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ACIDENTE DO TRABALHO - QUESTÕES Atuais e Controvertidas Dallegrave, José Affonso Neto

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ACIDENTE DO TRABALHO 
QUESTÕES Atuais e Controvertidas 
José Affonso Dallegrave Neto 
Escola Judicial do TRT, IX Região 
Foz do Iguaçu 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL NO ACIDENTE DE TRABALHO: 
 
I - Previsão constitucional 
 
“Art. 7º.: - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
XXVIII: Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa” 
 
Observações: 
 
A) Liberação do SAT pelo INSS = independe de culpa; 
 
B) Responsabilidade da empresa (além do SAT) = 
 Dolo ou culpa (regra geral) 
 Independente de culpa nos casos de lei (927, 
CC) 
1ª. Controvérsia: É possível a compensação das parcelas? 
 
SAT = 1 benefício previdenciário; 
- Cobre tão-somente os riscos normais do empreendimento 
(fatalidades); 
- Não é indenização por ato ilícito; 
 
“ (...) O benefício previdenciário percebido atualmente não exclui a 
pensão civil reivindicada pelo autor, pois ela tem como fundamento ato 
ilícito praticado pelo reclamado, ao passo que os valores pagos pelo 
INSS decorrem das contribuições pagas pelo empregado e pelo 
empregador no curso do contrato. As duas parcelas são distintas e 
não se compensam, pois, consoante o artigo 7º, XXVIII, da CF, 
o seguro social contra acidentes do trabalho não exclui a indenização 
civil devida pelo empregador, quando incorrer em dolo ou culpa. No 
mesmo sentido é a Súmula 229 do Excelso STF” 
(TRT-3ª R., RO 00484-2004-076-03-00-1, 7ª T, Alice M. de Barros, 
DJMG, 25.01.05). 
 
 
Seguro de acidentes pessoais e de RC 
• (Art. 757, CC): 
• Seguro de RC: protege a empresa (segurado) contra 
indenizações judiciais por culpa sua (involuntária) ou de seus 
prepostos. 
 
• Seguro de AP: protege o empregado (segurado) contra acidente 
do trabalho liberando prêmio à vítima ou aos seus beneficiários. 
• Compensação na indenização por acidente do trabalho: 
a) SAT (não); b) Seguro de AP ou Vida (não); Seguro de RC (sim) 
• Integração na lide trabalhista: 
 Art. 70, III, CPC (ação de regresso) + Art. 114, VI (“indenização 
decorrente da relação de trabalho”) 
 
 “Não se pode interpretar a norma de modo que impeça o resultado útil 
da jurisdição” – Leonardo Borges – Rev. LTr, março 2007) 
 
“É da competência da Justiça Estadual o julgamento de ações de 
indenização cujo objeto é a indenização decorrente de contrato de 
seguro de vida em grupo firmado entre a seguradora e o empregador. 
Trata-se de matéria de direito comum não fundada na relação de 
trabalho. Preliminar de incompetência material da Justiça de Trabalho, 
arguida de ofício que se acolhe. ” (TRT-PR-98402-2006-089-09-00-6-
ACO-12499-2007, DJPR: -18-05-2007). 
• Denunciação à lide da Seguradora – Sentença: Luciano Coelho 
(VT Araucária) 
• “Retirando-se da lide a seguradora, a conciliação, objetivo 
primeiro do processo do trabalho, resta imensamente 
prejudicada, uma vez que em caso de conciliação a seguradora 
não paga o seguro, em regra, exigindo para isso sentença 
condenatória. 
 Ora, se a seguradora não participar da lide, sabendo de antemão 
que o empregador deverá manejar ação cível, mais custosa e 
demorada, o interesse na conciliação diminui sensivelmente, e é isso 
que tenho sentido na prática diária com as seguradoras. A não 
aceitação pela Justiça do Trabalho dessa competência traria ao 
empregador perigoso desestímulo para fazer o seguro, eis que deveria 
aguardar sentença condenatória para apenas então discutir a 
responsabilidade securitária. 
• Ora, nesse caso a unidade de convicção restaria prejudicada, 
pois novamente os fatos seriam discutidos no cível correndo-se 
inclusive risco de decisão contraditória. ” 
 “De fato, a análise da cobertura prevista no contrato de seguro - ressoa 
como matéria estranha à relação de trabalho. Mas por outro lado, não 
deixa de ter se originado em processo que visava à pacificação social 
no bojo de ação indenizatória de acidente de trabalho. 
 
(...) O jurisdicionado não pode ser a vítima de alterações 
constitucionais de competência que visam, sobretudo, à melhoria da 
prestação jurisdicional. Ainda que possa causar espécie, sob nossa 
modesta ótica traduz uma solução mais adequada à pacificação 
social, que é um dos magnos escopos da jurisdição. 
 
 Neste passo, declaramos a competência material da Justiça do 
Trabalho para conhecimento e julgamento dos presentes recursos. ” 
 
 (TRT-PR-99528-2006-002-09-00-5-ACO-04252-2007, Ana Carolina 
Zaina, DJPR: 23/02/07). 
 
• Dano em exame Pré-admissional: 
 
“Conflito de competência. Justiças Cível. É trabalhista. 
 Ação de indenização por danos morais. Lesão de tímpano provocada 
durante a realização de exame admissional. Alterações promovidas 
pela EC n. 45/2004. Inaplicabilidade. Relação jurídica de direito civil. 
Caracterização. Competência do Juízo Estadual. ” 
 (STJ, CC n. 82.800-SP, Min. Massami Uyeda, julgado em 
04/09/2007). 
 
• Voto: “A hipótese dos autos é de Ação indenizatória por erro 
médico, tendo em vista lesão sofrida pelo autor durante 
procedimento de lavagem do ouvido, quando da realização de 
exame audiométrico, sendo desinfluente o fato de que o referido 
exame visava habilitar o autor para possível CT, o qual nem 
mesmo se efetivou. ” 
• Art. 932, CC: São também responsáveis pela reparação civil: 
 III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e 
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão 
dele;06) 
• Normas de segurança e saúde do trabalho 
 Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além outros 
que visem à melhoria de sua condição social: 
 
XXII: Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas 
de saúde, higiene e segurança; 
 
o CLT: artigos 154 a 200 (normas de segurança) 
 
 
• Força normativa das NRs (Portaria n. 3214/78) 
 Art. 200, CLT: Cabe ao MTb estabelecer disposições 
complementares às normas de que trata este 
Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada 
atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre: 
 I: medidas de prevenção de acidentes (...). ” 
 OJ SDI-I n. 345: reconhece a força normativa das 
NRs 
 Sum. 194 do STF: “é competente o MTE para 
especificações das atividades insalubres”. 
• A Constituição assegura aos trabalhadores a "redução dos riscos 
inerentes ao trabalho por normas de saúde, higiene e 
segurança" (art. 7°, XXII). As Normas Regulamentares traçam as 
medidas mínimas de proteção individuais e coletivas que devem 
ser observadas pelo empregador para, quando menos, atenuar 
os riscos aos quais se expõem para que se atinjam os fins 
colimados pela empresa. Sendo assim, se as normas são 
descumpridas, revela-se a culpa em potencial que se qualifica 
quando o dano físico é revelado, como no caso presente. De tal 
modo, por força da regra do artigo 159 do Código Civil, deve o 
empregador reparar o dano sofrido pelo empregado, ao qual 
culposamente deu causa. ” 
 (TRT - 2ª Reg. - 20010153017/01 - 8ª T. - Ac. 20020279960 - Rev. 
Maria Luíza Freitas - DJSP 14/05/02) 
 
 
- Aonde reside a culpa do empregador? 
 (1). Na violação das normas de segurança e saúde do trabalho. 
 
2). Na violação do dever geral de cautela e prevenção. 
 
 “A constatação de culpa resulta de um processo comparativo do 
comportamento do empregador que acarretou o infortúnio, com a 
conduta esperada de uma empresa que zela adequadamente pela 
segurança e saúde do trabalhador. É importante assinalar que a 
conduta exigida do empregador vai além daquela esperada do homem 
médio nos atos da vida civil (bônus pater famílias), uma vez que a 
empresa tem o dever legal de adotar as medidas preventivascabíveis 
para afastar os riscos inerentes ao trabalho, aplicando os 
conhecimentos técnicos até então disponíveis para eliminar as 
possibilidades de acidentes ou doenças ocupacionais. (...)” 
 
(TRT, 3ª. R. Proc. 01349-2004-037-03-00-0-RO – Sebastião G. de 
Oliveira, DJ/MG: 22/9/2005). 
 
Graduação de culpa: 
A) Culpa grave – negligência grosseira; proceder muito abaixo do 
habitualmente praticado; 
 
B) Culpa leve – evitável por pessoa normalmente diligente (homem-
médio); proceder apenas abaixo do modo habitual praticado; 
 
C) Culpa levíssima – evitável apenas por pessoa excepcionalmente 
diligente ou se tivesse sido mais diligente do que de costume. 
 
A pergunta a ser feita é: 
o Se a empresa fosse excepcionalmente diligente e 
cumprisse rigorosamente as normas de segurança, ainda 
assim haveria o acidente? 
- Não (então houve culpa patronal) 
 Sim (ausência de culpa patronal) 
 
Presunção de culpa patronal por: 
 
a) descumprir norma legal; 
b) descumprir obrigação de resultado (Assegurar incolumidade física 
do empregado); 
c) princípio da aptidão da prova, inverte o ônus (art. 359, II, CPC) 
 
 “Na apuração da responsabilidade civil em decorrência do acidente de 
trabalho, o ônus da prova recai sobre o empregador, que deve 
comprovar a inexistência da conduta culposa. Entretanto, não se 
desonerando do encargo que milita em seu desfavor, presume-se a 
culpa, surgindo o consequente dever de indenizar o trabalhador pelo 
prejuízo sofrido. ” 
 (TST, 3ª.T., RR 84.813/2003-900-03-00.2, Maria Cristina Peduzzi, DJ 
15/9/06) 
 
 Ementa em sentido contrário: 
 
 “A ausência de prova cabal da culpa contributiva do empregador 
afasta a sua responsabilidade subjetiva, frustrando a pretensão obreira 
de indenização por danos morais. ” (TRT, SC, 3ª. T. 03661/06, DJ/SC 
28.03.06 - P. 387) 
• Princípio da reparação integral da vítima (restitutio in integrum) 
Art. 944 do CC: “A indenização mede-se pela extensão do dano. ” 
Parágrafo único: “Se houver excessiva desproporção entre a 
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir equitativamente a 
indenização” 
 
Enunciado 46 do CEJ do CJF: 
 “A possibilidade de redução do montante de indenização em 
face do grau de culpa do agente, estabelecida no parágrafo 
único do art. 944 do novo CC, deve ser interpretada 
restritivamente, por representar uma exceção ao princípio da 
reparação integral do dano. 
 
• Culpa concorrente 
 Art. 945: Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento 
danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade 
de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 
 
 “Em princípio, cuidando-se de acidente de trabalho, bastante ao 
empregado a prova do nexo causal entre o exercício da 
atividade laboral e o evento danoso, cabendo ao empregador, 
em contrapartida, demonstrar o fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor, qual seja, a inexistência de culpa 
integral sua ou a existência de culpa concorrente da vítima, esta 
também admitida pela Turma como circunstância eventualmente 
atenuadora da responsabilidade civil” 
 (STJ, 4ª. T., REsp n. 621.825/MG, Aldir Passarinho Júnior, DJ 
12/12/2005) 
 
Em suma: 
 
• A vítima prova o fato constitutivo: que o dano decorreu da 
execução do contrato de trabalho; 
• À empresa caberá provar: - a inexistência integral de sua culpa - 
a culpa integral ou concorrente da vítima 
• Em caso de culpa concorrente, o juiz reduzirá a indenização na 
proporção da culpa de cada parte; 
 
• Culpa exclusiva como excludente da RC 
 
 
 “Ocorre quando a causa única do acidente do trabalho tiver sido a sua 
conduta, sem qualquer ligação com o descumprimento das normas 
legais, contratuais, convencionais, regulamentares, técnicas ou do 
dever geral de cautela por parte do empregador. ” (Sebastião G. de 
Oliveira) 
 
“Comprovada nos autos a entrega e fiscalização do uso de 
equipamentos individuais de segurança, bem como o fato do autor 
estar embriagado no momento do acidente, não há que se falar em 
responsabilidade do empregador. O acidente de trabalho ocorreu por 
exclusiva culpa do empregado, não fazendo jus à indenização 
postulada. ” 
(TRT-PR-99513-2006-661-09-00-3-ACO-15828-2006 – 4a. T, DJPR: 
30/5/06) 
 
 
 
Força Maior: Art. 393, CC X Art. 501, CLT 
 
“Na lição de Clóvis, caso fortuito é ‘o acidente produzido por força 
física ininteligente, em condições que não podiam ser previstas pelas 
partes’, enquanto a força maior é ‘o fato de terceiro, que criou para a 
inexecução da obrigação, um obstáculo, que a boa vontade do 
devedor não pode vencer’, com a observação de que o traço que os 
caracteriza não é a imprevisibilidade, mas a inevitabilidade. ” (STJ. 4ª 
T., Sálvio de Figueiredo, REspecial 264.589/RJ, julgado em 
14.11.2000) 
 
 
• “A queda de árvore decorrente de forte chuva de verão denota a 
imprevisibilidade característica do caso fortuito de forma a 
quebrar o nexo de causalidade entre o fato e o resultado 
havidos, e, por via de arrastamento, apresenta-se como 
excludente de responsabilidade do dever de indenizar. ” (TRT 
23ª R. – RO n. 00228.2005.066.23.00-9 – Paulo Brescovici – 
DJMT: 02.02.2006 – p. 26) 
Acidente do Trabalho: Lei 8213/91 
 
• Acidente-tipo: (art. 19) decorrente do trabalho a serviço da 
empresa que cause morte ou incapacidade (parcial ou total, 
temporária ou permanente); 
• Doenças ocupacionais: 
 - Doença profissional (20, I): desencadeada pelo trabalho peculiar a 
determinada atividade constante de relação oficial do MPS (juris et de 
jure) 
- Doença do trabalho (20, II): desencadeada por condições especiais 
(irregulares) em que o trabalho é realizado (juris tantum) 
- Doença com NTEP (21-A): nexo técnico epidemiológico (juris 
tantum) 
Acidentes por concausa: (art. 21, I) tem no trabalho sua causa direta 
(não exclusiva, mas concorrente) 
 
• Acidentes por causa indireta: (21, II, IV e § 1º): a execução do 
trabalho não é causa direta do acidente; logo falta o elemento 
nexo causal da RC; Ex: acidentes de trajeto 
*Em todos eles libera-se o SAT; 
* Somente nos três primeiros haverá RC do empregador 
 
“O acidente de trajeto, ou acidente in itinere, é equiparado a acidente 
do trabalho para fins previdenciários, nos termos do artigo 21, inciso 
IV, d, da Lei nº. 8.213/91, estando plenamente coberto pelo seguro 
acidentário, que tem um caráter marcadamente social fundado na 
teoria da responsabilidade objetiva. Ou seja, a lei concedeu uma 
amplitude maior ao nexo causal para efeitos do seguro acidentário, 
considerando a sua natureza social, incluindo situações não 
relacionadas diretamente ao trabalho, como é o caso dos acidentes de 
trajeto. 
 
 
 No entanto, na esfera da responsabilidade civil, em que o interesse 
tutelado é individual, só há obrigação de indenizar quando há nexo 
causal ou concausal ligando o acidente ou doença com o exercício do 
trabalho a serviço da empresa. As hipóteses de causalidade indireta 
admitidas na cobertura acidentária, arroladas no artigo 21, incisos II e 
IV, da Lei nº. 8.213/91, não caracterizam o nexo causal adotado como 
pressuposto da indenização civil. ” 
 
(TRT – 3ª. R., 2ª T., Sebastião G. de Oliveira, DJMG: 17/05/2006). 
 
 
 
 
 Caso o acidente in itinere seja provocado por ato culposo do 
empregador, haverá dever de indenizar: 
 
 
• “Ao assumir o risco de transportar trabalhadores para o local da 
prestação de serviços, em lugar de difícil acesso não servido por 
transporte público regular (Súmula 90 do TST), o empregador 
arca com a obrigação de proporcionar segurança aos seus 
empregados, por meio da adoção medidas relativas à adequada 
manutenção do veículo de transporte. Assim, seo transporte de 
trabalhadores é realizado em um veículo em péssimo estado de 
conservação e sem autorização do poder público, encontra-se 
caracterizada a culpa patronal contra a legalidade, por violação 
ao artigo 230, inciso II, do Código de Trânsito Brasileiro, que 
veda o transporte de passageiros em compartimento de carga, e 
ao artigo 132, parágrafo único, do Código Penal, no qual se 
encontra tipificado o crime de perigo para a vida ou a saúde de 
outrem. ” 
 
(TRT – 3ª. Região, 2ª Turma, Rel.: Juiz Sebastião Geraldo de Oliveira, 
julgado em 20/06/2006, DJ de 05/07/2006). 
 
 
 
 Acidentes configurados por concausa: 
 
• Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para 
efeitos desta Lei: 
 
 I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a 
causa única, haja contribuído diretamente para a morte do 
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o 
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a 
sua recuperação; 
 
• A = C + T (Acidente = Concausa + Trabalho) 
 C + T = causas concorrentes que provocam a morte ou 
incapacidade 
 
• “A concausa é outra causa que, juntando-se à principal, concorre 
para o resultado. ” (Ok) 
 “Ela não inicia e nem interrompe o processo causal, apenas o 
reforça, tal qual um rio menor que deságua em outro maior, 
aumentando-se o caudal. ” (?) 
 (Sérgio Cavalieri Filho, Programa de Respons. Civil. 7. ed. 
SP:Atlas, 2007. p. 58) 
 
 
Ementas: 
• “O fato de o acidente do trabalho ou doença equivalente 
decorrer de outros fatores além dos laborativos, devidamente 
comprovados nos autos e negligenciados pelo empregador, não 
elide a sua caracterização bem como o reconhecimento da 
responsabilidade empresária, eis que a concausa (contingência 
adjacente) está prevista na legislação pátria. Inteligência do art. 
21, inciso I, da Lei no 8.213/91. ” 
 
(TRT, 3a R, 2a T, RO n. 2635/2003, José M. Caldeira, DJMG 9.4.03 
– p. 12) 
 
 “Tenossinovite. Incapacidade. Local de trabalho com boas condições 
de higiene, segurança e luminosidade e aeração. Ausência de atos da 
empregadora que pudessem ter comprometido a situação de saúde 
laborativa da autora. Ação improcedente”. 
 (2o. TACivSP, Ap. civ. 270.571-1, Rel. Osvaldo Caron) 
 
 
 
 NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico 
• Lei 11.430/2006 inseriu o art. 21-A na Lei 8213/91: 
 
Art. 21-A: A perícia médica do INSS considerará caracterizada a 
natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de 
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente 
da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida 
motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional 
de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o 
regulamento. 
 
§ 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste 
artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o 
caput deste artigo. 
 
 
Observações: 
 
a) “Sistema de presunção legal relativa” da doença profissional (art. 
212, IV, CC); 
b) NTEP: Doença ocupacional = CID x CNAE 
 A fixação do nexo técnico cabe aos peritos do INSS (art. 337, Dec. 
3048/99); 
 
 
• Haverá casos que além do exame clínico, o perito terá que fazer 
inspeção na empresa; 
 
 
• Ex: LER em bancário (há NTEP em face do risco potencial da 
atividade, cf estatística) 
 
 
• Há casos especiais e fundamentados que o perito poderá fixar o 
NEXO CAUSAL de forma diversa do NTEP (seja em prol da 
empresa ou do trabalhador: art. 2º.,§ 6º e 4º, IN INSS/PRES n. 
16/2007) 
 Além do NEXO CAUSAL, o perito deverá reconhecer a incapacidade 
(dano) da vítima (art. 3º, IN 16); 
 
 
 Pontos positivos do NTEP: 
 
- Redução das subnotificações de doenças ocupacionais; 
- Facilitação da concessão do auxílio-doença acidentário (B91), 
aposentadoria por invalidez e estabilidade (art. 118); 
• Estímulo às empresas a investirem em prevenção com 
possibilidade de redução do SAT, através do FAT; 
• O NTEP cria presunção relativa, cabendo ao interessado a prova 
em sentido contrário; 
• A caracterização do AT pelo critério do NTEP repercutirá na 
prova do acidente e da culpa patronal para fins de RC; 
 
Críticas das empresas: 
- A presunção de doença ocupacional, por mera dedução estatística, 
abre perigoso precedente, vez que ignora as pré-disposições 
genéticas da pessoa. 
- O aumento de custos com encargos e prevenções estimula a 
empresa a substituir o trabalho humano pela automação. 
 
 
 
Caso dos empregados domésticos 
 
 
• Não faz jus ao SAT nem ao auxílio-doença-acidentário; 
Exegese do artigo 18, § 1º, da Lei nº 8.213/91; art. 104, do Dec. n. 
3048/99; art. 7º, pág. único da CF. 
 
• Eventual afastamento por doença ou acidente do trabalho, o 
doméstico perceberá apenas auxílio-doença. 
• Art. 61 da L. 8213/91 (*alterado pela L. 9032/95), consta: 
 “O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, 
consistirá numa renda mensal correspondente a 91% do salário-de-
benefício”. 
 
• Havendo acidente do trabalho por culpa patronal incidirá a regra 
do art. 927 do CC (dano, nexo e culpa) 
 
II - Previsão legal: Código Civil 
 
 
Art. 927: “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187) causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo.” 
 
Parágrafo único: “haverá obrigação de reparar o dano, independente 
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem.” 
 
 
 
A) Subjetiva 
- Atividade ordinária (sem risco especial) 
- Art. 927, caput: 
B) Objetiva 
 Atividade “normal de risco” e casos de lei 
 - Pg. Único, art. 927 do NCCB: 
2ª. Controvérsia: O que é “atividade normal de risco”? 
Enunciado n. 38 do CEJ do CJF 
 
“A responsabilidade fundada no risco da atividade, como prevista na 
segunda parte do pg. único do art. 927 do novo CC, configura-se 
quando a atividade, normalmente desenvolvida pelo autor do dano, 
causar à pessoa determinada um ônus maior do que aos demais 
membros da coletividade.” 
Atividade de risco (CCB) X atividade perigosa (CCP, CCI) 
Atividade perigosa = risco acentuado (193, CLT) 
 
Critério objetivo: 
tabela de notificação acidentária INSS: 
Ramo de atividade x Tipo de acidente 
 
 “Se existe nexo de causalidade entre a atividade de risco e o efetivo 
dano, o empregador deve responder pelos prejuízos causados à 
saúde do empregado, tendo em vista que a sua própria atividade 
econômica já implica situação de risco para o trabalhador. Assim, 
constatada a atividade de risco exercida pelo autor, não há como se 
eliminar a responsabilidade do empregador, pois a atividade por ele 
desenvolvida causou dano ao empregado, que lhe emprestou a força 
de trabalho. ” 
 
 (TST, 6ª. T., RR 155/2003-045-03-00.1, Aloysio Veiga, DJ 8/6/07) 
 
3ª. Controvérsia: O pg. único do art. 927 do CC/02 ofende o art. 
7o, XXVIII, da CF? 
 
 
- Exegese sistêmica: caput do art. 7o. + Art. 225, § 3o, CF; 
 
“... o acidente de trabalho é regulado, em última análise, para 
assegurar a dignidade do trabalhador no momento em que não possui 
capacidade efetiva de trabalho. Concluiu-se que o rol de garantias 
do art. 7º da CF não esgota a proteção aos direitos sociais, e que 
o art. 118 não cria novo direito, mas apenas especifica o que a 
Constituição já prevê ao tratar das garantias referentes ao acidente de 
trabalho.” 
(STF, ADI n. 639/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2.6.2005) 
Enunciado 377 do CEJCJ: 
 
“O art. 7º., XXVIII da Constituição Federal não é impedimento para a 
aplicação do disposto no art. 927, parágrafo único do CC quando se 
tratar deatividade de risco” 
 
 
 
III - Ações Acidentárias: 
 
Empregado em face do INSS; 
 
• Justiça Comum (Vara de Acidentes) – 
• Art. 109, pg. 3o., CF e Súmula 501 do STF; 
 
 
Art. 129 da Lei n. 8213/91: “Os litígios e medidas 
cautelares relativos a acidentes do trabalho serão 
apreciados: 
 
I: na esfera administrativa pelos órgãos da Previdência 
Social, segundo as regras e prazos aplicáveis às demais 
prestações, com prioridade para conclusão; e 
II: na via judicial, pela Justiça dos Estados e do DF, 
segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as férias 
forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva 
notificação do evento à Previdência Social, através da 
CAT; 
 
 
Súm. 89, STJ: A ação acidentária prescinde do exaurimento 
da via administrativa 
 
• Prescrição da Ação Previdenciária 
 
• Art. 104, L. 8213/91: 
 “As ações referentes à prestação por acidente do trabalho 
prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta 
Lei, contados da data: 
 
 I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade 
temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência 
Social; ou 
 
 II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a 
incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do 
acidente. ” 
 
Súm. 230, STF: A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-
se do exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a 
natureza da incapacidade. 
 
B) INSS em face da empresa (ação de regresso); 
 
Art. 120 da Lei n. 8213/91: “Nos casos de negligência quanto às 
normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas 
para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social 
proporá ação regressiva contra os responsáveis”. 
 
 - Competência material: Justiça Federal: art. 109, I, CF; 
 
“O INSS possui indiscutível legitimidade para propor ação 
regressiva objetivando o ressarcimento dos valores referentes 
aos benefícios que desembolsou em caso de acidente de 
trabalho causado por negligência do empregador, eis que o 
pagamento destas prestações pela Previdência Social não 
exclui a responsabilidade civil do causador do infortúnio, tendo 
em vista o disposto no art. 120 e 121, da Lei 8.23/91 ” 
 
(TRF, 1a. R. – REO – DJU 16.05.2002, p. 199 – Juris Síntese 
Millenium, CD 39, v. 1333000919). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Funções da Ação de Regresso: 
 (1) devolver aos cofres públicos a verba que o Poder Público 
não deveria ter gasto se as empresas cumprissem o dever que a 
lei lhes impõe. 
(2) função preventiva. (A ação regressiva proposta pelo INSS. 
Sandro Cabral Silveira. In: www.escritorioonline.com) 
• Prescrição: 3 anos, art. 206, pg 3º, V, do CC/02 
 
C) Empregado em face da Empresa; 
 
 
• Art. 121 da Lei nº 8.213/91: 
 “O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente 
do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de 
outrem”econômica. <> 
 
• Constituição de capital como garantia da pensão 
• Art. 475-Q, CPC: Quando a indenização por ato ilícito incluir 
prestação de alimentos, o juiz, quanto a esta parte, poderá 
ordenar ao devedor constituição de capital, cuja renda assegure 
o pagamento do valor mensal da pensão. 
• § 1º Este capital, representado por imóveis, títulos da dívida 
pública ou aplicações financeiras em banco oficial, será 
inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do 
devedor. 
• § 2º O juiz poderá substituir a constituição do capital pela 
inclusão do beneficiário da prestação em folha de pagamento de 
entidade de direito público ou de empresa de direito privado de 
notória capacidade econômica, ou, a requerimento do devedor, 
por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de 
imediato pelo juiz. 
• Art. 475-Q, § 3º: Se sobrevier modificação nas condições 
econômicas, poderá a parte requerer, conforme as 
circunstâncias, redução ou aumento da prestação. 
• Exegese sistêmica: a revisão da prestação refere-se ao gravame 
sobre o bem dado em garantia e não o valor da pensão mensal. 
• Súm. 313, STJ: Em ação de indenização, procedente o pedido, é 
necessária a constituição de capital ou caução fidejussória para 
a garantia de pagamento da pensão, independentemente da 
situação financeira do demandado. 
• A constituição de garantia é obrigatória, o que é possível de 
modulação é o modo da garantia. 
• Quanto maior o risco de insolvência, maior deverá ser a garantia. 
• Modificações supervenientes no estado de saúde do lesado 
 Art. 471, CPC: Nenhum juiz decidirá novamente as questões já 
decididas, relativas à mesma lide, salvo: 
 I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio 
modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá 
a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; 
• Tempus regit actus 
 (o juiz leva em conta o estado de saúde ao tempo da sentença) 
 
• O novo pedido serve para: ampliar, reduzir ou suprimir o valor da 
pensão mensal. 
• As modificações alcançam a estabilidade (art. 118, L.8213/91): 
 “Sendo incontroverso que a demissão ocorreu quando o trabalhador 
estava acometido de doença profissional, esta torna-se ilegal, mesmo 
quando a doença se manifesta após a extinção do contrato de 
trabalho”. 
(RR 6823/2002-900-02-00.1, Brito Pereira) (*) Idem: Sum. 378, II, TST 
 
• A prescrição da nova ação leva em conta a teoria da actio nata 
 
Indenização pela incapacidade temporária 
 
 
• Incapacidade temporária ocorre durante o tratamento e 
desaparece pela convalescença ou consolidação das lesões, 
sem sequelas incapacitantes; (lesões corporais leves) 
• Incapacidade permanente decorre de acidentes mais graves que 
deixam sequelas incapacitantes, total ou parcial, após o 
tratamento. 
 Art. 949 do CC: 
“No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará 
o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes 
até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o 
ofendido prove haver sofrido”<> 
 
 
Indenização pela incapacidade permanente 
 
 
Aplica-se o art. 950 do CC: 
 
“Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa 
exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a 
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do 
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, 
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para 
que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. ” 
 
 Não há compensação do valor indenizatório 
com o SAT, cf art. 7o, XXVIII, da CF; 
 
(*) O legislador considerou o “próprio ofício” ou “profissão praticada” 
para aferir o grau de incapacidade e fixar o valor da pensão. 
 
“Ficando o ofendido incapacitado para a profissão que exercia, a 
indenização compreenderá, em princípio, pensão correspondente ao 
valor do que deixou de receber em virtude da inabilitação. Não justifica 
seja reduzida apenas pela consideração, meramente hipotética, de 
que poderia exercer outro trabalho...” 
(STJ, Resp. 233.610-RJ, 3ª. T., DJ de 26/06/00). 
 
 Distinção: 
 
• Aposentadoria por invalidez: o segurado é considerado 
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de 
qualquer atividade que lhe garanta a subsistência (após exame 
médico-pericial, art 42, L. 8213/91). 
 
- Indenização a cargo do empregador: basta que ofendido não 
possa mais exercer o seu “ofício normal ou profissão” (art. 950 do 
Código Civil) 
 
 
 
 
Parâmetros para o arbitramento: 
 
"Na fixação da indenização do dano moral, deve o juiz se nortear 
por dois vetores: a reparação do dano causado e a prevenção da 
reincidência patronal. Vale dizer que, além de estimaro valor 
indenizatório, tendo em conta a situação econômica do ofensor, 
esse deve servir como inibidor de futuras ações lesivas à honra 
e boa fama dos empregados. ” 
(TST, 4a. T., RR n. 641.571, Barros Levenhagen, DJU: 
21/02/2003) 
 
 
• Valor em do dano moral em caso de morte da vítima: 
“ (...) Admite o STJ a redução do quantum indenizatório, quando 
se mostrar desarrazoado, o que não sucede na espécie, em que 
houve morte decorrente de acidente de trânsito, dado que as 
Quarta e Terceira Turmas desta Corte têm fixado a indenização 
por danos morais no valor equivalente a 500 salários mínimos, 
conforme vários julgados.” (STJ, 4ª. T. Recurso Especial n. 
2005/0134134-2, DJ 17.10.05, p. 315)<> 
 
Legitimidade para Ação de Dano Moral em caso de óbito do 
acidentado 
 
 “Compete à Justiça do Trabalho apreciar e julgar pedido de 
indenização por danos morais e patrimoniais, decorrentes de acidente 
do trabalho, nos termos da redação originária do artigo 114 c/c inciso I 
do art 109 da Lei Maior. Precedente: CC 7.204. Competência que 
remanesce ainda quando a ação é ajuizada ou assumida pelos 
dependentes do trabalhador falecido, pois a causa do pedido de 
indenização continua sendo o acidente sofrido pelo trabalhador. 
Agravo regimental desprovido.” 
(STF, 1ª T., RE-AgR 503043/SP, Carlos Ayres Britto, DJ: 01.06.07)

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