Buscar

O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO (ESTUDAR)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
A transformação da sociedade tem acontecido de forma progressiva, desde a pré-história até a “Era do Conhecimento”, onde no primeiro período, a relação social era quase inexistente, passando para o atual momento, onde as pessoas se organizam e dependem da sociedade para sobreviverem e viverem em associações. Segundo Motta (1993), essa evolução vem acontecendo de forma mais e mais veloz, onde a inovação é conseqüência do dinâmico mundo do conhecimento, e onde as formas de transmissão deste conhecimento vem exigindo das pessoas maior integração e adaptação. A transição social aconteceu e a economia tornou-se mais forte, ambos conseqüência da disseminação do conhecimento. Segundo Drucker (1997), o conhecimento adotou um caráter diferenciado ao longo dos anos. Na antiguidade clássica, o conhecimento foi trabalhado sobre o pensamento individualista, objetivando a ampliação tanto da satisfação, como da ciência individual. Para uma melhor concepção deste processo evolutivo, se faz necessário buscar o entendimento sobre o surgimento da ciência administrativa e seu enriquecimento. A Administração Científica surge com os estudos de Taylor, que percebeu a necessidade de inovação do processo de produção, enfatizando a necessidade de se trabalhar com eficiência, dividindo as tarefas em múltiplas etapas e administrando a operação com mãos de ferro, para assim ter-se uma máxima produção com o mínimo de custo (FERREIRA, 2000). O autor afirma ainda que para Taylor, existia uma grande lacuna entre planejar e executar já que os trabalhadores não conheciam e nem entenderiam a administração científica. A partir desta fase, também conhecida como taylorismo, vivenciou-se o fordismo, comandado pela genialidade de Henry Ford, que buscou o desenvolvimento do trabalho especializado e da produção repetitiva, produção em série ou padronização da produção (FERREIRA, 2000). Segundo o autor, Ford tinha uma olhar moderno para a época, explorando estratégias diferenciadas e técnicas de racionalização dos recursos, sobretudo o humano. Assim como Taylor e Ford, outro representante da Administração Científica foi Fayol, pensador do processo administrativo, um conjunto de atividades administrativas que tanto exerciam influências, como influenciavam as atividades gerenciais administrativas. Dentre estas atividades estavam o planejamento, que determinavam os objetivos da organização e as ações para alcança-los, a organização, que buscava distribuir de forma adequada os recursos da organização e mantê-los em alinhados, o comando, que busca fazer cumprir o determinado, e o controle, que determinam os padrões a serem adotados pela organização para a consecução dos objetivos (FERREIRA, 2000). Além da Escola Clássica da Administração, a sociedade vivenciou o que Ferreira (2000) chama de Escola Humanística, que teve como principal representante Elton Mayo e Hawthorne. Segundo Ferreira (2000), um dos grandes focos desta abordagem foi a motivação dos indivíduos como fonte de consecução dos objetivos da organização. O autor valida ainda a idéia de que a relação de grupo torna a organização mais produtiva e os trabalhadores mais felizes. Além disso, é validado o pensamento participativo, onde os funcionários participariam do processo de tomada de decisão das empresas, o que influenciaria um maior esforço produtivo e participativo. A evolução da teoria organizacional prossegui e com ela nasce uma nova visão de administrar. Max Weber, principal representante deste movimento, percebeu a necessidade de pensar um modelo evolutivo que tratasse métodos racionais de gestão. Para tanto apresentou seu modelo, carregado de disciplinariedade e rigidez no trabalho, envolvendo os membros da organização em um processo de adequação dos meios aos fins (MOTTA E PEREIRA, 1991). Segundo os autores, Weber afirmava que as empresas não dependiam de pessoas específicas para funcionarem, já que eram peças móveis, substituíveis. Neste modelo, a autoridade do administrador é a medida necessária da ação dos subordinados. A Teoria dos Sistemas foi mais uma escola a influenciar o pensamento administrativo, já que com os estudos de Bertalanffy, mesmo preconizados por outros autores como Taylor e Fayol, desenvolveu a necessidade de conexão e síntese das teorias anteriores (FERREIRA, 2000). Segundo o autor, nesta escola percebe-se que a preocupação está na junção das partes para a formação do todo organizacional, sendo visto o sistema administrativo da mesma forma que um sistema biológico. A evolução de algumas escolas administrativas conduz à idéia de novas configurações organizacionais, onde o foco está no conhecimento e no desenvolvimento aprendiz. Pode-se conjeturar a administração nas mais diversas visões e probabilidades evolutivas. Se refletida como arte, a administração é entendida como algo divino, um dom, algo que o indivíduo traz inerente ao seu conhecimento, aprendizado e vocação, já que temos diversos casos de indivíduos bem sucedidos que jamais “pisaram” em uma escola de administração. Já, se refletida como ciência, pode-se perceber que o indivíduo estará sempre engajado em uma conjuntura social de busca por diferencial competitivo, lucratividade e conseqüentemente centralização de renda (FILHO, 2004). Para se chegar ao atual estágio, a humanidade passou por processos evolutivos a que nós chamamos de “era”. Segundo Sveiby (1998) o primeiro estágio foi chamado de Era da Agricultura, que durou cerca de 200 anos, dando posteriormente espaço ao que se convencionou chamar de Era Industrial, esta caracterizada por um grande desenvolvimento da força de trabalho e das máquinas, sendo daí desenvolvidas técnicas que permitiam um melhor desempenho da produção humana e das máquinas. Tudo o que se conceituava acerca da administração na Era Industrial possuía um entendimento baseado nas riquezas do mundo econômico como: produto, bens e trabalho humano. As teorias utilizadas há algum tempo visavam apenas as técnicas de formação do produto e do mercado de atuação, dando pouca importância à formação da cultura organizacional e da relação desenvolvida dentro dessas organizações (SVEIBY, 1998). Hoje vive-se a Era do Conhecimento, onde a mudança passou a ser a única certeza e firmação necessárias para a sobrevivência das organizações, demandando por inovações que permitam acelerar, com inteligência, as atividades produtivas, de marketing, financeiras, entre outras, gerando um melhor condicionamento econômico nas organizações. Desta forma, as organizações partem INTRODUÇÃO A ESCOLA CLÁSSICA CIENTÍFICA DA ADMINISTRAÇÃO
incessantemente em uma busca do "mapa da mina" capaz de promover as mudanças necessárias que permitam à estas, destaque e segurança diante da volatilidade do mercado. Este mapa chama-se conhecimento e a aprendizagem e a participação os caminhos apontados por ele.
A Escola Clássica de Administração Científica foi a primeira escola da área. Criada com o princípio de legitimar a personalidade racional-legal em oposição à personalidade tradicional, dentro das Empresas.
Antigamente Max Weber desenvolveu três argumentos segundo os quais se baseava a personalidade humana e partiu do princípio que existem três tipos de personalidades: a carismática, a tradicional e a racional-legal.
Com base na personalidade carismática, partia do pressuposto de que era uma forma de personalidade humana na qual o ser humano era visto na figura de um herói pelos seus atos. Temos como exemplo os líderes, os profetas, guerreiros dentre outros. Sobre a personalidade tradicional, Weber salienta que era baseada nos costumes e tradições, ou seja, na figura dos senhores feudais e patriarcas que foram garantidos pelos costumes religiosos e crenças de uma sociedade. Além disso, temos uma nova personalidade na tentativa de se difundir com o sistema industrial a racional-legal, que para Max Weber era a melhor forma de organização social, tendo como fundamento a legitimação das regras que visavam um melhor desempenho nas atividades industriais que estava surgindo no finaldo século XIX e início do século XX.
A Escola Clássica vai tentar impor a legitimação da personalidade racional-legal dentro das Empresas a partir de um dos mais conhecidos fundadores da Escola Clássica de Administração Científica, Frederick Winslow Taylor.
Para se chegar  às origens da Escola Clássica,  faz-se necessário observar fatos que ocorreram na história. Por volta do século XVIII, Descartes negou todo conhecimento com base em costumes e tradição e propôs o método de racionalidade para resolver qualquer tipo de problema. Já no século XIX, o racionalismo atingiu seu apogeu para no século seguinte ser aplicado às ciências naturais e sociais.
Mas o campo do trabalho ainda não havia sido afetado pela racionalização, mesmo com a introdução das máquinas. Nessa mesma época surgiram os pioneiros da racionalização e, por terem idéias semelhantes, ficaram conhecidos como fundadores da Escola Clássica.
Um dos principais fundadores dessa Escola chamava-se Taylor. Engenheiro do Norte USA, até hoje ele é conhecido como “Pai da Organização Científica do Trabalho”. Seus métodos de trabalho eram baseados em experiências que envolviam o controle de tempo e os movimentos desnecessários a execução de uma tarefa. Também preferia trabalhar sempre com a indução do método dedutivo, ou seja, que parte da observação do geral para depois trabalhar com o detalhe de um objeto.
E outro importante contribuinte era Fayol, também engenheiro. No entanto sua formação era francesa, o que o fez preferir sempre trabalhar com o método lógico-dedutivo, e era mais um administrador de cúpula. Era dele a principal divisão das tarefas de um administrador que eram: planejar, controlar, comandar, comandar e coordenar.
Uma das principais idéias que assentam o edifício teórico da Escola Clássica é que alguém será um bom administrador à medida que seus passos forem planejados e organizados de maneira cuidadosa e racional.
Para os contemporâneos dessa Escola, o homem era considerado um ser racional e, a partir do momento que toma uma decisão, sabe o curso das ações que é disponibilizado bem como a consequência da opção que escolheu. Trabalhava-se com o pressuposto de racionalidade absoluta em relação ao homem. E uma das frases que mais se fazia presente naquela época era que aos administradores e engenheiros cabia estabelecer as normas e aos operários apenas obedecer.
O homem era visto, segundo Taylor, como homo economicus, onde a constante vigilância, o treinamento e incentivos financeiros eram fatores que garantiam por si só uma boa produção. Mas para os contemporâneos de Taylor, como o psicólogo Henry Gantty, o incentivo financeiro era uma das falhas da Administração Científica, pois o homem precisava de incentivos diferentes para assegurar uma boa produção. Gantty salientou a efetivação dos incentivos psicossociais, tais como prestígio social, auto-realização, reconhecimento, dentre outros.
A produção era outra principal idéia que se fazia necessária nessa época. Afirmava-se que a única maneira certa, se descoberta, ia maximizar a eficiência do trabalho e diminuir os custos com a produção, ou seja, analisando o trabalho em suas diferentes etapas e diminuindo os movimentos desnecessários de forma que os simplifique e reduzam ao mínimo.
A definição que se tinha de Organização, não era de estrutura, e sim o modo pelo qual uma empresa administra de forma organizada o processo de produção de maneira eficiente para atingir seu objetivo principal, o lucro. Segundo a Escola Clássica, para que uma empresa atingisse seu objetivo através da Organização os seguintes fatores que seguem se faziam necessário:
- Divisão do trabalho;
- Poucos subordinados para cada chefe e um alto grau de concentração das decisões;
- Acumulação de tarefas obedecendo ao critério de semelhança dentro dos setores da empresa;
- Ações se deslocavam para a empresa e não para os colaboradores, portanto buscava-se a melhor estrutura e sistemas perfeitos.
Podemos também mencionar o Fordismo como um dos elementos que contribuem para o acervo de conhecimentos que se tem da Escola Clássica. Em uma época onde o trabalho era baseado na produção em massa nas chamadas “esteiras”. Ford implantou a fabricação de um modelo de carro, o Ford Bigode Preto. Essa foi uma fase marcante para sociedade, pois ele colocou esses carros a preços baixos fazendo com que mais pessoas pudessem ter um carro, mas ele salientava que alguém poderia ter um carro a preço baixo desde que esse fosse o Ford Bigode Preto e de cor preta. Muitas pessoas naquela época não tinham acesso a carros e, por custarem muito caro, só os mais milionários podiam possuir.
Em suma, a Escola Clássica de Administração Científica contribuiu de forma a ser uma ciência que estava em sua fase inicial e as Escolas que posteriormente ia surgindo tinham a intenção de estudar o objeto da administração de modo a se ter sempre uma nova visão no campo. Além disso, as Escolas que iam surgindo sempre recebiam críticas em relação às posteriores.
ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO
Neste artigo apresentamos um resumo da abordagem humanística da administração. Tal teoria surgiu em oposição à Administração Científica e à Teoria Clássica. Com a Abordagem Humanística o foco sai da tarefa ou da organização e passa para as pessoas, como o próprio nome sugere.
A abordagem humanística da administração surgiu por volta da década de 1930, nos Estados Unidos, com o nascimento da Teoria das Relações Humanas.
Abordagem humanística da administração
Teoria das Relações Humanas
A teoria surgiu como consequência da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo. Os três pontos basilares para desenvolvimento da Teoria das Relações Humanas foram:
Humanização e democratização da administração, deixando de lado a rigidez existente até então.
Desenvolvimento das ciências humanas, notadamente, da psicologia.
Os resultados da Experiência de Hawthorne, que deixaram dúvidas quanto a adequabilidade da Teoria Clássica.
Em oposição ao homo economicus surge o conceito do homem social. Aparece a preocupação com fatores como motivação, comunicação, liderança, trabalho em equipe, em contraponto à outros fatores como autoridade, departamentalização, tarefas etc, como era anteriormente.
Com a Teoria das Relações Humanas há maior atenção com a natureza do homem. Percebe-se que as características pessoais da cada um influenciam no ambiente de trabalho. Vê-se, também, que as relações pessoais existentes dentro da organização devem receber especial cuidado.
De maneira inovadora para a época, qualidades de liderança são buscadas nos supervisores, esperando-se que o mesmo tenha a capacidade de influenciar seus liderados objetivamente, conseguindo que esses desempenhem suas funções com motivação e qualidade.
Outro ponto importante, ademais, é o entendimento de que os grupos sociais formados dentro da organização possuem regras informais e próprias, sendo que tais mecanismos influenciam sobremaneira no desempenho dos colaboradores, não podendo, dessa forma, serem ignorados.
Assim, a abordagem humanística da administração foi a primeira teoria administrativa a emprestar um olhar mais atento às necessidades e características dos colaboradores, mais como seres humanos e menos como simples empregados.

Outros materiais