 – Dimensões das chapas de gesso acartonado (RF) 
 
Fonte: Knauf (1996), Lafarge (1996), Placo do Brasil (1996) 
 
 
2.4.6. Componentes para suporte das chapas 
Segundo Ferguson (1996) as chapas de gesso acartonado devem ser fixadas 
sobre uma base plana e estável, pois não possui por si só, resistência estrutural 
adequada. 
Segundo Tanigutti (1998) no Brasil é utilizado perfis de aço galvanizado para 
esse fim. Em alguns países, como Canadá e Estados Unidos, emprega-se também 
estruturas de madeira. 
Oliveira (2005) e a NBR 15217/2005 consideram como perfis de aço para 
paredes de gesso acartonado os perfis fabricados mediante processo de conformação 
contínua a frio, por seqüência de rolos, a partir de chapas de aço revestidas com zinco 
pelo processo de zincagem contínua por imersão a quente. 
Segundo Bentes (2002) a estrutura de perfis metálicos é composta por montantes 
colocados na vertical e guias colocadas ao nível do pavimento e do teto como mostra na 
figura 8. 
36 
 
 
Figura 8 – Guias e montantes da divisória em gesso acartonado. 
Fonte Taniguti (1999). 
 
Segundo a NBR 15217 (2005) a espessura mínima desses perfis é de 0,5 mm. 
De acordo com Bentes (2002) a colocação dos montantes deve respeitar 
afastamentos de 0,4m ou 0,6m, como mostrado na figura 9. 
 
Figura 9 – Distância entre montantes 
Fonte: Bentes (2002). 
 
Segundo Bentes (2002) os montantes têm a sua seção em forma de C e as guias 
em forma de U como mostrado na figura 10. 
 
37 
 
 
Figura 10 – Formas de montantes e guias. 
Fonte: Roll for (2002) 
 
Os perfis de aço normalmente possuem espaço em sua estrutura para permitir a 
passagem de instalações elétricas e hidráulicas como mostra a figura 11. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Passagem de tubulações elétricas. 
Fonte: Bentes (2002) 
 
A tabela 7 adaptada de Câmara (2010), apresenta os principais tipos de guias e 
montantes comercializados no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Tabela 7 –Tipos de guias e montantes comercializados no Brasil 
 
Fonte: Câmara (2010) 
 
2.4.7. Materiais utilizados para a fixação 
As peças de fixação são utilizadas tanto para fixar os componentes do sistema 
drywall entre si quanto para fixar os perfis metálicos aos elementos construtivos. 
Segundo Tanigutti (1999) é necessário a utilização de parafusos ou pregos para a 
fixação das placas de gesso à estrutura suporte. 
Segundo lafarge gesso (1996) os parafusos comercializados possuem uma ponta 
afiada para melhor penetração na placa e na estrutura. E a função da rosca ao longo do 
seu comprimento é de melhorar a fixação do parafuso na placa e no perfil metálico. 
Segundo a Placo do Brasil (2001) o tamanho do parafuso a ser fixado em perfis 
metálicos, deve corresponder a espessura da placa aumentada de 1 cm. 
De acordo com a empresa Placo do Brasil (2001) é necessária uma correta 
penetração do parafuso na chapa, pois caso contrário se o parafuso ficar saliente pode 
comprometer o acabamento e se o mesmo ficar reentrante pode danificar a chapa de 
gesso acartonado. 
Na figura 12 é mostrada a correta fixação dos parafusos. 
39 
 
 
Figura 12 – Posicionamento dos parafusos nas chapas de gesso acartonado 
Fonte: Placo do Brasil (2001) 
 
A Figura 13 ilustra os tipos de pregos comercializados no Brasil e a Figura 14 
mostra a especificação para a situação mais adequada em que cada componente deve ser 
empregado. 
40 
 
 
 
Figura 13- Tipos de parafusos comercializados no Brasil 
Fonte: Knauf (1996) 
 
41 
 
 
Figura 14- Especificação de parafusos 
Fonte: Knauf (1996) 
 
2.4.8. Materiais para tratamento das juntas 
Segundo Mitidieri (1997) é necessário o tratamento das juntas entre as chapas de 
gesso para que após o acabamento final da divisória não tenha um aspecto modular e, 
além disso, não apresente fissuras após o acabamento final. 
De acordo com Mitidieri (1997) os materiais necessários para o tratamento das 
juntas são as massas para tratamento das juntas e as fitas de reforço. 
2.4.8.1. Massas para tratamento das juntas 
Segundo o catálogo da Knauf (1996), as massas para tratamento das juntas são a 
base de gesso e possuem aditivos. 
De acordo com Mitidieri (1997) as massas para tratamento de juntas são 
compostas por gesso e aditivo que tem a função de aumentar a trabalhabilidade e 
plasticidade da massa e, conforme o teor de aditivos, o endurecimento pode ocorrer 
rapidamente ou não. 
Segundo Taniguti (1999) no Brasil a escolha da massa é feita através do tempo 
de endurecimento, sendo as massas de pega rápida as mais empregadas. Essas massas 
podem ser preparadas na obra, adicionando-se água ao pó, mas também existem massas 
prontas para o uso. 
42 
 
Segundo Ferguson (1996) a massa preparada na obra, pode-se obter um 
composto com diferentes características. Já as massas prontas que apresentam 
consistência uniforme, não dependem da forma de como é misturada. 
Segundo Ferguson (1996) nos Estados Unidos as massas utilizadas para a 
execução da primeira camada de tratamento das juntas possuem pouca retração na 
secagem e maior resistência a fissuras, se comparados aos materiais para a execução da 
camada final que proporciona um acabamento mais liso e seca com maior rapidez. 
De acordo com Ferguson (1996) existe uma massa que pode ser utilizada para 
todas as camadas do tratamento das juntas, porém o desempenho desse material é 
inferior quando comparado aos materiais específicos para cada camada. 
Segundo Ferguson (1996) no Brasil o material utilizado para tratamento das 
juntas é aquele destinado a todas as camadas de rejuntamento. 
As variedades de massas para rejunte comercializadas no Brasil são apresentadas 
na Tabela 8. 
Tabela 8 – Massa para rejunte comercializada no Brasil. 
 
Fonte: Lafarge gesso (1996) 
 
43 
 
2.4.8.2. Fitas para juntasSegundo Taniguti (1999) as fitas são utilizadas para reforçar as juntas formadas 
no encontro de duas ou mais chapas, para reforçar os cantos e também para fazer 
reparos causados por fissuras. 
Segundo Taniguti (1998) as fitas têm a função de reforçar as juntas, já que as 
massas para rejunte possuem pouca resistência à deformação. 
As fitas são elementos utilizados com a função de acabamento a fim de melhorar 
o desempenho do painel. 
Segundo a Lafarge gesso (1996) as principais fitas utilizadas são: 
 Fita de papel microperfurado: Utilizada no tratamento de juntas entre 
chapas e tratamento dos encontros entre a chapa e o suporte (lajes, vigas, 
pilares e alvenarias); 
 Fita de papel com reforço metálico: Reforço de ângulos salientes; 
 Fita de isolamento: Utilizada para o isolamento dos perfis, no perímetro 
das paredes, revestimentos e forros. 
 
2.4.9. Principais tipos de paredes em gesso acartonado 
Os principais tipos de parede, segundo Oliveira (2005), são: 
 Parede simples – composta por uma linha de guias e montantes e com 
uma camada de painel de gesso acartonado em cada face. 
 Parede dupla – composta por uma linha de guias e montantes e duas 
camadas de chapas de gesso acartonado em cada face. 
 Parede com lã mineral – composta por um material acústico como a lã de 
vidro e a lã de rocha. 
 Parede com dupla estrutura – composta por duas linhas de guias e 
montantes, adotadas em razão do desempenho estrutural ou acústico 
requerido, que permite a passagem de tubulações de grandes diâmetros. 
 Parede com montantes duplos – normalmente composta por uma linha de 
guias e montantes, sendo empregados montantes fixados entre si e 
44 
 
justapostos dois a dois, utilizada quando são necessárias alturas mais 
elevadas. 
 Parede com estruturas desencontradas – composta por duas linhas de 
guias e montantes desencontrados, adotada em razão do desempenho 
estrutural ou acústico requerido. 
 
2.4.10. Desempenho acústico do gesso acartonado 
Segundo Kiss (2000), um dos principais desafios dos projetos em gesso 
acartonado é garantir o desempenho acústico das paredes. O gesso acartonado permite 
elevados graus de isolamento com menor perda de área em relação à alvenaria 
Kiss (2000) afirma que o modo de isolamento acústico das paredes 
convencionais de alvenaria é diferente das paredes de gesso acartonado, pois a última 
possui um vazio entre as duas faces da parede, formando um sistema massa-mola-massa 
onde as freqüências de transmissão são diminuídas pela reflexão das ondas no interior 
das paredes. A utilização de preenchimentos, como lã de rocha ou lã de vidro, contribui 
para melhorar a absorção e, portanto, a redução da transmissão sonora. 
 
2.4.11. Resistência ao fogo do gesso acartonado 
A chapa de gesso acartonado é composta de cerca de 21% de água. Isso 
determina ao produto uma boa resistência ao fogo. No entanto o desempenho será 
determinado por uma série de variáveis como o tipo e a espessura da chapa, a espessura 
final da parede, a existência ou não de tratamento interno com mantas isolantes e 
resistentes ao fogo, o tipo de revestimento aplicado e outras características. 
“As paredes são classificadas pela função que exercem na edificação e devem 
apresentar uma resistência ao fogo que pode ser de 30, 60, 90 minutos, 2 horas ou até 4 
horas”, explica Mitidieri (2000). 
Segundo a NBR 10636/1989 a exigência da resistência ao fogo das paredes, 
depende da sua função no edifício. 
 
 
45 
 
2.4.12. Resistência à umidade 
Segundo Mitidieri (2000), as chapas de gesso acartonado não são adequadas 
para uso externo, exposto às intempéries. O aparecimento de fungos em paredes internas 
está associado à umidade de banheiros, lavanderia, etc. Este tipo de patologia deve ser 
previsto com a colocação de chapas hidrófogas ou do tipo “resistentes à umidade”. 
Deve-se também fazer uma impermeabilização e proteção superficial, principalmente 
quando não houver ventilação direta adequada, pois estas chapas não são concebidas 
para garantir a estanqueidade à água da parede por si só. 
As chapas de gesso acartonado resistentes à umidade (RU) se diferenciam das 
chapas padrão pela cor esverdeada. No processo de fabricação dessas placas, são 
incluídos na mistura do gesso alguns aditivos hidrofugantes – à base de silicone – que 
diminuem a quantidade de absorção da água pelo material. 
De acordo com a norma NBR 14.717/2001, que define as características físicas 
das chapas de gesso acartonado, as placas RU devem apresentar uma taxa de absorção 
de água máxima de 5%. Nas placas Standard, sob as mesmas condições de ensaios, a 
absorção pode chegar a 70%. Porém estas chapas não podem ser utilizadas em ambiente 
externo, pois a ação do intemperismo é muito agressiva mesmo se tratando de uma 
placa verde, explica Faria (2007). 
 
2.4.13. Reparos e capacidade de suporte do gesso acartonado 
As chapas de gesso acartonado não podem ser removidas sem danificar a parede. 
As chapas não são removíveis, ou seja, para execução de reparos na chapa há a 
necessidade de delimitar o local a ser retirado. Para instalações elétricas convencionais, 
ou seja, para substituição da fiação, são necessários componentes elétricos interligados 
por eletrodutos. No caso de instalações hidráulicas existe a necessidade de danificar um 
trecho. Mitidieri (2000). 
Quando existir a necessidade de reparos, para que os danos à parede sejam 
mínimos, estes devem ser bem delimitados e as chapas cortadas com ferramentas 
apropriadas. O reparo da chapa de gesso acartonado ou de uma nova chapa, deve ser 
feito respeitando-se alguns detalhes, como a colocação de fita nas emendas e de massa 
própria para juntas. Mitidieri (2000). 
46 
 
A carga máxima suspensa que uma parede de gesso acartonado pode resistir 
depende basicamente dos seguintes fatores, entre outros: 
 Do tipo de parede. As paredes com chapas duplas em cada face resistem 
a cargas maiores do que aquelas que possuem apenas uma chapa em cada 
face, considerando-se a carga suspensa aplicada nas chapas; 
 Do tipo ou sistema de fixação a ser adotado. Devem ser adotadas 
fixações especialmente desenvolvidas para a utilização neste tipo de 
parede, porém existem variações de limites de resistência entre elas; 
 Da forma de aplicação da carga a partir da peça suspensa. São 
considerados três tipos de aplicação da carga: carga faceando a parede, 
que faz com que a carga aplicada faça um efeito de corte na chapa de 
gesso; carga aplicada por pequenos suportes do tipo cantoneira, em L, 
por exemplo, para extintores de incêndio; e carga aplicada por armários, 
que impõe um esforço de momento na parede. Mitidieri (2000). 
De acordo com Mitidieri (2000), caso haja a necessidade, em função de cargas 
maiores (bancadas de pia, armários de cozinha ou de lavanderia e etc.) deve ser adotado 
um reforço interno à parede, em madeira tratada ou aço zincado, já deixados na parede 
durante a execução. Quando se analisa uma determinada carga é necessário verificar se 
trata de carga de ruptura ou carga de uso, bem como a forma de aplicação da carga. 
Normalmente, é adotado um coeficiente de segurança de três, ou seja, a carga de uso 
deverá ser a terça parte da carga média de ruptura observada em ensaios. Não é qualquer 
tipo de carga que pode ser fixada, independente de outros fatores. É necessário verificar 
todos os fatores intervenientes e os limites de cargas de uso definidas por tais fatores. 
 
2.4.14. Instalações integradas em gesso acartonado 
De acordo com Mitidieri (2000), a versatilidade para passagem de instalações 
hidráulicas, de lógica, telefonia e gás são uma das grandes vantagens do gesso 
acartonado.O mercado de produtos antes ignorados começa a ser analisado com mais 
apreciação por algumas indústrias. Componentes utilizados em alvenaria dividem 
espaço com componentes especialmente projetados para as paredes em gesso 
acartonado. 
47 
 
 
2.4.15. Juntas de dilatação ou movimentação 
Devem ser adotadas em paredes de grandes dimensões, com a intenção de evitar 
problemas de fissuração por movimentações higrotérmicas. No caso de paredes com 
uma camada de chapa de gesso em cada face, paredes simples, tem a opção de uma 
junta de movimentação a cada 50m². Para paredes duplas, com duas camadas de chapas 
de gesso em cada face, sugere-se uma junta a cada 70m². Em qualquer situação, a 
distância máxima preferível entre juntas é de 15m. Filho (1997). 
 
2.4.16. Questão ambiental 
Segundo Oliveira (2005), a Resolução Conama nº 307, de 5 de julho de 2002, os 
produtos oriundos do gesso são considerados de Classe C, pois ainda não foram 
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam sua 
reciclagem ou recuperação. Já conforme as NBR 10004/2004 e NBR 10006/2004, o 
gesso é classificado como sendo de Classe II A, não inerte. 
Em relação à destinação de tais resíduos, eles devem ser armazenados, 
transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 
Segundo Santos apud Oliveira (2005), o gesso quando em contato com umidade, em 
condições anaeróbicas, baixo pH e sob ação de bactérias redutoras e sulfatos, quadro 
recorrente em muitos aterros sanitários e lixões, pode formar o gás sulfídrico (H2S). O 
gás sulfídrico (H2S) possui odor parecido com o de ovo podre, além de ser tóxico e 
inflamável, motivo pelos quais o gesso tem sido banido de vários aterros sanitários 
norte-americanos. Ainda sobre o artigo, o resíduo de gesso pode voltar a ter as 
características químicas da gipsita, voltando ao seu estado de origem e podendo ser 
utilizado na produção de gesso, cimento e na correção do pH do solo. Considerando-se 
a viabilidade econômica na utilização da gipsita ou resíduos de gesso, a gipsita tem 
baixo valor de comercialização, mas alto valor de frete, diferentemente dos resíduos de 
gesso provenientes de louças sanitárias e fertilizantes. 
 
 
 
48 
 
3. ESTUDO DE CASO 
 
Segundo Stake (1999) o método do estudo de caso pode ser considerado como 
uma das estratégias para se realizar uma pesquisa qualitativa, onde este método é o mais 
adequado quando o pesquisador tem pouco controle, ou nenhum, sobre os eventos 
ocorridos. 
De acordo com Bauer (2000) uma pesquisa qualitativa deve apresentar 
características essenciais como: adoção de um local para fonte de dados, adoção de um 
pesquisador para servir como instrumento de coleta de dados, a pesquisa deve ser 
relatada de forma descritiva e ter enfoque na análise de dados. 
A Obra escolhida foi o um Edifício comercial e residencial na cidade de Feira de 
Santana. A referida obra possui na parte comercial 7 lojas com área de 118 a 127 m², 9 
lojas com área de 27 a 30 m², 1 restaurante com 175 m², 13 salas com área de 58 a 73 
m², 36 salas com área de 26 m² e 2 auditórios com área de 123 m². 
O Edifício possui em sua parte residencial 60 studios com área de 27 m², 24 lofts 
com área de 46 m² , 24 apartamentos de um quarto com área de 60 m² e 6 apartamentos 
de dois quartos com área de 60 m². 
 
 Figura 15 – Fotografia do edifício em estudo. 
49 
 
 
O empreendimento possui 19 pavimentos e contêm 10 diferentes tipos de 
plantas, sendo 3 plantas de pavimentos tipos. 
A Figura 16 mostra uma das plantas de pavimento tipo e a Figura 17 mostra uma 
planta das 7 diferentes tipos de planta. 
 
 
Figura 16 – planta de pavimento tipo 
Fonte: L.Marquezzo 
 
 
Figura 17 – Planta do 7° pavimento. 
Fonte: L.Marquezzo 
50 
 
O edifício em construção terá 5686,37 m² (cinco mil seiscentos e oitenta metros 
quadrados) de divisórias internas. O mesmo utiliza para a sua vedação interna bloco 
cerâmico de seis furos com dimensões de 9x19x29 cm como mostra a Figura 18. 
 
 
Figura 18 – Vedação interna em alvenaria convencional. 
 
 Atualmente por causa do crescimento da Construção Civil o mercado 
imobiliário se tornou mais competitivo fazendo com que as empresas busquem pela 
redução de custos na execução dos empreendimentos, sendo assim, essas empresas 
procuram por materiais de alto desempenho com baixo custo de implantação, 
manutenção e rapidez de execução. 
Alguns materiais que podem gerar essa diminuição de custos serão mostrados 
através de uma comparação entre o drywall e a alvenaria convencional. 
 
3.1. ANÁLISE DE DADOS 
Na tabela 9 é demonstrado o peso próprio das paredes em gesso acartonado 
e das paredes em alvenaria de bloco cerâmico tendo como base a NBR 6120 (1980) 
em seguida, é mostrado o peso total das paredes com chapas de gesso acartonado e 
com paredes em alvenaria de bloco cerâmico sobre a estrutura. 
51 
 
Tabela 9 – Planilha de diferença de carga na estrutura 
 
 
Analisando os resultados tem-se uma diferença de carga na estrutura que 
favorece o drywall em 852,96 t (oitocentos e cinqüenta e dois vírgula noventa e seis 
toneladas), o que equivale a uma redução de 83,33% (oitenta e três vírgula trinta e três 
porcento), de peso de parede sobre a estrutura do edifício. 
Após um levantamento de dados onde as quantidades foram obtidas em projeto, 
e de acordo com a composição da tabela TCPO e com os preços do mercado local dos 
serviços e insumos descritos nas tabelas abaixo, foi levantado o custo para cada tipo de 
sistema de vedação vertical interna. 
 
Tabela 10 – Planilha do valor da mão de obra para as duas técnicas de execução. 
 
 
Analisando os resultados tem-se uma diferença de valor pago para a execução do 
serviço na mão-de-obra que favorece o drywall em R$ 84.613,18 (oitenta e quatro mil 
seiscentos e treze vírgula dezoito), o que equivale a uma redução de 52,62% (cinquenta 
e dois vírgula sessenta e dois porcento), do valor pago para executar o mesmo serviço 
com paredes de alvenaria de blocos. 
52 
 
Tabela 11 – Custo da parede com chapas de gesso acartonado. 
 
 
Analisando os resultados encontramos que para executar um metro quadrado de 
parede de drywall é necessário R$ 34,28 (trinta e quatro reais e vinte e oito 
centavos),com isso para executar os 5.686,37 metros quadrados da obra inteira seriam 
gastos R$ 194.928,76 (cento e noventa e quatro mil, novecentos e vinte e oito reais e 
setenta e seis centavos) de material. 
 
Tabela 12- Custo da parede com bloco cerâmico convencional. 
 
 
Analisando os resultados encontramos que para executar um metro quadrado de 
parede de alvenaria é necessário R$ 15,70 (quinze reais e setenta centavos), com isso 
para executar os 5.686,37 metros quadrados de vedação interna da obra inteira seriam 
gastos R$ 133.629,70 (cento e trinta e três mil, seiscentos e vinte e nove reais e setenta 
centavos) de material. 
 
 
53 
 
Gráfico 01- Tipo de vedação interna X custo de material. 
 
 
Analisando os resultados da comparação de custos dos materiais dos dois 
métodos construtivos temos uma diferença de valor que favorece a parede em bloco 
cerâmico em R$ 61299,06 ( sessenta e um mil duzentos e noventa e nove reais e seis 
centavos) , o que equivale a uma redução de 31,45% ( trinta e um virgula quarenta e 
cinco por cento) do valor pago para a compra de materiais para a execução de paredes 
internas em drywall. 
 
 Tabela 13: Orçamento de vedação interna executada com drywall. 
 
 
R$ 194.928,76 
R$ 133.629,70 
R$ 0,00 
R$ 50.000,00 
R$ 100.000,00 
R$ 150.000,00R$ 200.000,00 
R$ 250.000,00 
Tipo de vedação 
Drywall 
parede de bloco cerâmico 
54 
 
Analisando os resultados da tabela 13 encontramos que para executar uma 
parede com drywall o custo é de R$ 47,28 ( quarenta e sete reais e vinte oito centavos) 
por metro quadrado e o custo total de vedação interna do edifício que possui 5686,37 m² 
de parede interna é de R$ 271.126,12 ( duzentos e setenta e um mil e cento e vinte e seis 
reais e doze centavos). 
 
Tabela 14: Orçamento de vedação interna executada com bloco cerâmico. 
 
 
Analisando os resultados da tabela 14 encontramos que para executar uma 
parede com bloco cerâmico de seis furos o custo é de R$ 51,78 ( cinquenta e um reais e 
setenta e oito centavos) por metro quadrado e o custo total de vedação interna do 
edifício que possui 5686,37 m² de parede interna é de R$ 294.440,24 ( duzentos e 
noventa quatro mil quatrocentos e quarenta reais e vinte e quatro centavos). 
O Gráfico 2 mostra a diferença entre os dois tipos de vedação vertical 
interna quando comparada o custos da mão de obra e materiais juntos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
Gráfico 02- Tipo de vedação interna X custo de material + mão de obra. 
 
 
Analisando os custos dos dois métodos construtivos tem-se uma diferença que 
favorece as paredes feitas com drywall em R$ 23314,12 (duzentos e trinta e três mil e 
quatorze reais e doze centavos) o que equivale a uma redução de 7,92% ( sete virgula 
noventa e dois porcento) no custo das paredes internas do edifício. 
 
3.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS (DRYWALL X ALVENARIA 
CONVENCIONAL) 
 
Segundo Câmara (2010) as vantagens da utilização da vedação interna em gesso 
acartonado em relação às vedações com blocos cerâmicos são: 
 Redução do volume de material transportado; 
 Facilidade na execução das instalações evitando-se quebras na parede e 
com isso diminuindo a geração de resíduos e retrabalho; 
 Redução da mão de obra para a execução; 
 Alta produtividade; 
R$ 271.126,12 
R$ 294.440,24 
R$ 0,00 
R$ 50.000,00 
R$ 100.000,00 
R$ 150.000,00 
R$ 200.000,00 
R$ 250.000,00 
R$ 300.000,00 
R$ 350.000,00 
Tipo de vedação 
Drywall 
parede de bloco cerâmico 
56 
 
 Redução do peso sobre a estrutura já que o drywall possui densidade 
menor que uma parede com alvenaria convencional; 
 Diminuição com custos de estrutura e fundação já que o peso próprio 
sobre a estrutura é menor; 
 Flexibilidade de layout e ganho de espaço já que o drywall possui 
espessura menor que a parede de bloco cerâmico; 
 Facilidade de execução em eventuais manutenções; 
 Melhor desempenho acústico com uma parede tendo menor espessura 
que a de bloco cerâmico como mostra na Tabela 15. 
 
Tabela 15 – Desempenho acústico do dywall e da alvenaria. 
Tabela de Acústica (Dry - Wall x Avenaria) 
Tipo Decibéis Dry - Wall Alvenaria 
1 
Paredes Divisórias 
Internas 
37 
 
 
2 
Paredes divisórias com 
espaços de uso comum 
(escadas, recepção, hall 
de elevadores, etc.) 
44 
 
 
3 
Parede divisória entre 
departamentos ou 
escritórios num mesmo 
piso 
44 
4 
Parede divisória entre 
departamentos ou 
escritórios próximos 
48 
 
 
Fonte: www.rfbengesso.com.br 
 
A Figura 19 mostra às vantagens do drywall comparada as paredes de gesso 
acartonado. 
57 
 
 
Figura 19 – Vantagens da utilização do drywall 
Fonte: KNAUF,2009. 
 
As desvantagens na utilização do drywall ao invés de paredes com blocos 
cerâmicos são: 
 Baixa resistência a umidade da chapa tradicional; 
 Exige planejamento para a fixação de objetos na parede; 
 Enfrenta barreiras culturais e falta de conhecimento técnico; 
 Cargas superiores a 35 Kg devem ser previstas com antecedência para 
serem instalados reforços no momento da execução 
 Pouca disponibilidade de obra apta ao serviço 
 Pouco poder de barganha em relação a compra de materiais, já que tem 
poucos fornecedores no Brasil 
Segundo Dapont apud Mendes (2008) o gesso acartonado reduz o índice de 
perdas, proporciona uma considerável redução na estrutura, além do ganho de área útil. 
Em contrapartida tem baixa resistência a umidade no caso de chapas comuns e exige um 
planejamento para fixação de objetos, além de encarar uma barreira cultural muito 
grande. 
De acordo com Dapont apud Mendes (2008) há uma grande disponibilidade de 
mão de obra para a execução de paredes com blocos, já que se tem uma cultura de que o 
58 
 
bloco representa resistência e segurança e, além disso, possui o custo do material 
competitivo. 
 
 
 
4. CONCLUSÕES 
 
4.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Atualmente, com o crescimento da competitividade no ramo da construção 
civil, as empresas vêem buscando novos métodos, materiais e tecnologias de construção 
que permitam a redução dos gastos durante a construção dos edifícios, e, além disso, 
mantenham a qualidade do produto final (edifício). 
Com isso o presente trabalho apresentou dois métodos construtivos para a 
vedação interna, comparando-os para assim constatar qual o método mais indicado para 
o edifício em questão. 
Após levantamentos de custos baseados na PINI e na 13° edição do TCPO 
para uma mesma obra com métodos construtivos diferentes, (paredes em chapa de gesso 
acartonado e paredes com alvenaria de bloco cerâmico), concluímos que as vedações 
internas executadas com drywall tem uma redução no custo de R$ 23.314,12 ( vinte e 
três mil trezentos e quatorze reais e doze centavos) em relação as vedações internas 
realizadas com alvenaria convencional para o caso estudado. 
Além disso, baseado na NBR 6120 (1980) pode-se observar que há uma 
redução de 852,96 t de peso próprio sobre a estrutura quando utilizado o drywall ao 
invés da alvenaria de bloco cerâmico, acarretando numa diminuição da fundação e 
estrutura do edifício, tendo conseqüentemente uma diminuição no volume de aço e 
concreto utilizado na obra. 
A utilização do drywall para a vedação interna do edifício ao invés do bloco 
cerâmico furado gera uma diminuição da geração de resíduos, desperdício e retrabalho, 
já que não é necessário cortes nas vedações internas para embutir as instalações e 
durante o transporte pode ser menos susceptível a perda do material, por ser mais 
flexível e pode ser transportado com mais facilidade do que o bloco cerâmico. 
59 
 
Após a exposição de todos os dados e conclusões chega-se a uma conclusão 
que provavelmente o método construtivo mais adequado para este edifício é o drywall, 
pois a utilização do mesmo pode gerar uma diminuição de custo na construção do 
edifício, facilitando e agilizando o andamento da obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
ABRAGESSO, Associação Brasileira do Gesso. Disponível em : < 
http://www.abragesso.org.br>. Acesso em 07 nov.2011. 
 
ABRAGESSO - Associação Brasileira dos Fabricantes de Blocos e Chapas de 
Gesso.Manual de montagem de sistemas drywall. São Paulo: Pini,2004. 
 
ABRAGESSO - Associação Brasileira dos Fabricantes de Blocos e Chapas de Gesso. 
Manual de projeto de sistemas drywall. São Paulo: Pini,2006. 
 
ADEBARA, Adebara cerâmica. Disponível em: < 
http://www.adebaraceramica.com.br>. Acesso em 15 out.2011. 
 
AKUTSU, M. Avaliação de desempenho térmico de edificações, tecnologia de 
edificações. São Paulo: Pini,1988. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120- Cargas para o 
cálculo de estruturas. Rio de Janeiro, 1980. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.

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