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Aula 04 (7)

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Fundamentos Históricos 
e Teóricos Metodológico do Serviço Social II
Vânia Claudia Spoti Caran
Aula 4
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Na disciplina Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social II vamos entender todo processo profissional no Brasil e na América Latina nas décadas de 60 e 70, seu aspecto cultural e histórico-social, também ligados ao surgimento da profissão, seu caráter influenciado pelo cristianismo, suas correntes filosóficas e ideológicas além das questões em nossa esfera profissional que buscou e ainda busca assimilar o contexto de realidade brasileira e seu enfrentamento, desafios constantes para nossa prática profissional.
A Disciplina
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Objetivos de aprendizagem
Conhecer mais aspectos Históricos e Culturais Do Serviço Social para ter entendimento sobre o contexto da profissão no âmbito acadêmico, teoria e práxis.
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 As Influências Estrangeiras
A relação entre os Estados Unidos e o Brasil não ficou apenas no que podemos chamar no nível econômico; existem dimensões nestas relações que nem imaginamos.
Os Estados Unidos passou a ser referência de modelos e proposta, e no sistema de bem-estar social, o Serviço Social no Brasil, buscou no modelo norte-americano suporte para a prática profissional.
Desta Forma com entrosamento político entre Brasil e Estados Unidos, tivemos como exemplo a participação de assistentes sociais brasileiros em congressos de Serviço Social e concessão de bolsas de estudo.
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 As Influências Estrangeiras
Exemplo é o Congresso Interamericano de Serviço Social, realizado em em Atlantic City (USA),1941, evento que estabeleceu laços estreitos entre as principais escolas de Serviço Social brasileiras e as grandes instituições americanas.
Claro que os reflexos estavam estampados no currículo das escolas. 
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 As Influências Estrangeiras
Mary Richmond foi a primeira a escrever sobre a diferença entre fazer assistência social, caridade, filantropia e o Serviço Social, algo que temos que difundir até hoje pois muitos indivíduos em qualquer cenário não sabem esta diferença . 
Por trás das ideias de Richmond, há uma clara e identificável concepção funcional de sociedade, elaborada pela sociologia norte americana.
A sociologia ciência e disciplina que serve de sustentação teórica ao Serviço Social, justifica a desigualdade social, ligada à estratificação social. Não questiona os problemas sociais devidos à lógica do sistema capitalista, a sociologia americana coloca os indivíduos, instituições desajustadas, a partir das desigualdades institucionalizadas.
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 As Influências Estrangeiras
O que coloca o conflito no conjunto da estrutura social aceitável, e que probabiliza a amenização de qualquer questionamento ao capitalismo.
Lembramos que os Estados Unidos da América remetem no inicio do século , a era fordista , que significa um contexto em nova visão com a questão social, pois a corrente e ideologia ligada à fomentação do capitalismo visava a amenização de qualquer conflito que atrapalhasse o crescimento do capital. 
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A concepção Americana e Europeia através de personalidades pioneiras
Podemos observar influências de personalidades notórias para a história do Serviço Social, que vão de Jesus Cristo até chegarmos em estudiosos da sociologia, da filosofia, da medicina, das artes até da própria profissão como Mary Richmond, entre estes destacamos nomes como:
Jane Addams 
Mary Richmond 
Gordon Hamilton
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Jane Addams (1860-1935)
Jane direcionou seus estudos para Medicina, pensando ser a melhor maneira de ajudar os pobres, mas uma doença a forçou a abandonar os estudos;
Sobre Hull House: queria dizer na Inglaterra era chamada de residência social, enquanto nos EUA passa a ter o nome de Centro de Vizinhança;
Os profissionais conheciam as condições de vida da vizinhança no decorrer do dia a dia, assim como as dificuldades de trabalho, os que viviam nas ruas condições miseráveis, além da influência industrial na vida de todos;
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Jane Addams (1860-1935)
Citava sempre que uma mulher trabalhando numa fábrica é um ser humano, da mesma forma que a prostituta não deixa de ser mulher;
Tinha preocupação com o ambiente, assim protestou junto às autoridades contra a falta de remoção do lixo nas ruas, primeiro passo para obter um ambiente melhor;
O que ela e seus colaboradores queriam era conscientizar os residentes e a população e levá-los a obter do governo os serviços que lhe competia manter e a organizar por si os demais necessários ao bem estar da sociedade;
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Jane Addams (1860-1935)
Ela achava que a Hull House não poderia ser uma voz isolada no cenário social de Chicago e dos EUA.
A situação da classe operária preocupava Hull House e, segundo Jane, este estado de coisas era causado pela falta de organização da classe;
Ela tinha uma fé inabalável na dignidade humana, da igualdade de todos e no senso inato de colaboração da espécie humana. Achava que a conscientização das situações e dos problemas era a mola para as pessoas agirem e chegar a esta igualdade, compreensão mútua e colaboração;
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Jane Addams (1860-1935)
O conhecimento recíproco das classes parecia indispensável para uma sociedade melhor. O isolamento (das classes) pode ser considerado uma deficiência na vida política, social e comercial, mas também na vida industrial, que levava a apatia e ao desânimo, é um crime social causando sofrimento e desintegração moral;
O movimento trabalhista, segundo ela, pode ser definido como os esforços dos operários de qualquer indústria, para obter uma distribuição equitativa do produto e uma melhor existência para a classe;
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Jane Addams (1860-1935)
Quando o movimento trabalhista estiver maduro, os homens não serão mais divididos – capitalistas e proletários – exploradores e explorados;
Os Residentes insistem sobre a unidade da vida para mostrar o que há de verdadeiro na comunidade e se possível trabalhar para o melhoramento, não apenas de um grupo de pessoas, ou de uma classe, mas para o bem de todos, pois nenhum segmento de sociedade pode viver separado dos outros.
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Mary Richmond 
No Livro de Silva (2004) onde cita sobre Mary Richmond, coloca como subtítulo de seu trabalho “Um olhar sobre os fundamentos do Serviço Social”, ou seja, seu discurso fala de uma busca do que é fundamental para se entender o Serviço Social de casos;
Mary Richmond, expõe, a junção ou interação entre “personalidade e meio social”, com o pressuposto entre o homem e o meio social;
Esse ponto contextualiza o objeto da profissão, o ajustamento social;
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Mary Richmond 
Diagnóstico social é o clássico na literatura trabalho social. Referencial como técnica de tratamento de casos social. Ela discute a natureza e usa de provas sociais, seus testes e sua aplicação prática, e resume as lições a serem aprendidas com a história, a ciência, e da lei. Enquanto outros auxiliares no diagnóstico foram adicionados ao equipamento do assistente, a montagem de provas social ainda é uma disciplina importante da profissão, para a qual esse volume continua a dar um contributo significativo. Sem revisão do livro, nunca foi feito nem qualquer livro depois tomar o seu lugar;
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Mary Richmond 
Mary Richmond era o diretor do Departamento de Organização de Caridade da Fundação Russell Sage. Traz uma esfera de instrumentos para o trabalho do Serviço Social que segue:
Marcou a evolução do serviço social;
O ambiente onde vivia era composto de pessoas que professavam ideias liberais e agiam em favor de vários movimentos reivindicatórios da época;
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Mary Richmond 
Nos seus trabalhos, sentiu a necessidade de preparar pessoal para os trabalhos sociais;
Numa obra, destinada a informar o público, disse que o serviço social podia contar com a colaboração de qualquer pessoa, utilizando-o em proveito da comunidade;
Trabalhava na Fundação Russell Sage, uma das mais antigas organizações particulares destinadas a pesquisas sociais;
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Mary Richmond 
Segundo Joana Colcord: Mary era uma personalidade marcante, com visão clara e organizada, e um temperamento naturalmente autoritário. Nunca pôde cursar um nível superior, o que conferia certo complexo de inferioridade;
É sabido as discussões e divergências entre ela e Jane Addams, líder do movimento dos Centros de Vizinhança.
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Produção Literária de Mary Richmond
Principais obras: Social Diagnostic; What is Social Casework?;
Sua forma discursiva variava conforme seu objetivo: conselhos e sugestões para o trabalho social, descrição de fatos observados, contestação de opiniões alheias, autodefesa de suas opiniões, explanação de seu método e da maneira de operacionalizá-lo;
Tudo que afirma ou sugere é apoiado em exemplos tirados de seus trabalhos e das obras sociais de colegas;
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Produção Literária de Mary Richmond
Todos seus livros têm como base uma minuciosa pesquisa: What is social case work? Partiu de um levantamento nos prontuários de várias obras sociais;
Mary apoiava-se, portanto, em conceitos sociológicos, no entanto encontrava certa dificuldade em explicar e compreender os depoimentos testemunhais: a intenção do cliente, as atitudes diante dos problemas, suas reações a várias situações, etc.;
Contribuiu para a terminologia do serviço social introduzindo e definindo vários termos;
Mary preferia Social Work.
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O Pensamento Social de Mary Richmond:
Influenciou a profissão de assistente social no mundo inteiro, principalmente na América Latina;
Seu pensamento social enfoca duas noções principais: diagnóstico social e a noção de caso social. Destas duas noções chegamos a suas ideias sobre trabalhos com as massas, reforma social, a atuação dos voluntários e formação profissional.
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Fundamentos Históricos 
e Teóricos Metodológico do Serviço Social II
Vânia Claudia Spoti Caran
Atividade 4
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Atividade 
Refletindo....
O Serviço Social tem como referencial teórico hegemônico a teoria social crítica de Marx, 
que tem como diferencial o entendimento de que a realidade não é estanque e é construída no processo histórico e tem como determinantes as condições econômicas.
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