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62 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACEAR CAMPUS SÍTIO CERCADO ENGENHARIA CIVIL ALEXANDRE LEONEL RIBEIRO CLEITON LUIZ DA SILVA PEREIRA OTÁVIO AUGUSTO DESLANDES SKORA THIAGO AGUIAR SALMORIA VANDERLEI DE ALMEIDA CORDEIRO ESTUDO DE CASO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO DE ALVENARIA CONVENCIONAL COM O SISTEMA CONSTRUTIVO DE POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) CURITIBA / PR 2021 ALEXANDRE LEONEL RIBEIRO CLEITON LUIZ DA SILVA PEREIRA OTÁVIO AUGUSTO DESLANDES SKORA THIAGO AGUIAR SALMORIA VANDERLEI DE ALMEIDA CORDEIRO ESTUDO DE CASO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO DE ALVENARIA CONVENCIONAL COM O SISTEMA CONSTRUTIVO DE POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à conclusão do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da Universidade Educacional Araucária – UNIFACEAR. Orientadora: Prof. Msc. Marisa Isabel Weber CURITIBA / PR 2021 TERMO DE APROVAÇÃO ALEXANDRE LEONEL RIBEIRO CLEITON LUIZ DA SILVA PEREIRA OTÁVIO AUGUSTO DESLANDES SKORA THIAGO AGUIAR SALMORIA VANDERLEI DE ALMEIDA CORDEIRO ESTUDO DE CASO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO DE ALVENARIA CONVENCIONAL COM O SISTEMA CONSTRUTIVO DE POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel no curso de Engenharia Civil da Universidade Educacional Araucária pela seguinte banca examinadora: Monografia aprovada como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Civil no curso de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Educacional Araucária – UNIFACEAR, pela seguinte banca examinadora: Coordenador do Curso ________________________________ Nome: Banca examinadora ________________________________ Prof. Msc. Marisa Isabel Weber ________________________________ Nome: Curitiba (PR), de dezembro de 2021. Nós, colaboradores deste Trabalho de Conclusão de Curso, dedicamos aos nossos pais, companheiras, familiares, professores e orientadores pelo apoio, incentivo, e suporte nos dados durante a execução do curso, pela compressão dos familiares nas horas ausências. Obrigado! agradecimentos Agradecemos a Deus em primeiro lugar, que nos concedeu a vida, nos concede saúde, inteligência e sabedoria para que possamos alcançar nossos objetivos durante nossa jornada estudantil. Agradecemos aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram e nos ajudaram, e que contribuíram para nossa formação e conclusão deste trabalho. Aos pais e irmãos, que nos incentivaram nos momentos delicados e difíceis e compreenderam nossa ausência enquanto nos dedicávamos a realização deste trabalho. Agradecemos aos nossos professores deste curso, especialmente a professora e orientadora Marisa Isabel Weber, que passou seu conhecimento com qualidade, sabedoria e amizade, sempre prestativa e pronta a nos atender e ensinar, com muita dedicação e humildade. Aos nossos colegas de classe e curso, em que convivemos intensamente durante os períodos do curso, pelo companheirismo, pelas experiências vividas que nos permitiu crescer. As empresas parceiras, seus diretores e corpo técnico, pela parceria e motivação, nos possibilitando a execução de um trabalho técnico e bem estruturado, em especial ao engenheiro Fernando Cezanosk, onde nos auxiliou com seu conhecimento e sanou nossas dúvidas ajudando a melhorar nossa pesquisa e aumentando a produtividade e qualidade de nosso trabalho. Agradecemos a nossa instituição UNIFACEAR, aos funcionários, aos colaboradores e diretores, que contribuíram para nossa formação, disponibilizando de seu tempo e conhecimento fornecendo dados e materiais para complementação de informações ao nosso trabalho de conclusão de curso. resumo O presente trabalho tem como objetivo trazer a comparação dos sistemas construtivos da alvenaria convencional de blocos cerâmicos com o Poliestireno Expandido (EPS), traz um antecedente da alvenaria convencional contendo detalhadamente a história das construções, demonstrando também o método construtivo das construções de alvenaria convencional no Brasil e o método construtivo das construções com poliestireno expandido (EPS), para execução de análise e resultados foi visitado duas obras, uma obra referente a alvenaria convencional no dia 18/09/2021, e outra obra referente as construções de poliestireno expandido no dia 19/09/2021, ambas as obras tem suas próprias características sendo assim consegue-se comparar o método construtivo, de acordo com a visita pode-se analisar que a obra de poliestireno expandido em relação a alvenaria é mais organizada não contendo entulho ou outro material espalhado no pátio de obras, também foi identificado a praticidade de construção tendo uma redução muito superior no tempo de construção, para as construções de alvenaria deve-se utilizar pilares e vigas para resistir as cargas verticais e horizontais já as paredes de poliestireno expandido são estruturais não precisando de pilares ou vigas, isso é devido a malha de aço que auxilia no suporte das cargas, em relação ao preço das construções vemos que as construções de poliestireno expandido é mais barato de acordo com orçamentos e auxilio da tabela SINAPI, nesse caso identifica-se que as construções de poliestireno expandido é mais viável apesar de não ser muito conhecida no Brasil sendo uma inovação para a construção civil. Palavras-chave: Construção Convencional. Bloco Cerâmico. Poliestireno Expandido (EPS). ABSTRACT The present work aims to compare the constructive systems of conventional masonry with Ceramic Blocks with Expanded Polystyrene (EPS), it presents an antecedent of conventional masonry containing in detail the history of constructions, also demonstrating the constructive method of conventional masonry construction in Brazil and the constructive method of constructions with expanded polystyrene (EPS), two works were visited for analysis and results, one work referring to conventional masonry on 18/09/2021, and another work referring to expanded polystyrene constructions on the day 09/19/2021, both works have their own characteristics as well as the construction method can be compared, according to the visit, it can be analyzed that an expanded polystyrene work in relation to a masonry is more organized, not containing debris or other material scattered in the construction yard, the practicality of construction was also identified, having a much greater reduction in construction time, for masonry constructions, pillars and beams should be used to resist vertical and horizontal loads, as expanded polystyrene walls do not need columns or beams, this is due to their steel mesh that assists in supporting loads, in relation to the price of constructions, we see that expanded polystyrene constructions are cheaper according to the SINAPI table, in this case it should be identified that expanded polystyrene constructions are more viable despite not being well known in the Brazil being an innovation for civil construction. Key-words: Conventional Construction. Ceramic Block. Expanded polystyrene. EPS. Lista de Ilustrações FIGURA 1 - HABITAÇÃO EM ALVENARIA ESTRUTURAL, CONJUNTO HABITACIONAL CENTRO PARQUE LAPA, SÃO PAULO, SÃO PAULO, BRASIL 19 FIGURA 2 - REPRESENTAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO (L x H x C) 20 FIGURA 3 - ILUSTRAÇÃO PAREDE EXECUTADA EM ALVENARIA CONVENCIONAL COM BLOCO CERÂMICO 21 FIGURA 4 - BAIAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 23 FIGURA 5 - PROCESSO DE PRODUÇÃO DO EPS 25 FIGURA 6 - PAINEL DE EPS COM MALHA DE AÇO 27 FIGURA 7 - LOCAÇÃO E POSICIONAMENTO PAINEL EM EPS 28 FIGURA 8 - ESCORAMENTO DAS PLACAS EPS 28 FIGURA 9 - ABERTURA DE VÃOS PARA TUBULAÇÕES 29 FIGURA 10 - JATEAMENTO DE ARGAMASSA E REBOCO 29 FIGURA 11 - DEMONSTRATIVO ESQUEMÁTICO DAS FASES EXECUTIVAS DAS PAREDES DE EPS 30 FIGURA 12 - PAREDE DE CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL REBOCADA 34 FIGURA 13 - CANTEIRO DE OBRA E MATERIAIS 35 FIGURA 14 – PAREDE EM CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL COM BLOCOS CERÂMICOS 38 FIGURA 15 - FUNDAÇÃORADIER 39 FIGURA 16 - INSTALAÇÃO DE PAINEIS DE EPS E AMARRAÇÃO DE TELA DE AÇO 40 FIGURA 17 - RECORTE DA MALHA E DO EPS PARA ABERTURA DE VÃOS 40 FIGURA 18 - POSICIONAMENTO DAS TELAS DE CANTO PARA REFORÇO 41 FIGURA 19 - ABERTURA DE VINCOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS 41 FIGURA 20 - CONFERÊNCIA DE PRUMADA E ALINHAMENTO DAS PLACAS DE EPS 42 FIGURA 21 – PAREDES DE EPS COM APLICAÇÃO DE: CHAPISCO, EMBOÇO E REBOCO 43 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - DENSIDADE E RESISTÊNCIA DO EPS 26 TABELA 2 - COMPARATIVO DE PRAZOS DE EXECUÇÃO DE CONSTRUÇÕES 31 TABELA 3 – CUSTO PARA CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL DE PAREDE COM BLOCO CERÂMICO 35 TABELA 4 – CUSTOS PARA CONSTRUÇÃO DE PAREDES DE EPS, SINAPI, PR, OUTUBRO/2021. 44 TABELA 5 – DEMONSTRATIVO DE CARGAS E OCORRÊNCIAS 48 TABELA 6 – DEMONSTRATIVO DE CARGAS E OCORRÊNCIAS 49 TABELA 7 – DEMONSTRATIVO DE CARGAS E OCORRÊNCIAS 51 Lista de abreviaturas e siglas EPS - Expanded Polystyrene (Poliestireno Expandido) ABNT - Associação Brasileira de Norma Técnicas NBR - Norma Brasileira CFC - Gases estufa liberados pela ação antrópica que aceleram o aumento na temperatura HFC - Hidrofluorcarbonetos SVVE - Sistema vedação vertical externo SUMÁRIO 1 Introdução 13 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA 14 1.2 Objetivos 14 1.2.1 Objetivo Geral 14 1.2.2 Objetivos Específicos 14 1.3 JUSTIFICATIVA 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16 2.1 UTILIZAÇÃO DA ALVENARIA CONVENCIONAL 16 2.2 POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) 23 2.2.1 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO 24 2.3 Construção de residência com parede de EPS 26 3 MATERIAL E MÉTODOS 33 4 resultados e análises 47 4.1 VISITA A OBRAS EM EXECUÇÃO COM ALVENARIA CONVENCIONAL E OUTRA COM SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAREDE COM POLIESTIRENOS (EPS) 47 4.2 APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS: ENSAIOS DE RESISTÊNCIAS A COMPRESSÃO, RESISTÊNCIA AO FOGO TESTES REALIZADOS EM LABORATÓRIO DE PAREDES COM POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS; 47 4.3 COMPAÇÃO DE CUSTOS DE UMA PAREDE COM ALVENARIA CONVENCIONAL E OUTRA PAREDE COM POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) 55 5 CoNCLUSÃO 58 REFERÊNCIAS 59 1 Introdução Propondo um conceito inovador, funcional, as construções em EPS vem ganhando espaço no mercado da engenharia, propondo o bem-estar dos usuários das edificações, colaborando com a preservação do meio ambiente, redução de entulhos das obras, trazendo produtos recicláveis e práticos para as futuras construções, onde nesse caso utiliza-se do poliestireno expandido (EPS) para as construções. Historicamente, nas construções civis utilizavam-se de técnicas fundamentais com os materiais disponíveis na época, tais como barro e madeira (conhecido como Taipas). Não se sabe a data de início de sua utilização, mas seus registros foram desde os tempos remotos do Oriente, herdada dos Romanos. Posteriormente na China, entre 2.600 e 1.900 a.C., foram registradas as construções em Taipa. Na sequência foram se espalhando este método construtivo pelo Oriente Médio e o Norte da África, e surgiram cidades com construções de Taipa. (SANTOS, 2012). Em meados 1500, com a chegada dos Portugueses com seus escravos, os mesmos estruturaram as construções com argilas para fabricação de tijolos cerâmicos, emoldurando os blocos e dando lhe formas para construções das edificações. Assim criando tijolos, telhas, entre outros itens. (SANTOS, 2012). Visto a alta demanda dos insumos e a situação do planeta, surgiu uma preocupação ambiental frente aos recursos, tendo a necessidade da reciclagem ou até mesmo a busca por novos materiais e sistemas construtivos, mais eficientes, onde é desenvolvido com diferentes técnicas, tanto na produção como na execução das obras, (tijolos cerâmicos, blocos de concretos, EPS, etc.) (SANTOS, 2012) que vem sendo pesquisadas na engenharia e na química moderna. O Poliestireno é um plástico celular rígido, originalmente de cor branca, com variedade de formas e aplicações, muito utilizado na construção civil por mostrar uma boa capacidade de isolamento térmico, leveza e baixo custo, e também podendo ser utilizado para a confecção de caixas térmicas utilizadas para o armazenamento de bebidas, alimentos, entre outras funcionalidades. (MEDEIROS, 2021). No presente trabalho será mostrado conteúdos nas quais serão aplicados na utilização da alvenaria convencional e na construção com poliestireno expandido (EPS), para posteriormente ser comparado entre ambas, onde será apresentada suas resistências estruturais, seu peso, e o baixo custo de execução, beneficiando assim o empreendedor e facilitando a praticidade na construção civil (MEDEIROS, 2021). 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA De acordo com 1° Congresso online de Engenharia de Materiais- EngMatCon-2019, a aplicação de novas técnicas e métodos construtivos inovadores na Engenharia Civil, foram renovadas relacionando eficiência e menor custo do empreendimento, como base o Poliestireno Expandido (EPS), que engloba todos os fatores da construção civil. Sendo assim surge a seguinte questão, quais os benefícios oferecidos na construção civil utilizando de Poliestireno Expandido (EPS) para as construções? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Demonstração e comparação entre o sistema construtivo: alvenaria convencional com blocos cerâmicos e poliestireno expandido EPS. 1.2.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos do trabalho são: a) Apresentar um breve histórico sobre o conceito de alvenaria convencional e poliestireno expandido (EPS); b) Visitar obras em execução com alvenaria convencional e outra com sistema construtivo de parede com poliestirenos (EPS).; c) Apresentar relatórios de: ensaios de resistências a compressão, resistência ao impacto de corpo mole, ações transmitidas por portas, solicitação de cargas provenientes de peças suspensas, estanqueidades de agua, resistência a corpo duro, resistência decorrente ao calor e choque térmico, resistência ao fogo, testes realizados em laboratório de paredes com poliestireno expandido (EPS); d) Comparar custos, de uma parede com alvenaria convencional parede com Poliestireno Expandido (EPS); 1.3 JUSTIFICATIVA As modalidades de construção civil em relação as inovações, na atual conjuntura, se mostram tímidas quanto a sua modernidade, quanto a inovações em seu meio. Com isto, alguns recursos não foram empregues, e consequentemente os métodos primitivos continuam sendo utilizados como métodos primários para as construções no Brasil (LUEBLE, 2004). O emprego de novos sistemas e métodos nas construções vem se tornando obrigatório, com a finalidade de ampliar sua gama na construção e para que se obtenham maneiras de redução em seus custos e ganhando na produtividade e prazo de execução, além de que se pode reduzir na produção de entulhos sólidos, na qual as obras geram em grandes quantidades, podendo chegar a 120 kg ou 100 litros a cada metro quadrado de construção convencional (LUEBLE, 2004). Desde o início da utilização do EPS no Brasil (meados 1960), até o momento, o uso deste sistema não vem sendo aplicado em grandes proporções quando se comparado as construções convencionais, alvenaria convencional (LUEBLE, 2004). Contudo, o estudo se justifica-se que visto a possibilidade de empregabilidade do sistema na construção civil diante de estudos e realização de testes de resistências e conforto, e apresentação de resultados (LUEBLE, 2004). 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 UTILIZAÇÃO DA ALVENARIA CONVENCIONAL As construções feitas por ancestrais (data de início desconhecida), continham algumas formas básicas de construção, a fim de contribuir para o desenvolvimento das técnicas construtivas. Os formatos variam entre cúpula, viga, pórtico, arco e abóbada (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). São as seguintes tipologias: Cúpula Segundo MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH (2017), as cúpulas detiveram-se inicialmente a delimitar espaços para abrigar as residências primitivas, onde as construções com formatos de ocas de uma esfera foram feitas com técnicas da alvenaria em balanço. A descoberta das construções foi em um sítio arqueológico de Choirokoitia, Ilha de Chipre, 9000 a.C. As mesmas podemser erguidas de materiais diversos, como: argila, neve, madeiras, etc. MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH (2017), ilustram um exemplo de habitação em cúpula feita pelos povos em Choirokitia, Chipre, com estruturas internas de madeiras coletadas em florestas aos redores do povoado, e na sequência coberta por gramas ou palhas disponíveis, assim se protegendo de intempéries e oferecendo conforto. Pórtico Com a utilização de pedras em equilíbrio apoiadas sobre outras pedras, foi criado o primeiro sistema viga-pilar. Para que não ocorresse fissuras nas estruturas do vão, as vigas de pedras tiveram sua seção transversal aumentada, tornando-se adequadas para pequenos vãos (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). Em 8.000 a 4.000 a.C., surgem os primeiros relatos de construções com pedras nesta modalidade entre os povos do Mediterrâneo e os da costa atlântico. Acredita que o intuito destas construções era para servir de templos, ou para rituais místicos, ou até mesmo câmaras mortuárias entre seus povos (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). Viga e Pilares Outra forma principal de construção é através de vigas. Os povos primitivos (data de início desconhecida), utilizavam de troncos retirados de árvores de maneira que teoricamente suportavam as cargas atuantes ao seu comprimento, conforme relata (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). Com o passar dos tempos foram sendo aprimoradas as construções e ganhando formas mais sofisticadas e molduradas, e o sistema viga pilar com pedras para as construções foram ganhando espaços (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). Um exemplo de construção da antiga Grécia, de início em meados de VIII a.C., onde as construções utilizavam pedras em formatos diversos e colocados na horizontal (pilares) e posteriormente na vertical (vigas) para construções dos seus templos (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). Arco Com o intuito de ultrapassar obstáculos físicos o homem teve a ideia de criar pontes para esta finalidade, utilizando de materiais disponíveis na natureza – madeira e pedra. Em meados do ano 1050 a.C., na China, foi constato o primeiro relato da construção de uma ponte de pedra com 800 metros de comprimento e 19 metros de altura (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). O método construtivo arco era empregado através de blocos de pedras regulares, sobrepondo-as em fiadas sob encaixes e consequentemente ficando travadas entre elas, e assim resultando na forma de estrutura da edificação (RAMALHO, e CÔRREA, 2003). Para as construções executadas em modo de arco haviam uma limitação em sua construção, devido a resistência dos materiais utilizados e pela necessidade de garantir que a estrutura tenha estabilidade (RAMALHO e CÔRREA, 2003). Ponte de arco utilizando-se de pedra, são feitos o empilhamento das pedras afim de se criar os pilares, a distância pré-estabelecida entre os pilares é chamado de vão, e no topo das pedras se inicia o arco de pedra, conhecido também como cunha, que ao ser colocada ou encaixada estrategicamente e com a ajuda da física, elas se travam de forma a suportar a cargas externas (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017) Abóbada Os arcos utilizados em coberturas entre muros ou colunas recebem o nome de abóbada, onde supõe-se que tenham sido inventados na Mesopotâmia e no Egito Antigo a cerca de 6.000 anos. Porém sua utilização foi generalizada no império romano (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). No Período renascentista (século XV e XVI), as construções de igrejas de maior relevância utilizaram destes métodos para construções das coberturas com enormes cúpulas, constituída por duas cascais ligadas entre si por nervuras, reduzindo o peso durante a construção (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). As construções estilo abóbadas, recebem a cobertura de acordo com o projeto, e se adaptando com a melhor, sendo de formato único, ou várias curvaturas na sequência do mesmo tamanho (séries), de alturas maiores, ou até mesmo múltiplas arestas para coberturas de maior área (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). Das origens da alvenaria estrutural com a utilização de pedras e argamassas, na qual é o sistema construtivo ancestral mais utilizado feito pelos humanos, onde, ainda, seu modelo é empregado nas construções. Na pré-História, onde teve sua descoberta, foram feitas as primeiras paredes em alvenaria com pedras ou com tijolos cerâmicos secos ao sol. Os blocos fabricados continham grandes espessuras, pois na época não se tinham os conhecimentos da resistência dos materiais e das metodologias lógicas de cálculos (CAVALHEIRO, 1999). Ao passar das décadas, séculos, foram utilizados vários métodos e materiais para edificações, MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, (2017), mencionaram que as escolhas da cultura mesopotâmicas e egípcias, buscavam e coletavam materiais originários próximos de rios e riachos, tais como tijolos secos ao ar livre exposto ao sol, ou até mesmo encontrados nas edificações antigas entre os rios Tigres e Eufrates, para suas construções. MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, (2017), comentam que o emprego das técnicas construtivas da alvenaria em construções no Brasil se deu através de métodos executados em Portugal e regiões, com: pedras, cal e óleo de baleia para assentamento, trazendo este molde para o Brasil quando colonizado pelos Portugueses. Para a proteção de seus povos, os mesmos construíram fortes e quartéis de blocos, tendo uma grande espessura nas paredes, para ficarem seguros e protegidos, de modo que ficassem resistentes e apresentassem segurança. A utilização da alvenaria estrutural no Brasil, teve-se registro de seu emprego em meados da década de 1960. Passando-se alguns anos, em 1966 foi considerado o início da implantação do bloco de concreto em alvenarias estruturais armadas, com o experimento em conjuntos habitacionais na cidade de São Paulo, suas paredes tiveram espessura de 19 centímetros, e de quatro pavimentos, conforme FIGURA 1, que apresenta a construção do Conjunto Habitacional Centro Parque Lapa (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). FIGURA 1 - HABITAÇÃO EM ALVENARIA ESTRUTURAL, CONJUNTO HABITACIONAL CENTRO PARQUE LAPA, SÃO PAULO, SÃO PAULO, BRASIL FONTE: MOHAMAD, 2017. Para a compreensão da correta execução de uma obra, os projetos arquitetônicos são o ponto de partida onde delimita as obras e seus ambientes, na qual irão definir seu uso e o sistema construtivo empregado na edificação (MOHAMAD, MACHADO e JANTSCH, 2017). A utilização de blocos cerâmicos tem como finalidade a vedação nas construções, sem a função de receber as forças verticais da construção, além do próprio peso (NBR 15270-1/2017). Na FIGURA 02 se tem a representação das dimensões dos blocos. FIGURA 2 - REPRESENTAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO (L x H x C) FONTE: NBR 15270-1/2017 A construções convencionais são compostos pela parte de infraestrutura (fundação), e supra estrutura (vigas e pilares), onde os mesmos recebem os esforços da construção, e são distribuídos as cargas para a fundação. As paredes de vedação com blocos cerâmicos têm a finalidade de vedar e delimitar áreas. As aberturas para a instalação de tubulações hidráulicas e elétricas podem ser feitas de modo que não interfiram na parte estrutural, além de permitir que paredes e aberturas possam ser realocadas conforme necessário (FIGUEIRÓ 2009). A construção convencional com: blocos cerâmicos, pilares e vigas são comumente utilizados no Brasil em suas construções, onde, segundo o VILHENA (2021), proporciona boa trabalhabilidade, baixo custo e segurança às edificações e tem como vantagens principais: a possibilidade de variação do projeto arquitetônico, sua utilização é eficiente quando pensa-se em isolamento térmico e acústico, fácil execução e manutenção, permitindo alterações no layout interno e externo, de acordo com a necessidade de ampliação ou reformas. Como pontos negativos da construção convencional se tem: o custo mais elevado na construção da superestrutura tendo que incorporar diversos materiais, como: (aço, madeira, argamassa etc.), e podendo haver desperdício dos mesmos. A montagem de uma estrutura de concretoarmado necessita um maior tempo de execução, atrasando as atividades de vedação com relação à alvenaria estrutural. Para as instalações elétricas e hidráulicas é preciso fazer os recortes nas paredes para receber os conduítes e tubulações, consequentemente gerando resíduos sólidos (entulhos) (VILHENA, 2021). Construção em alvenaria convencional: RETONDO (2021), fala que para a execução das paredes de maneira convencional com bloco cerâmicos, deve ser construído vigas baldrames e impermeabilizadas, para que na sequência receba as paredes de blocos cerâmicos, fazendo a primeira fiada e assim sucessivamente, sempre obedecendo o projeto para deixando as aberturas de portas e janelas com vergas e contra vergas. Para a amarração dos blocos cerâmicos é utilizada argamassa composta por: (cimento, areia e cal ou aditivo) para conectá-los e assim uni-los até que formem uma parede a fim de separar os ambientes da edificação e evitar que intempéries adentrem a construção. Para construção de pilares e demais vigas é inserido barras de aço e posteriormente a caixaria, onde irá receber o concreto e a mesma tem a função de segurar o material e ao mesmo tempo, moldar de acordo com as especificações de projeto, RETONDO (2021). A FIGURA 3, ilustra como foi feita uma parede de alvenaria convencional, veja: FIGURA 3 - ILUSTRAÇÃO PAREDE EXECUTADA EM ALVENARIA CONVENCIONAL COM BLOCO CERÂMICO FONTE: RETONDO, 2021. Ainda, RETONDO (2021) reforça e orienta que, as paredes construídas devem seguir rigorosamente os projetos fornecidos, as paredes também devem estar: alinhadas, no prumo, no esquadro, para evitar problemas futuros e até mesmo a sua queda. Tendo em vista que os resíduos sólidos da construção civil têm uma parcela significativa comparado a outros resíduos, podendo chegar a 50% dos resíduos produzidos no Brasil, estes devem ser separados em baias, caçambas, ou em um recipiente para que os seus geradores possam providenciar o correto descarte e conceder a destinação correta, com o fim de minimizar os impactos ambientais (CONAMA 307/2002). De acordo com o CONAMA 307/20002, são classificados das seguintes maneiras: I - Classe A- são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: materiais cerâmicos (tijolos, azulejos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc), argamassa e concreto. c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidos nos canteiros de obras. II- Classe B- são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e outros; III- Classe C- são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; IV- Classe D- são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros. A seguir na FIGURA 4, é demonstrado como é feita a separação dos resíduos sólidos da construção civil, divididos em baias e devidamente identificados com placas e indicativos. Iniciando da esquerda para a direita, a primeira baia é destinada para embalagens contaminadas, a seguinte é para sucatas em geral, a terceira é para plásticos, a próxima é utilizada para descarte de papel papelão, e a última de madeira (GUSMÃO, 2008). FIGURA 4 - BAIAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: GUSMÃO, 2008. A quantidade e tipo de baias para resíduos podem variar de acordo com o tipo de construção ou reforma que será feito (GUSMÃO, 2008) Após a correta separação dos resíduos, comunicado e chamado a empresa responsável por fazer o transporte e descarte correto dos mesmos, assim levando para local apropriado ou até mesmo locais de reciclagem dos materiais (GUSMÃO, 2008) As vantagens do uso de blocos cerâmicos para construção convencional na construção civil são: flexibilidade e praticidade; alta resistência mecânica; baixa absorção de água; prevenção contra mofo e umidade; fácil limpeza e conservação; durabilidade; leveza e agilidade na aplicação; economia com mão de obra; e sustentabilidade (GUSMÃO, 2008) 2.2 POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) O produto denominado EPS que em inglês é Expanded Polystyrene, é registrado e normatizado junto a ABNT NBR 11752/2016. Os responsáveis pela descoberta deste produto, foram o Sr. Fritz Stastny juntamente com o Karl Buchholz, no laboratório da Basf no continente Europeu, Alemanha em 1949 (FRITZ, 2021). No Brasil o EPS é habitualmente conhecido pelo nome Isopor, que por sua vez é uma marca registrada da Empresa Knauf Isopor (MARTINS, 2016). De acordo com a ABNT NBR 11752/2016, o EPS é composto de “material plástico celular rígido, originalmente de cor branca, fabricado pela expansão de pérolas pré-expandidas de poliestireno, moldadas em sua forma definitiva ou cortadas, produzida por um processo contínuo ou descontínuo. Sua composição é feita de 98% de ar e apenas 2% de matéria prima à base de petróleo (MARTINS, 2016). 2.2.1 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO De acordo com FRITZ, (2021), as seguintes características do produto foram definidas, tais como: · O produto pode ser 100% reaproveitado, reciclável, podendo voltar a sua condição de matéria prima; · Inerte, Inodoro, atóxico; · Não utiliza CFC e nem HFC no seu processo de fabricação, contudo acaba não causando danos à camada de ozônio, e; · Fungos e bactérias não se proliferam, etc. A produção e processo de fabricação do EPS acontece da seguinte forma conforme pode-se observar na FIGURA 5, é coletado o petróleo e levado para a fabricação, onde é passado por processos químicos para a pré-expansão, com a intensão de reduzir a densidade da matéria prima e promover a expansão das pérolas de EPS, de onde produzem a partir de polímeros derivados do petróleo. Este processo libera o gás pentano, responsável pelo aumento do tamanho podendo chegar a 50 vezes maior que seu tamanho. Após o processo o material repousa por um tempo aproximado de 6 horas antes de ser levado para ser moldado. O material é composto de 98% de ar e apenas 2% de plástico, e de onde vem o nome poliestireno expandido (FRITZ, 2021). FIGURA 5 - PROCESSO DE PRODUÇÃO DO EPS FONTE: FRITZ, 2021. O fluxograma da fabricação do EPS, é designado para primeiramente para a pré-expansão, que na sequência é encaminhado para os silos de maturação, e por fim colocar a forma do material na qual o cliente precisa, ou que a empresa fabricante trabalha, seja ela em forma de blocos, cortados, ou peças pré-moldadas (FRITZ, 2021). MARTINS (2016), fabricante do EPS Isopor, fabricam o EPS, variando de acordo com as especificações de projeto, onde pode ter as seguintes especificações: maior densidade aparente mínima nominal, resistência, flexão e cisalhamento. Na TABELA 01, tem-se os tipos do EPS, onde obedecem às normas brasileiras de fabricação através de ensaios, e mostra: a densidade aparente do produto, sua condutividade, tensão que suportam por compressão, resistência a flexão e ao cisalhamento (MARTINS, 2016). TABELA 1 - DENSIDADE E RESISTÊNCIA DO EPS PROPRIEDADES NORMA UNIDADE TIPOS DE EPS Isopor Método de ensaio Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5 Tipo 6 Tipo 7 Densidade aparente nominal NBR 11949 Kg/m³ 10 12 14 18 22,5 27,5 32,5 Densidade aparente mínima NBR 11949 Kg/m³ 9 11 13 16 20 25 30 Condutividade térmica máxima (23°C) NBR 12094 W/m.k - - ≤ 0,036 ≤ 0,035 ≤ 0,034 ≤ 0,034 ≤ 0,034 Tensão por compressão com deformação de 10% NBR 8082 KPa ≥ 35 ≥ 55 ≥ 70 ≥ 80 ≥ 120 ≥ 170 ≥ 185 Resistência mínima à flexão ASTM C-203 KPa ≥ 50 ≥ 60 ≥ 120 ≥ 160 ≥220 ≥ 275 ≥ 340 Resistência mínima ao cisalhamento EM-12090 KPa ≥ 40 ≥ 60 ≥ 75 ≥ 90 ≥ 100 ≥ 135 ≥ 180 Flamabilidade (se material classe F) NBR 11948 Material retardante à chama FONTE: NBR 11752/2016 Após a conclusão da fabricação dos EPS, eles são distribuídos os revendedores locais, ou até mesmo exportado, dependendo da demanda do produto (MARTINS, 2016). 2.3 Construção de residência com parede de EPS De acordo com a empresa Cimentos Itambé, entrevistada por SANTOS (2015), as construções com EPS foram iniciadas em meados de 1985, nos Estados Unidos. A construção onde leva painéis de EPS na parte central da parede, envolto com malha de aço galvanizada, e concreto projetado. Sua capacidade de resistência pode atingir até 40 toneladas por metro linear, desde que executado conforme especificações de projeto. As especificações do macro painel, de acordo com MEDEIROS (2021), como tamanhos, e peso do produto, podem variar de acordo com cada projeto elaborado por um profissional. Tamanhos Padrões Peso Altura 2800 mm Peso unitário painel sem emboço 17,0 Kg Espessura 90 mm Peso m² painel sem emboço 3,37 Kg Largura 1800 mm Peso unitário painel com emboço 608,32 Kg Peso m² painel com emboço 120,7 Kg Na FIGURA 6, é a projeção de como irá ficar o painel após a junção da placa EPS com a malha de aço, com medidas e dimensões diversos, variando conforme projeto das edificações e como o cliente solicita ao fabricante das placas (MEDEIROS, 2021). FIGURA 6 - PAINEL DE EPS COM MALHA DE AÇO FONTE: MEDEIROS, (2021) Segundo MEDEIROS (2021), macro painel utilizado para construções das paredes de vedação ou estrutural, são painéis monolíticos estruturais, composto de poliestireno expandido (EPS), onde será sobreposto por malha de aço galvanizada soldada, com bitolas variando de 2,1mm a 5,0mm e malha de 5cm x 5cm, e revestida por argamassa de 25Mpa, com recomendação de utilização de aditivo adesivo para melhor aderência ao produto. Após ter envolto a malha de aço em torno do EPS, se inicia a instalação do mesmo, encaixando este nas esperas de aço instaladas nas fundações, que podem variar, podendo ser sobre fundações rasas, como: radier ou fundações e vigas baldrames, variando de acordo com o tipo de solo do terreno, nas quais suportam a carga exercida pelas paredes, informa MEDEIROS (2021). Para garantir o alinhamento e o prumo perfeito das paredes, utiliza-se réguas fixadas nas placas de EPS com a malha de aço, FIGURA 7: FIGURA 7 - LOCAÇÃO E POSICIONAMENTO PAINEL EM EPS FONTE: MEDEIROS, 2021 Após realizadas as modificações internas, as paredes devem ser alinhadas e prumadas, para a sua correta instalação, informa MEDEIROS (2021), podem ser utilizadas escoras de madeiras na diagonal e na perpendicular (com medidas variáveis, porém a mais usual é a de 6cm x 12cm x 2,00m, dependendo da altura do pé direito e da largura da parede), assim fixando bem as paredes, conforme FIGURA 8: FIGURA 8 - ESCORAMENTO DAS PLACAS EPS FONTE: MEDEIROS, 2021 Na FIGURA 9, demonstra como é realizada a passagem das tubulações e demais instalações necessárias como a hidráulica e elétrica através de um soprador térmico, onde é feita uma linha de lápis ou qualquer material não inflamável para demarcação do local, e é aberto pequenos vãos (caminhos) para a passagem das instalações necessárias, evitando o desperdício de materiais e pensando na organização e limpeza do canteiro. A modalidade é considerada de fácil manuseio e aplicação (MEDEIROS, 2021). FIGURA 9 - ABERTURA DE VÃOS PARA TUBULAÇÕES FONTE: MEDEIROS, 2021 Observa-se na FIGURA 10 a aplicação da argamassa e modelação são separadas em duas fases, onde a primeira é para o preenchimento dos espaços entre o EPS e a malha de aço, que também englobam as tubulações existentes. Posteriormente vem a segunda etapa que é para corrigir as imperfeiçoes e rebocar, utilizando a régua de alumínio e dando o acabamento nas paredes (MEDEIROS, 2021). FIGURA 10 - JATEAMENTO DE ARGAMASSA E REBOCO FONTE: MEDEIROS, 2021 Por fim, as etapas para construção são: a construção da base onde será a obra, instalação das placas de EPS com a malha de aço, passagem das tubulações de hidráulica e elétrica, posteriormente o jateamento da argamassa, rebocar, e por fim pintar as paredes ou se preferir colocar algum revestimento (MEDEIROS, 2021). Conforme FIGURA 11: FIGURA 11 - DEMONSTRATIVO ESQUEMÁTICO DAS FASES EXECUTIVAS DAS PAREDES DE EPS FONTE: MEDEIROS, 2021 No que tange a vantagem e desvantagem deste produto para a construção de residências utilizando o ESP, é relacionado as seguintes, menciona PEREIRA (2015): 1. 2. 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. VANTAGEM: 1. 2. 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. - Considerado um material seguro; - Proporciona isolamento térmico; - Versátil, se adapta a qualquer material (ferro, madeira, alumínio, etc.); - Econômico, podendo economizar uma parcela significativa, podendo chegar a 50% do valor comparado a uma construção convencional, e; - Material ecológico, podendo ser reciclado. 2.5. DESVANTAGEM: - O material deve ser adquirido de empresas sérias, de boa procedência, que forneçam seus relatórios de fabricação, a fim de garantir as qualidades do material; - Necessita de mão de obra especializada para as construções; - Os painéis de EPS em contato com temperaturas a 80°C, podem se degradar e prejudicar a estrutura da edificação, e; - É crucial realizar as instalações de elétrica e hidráulica corretamente, para que não entrem em contato com o EPS e aconteçam adversidades, e ocasionando problemas estruturais. De acordo com estudos realizados por SILVA (2009) da Universidade São Francisco, foram acompanhadas a execução de duas residências, sendo uma no modo convencional de alvenaria (Obra 01) e outra no sistema monolítico, EPS (Obra 02). O estudo apresentou os seguintes resultados, conforme TABELA 02: TABELA 2 - COMPARATIVO DE PRAZOS DE EXECUÇÃO DE CONSTRUÇÕES OBRA 01 - 327,20m² ALVENARIA REBOCO TOTAL SISTEMA ECOGRID 25 DIAS 50 DIAS 75 DIAS SISTEMA CONVENCIONAL 41 DIAS 94 DIAS 135 DIAS CONVENCIONAL / ECOGRID 61% 53,19% 57,10% OBRA 02 - 477,00m² ALVENARIA REBOCO TOTAL SISTEMA ECOGRID 37 DIAS 73 DIAS 110 DIAS SISTEMA CONVENCIONAL 60 DIAS 136 DIAS 196 DIAS CONVENCIONAL / ECOGRID 61,70% 53,19% 56,12% FONTE: SILVA, 2009. Conforme visto o comparativo acima na TABELA 02, com os dados obtidos verificaram-se que o prazo de execução tanto da alvenaria quanto para o acabamento das paredes (revestimento reboco), o sistema com macro painel é mais ágil, podendo chegar até 57% mais rápido quando se comparado as duas modalidades (SILVA, 2009). É recomendado que o fornecimento dos produtos de EPS seja de boa qualidade, onde sejam apresentados seus laudos de fabricação, autorização de órgão competentes dos respectivos materiais, e a construção das edificações de EPS seja feita por profissionais treinados e habilitados, com capacidade técnica para execução do mesmo, assim garantido a qualidade do serviço e evitando erros na execução, orienta e recomenda Engenheiro Civil MEDEIROS (2021). empresa Macroterm (2021). 3 MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado através de pesquisas em artigos científicos, relatórios obtidos em laboratório, visitas em empresas parceiras, visitas em obras em construção para obtenção de dados e informações que pudessem complementar o trabalho. Os dados obtidos deram base para que fosse possível realizar análises perante as informações e demonstrar os métodos construtivos e suas características, da alvenaria convencional e das construções em EPS. Ao introduzir na pesquisa, foi necessário entender a origem das técnicas construtivas, seu histórico e procedência, para que o trabalho pudesse caminhar para a elaboração e demonstração da construção. 3.1 CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA CONVENCIONAL COM BLOCOS CERÂMICOS: Para a elaboração deste trabalho foi realizada pelos autores deste trabalho a visita técnica no dia 18 de setembro de 2.021, noperíodo da manhã, das 09:00 horas até as 12:00 horas, em uma obra localizada na Rua Arthur Manoel Iwersem, 2389, Boqueirão, Curitiba, Paraná, Brasil, de propriedade particular. A edificação estudada apresenta dois pavimentos, sendo o pavimento térreo com uma sala, cozinha, lavabo, e primeiro pavimento com três quartos, e um banheiro compartilhado. A área de construção deste empreendimento é de 134,52m² Para a construção da edificação foi limpo o terreno, retirando a camada vegetal existente, retirados os entulhos e demais materiais que poderiam atrapalhar a construção, entre outros empecilhos. A remoção foi feita com equipamento mecânico (retroescavadeira). Obedecendo as normativas da NBR 6122/2019, foi definida a fundação de acordo com a necessidade da obra, elaborado os projetos e executando de acordo, para que suporte as cargas das estruturas da edificação. A fundação definida para esta obra foi estaca moldada in-loco contendo 1,00 metro de profundidade e diâmetro de 0,30m. Após a realização da fundação foi feita a escavação manual para os blocos e posteriormente a concretagem com as armaduras, obedecendo os projetos. Após executada a fundação, foi feita a estrutura de concreto armado como: vigas baldrame sobre as fundações, colocado uma camada de impermeabilizante de manta asfáltica (NBR 9574/2008), bloqueando a passagem de umidade que, evita a proliferação de: mofo, bolor e o desagregamento das paredes, provocando danos estéticos e estruturais. Também foram executados: os pilares, que recebe as cargas provenientes da construção. Para o fechamento das laterais (externas) e internas dos cômodos, foram usados blocos cerâmicos (NBR 6118, 2014). A ligação dos blocos cerâmicos foi através da argamassa de assentamento, onde fez a ligação entre os blocos para vedação. A composição da argamassa feito é: cimento, cal, areia e água (traço 1:2:8 – cimento; cal; areia;). Os blocos cerâmicos utilizados para o fechamento foram definidos em projeto, tendo suas dimensões de 09cm x 19cm x 19cm (largura, altura, comprimento). Paredes executadas, o passo seguinte foi a abertura dos vãos para a passagem do sistema elétrico, hidráulico, climatização, e demais sistemas. Para a abertura dos vãos foi necessário utilizar um ponteiro de aço com um martelo ou marreta; batendo cuidadosamente no local demarcado para a passagem dos materiais e abrindo o vão com apenas as medidas necessárias, assim evitando trabalhos desnecessários. Seguindo as orientações da NBR 13529/2013, foram realizados: o chapisco para proporcionar maior aderência entre alvenaria e o revestimento, o emboço para regularização da superfície do chapisco, e por fim o reboco para dar acabamento. A espessura utilizada é de 2cm, conforme FIGURA 12: FIGURA 12 - PAREDE DE CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL REBOCADA FONTE: OS AUTORES, 2021. A cada procedimento realizado é gerado resíduos sólidos da construção, nas quais os mesmos devem ser destinados separadamente e descartados no seu devido lugar, assim gerando um custo de mão de obra para a limpeza do canteiro, custo para transportes e descartes dos materiais, além do desperdício do material. Os materiais para a construção com: blocos cerâmicos, aço, areia, pedras, madeiras, etc. ocupam um espaço significativo em seu armazenamento, e muitas das vezes podem atrapalhar no decorrer da obra ou se guardado em locais inapropriados ou de maneira errônea. Na FIGURA 13, observa-se a estocagem de algum dos materiais que estão sendo utilizados não obra. FIGURA 13 - CANTEIRO DE OBRA E MATERIAIS FONTE: OS AUTORES, 2021. Para verificar quanto ao custo para execução da alvenaria convencional, foi elaborado feito um orçamento (SINAPI, 2021) resumido para a construção de uma parede de 3,22m², medindo 1,40 m por 2,30 de alvenaria convencional, conforme mostra a seguir na TABELA 3: TABELA 3 – CUSTO PARA CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL DE PAREDE COM BLOCO CERÂMICO (continua) ITEM DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNIDADE QUANTIDADE CUSTO CUSTO TOTAL (R$) 1 INFRAESTRUTURA 1.1 ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA PARA VIGA BALDRAME, COM PREVISÃO DE FÔRMA. AF_06/2017: CODIGO 96527 M3 1,04 R$ 131,89 R$ 137,89 (continua) 1.2 FABRICAÇÃO, MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA VIGA BALDRAME, EM MADEIRA SERRADA, E=25 MM, 1 UTILIZAÇÃO. AF_06/2017: CODIGO 96530 M2 4,40 R$ 202,63 R$ 891,57 1.3 ARMAÇÃO DE BLOCO, VIGA BALDRAME OU SAPATA UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 8 MM - MONTAGEM. AF_06/2017: CODIGO 96545 KG 26,70 R$ 18,07 R$ 482,46 1.4 ARMAÇÃO DE BLOCO, VIGA BALDRAME E SAPATA UTILIZANDO AÇO CA-60 DE 5 MM - MONTAGEM. AF_06/2017: CODIGO 96543 KG 5,60 R$ 20,95 R$ 117,32 1.5 CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016: CODIGO 94971 M3 0,60 R$ 365,29 R$ 219,17 1.6 CONCRETAGEM DE VIGAS E PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BALDES EM EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015: CODIGO 92718 M3 0,60 R$ 589,88 R$ 353,92 TOTAL: R$ 2202,33 2 SUPRAESTRUTURA 2.1 FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA PILARES E ESTRUTURAS SIMILARES, EM MADEIRA SERRADA, E=25 MM. AF_09/2020: CODIGO 92269 M2 3,00 R$ 253,02 R$ 759,06 2.2 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E ESTRUTURAS SIMILARES, PÉ-DIREITO SIMPLES, EM MADEIRA SERRADA, 1 UTILIZAÇÃO. AF_09/2020: CODIGO 92409 M2 3,00 R$ 356,84 R$ 1070,52 2.3 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE VIGA, EM MADEIRA SERRADA, 1 UTILIZAÇÃO. AF_09/2020: CODIGO 92446 M2 3,00 R$ 317,63 R$ 952,89 2.4 ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO - MONTAGEM. AF_12/2015: CODIGO 92761 KG 18,30 R$ 16,24 R$ 297,192 (conclusão) 2.5 CONCRETAGEM DE VIGAS E PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BALDES EM EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015: CODIGO 92718 M3 0,10 R$ 589,88 R$ 58,98 2.6 CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_07/2016: CODIGO 94965 M3 0,10 R$ 373,01 R$ 37,30 2.7 EXECUÇÃO DE PAREDE ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE 9X19X19CM (ESPESSURA 9CM) INCLUSO, (CHAPISCO EMBOÇO E REBOCO). DE PAREDES COM ÁREA LÍQUIDA MAIOR OU IGUAL A 6M² COM VÃOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO MANUAL. AF_06/2014: CODIGO 87496 M2 2,00 R$ 97,44 R$ 194,88 2.8 ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015: CODIGO 91835 M 1,00 R$ 5,21 R$ 5,21 TOTAL: R$ 3.376,03 FONTE: OS AUTORES, 2021 Alvenaria convencional é composta da viga baldrame medindo 0,15 largura x 0,15 altura x 1,40 comprimento, pilares nas laterais de dimensões 0,19cm x 0,19cm x 2,50m (C x L x A), e o fechamento em bloco cerâmico de dimensões 19 x 19 x 19 cm. Na FIGURA 14 tem-se uma parede construída: FIGURA 14 – PAREDE EM CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL COM BLOCOS CERÂMICOS FONTE: OS AUTORES, 2021. 3.2 CONSTRUÇÃO COM POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) REVESTIDO DE ARGAMASSA: A edificação é composta por: dois pavimentos, sendo o pavimento térreo com sala de estar e cozinha integrada, no primeiro andar, serão dois quartos, e um banheiro. A área de construção deste empreendimento é de 125,67m² Para a construção da edificação foi feito apenas um pequeno nivelamento do terreno, movimentando a terra existente e deixando no nível para que pudesse construir o empreendimento. A terraplanagem foi feita através de uma mini escavadeira, auxiliando para a correta e ágil execução. Este modelo de construção é construído em uma base de fundação denominada de Radier fundação superficial com concreto armado ou protendido querecebe todas as cargas através da edificação de forma uniforme no solo, com espessura de 16 cm. Este método constitui de uma laje espessa de concreto armado onde ocupa toda a área de intervenção da construção, obedecendo os projetos e cálculos feitos pelo projetista. A execução se dá pela escavação até a cota exata do Radier. Na sequência foi colocado uma lona plástica preta 200 micras para impermeabilização e na sequência o lastro de brita nº 1, com espessura variando de 5cm a 10 cm, para proteger a amadura de matérias orgânicas, e/ou umidade do solo. Sobre esta camada tem a armadura do radier de aço CA-60. As tubulações de hidráulica, elétrica, e outras devem ser posicionadas antes da concretagem do Radier. Nas laterais é feito formas de madeira para o fechamento da área concretada, obedecendo o projeto. A FIGURA 15 é verificar a fundação Radier concretada, com os arranques de ancoragem, que tem formato em “I” de aço, com espessura de 5/16” (8mm) e altura de 50 cm, onde tem a função de alinhamento e ancoragem dos painéis modulares que serão instalados na sequência, utilizada na obra. FIGURA 15 - FUNDAÇÃO RADIER Arranques de ancoragem em “I” FONTE: OS AUTORES, 2021. A fixação dos arranques de ancoragem foram instalados e fixadas em intervalos de 30 cm a 60 cm, na hora da concretagem do piso/viga baldrame Para a instalação dos painéis modulares foram posicionados entre os arranques da fundação e inseridos no sentido vertical, encaixando entre as malhas e o EPS, e com o auxílio de uma turquesa manualmente foi feito o amarre da tela junto com a ferragem com um arame cozido n° 18, repetindo o procedimento em ambos os lados do Macro painel. FIGURA 16: FIGURA 16 - INSTALAÇÃO DE PAINEIS DE EPS E AMARRAÇÃO DE TELA DE AÇO Amarre com arame em aço FONTE: OS AUTORES, 2021. Para unir duas placas ou mais do painel EPS, foi necessário fazer a amarração das telas e transpassar um grampo, unindo-as para que se tornem monolíticos. Estes grampos são colocados nas emendas de malhas em todas as telas de reforço, assim respeitando o espaçamento de no máximo 30 centímetros. Após instalados os painéis é verificado junto ao projeto onde constam as aberturas, como: janelas, portas e equivalentes. O responsável pela montagem dos painéis com auxílio de uma trena vai até a parede correspondente e demarcam com pincel, tinta, ou canetão onde será o recorte. Feito isto, basta recortar a malha que antecede o painel de EPS com uma tesoura que corte vergalhão em ambos os lados, e na sequência com uma serra ou serrote cortar a placa de EPS no local demarcado, conforme FIGURA 17: FIGURA 17 - RECORTE DA MALHA E DO EPS PARA ABERTURA DE VÃOS Abertura de vãos FONTE: OS AUTORES, 2021. Os cantos das aberturas nas paredes internamente e externas deverão receber telas de reforço, fixadas com grampos de amarração, unindo as telas. A FIGURA 18 mostra a utilização da tela de reforço na abertura da janela da residência: FIGURA 18 - POSICIONAMENTO DAS TELAS DE CANTO PARA REFORÇO Tela de Reforço FONTE: OS AUTORES, 2021. Antes de começar o jateamento da argamassa para concretagem, é feita a passagem das tubulações de: elétrica e hidráulica da construção, com o auxílio de um soprador térmico de ar quente, são feitos vincos de passagem para as tubulações, conforme projeto. O ar do equipamento térmico faz com que o EPS retraia formando uma cavidade e assim consiga passar as tubulações. A FIGURA 19 mostra o que foi executado na obra: FIGURA 19 - ABERTURA DE VINCOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS Vincos de passagem Vincos de passagem FONTE: OS AUTORES, 2021. Após a realização da montagem, recortes, instalações das telas de reforços necessárias e passagem das tubulações das instalações, é feita a conferência da prumada dos painéis instalados, utilizando uma régua, e fixando as placas com madeiras (medidas variáveis, porém a mais usual é a de 6cm x 12cm x 2,00m, dependendo da altura do pé direito e da largura da parede) e com ajuda de arame recozido para amarrá-las para que não se movam durante a etapa de chapisco, emboço e reboco. As paredes devem ficar inteiramente retas, não podendo ter inclinações. Caso a parede venha a ficar fora do prumo o gasto com argamassa pode encarecer para a correção do alinhamento da parede. Na FIGURA 20 é possível instalado a madeira de alinhamento dos painéis e prumo: FIGURA 20 - CONFERÊNCIA DE PRUMADA E ALINHAMENTO DAS PLACAS DE EPS Alinhamento das paredes FONTE: OS AUTORES, 2021. Foi finalizada as paredes estruturais com argamassa de traço 1:3 (cimento CP II Z – 32, areia natural), e água 40 litros por saco de cimento de 50 Kg, obtendo uma resistência de fck = 25MPa, para a realização do: chapisco, emboço, com acréscimo de aditivo (FIGURA 21). Esta aplicação nas placas de EPS com a malha de aço é feita manualmente ou com auxílio da pistola projetora de argamassa, onde neste caso foi utilizado a pistola projetora, pois necessita de menos mão de obra e assim sendo mais rápido para aplicação. O chapisco é aplicado uniformemente recobrindo a malha em contato com a placa de EPS, tendo espessura de 3cm. Os dois lados de cada placa foram jateados argamassa simultaneamente. Passado o tempo de cura de 48 horas, foi aplicado o emboço com espessura de 2,5cm, e feito o sarrafeamento para reboco. Durante o tempo de cura do chapisco, emboço e reboco, as paredes devem ser molhadas algumas vezes ao dia, durante o prazo de três dias evitando que perca sua umidade, onde reações químicas acontecem entre água e cimento e consiga alcançar a resistência e firmeza, e evite aparecimento de rachaduras e falhas. FIGURA 21 – PAREDES DE EPS COM APLICAÇÃO DE: CHAPISCO, EMBOÇO E REBOCO Parede com emboço e reboco Parede com chapisco FONTE: OS AUTORES, 2021. Na construção a utilização de fibra de polipropileno e aditivo retardante, foram utilizados para evitar o aparecimento de fissuras. Passado o tempo de cura do emboço de três dias ou mais, já se pode receber o acabamento final de acordo com a escolha do cliente. Nesta obra como ainda não foi concluída, a parte de finalização não foi feita. A cobertura poderá ser instalada após o processo de cura do concreto projetado nas paredes, na qual terá a função estrutural e receberá as cargas provenientes da construção. Diferente da construção convencional onde se tem os pilares como estrutura, as paredes de EPS com aço e a argamassa, fazem este papel. As instalações das esquadrias, quanto a passagem da fiação dentro dos conduítes, colocação dos acabamentos, podem ser instalados após a conclusão da obra, quando estiver com as paredes totalmente concluídas, concretadas e cobertura colocada. Para complementação das análises estruturais e suas resistências, em parceria com a empresa Macroterm Industria de EPS, orientado e fiscalizado pelo Engenheiro Civil Mauro T. de F. Bianco, CREA-PR 6979/D, foram realizada os testes em laboratório para que se pudesse obter os resultados quanto a resistência a compressão, resistência a exposição a altas temperaturas, desempenho estrutural e durabilidade das paredes, conforme laudos a seguir: Com a parede de EPS foi realizado um orçamento (SINAPI, 2021) com os custos para a construção da parede, de materiais e mão de obras necessários para a construção da mesma, ver TABELA 04: TABELA 4 – CUSTOS PARA CONSTRUÇÃO DE PAREDES DE EPS, SINAPI, PR, OUTUBRO/2021. (continua) ITEM DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNIDADE QUANTIDADE MATERIAL (R$) CUSTO TOTAL (R$) 1 INFRAESTRUTURA 1.1 FABRICAÇÃO, MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FORMA PARA RADIER, EM MADEIRA SERRADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_09/2017: CODIGO 97086 M3 0,40 R$ 136,26 R$ 52,09 1.2 ARMAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE RADIER, COM USO DE TELA Q-92. AF_09/2017: CODIGO 97088 M2 2,00 R$ 26,02 R$ 52,04 1.3 CONCRETAGEM DE RADIER, PISO OU LAJE SOBRE SOLO, FCK 30 MPA, PARA ESPESSURA DE 15 CM - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_09/2017: CODIGO 97096 M3 0,40 R$ 410,18 R$ 164,07 TOTAL: R$ 424,52 (conclusão) 2 SUPRAESTRUTURA 2.1MACROPAINEL DE EPS (POLIESTIRENO EXPANDIDO) "VALOR MACROPAINÉIS INDUSTRIA" REFERENCIA MACROPÁINEIS PRODUTO ESPECIFICO DA EMPRESA M2 3,22 R$ 130,00 R$ 418,60 2.2 CERCA SEM MOURÕES DE CONCRETO, SEÇÃO "T" PONTA INCLINADA, 10X10 CM, ES PAÇAMENTO DE 2,5 M, CRAVADOS 0,5 M, COM 11 FIOS DE ARAME FARPADO Nº 14 - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_05/2020: CODIGO 101197 M2 6,44 R$ 107,54 R$ 692,55 2.3 CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO INTERNAS, COM ROLO PARA TEXTURA ACRÍLICA. ARGAMASSA TRAÇO 1:4 E EMULSÃO POLIMÉRICA (ADESIVO) COM PREPARO MANUAL. AF_06/2014: CODIGO 87873 M2 6,54 R$ 5,53 R$ 36,16 2.4 EMBOÇO OU MASSA ÚNICA EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MANUAL, APLICADA MANUALMENTE EM PANOS DE FACHADA COM PRESENÇA DE VÃOS, ESPESSURA DE 25 MM. AF_06/2014: CODIGO 87777 M2 6,24 R$ 59,79 R$ 373,08 2.5 CONCRETAGEM DE PAINÉIS EM EPS COM MALHA DE AÇO FCK = 25 MPA, REFERÊNCIA MACROPÁINEIS PRODUTO ESPECIFICO DA EMPRESA M3 1,27 R$ 400,84 R$ 509,06 2.6 CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_07/2016: CODIGO 94965 M3 1,27 R$ 373,01 R$ 473,72 2.7 ADITIVO (resina sintética, de alto desempenho, que proporciona excelente aderência das argamassas aos mais diversos substratos). REFERÊNCIA MACROPÁINEIS PRODUTO ESPECIFICO DA EMPRESA M 1,27 R$ 9,00 R$ 11,43 TOTAL: R$ 2.514,60 FONTE: OS AUTORES, 2021. O relatório denominado REL DVPE 6164/2016, em anexo, demonstra os resultados obtidos referente ao desempenho estrutural e durabilidade do sistema EPS. Com um painel estrutural medindo 2,65m x 2,40m constituído por núcleo em EPS com 100mm de espessura, reforçado com malha de aço de diâmetro 4,2mm e dimensões de 150x 150 mm, e revestida com argamassa, se deu o prosseguimento aos ensaios laboratoriais. Foram realizados os ensaios de resistência a compressão centrada, através de um macaco hidráulico prensando a parede de EPS e feito a leitura e avaliação quanto a sua resistência, através das rupturas que tiveram. Este relatório abrange também o ensaio de verificação da interação entre as paredes e portas submetidos ao ensaio de corpo mole através de impactos no centro geométrico, conforme NBR 15575/2013, e diretrizes da NBR 15930-2. A ponte rolante com um saco de 30kg com areia é movido a altura de 80 cm a partir do centro da porta e solto para verificar o impacto e o que causa quando em contato os materiais. A verificação de resistência a impacto de corpo duro é similar ao sistema anterior de corpo mole, porém este é utilizado de uma esfera de aço com 1,5Kg, erguida e solta em pontos distintos da parede em EPS, repetindo 10 vezes o processo. Relatório denominado Anexo A nº 1 085 748-203, em anexo, emitido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a pedido da Macroterm Industria de EPS, apresenta o ensaio de verificação do comportamento da parede exposta a ação de calor e choque térmico é feito através da exposição de uma face de um corpo prova a dez ciclos sucessivos de calor, proveniente de fonte radiante e resfriamento por meio de jatos de água. A temperatura pode chegar a 80°C, por tempo de 1 hora. Os relatórios mencionados anteriormente com seus resultados dos ensaios, se encontram no laudo e podem ser lidos e estudados na integra no final deste documento. 4 resultados e análises Com a realização das visitas nas obras pode ser constatado que ambas tem suas formas individuais de construção, porém com as mesmas funcionalidades para fins de residências dando conforto para seus usuários. 4.1 VISITA A OBRAS EM EXECUÇÃO COM ALVENARIA CONVENCIONAL E OUTRA COM SISTEMA CONSTRUTIVO DE PAREDE COM POLIESTIRENOS (EPS) Foi realizada pelos autores deste trabalho a visita técnica na obras de Alvenaria convencional no dia 18 de setembro de 2021, no período da manhã, das 09:00 horas até as 12:00 horas, em uma obra localizada na Rua Arthur Manoel Iwersem, 2389, Boqueirão, Curitiba, Paraná, Brasil, de propriedade particular. A visita técnica da obra em EPS, realizada no dia 19 de setembro de 2021, pelos autores deste trabalho, no período da tarde, das 14:00 horas até as 16:00 horas, foi orientada e apresentada pelo responsável da obra, localizada no Bairro Jardim Orestes Thá, Quatro Barras, Paraná. 4.2 APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS: ENSAIOS DE RESISTÊNCIAS A COMPRESSÃO, RESISTÊNCIA AO FOGO TESTES REALIZADOS EM LABORATÓRIO DE PAREDES COM POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS; 4.2.1. Relatório do ensaio de compressão centrada Institutos Lactec Em Macropainel de concreto aramado, foi realizado pelo laboratório INSTITUTOS LACTEC um trabalho de ensaio a resistência a compressão em 3 protótipos Macropainéis de concreto armado com dimensões: 100 x 1200 x 2400 mm, no ensaio foi definido que a carga horizontal submetida a compressão centrada para os corpos de prova. CP-1 resistiu a 22100,0kgf sem deformações ou tricas visíveis aos 22600,0kgf surgiram as primeiras trincas na base inferior do painel, 26100,0kgf as trincas aumentaram e 27900,0kgf rompimento. TABELA 5 – DEMONSTRATIVO DE CARGAS E OCORRÊNCIAS amostra :1.0815.16 - CP 01 Carga (kgf) Leitura de deformação D1 (mm) D2 (mm) OCORRÊNCIAS 1100,0 0,10 0,10 Sem deformações ou trincas visiveis 2100,0 0,30 0,30 Sem deformações ou trincas visiveis 3100,0 0,50 0,50 Sem deformações ou trincas visiveis 4100,0 0,60 0,70 Sem deformações ou trincas visiveis 5100,0 0,60 0,80 Sem deformações ou trincas visiveis 6100,0 0,70 0,90 Sem deformações ou trincas visiveis 7100,0 0,70 1,00 Sem deformações ou trincas visiveis 8100,0 0,70 1,00 Sem deformações ou trincas visiveis 9100,0 0,80 1,10 Sem deformações ou trincas visiveis 10100,0 0,80 1,20 Sem deformações ou trincas visiveis 11100,0 0,80 1,20 Sem deformações ou trincas visiveis 12100,0 0,90 1,30 Sem deformações ou trincas visiveis 13100,0 0,90 1,40 Sem deformações ou trincas visiveis 14100,0 1,10 1,40 Sem deformações ou trincas visiveis 15100,0 1,10 1,50 Sem deformações ou trincas visiveis 16100,0 1,10 1,50 Sem deformações ou trincas visiveis 17100,0 1,10 1,60 Sem deformações ou trincas visiveis 18100,0 1,10 1,70 Sem deformações ou trincas visiveis 19100,0 1,20 1,80 Sem deformações ou trincas visiveis 20100,0 1,20 1,80 Sem deformações ou trincas visiveis 21100,0 1,20 1,90 Sem deformações ou trincas visiveis 22100,0 1,20 1,90 Sem deformações ou trincas visiveis 22600,0 - - Trinca na base inferior do painél 24100,0 - - Trinca na base inferior do painél 25100,0 - - Trinca na base inferior do painél 26100,0 - - Aumento de trinca 27900,0 - - Rompimento GRÁFICO 1 - RESISTÊNCIAS CP-2 resistiu a 16100,0kgf sem deformações ou tricas visíveis aos 17100,0kgf surgiram as primeiras trincas na base inferior do painel, 27100,0kgf as trincas aumentaram e 27300,0kgf rompimento. TABELA 6 – DEMONSTRATIVO DE CARGAS E OCORRÊNCIAS amostra :1.0815.16 - CP 02 Carga (kgf) Leitura de deformação D1 (mm) D2 (mm) OCORRÊNCIAS 1100,0 0,20 0,20 Sem deformações ou trincas visiveis 2100,0 0,40 0,30 Sem deformações ou trincas visiveis 3100,0 0,60 0,30 Sem deformações ou trincas visiveis 4100,0 0,80 0,40 Sem deformações ou trincas visiveis 5100,0 1,00 0,40 Sem deformações ou trincas visiveis 6100,0 1,20 0,40 Sem deformações ou trincas visiveis 7100,0 1,30 0,50 Sem deformações ou trincas visiveis 8100,0 1,40 0,50 Sem deformações ou trincas visiveis 9100,0 1,50 0,50 Sem deformações ou trincas visiveis 10100,0 1,60 0,60 Sem deformações ou trincas visiveis 11100,0 1,70 0,60 Sem deformações ou trincas visiveis 12100,0 1,80 0,70 Sem deformações ou trincas visiveis 13100,0 1,80 0,70 Sem deformações ou trincas visiveis 14100,0 1,90 0,70 Sem deformações ou trincas visiveis 15100,0 2,00 0,80 Sem deformações ou trincasvisiveis 16100,0 2,00 0,80 Sem deformações ou trincas visiveis 17100,0 2,10 0,80 Trinca na base inferior do painél 18100,0 2,20 0,90 Trinca na base inferior do painél 19100,0 2,20 0,90 Trinca na base inferior do painél 20100,0 2,30 1,00 Trinca na base inferior do painél 21100,0 2,30 1,00 Trinca na base inferior do painél 22100,0 2,40 1,00 Trinca na base inferior do painél 23100,0 2,4 1,00 Trinca na base inferior do painél 24100,0 2,5 1,10 Trinca na base inferior do painél 25100,0 2,6 1,10 Trinca na base inferior do painél 26100,0 2,7 1,20 Trinca na base inferior do painél 27100,0 2,8 1,20 Aumento de trinca 27300 - - Rompimento GRÁFICO 2 - RESISTÊNCIAS CP-3 resistiu a 15100,0kgf sem deformações ou tricas visíveis aos 15100,0kgf surgiram as primeiras trincas na base inferior do painel, 16100,0kgf as trincas aumentaram e 27300,0kgf rompimento. TABELA 7 – DEMONSTRATIVO DE CARGAS E OCORRÊNCIAS amostra :1.0815.16 - CP 03 Carga (kgf) Leitura de deformação D1 (mm) D2 (mm) OCORRÊNCIAS 1100,0 0,50 0,40 Sem deformações ou trincas visiveis 2100,0 0,60 0,40 Sem deformações ou trincas visiveis 3100,0 0,60 0,60 Sem deformações ou trincas visiveis 4100,0 0,70 0,70 Sem deformações ou trincas visiveis 5100,0 0,70 0,80 Sem deformações ou trincas visiveis 6100,0 0,80 0,80 Sem deformações ou trincas visiveis 7100,0 0,90 0,90 Sem deformações ou trincas visiveis 8100,0 0,90 1,00 Sem deformações ou trincas visiveis 9100,0 1,00 1,00 Sem deformações ou trincas visiveis 10100,0 1,00 1,10 Sem deformações ou trincas visiveis 11100,0 1,00 1,20 Sem deformações ou trincas visiveis 12100,0 1,00 1,20 Sem deformações ou trincas visiveis 13100,0 1,00 1,30 Sem deformações ou trincas visiveis 14100,0 1,00 1,30 Sem deformações ou trincas visiveis 15100,0 1,20 1,30 Trinca na base inferior do painél 16100,0 1,60 1,40 Aumento de trinca 17100,0 1,60 1,40 Aumento de trinca 18100,0 1,60 1,50 Aumento de trinca 19100,0 1,70 1,50 Aumento de trinca 20100,0 2,00 1,60 Aumento de trinca 20500,0 - - Rompimento GRÁFICO 3 - RESISTÊNCIAS 4.2.2. Resultado de ensaio de ações transmitidas por portas – resistência a corpo mole, Institutos Lactec São as ações transmitidas pelo impacto de portas tanto no fechamento das portas quanto na abertura para mostra 1.816.16, sendo utilizado um saco de 30 kgf de areia para um deslocamento de até 800mm conforme a metodologia da norma NBR 15575/2013 e segundo diretriz da NBR 15930-2 No impacto de fechamento o corpo de prova apresentou microfissuras que segundo a NBR 15755 (ABNT 2013) apresentou resultado satisfatório obedecendo os requisitos munimos, no impacto a abertura não ouve ocorrência obedecendo com excelência os requisitos mínimos da NBR 15755 (ABNT 2013). 4.2.3. Resultado de ensaio de ações transmitidas por portas – fechamento brusco, Institutos Lactec Submetidas a fechamento brusco na amostra 1.0816.16, utilizando um contrapeso de 15kg submete a amostra a um fechamento brusco dez (10) vezes, pode-se verificar que em todos os procedimentos de fechamento brusco tem-se zero (0) a quantidade de ocorrências, obedecendo os requisitos da NBR 15575 (ABNT 2013) tendo assim um resultado satisfatório. 4.2.4. Resultado de ensaio de cargas provenientes de peças suspensas, Institutos Lactec Consiste na aplicação de cargas por meio de mão-francesa na amostra 1.0815.16, apresentando resultados obtidos em relação as cargas utilizadas, os resultados obtidos para a mão-francesa é com 20 kg de peso a mão-francesa teve um afastamento de 0,17mm em relação a parede conforme o aumento do peso a distância aumenta, com 80kg o afastamento total é de 2,2mm em relação a parede, mantendo o peso de 80kg por 24horas esse afastamento aumentou para 10,80mm, aumentando as cargas a mão francesa permaneceu estável até seu rompimento com 170kg, conforme a NBR 15575 (ABNT, 2013) a peça suspensa não pode apresentar deformação instantânea referente a medida do pé direito de 2,6m dividido por 500, neste caso o ensaio teve resultado satisfatório. 4.2.5. Resultado de ensaio de Estanqueidades a água, Institutos Lactec Ensaio consiste e verificar a o sistema vedação vertical externo (SVVE), vazão de água calibrada de (3,0+-0,3) dm³/min/m², utilizando uma cortina de agua sobre preção pneumática por 7 horas, os resultados em 7 horas de procedimento para a amostra 1.0815.16 antes do envelhecimento foram sem ocorrência, e depois do envelhecimento também obtive resultado sem ocorrência, obedecendo os requisitos de estanqueidade conforme NBR 15575 (ABNT, 2013). 4.2.6. Resultado de ensaio de resistência a impactos a corpo duro, Institutos Lactec Impacto submetido na face externa da amostra 1.0815.16, utilizando esferas de aço de 1kg e 0,5kg, é liberado de forma pendular sobre a amostra com altura de 0,75m e 2m gerando impacto sobre a mesma, os impactos são em 10 lugares diferente da amostra não contendo repiques, conforme os resultados obtiveram para a altura de 0,75m a menor profundidade da mossa de 0,23mm e maior de 0,61mm sem falhas ou rupturas da amostra, e para a altura de 2m não houve ocorrências de rupturas nem traspasse obedecendo assim os requisitos mínimos da NBR 15575 (ABNT, 2013). 4.2.7. Resultado de ensaio de resistência a ação de calor e choque térmico, Institutos Lactec Ensaio consiste em utilizar o sistema vedação vertical externo (SVVE) submetendo a face do corpo da amostra 1.0815.16 a 10 ciclos sucessivos de calor para os dez ciclos o menor deslocamento após 45min foi de 1,5mm e o maior deslocamento de 3,2mm, o menor deslocamento após o resfriamento total é de 1,8mm e maior deslocamento de 3mm, sem nenhuma ocorrência e com deslocamento inferior a h/300 onde h é a altura do copo de prova de 2,6m, segundo aos requisitos da NBR 15575-4/13 atendem aos limites da norma. 4.2.8. Resultado de ensaio de resistência a impactos corpo mole, Institutos Lactec Submete um saco de couro de 400N sobre a face externa da amostra 1.0815.16, o saco é posicionado para uma liberação pendular em relação a parede com altura de 0,3m a 2,4m, conforme resultados visuais para altura inicial de 0,3m até 0,6m não existem ocorrência, altura de 2,4m surgem as fissuras, conforme a NBR 15575 (ABNT, 2013) os resultados atendem ao limite de normativos. 4.2.9. Resultado de ensaio de resistência ao fogo, Institutos Lactec Utiliza-se uma amostra de 2700x2600mm, composto por placas de EPS possuindo ranhuras de 10mm de profundidade nos dois lados, malhas de aço com bitolas de 4,2mm e dimensões de 1,5x1,5m, argamassa com traço unitário de 1:3, e cimento CP II Z-32, agua utilizada na mistura de 38 a 40 litros por saco de cimento 50kg, resina Acrylux HT 579, camada de reboco de 25mm de espessura, denominado pela MACROTERMI o corpo de prova foi submetido ao ensaio de resistência a fogo e corta fogo, no forno de ensaio (EQ 001) com temperatura inicial de (To): 25°C, conclui que o corpo de prova manteve estanque durante os 30 minutos e também permaneceu estável durante o mesmos 30minutos, demonstrando assim que o item apresenta resistência ao fogo e no grau corta-fogo conforme laudo técnico n° 1 085 748-203. 4.3 COMPAÇÃO DE CUSTOS DE UMA PAREDE COM ALVENARIA CONVENCIONAL E OUTRA PAREDE COM POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) Para comparação de custos foi criado dois orçamentos resumidos conforme a TABELA 3 e 4, esses orçamentos são baseados na tabela SINAPI, outubro/2021, contendo em cada um dos dois orçamentos a divisão de infraestrutura e supra estrutura. Parede de alvenaria contém uma metragem quadrada de 3,22m², medindo 1,40 m por 2,30 m de alvenaria convencional composta da viga baldrame medindo 0,15 largura x 0,15 altura x 1,40 comprimento, dois pilares em cada lateral de 0,19cm x 0,19cm x 2,50m (C x L x A), e o fechamento em bloco cerâmico de dimensões 19 x 19 x 19 cm, considerando a TABELA 3 temos o valor da infraestrutura de R$ 2.202,33 esupraestrutura de R$ 3.376,03 Parede de poliestireno expandido (EPS) contém mesma metragem quadrada das parede de alvenaria, contendo 1,4m por 2,3m, composta por painel de poliestireno expandido e malha com bitola de 4,2mm, considerando a TABELA 4 temos o valor da infraestrutura de R$ 424,52 e supraestrutura de R$2.514,60 Dados os seguintes valores conforme tabela 3 e 4: Parede de alvenaria convencional Infraestrutura R$ 2.202,33 Supraestrutura R$ 3.376,03 Infraestrutura + Supraestrutura R$ 5.578,36 Parede de poliestireno expandido (EPS) Infraestrutura R$ 424,52 Supraestrutura R$ 2.514,60 Infraestrutura + Supraestrutura R$ 2.939,12 FONTE: SINAPI, 2021. Pode-se assim identificar que em decorrência dos resultados a parede de poliestireno expandido é R$ 3.063,76 mais barata que a parede de alvenaria convencional tendo uma diminuição de 52,69%, sendo mais viável em relação à economia e praticidade de construção. 5 CoNCLUSÃO Com base nas informações estudadas e coletadas, é possível concluir que os métodos construtivos de alvenaria convencional com blocos cerâmicos e construções em Poliestireno Expandido, ambas têm sua funcionalidade e atende ao que é proposto. Essa pesquisa demonstra os benefícios da implantação do EPS, trazendo laudos técnicos mostrando a resistência e funcionalidade, torna necessário as empresas se aprofundarem mais com o EPS, onde é pouco conhecido em nosso país, com o intuito de mostrar que muitas vezes o diferente pode ser bom e agradável, sendo assim trazendo os benefícios na construção civil. O valor para construção entre ambas é relativamente expressivo, e construções com EPS podem chegar a uma economia de 50%, conforme pode ser observado no item 4.3. O prazo para execução das modalidades, podemos verificar no item 2.3, tabela 02, que o ganho na execução e significativa, pois a execução comparadas chegam a um ganho de 50% de seu prazo, com diminuição de mão de obra e consequentemente a redução dos custos com profissionais para a construção. Os testes realizados em laboratório comprovaram que as paredes em Poliestireno Expandido podem suportar cargas de até 14100 Kgf sem que apareçam deformações ou trincas. Laudos comprovatórios em anexos. Quanto a organização e limpeza da obra é visível quando se inicia o processo de montagem e no decorrer da obra. Os materiais guardados corretamente não atrapalham a obra no decorrer, não produzem muitos resíduos se bem planejado, descarte corretamente. Os materiais apresentados foram buscados através de pesquisas e leituras, abrindo, no entanto, várias possibilidades para novas técnicas e melhorias na construção civil, por fim mesmo com tantas adversidades teve um alto ganho de aprendizado e sabedoria na área de construções com o poliestireno expandido, sabendo que se pode adotar uma prática inovadora e essencial para uma vida de boas práticas como engenheiros civis. REFERÊNCIAS ABNT NBR 15270-1 – Componentes cerâmicos - Blocos e tijolos para alvenaria, 2017. Disponível: https://docero.com.br/doc/ex81xnv. Acesso em: 29 Outubro de 2021 ABNT NBR 11752 – Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e refrigeração industrial - Especificação, 2016. Disponível: https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/787/abnt-nbr11752-materiais-celulares-de-poliestireno-para-isolamento-termico-na-construcao-civil-e-refrigeracao-industrial-especificacao. 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