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ARRUMAR ABNT questionario de campo item2 ficha (1)

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Ficha Técnica do Parque Estadual Restingas da Bertioga
	Nome da unidade de conservação: Parque Estadual Restingas da Bertioga – PERB 
Unidade gestora responsável: Fundação Florestal
Nome do gestor: Filipe Toni Sofiati (vide Portaria F.F. n°047/2015 emitida em 27/03/2015)
	Endereço​ ​da​ ​Sede
	Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP 
CEP: 11250-000
	Telefone
	(13) 3317-2094
	E-mail
	 pe.restingabertioga@fflorestal.sp.gov.br
 
	Site
	http://fflorestal.sp.gov.br/parque-estadual-restinga-de-bertioga/
	Coordenadas Geográficas
	O Parque Estadual Restingas de Bertioga localiza-se no município de Bertioga, estado de São Paulo, situado entre as coordenadas 23º 50’ 00” S de latitude e 46º 0’ 00” W de longitude. Está situado nos seguintes limites.
- Gleba 1: inicia no vértice 1 de coordenadas UTM N 7378787 e E 412399, situado no limite do Parque Estadual da Serra do Mar (cota 20) onde este encontra com o rio do Espigão Comprido; deste ponto segue à jusante por este rio pela distância de 3.303,13m até o vértice 2 de coordenadas UTM N 7375538 e E 412369, situado na confluência do rio Espigão Comprido com o rio Vermelho e segue por à montante este rio por 242,11m até o vértice 3 de coordenadas UTM N 7375529 e E 412603; de onde deflete pelo azimute 146°28’16” e distância de 1.676,00m até o vértice 4 de coordenadas UTM N 7374132 e E 413528, situado no eixo da linha de transmissão de energia; de onde segue por este eixo pelo azimute  265°25’34” e distância de 1.454,48m até o vértice 5 de coordenadas  UTM N 7374016 e E 412079, situado a 30,00m do Condomínio Morada da Praia; daí deflete sempre a uma distância de 30,00m deste condomínio pelos seguintes  azimutes e distâncias: 356°54’17” e 882,24m até o vértice 6 de coordenadas UTM N 7374897 e E 412031; 267°46’5” e 212,73m até o vértice 7 de coordenadas UTM N  7374889 e E 411818; 0° e 104,02m até o vértice 8 de coordenadas UTM N 7374993 e E 411818, localizado no rio Vermelho; daí segue à jusante por este rio por 1.168,17m até o vértice 9 de coordenadas UTM N 7374932 e E 411513, situado à 30,00m do Condomínio Morada da Praia e segue contornando este condomínio pelos azimutes e distâncias: 265°14’11” e 99,76m até o vértice 10 de coordenadas UTM N 7374924 e E 411414; 170°28’31” e 1.663,79m até o vértice 11 de coordenadas UTM N 7373283 e E 411689; 170°24’57” e 1.014,28m até o vértice 12 de coordenadas UTM N 7372283 e E 411858, situado no limite da linha de jundu da praia da Boracéia; deste ponto, segue a oeste acompanhando a linha de jundu por 994,51m até o vértice 13 de coordenadas UTM N 7372128 e E 410875, de onde deflete pelo azimute 340°36’56” e distância de 40,24m até o vértice 14 de coordenadas UTM N 7372166 e E 410862; e segue pelo azimute 81°9’29” e distância de 32,01m até o vértice 15 de coordenadas UTM N 7372171 e E 410894; e segue pelo azimute 347°55’47” e distância de 114,30m até o vértice 16 de coordenadas UTM N 7372283 e E 410870, cruzando a Rodovia SP 055 (Rod. Manoel Hypolito Rego) e segue pelo azimute 352°41’39” e distância de 27,64m até o vértice 17 de coordenadas UTM N 7372310 e E 410866; deste ponto segue sentido sul, paralelo à rodovia pelos azimutes e distâncias: 298°48’39” e distância de 36,59m até o vértice 18 de coordenadas UTM N 7372328 e E 410834; 298°48’39” e 27,59m até o vértice 19 de coordenadas UTM N 7372341 e E 410810; 303°31’5” e 64,93m até o vértice 20 de coordenadas UTM N 7372377 e E 410756; 310°46’40” e 74,27m até o vértice 21 de coordenadas UTM N 7372425 e E 410700; 325°19’47” e 102,57m até o vértice 22 de coordenadas UTM N 7372510 e E 410641, localizado na beira de uma área urbanizada; a partir deste ponto, segue pelo limite da referida área pelos seguintes azimutes e distâncias: 54°34’59” e 116,45m até o vértice 23 de coordenadas UTM N 7372577 e E 410736; 318°56’43” e 115,60m até o vértice 24 de coordenadas UTM N 7372665 e E 410660; 238°5’49” e 23,95m até o vértice 25 de coordenadas UTM N 7372652 e E 410640; 238°5’49” e 94,85m até o vértice 26 de coordenadas UTM N 7372602 e E 410559, situado no eixo da Rodovia SP 055 (Rod. Manoel Hypolito Rego); daí, segue paralelo à rodovia, sentido norte pelos seguintes azimutes e distâncias: 183°34’39” e 42,83m até o vértice 27 de coordenadas UTM N 7372559 e E 410557; 129°28’21” e 36,63m até o vértice 28 de coordenadas UTM N 7372536 e E 410585; 140°56’15” e 49,27m até o vértice 29 de coordenadas UTM N 7372497 e E 410616; 147°35’48” e 47,09m até o vértice 30 de coordenadas UTM N 7372458 e E 410641; 147°35’48” e 96,72m até o vértice 31 de coordenadas UTM N 7372376 e E 410693; 127°0’50” e 69,76m até o vértice 32 de coordenadas UTM N 7372334 e E 410749; de onde deflete passando a margear uma área urbanizada pelos seguintes azimutes e distâncias: 224°26’8” e 151,29m até o vértice 33 de coordenadas UTM N 7372226 e E 410643; 224°26’8” e 33,90m até o vértice 34 de coordenadas UTM N 7372202 e E 410619; 186°4’48” e 6,04m até o vértice 35 de coordenadas UTM N 7372196 e E 410619; 118°27’37” e 200,74m até o vértice 36 de coordenadas UTM N 7372100 e E 410795; 90° e 37,94m até o vértice 37 de coordenadas UTM N 7372100 e E 410833, situado na linha de jundu da praia de Itaguaré; deste ponto, segue pelo azimute 214°33’45” e distância de 90,13m até o vértice 38 de coordenadas UTM N 7372026 e E 410782; e pelo azimute 181°56’23” e distância de 154,62m até o vértice 39 de coordenadas UTM N 7371871 e E 410777, situado no costão rochoso da Ponta do Itaguá na Praia da Boracéia, de onde segue acompanhando este costão por 2.457,66m até o vértice 40 de coordenadas UTM N 7371562 e E 408736, situado na foz do rio Guaratuba, onde este deságua no mar; deste ponto, segue à montante pela margem do rio Guaratuba por 1.394,90m até o vértice 41 de coordenadas UTM N 7372759 e E 408985; de onde deflete a oeste, cruzando o rio e segue pelo azimute 257°14’33” e distância de 102,68m até o vértice 42 de coordenadas UTM N 7372736 e E 408885, situado na outra margem do rio; daí, segue a margem do rio Guaratuba até encontrar novamente sua foz, no vértice 43 de coordenadas UTM N 7372071 e E 408578; e segue pelo azimute 267°52’44” e distância de 51,05m até o vértice 44 de coordenadas UTM N 7372069 e E 408527, situado no limite do Condomínio Costa do Sol; de onde segue pelos seguintes azimutes e distâncias: 318°24’10” e 247,62m até o vértice 45 de coordenadas UTM N 7372254 e E 408363; 358°41’53” e 332,65m até o vértice 46 de coordenadas UTM N 7372587 e E 408355, situado na Rodovia SP 055 (Rod. Manoel Hypolito Rego), cruzando-a pelo azimute 349°31’10” e distância de 488,08m até o vértice 47 de coordenadas UTM N 7373067 e E 408267, situado no eixo da linha de transmissão de energia; deste ponto, segue acompanhando este eixo pelos seguintes azimutes e distâncias: 252°41’18” 259,69m até o vértice 48 de coordenadas UTM N 7372989 e E 408019; 250°53’34” e 2.429,58m até o vértice 49 de coordenadas UTM N 7372194 e E 405723; 250°6’14” e 2.355,85m até o vértice 50 de coordenadas UTM N 7371392 e E 403508; de onde deflete ao norte, acompanhando a margem do condomínio Costa do Sol pelos azimutes e distâncias: 0° e 373,50m até o vértice 51 de coordenadas UTM N 7371766 e E 403508; 261°19’47” e 1.110,65m até o vértice 52 de coordenadas UTM N 7371598 e E 402410; e 180° e 1.097,15m até o vértice 53 de coordenadas UTM N 7370501 e E 402410, situado na Rodovia SP 055 (Rod. Manoel Hypolito Rego) no limite da propriedade da PETROBRAS e segue por esta rodovia pelo azimute 84°2’8” e distância de 162,68m até o vértice 54 de coordenadas UTM N 7370518 e E 402572, próximo ao portão da PETROBRAS, em frente a um caminho de acesso à praia de Guaratuba; deste ponto, segue por este caminho pelo azimute 177°38’32” e distância de 410,87m até o vértice 55 de coordenadas UTM N 7370108 e E 402589, situado na praia de Guaratuba, seguindo pelo limite da linha de jundu desta praia por 1.039,88m até o vértice 56 de coordenadas UTM N 7369726 e E 401630, situado na foz do rio Perequê; daí, deflete acompanhando a margem deste rio à montante por1.962,36m até o vértice 57 de coordenadas UTM N 7370152 e E 401313, quando cruza o rio Perequê até o vértice 58 de coordenadas UTM N 7370187 e E 401263; de onde segue pela sua margem à jusante até o vértice 59 de coordenadas UTM N 7369483 e E 400886, situado na foz deste rio, onde este deságua na praia de Guaratuba e segue por 2.459,42m pelo limite da linha de jundu desta praia até o vértice 60 de coordenadas UTM N 7368529 e E 398966, situado na foz de um corpo d’água, no canto da praia de Guaratuba, com o Morro do Itaguaré; deste ponto, deflete ao norte pelo azimute 359°14’14” e distância de 2.280,66m até o vértice 61 de coordenadas UTM N 7370810 e E 398936, situado a 360,00m do eixo da linha de transmissão de energia e deflete acompanhando paralelamente este eixo pelo azimute 250°43’17” e distância de 568,15m até o vértice 62 de coordenadas UTM N 7370622 e E 398399; de onde deflete pelo azimute 355°28’52” e distância de 4.312,87m até o vértice 63 de coordenadas UTM N 7374922 e E 398059, situado no limite do parque Estadual da Serra do Mar (cota 20); deste ponto, segue o limite deste Parque por 38.333,85m, cruzando os rios dos Alhos, Perequê-Mirim e Guaratuba até o vértice 64 de coordenadas UTM N 7378174 e E 410902, situado no limite entre o Parque e o condomínio Morada da Praia; deste ponto, deflete margeando o referido condomínio, sempre distando 30,00m do mesmo, pelos seguintes azimutes e distâncias: 171°41’31” e 2.754,52m até o vértice 65 de coordenadas UTM N 7375448 e E 411300; 86°45’37” e 721,80m até o vértice 66 de coordenadas UTM N 7375489 e E 412021; 357°6’27” e 2.155,61m até o vértice 67 de coordenadas UTM N 7377642 e E 411912; 266°46’50” e 726,32m até o vértice 68 de coordenadas UTM N 7377601 e E 411187; 351°38’44” e 604,65m até o vértice 69 de coordenadas UTM N 7378199 e E 411099; situado no limite do Parque Estadual da Serra do Mar (cota 20); deste ponto, segue acompanhando o limite do referido parque por 2.131,93m até o vértice 1 ponto inicial desta descrição; 
- Gleba 2 - vértice 1 de coordenadas UTM N 7374353 e E 397055, situado no limite do Parque Estadual da Serra do Mar (cota 20); daí segue pelo azimute 167°54’19” e distância de 242,48m até o vértice 2 de coordenadas UTM N 7374116 e E 397106; situado a 360,00m do eixo da linha de transmissão de energia; daí segue paralelamente a este eixo pelo azimute 168°48’29” e distância de 3.709,93m até o vértice 3 de coordenadas UTM N 7370477 e E 397826; segue pelo azimute 251°23’14” e distância de 538,83m até o vértice 4 de coordenadas UTM N 7370305 e E 397315; segue pelo azimute 343°3’14” e distância de 3.614,39m até o vértice 5 de coordenadas UTM N 7373762 e E 396262; segue pelo azimute 344°36’28” e distância de 36,15m até o vértice 6 de coordenadas UTM N 7373797 e E 396252; segue pelo azimute 55°17’21” e distância de 976,67m até o vértice 1, ponto inicial desta descrição.;
- Gleba 3 - vértice 1 de coordenadas UTM N 7372531 e E 394093, situado na Rodovia SP 098 (Mogi- Bertioga) onde esta encontra o limite do Parque Estadual da Serra do Mar (cota 20); daí segue paralelamente a esta rodovia por 2.833,50m até o vértice 2 de coordenadas UTM N 7370311 e E 393220; de onde deflete pelo azimute 162°57’50” e distância de 1.016,17m até o vértice 3 de coordenadas UTM N 7369339 e E 393518, em local próximo à linha de transmissão de energia e a ETE do Condomínio Riviera de São Lourenço; e segue pelo azimute 252°50’11” e distância de 526,33m até o vértice 4 de coordenadas UTM N 7369184 e E 393015; e segue pelo azimute 347°17’55” e distância de 1.214,00m até o vértice 5 de coordenadas UTM N 7370368 e E 392748, situado no rio Itapanhaú; deste ponto, segue à jusante por este rio por 684,99m até o vértice 6 de coordenadas UTM N 7370125 e E 392389; de onde deflete pelo azimute 179°48’53” e distância de 562,40m até o vértice 7 de coordenadas UTM N 7369563 e E 392391; e segue pelo azimute 252°21’31” e distância de 828,37m até o vértice 8 de coordenadas UTM N 7369312 e E 391601; e segue pelo azimute 0°37’15” e distância de 633,05m até o vértice 9 de coordenadas UTM N 7369945 e E 391608, situado no rio Itapanhaú; deste ponto, segue à jusante por este rio por 24.293,85m até o vértice 10 de coordenadas UTM N 7364560 e E 382355, situado na confluência com o rio Jacareguava e segue à montante por este rio por 601,19m até o vértice 11 de coordenadas UTM N 7364342 e E 381804; de onde deflete pelo azimute 286°18’25” e distância de 490,88m até o vértice 12 de coordenadas UTM N 7364480 e E 381333; e segue pelo azimute 306°24’32” e distância de 498,21m até o vértice 13 de coordenadas UTM N 7364775 e E 380932; e segue pelo azimute 264°26’20” e distância de 377,00m até o vértice 14 de coordenadas UTM N 7364739 e E 380557, situado no limite do Parque Estadual da Serra do Mar (cota 20); deste ponto, segue acompanhando o limite do Parque por 10.983,31m até o vértice 15 de coordenadas UTM N 7369890 e E 386290, situado onde o Parque encontra com o ribeirão Tachinhas e segue à jusante por este ribeirão por 553,53m, cruzando a linha férrea até o vértice 16 de coordenadas UTM N 7369500 e E 386574; quando deflete pelo azimute 37°15’50” e distância de 193,79m até o vértice 17 de coordenadas UTM N 7369654 e E 386691; e segue contornando a vila de Itatinga pelos azimutes e distâncias: 30°32’5” e 882,97m até o vértice 18 de coordenadas UTM N 7370415 e E 387139; 292°39’57” e 217,18m até o vértice 19 de coordenadas UTM N 7370498 e E 386939, situado no limite do Parque Estadual da Serra do Mar (cota 20) e segue por este limite por 22.223,69m até encontrar a Rodovia SP 098 (Mogi-Bertioga) no vértice 1, ponto inicial desta descrição,
Todos os pontos traçados têm por base o Sistema Cartográfico Metropolitano da Baixada Santista na escala 1:10.000 (Agência Metropolitana da Baixada Santista, 2003), a partir do qual foram calculadas as coordenadas, azimutes e distâncias, que encontram-se representados no Sistema UTM, referenciadas ao meridiano central nº 45 W e ao datum SAD-69.
	Área da UC (ha)
	9.315,32 ha dividido em 3 glebas
Gleba 1: 6.353,94 ha
Gleba 2: 313,56 ha
Gleba 3: 2.644,82 há
	Perímetro da UC (km)
	167,08607 km dividido em 3 glebas
Gleba 1: 85,53321 km
Gleba 2: 9,11845 km
Gleba 3: 69,61441 km
	Decreto de criação
	Decreto Estadual n° 56.500, publicado em 10 de dezembro de 2010 no Diário Oficial do Estado de São Paulo
	Situação fundiária
	Atualmente, segundo o Resumo Executivo de Bertioga, feito pelo Observatório Litoral Sustentável, no PERB, por conta da sua recente criação, ainda não houve regularização fundiária de sua área, sendo assim, toda a área propriedade privada.
	Bacias hidrográficas
	UGRHI 7 – Bacia Hidrográfica da Baixada Santista – Sub-bacias dos Rios Guaratuba, Itapanhaú e Itaguaré
	Bioma/Domínio morfoclimáticos
	Mata Atlântica
Estendia-se, originalmente no território brasileiro, por cerca de 4000km em faixa próxima ao litoral que se prolongava, em algumas áreas, para o interior. Este contínuo representava cerca de 8,5% do território nacional e hoje, por conta da intensa exploração reduz-se a 7% da extensão original. 
Este bioma tem na biodiversidade e o grande número de espécies endêmicas sua grande característica. Tal endemia se dá, sobretudo, pelo fato do bioma possuir vasta variabilidade climática em função da combinação de latitudes e altitudes, o que gera ecossistemas diversos. Tais ecossistemas possuem processos ecológicos pelos quais se que os interligam, promovendo assim o transito de animais e fluxo gênico de suas populações. Além disto, há ainda, a ocorrência de contato deste bioma com formações pioneiras cuja interface cria também condições particulares e pressão seletiva ao desenvolvimento de fauna e flora distintas. Em que pese, a estratificação vegetal – de seis a onze estratos conforme a abordagem – deste bioma contribui para tal biodiversidade, pois em cada estrato, há a formação de diferentes habitats à fauna e flora.
Quanto à fauna, na Mata Atlântica há 261 espécies de mamíferos, 1020 de aves, 197 derépteis, 340 de anfíbios e 350 de peixes, num total de 1711, sendo 800 endêmicas (55 mamíferos, 188 de aves, 60 de répteis, 90 de anfíbios e 133 de peixes. Números que aliás são frequentemente atualizados já que cada vez mais são descobertas novas espécies. Todavia, isto não é indicador de um ambiente seguro, já que a influência antrópica coloca muitas destas espécies em risco por conta de suas ações. Caça e pesca predatórias e a deterioração dos habitats destes animais pela expansão agropecuária e urbana são as principais causas de risco às espécies. 269 espécies estão sob risco de extinção, sendo 88 endêmicas.
Quanto à flora, o bioma Mata Atlântica possui cerca de 20 mil espécies, sendo 8 mil endêmicas, além disso, entre outros, detém o recorde mundial de plantas lenhosas por hectare (450 espécies no sul da Bahia). Todavia, o bioma encontra-se em processo de fragmentação e destruição por conta de sua exploração econômica, na maioria das vezes ilegal, além de sujeito à expansão industrial, agrícola e do turismo e urbanização não sustentável. 
 Outra característica, talvez a principal razão da grande biodiversidade é a grande disponibilidade hídrica na área deste bioma, resultante de chuvas orográficas que se distribuem ao longo de sua área, área na qual onde estão localizadas sete das nove principais bacias hidrográficas brasileiras e onde vivem cerca de 61% da população brasileira, que fazem usos de seus mananciais para abastecimento e diversas atividades econômicas. A preservação deste bioma, se faz então fundamental, na medida que tal contingente populacional exerce grande pressão sobre o bioma, sua biodiversidade e seu equilíbrio hídrico. 
	Principais acessos
	
Através de São Paulo-SP pode-se acessar o município de Bertioga através do Sistema Anchieta-Imigrantes, e em seguida pela Rodovia Rio Santos SP-055, sentido Rio de Janeiro.
Outro caminho saindo de São Paulo é acessar a Via Dutra (BR-011), em seguida a Rodovia Ayrton Senna (SP-070), acessando a Rodovia Mogi-Bertioga (SP-098) e em seguida a Rodovia Rio Santos SP-055 sentido Santos.
	Meio físico: 
De acordo com o sistema de Köppen, o clima da região pertence à classificação Af, ou seja, tropical úmido ou superúmido, cuja pluviosidade se distribui uniformemente ao longo do ano, Dados climatológicos do DAEE em Bertioga, entre 1941 e 1970, sugerem temperatura média anual de 24,6°C e média mensal mais baixa de 20,7°C e média mensal mais elevada em 28,3°C. Quanto à precipitação, é das áreas mais úmidas do Brasil, tendo média de 3200mm anuais, cujo pico se dá no mês de fevereiro com 410mm de média. Anualmente, o excedente hídrico, é em média, de 1796 mm e não há déficit hídrico.
Quanto à geologia e geomorfologia, a drenagem dos rios Guaratuba e Itaguaré se dá ao longo de dois compartimentos distintos: à montante, situadas na Escarpa do Planalto Atlântico, de embasamento ígneo-metamórfico do Pré-Cambriano/Mesozóico e relevo rugoso e de amplitude elevada; e, à jusante, situadas na Planície Costeira, cujas características são de declividade quase nula, originada de depósitos do Quarternário cujas origens são: marinha, fluvial, eólica, lagunar e coluvionar. Estes depósitos variam em função da hidrodinâmica dos rios, lagos e marés atuais, sendo assim, nos terrenos menos sujeitos às ações mais recentes há um predomínio de sedimentos pleistocênicos, e naqueles terrenos cujas ações mais recentes tem maior peso, há predomínio de sedimentos holocênicos, que variam conforme o ambiente de sedimentação (lacustre, fluviais, coluviais e marinhos). Tais feições geomorfológicas, oferecem suporte à alta biodiversidade da região, haja vista sua sedimentologia e tipos de solo variados oriundos desta. Todavia, tratam-se de feições bastante frágeis e bastante dependentes da hidrodinâmica, sendo assim, quaisquer mudanças substanciais nesta hidrodinâmica afetaria todo o ambiente.
Quanto aos solos, podemos distingui-los em: neossolos quarzarênicos, espodossolos humilúvicos, gleissolos háplicos, neossolos flúvicos, neossolos regolíticos, latossolos amarelos e cambissolos flúvicos. Tais solos ainda podem ser divididos em dois grupos distintos quanto à origem e processos de sedimentação, marinhos e de origem continental. Tais grupos ainda dividem-se em outros três grupos texturais: arenosos, de textura média e argilosos. 
	Fauna:​ 
Na fauna da região foram registradas 37 aves endêmicas, entre 117 espécies de aves. Nove delas são ameaçadas de extinção. É considerada uma IBA (Important Bird Area), pela Birdlife International/SAVE Brasil, tal título significa que a área do PERB é considerada criticamente importante para a conservação de tais aves a longo prazo.
Há também 117 espécies de mamíferos, 25 de grande porte e ameaçados tais como: anta, jaguatirica, mono-carvoeiro, bugio, cateto, queixada e onça-parda). Além disto, neste ról encontram-se 69 espécies de morcegos, em que há seis espécies ameaçadas de extinção segundo listagem do Estado de São Paulo.
Além disto, quanto à herpetofauna, possui a maior diversidade dentro do bioma Mata Atlântica dentro do estado de São Paulo, tendo 93 espécies, sendo 14 espécies ameaçadas e 14 espécies raras.
	Vegetação:​ 
Manguezal
Nesta fitofisionomia há ocorrência de vegetação halófita, adaptada aos ambientes salobros, resultantes de influência fluvio-marinha, que possuem osmoregulação, ou seja, sistemas de controle da concentração de sal em seus tecidos expulsando-o para o exterior. Por fixarem-se sobre um substrato inconsolidado, em geral, um lamaçal; e, pobre em oxigênio, estas plantas possuem as seguintes adaptações: raízes aéreas (escoras e pneumatóforos) com presença de células especiais para captar o ar e o enraizamento em forma de roda para uma melhor fixação. As sementes germinam dentro dos frutos ainda fixos nas árvores propiciando uma melhor sobrevivência em relação às adversidades presentes neste ambiente. Também é comum a ocorrência de plantas epífitas (vegetais fixos a outros). Neste grupo, destacam-se as algas (vegetais aquáticos), os líquens (associação de fungos e algas), os gravatás ou bromélias (Bromeliaceae), as orquídeas (Orchidaceae) e as samambaias (Pteridophyta).
Restinga 
Neste tipo de vegetação, observa-se zonação, que, a partir da linha de praia, onde, por conta da influência marinha, há a presença de espécies herbáceas estoloníferas (ervas rastejantes de crescimento vegetativo) com adaptações à salinidade, ao ressecamento e à instabilidade, denominadas halófilas-psamófilas. Após a praia, há o aumento na densidade da vegetação acompanhada de maior número de espécies e alteração no domínio de hábitos de crescimento (tufoso, subarbustivo, arbustivo e arbóreo baixo), fisionomia nomeada: jundu, escrube ou restinga arbustiva. Após a restinga arbustiva, ocorre a floresta de restinga baixa, ainda sobre o cordão arenoso. Tal floresta é composta por muitas espécies de Myrtaceae, além de espécies de Aquifoliaceae, Malpighiaceae, Theaceae, Clusiaceae, Leguminosae e Lauraceae. Após a floresta de restinga baixa, há variação conforme o solo ao qual a vegetação está em relação, no caso de cordões arenosos bem drenados temos, a chamada floresta de restinga alta, sendo as espécies mais representativas: Euterpe edulis, Xylopia langsdorffiana, Amaioua intermedia, Ternstroemia brasiliensis e Ocotea puchella. Quando porém, há ocorrência de cordões arenosos, sujeitos à alagamentos periódicos ou perenes, há a chamada floresta paludosa, cuja característica é a baixa diversidade, alta densidade e baixa altura das espécies.
Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas 
Este tipo de vegetação é caracterizada por ecótipos dos gêneros Ficus, Alchornea, Handroanthus. Esta formação ocorre nos terrenos quaternários situados em geral pouco acima do nível do mar (cerca de 50m de altitude), nas planícies formadas pelo assoreamento devido à erosão existente nas serras costeiras, e nas enseadas marítimas. Possui pouca densidade em sua submata e estratificação da altura dominante da vegetaçãoconforme a drenagem e estabilidade do solo, desde um estrato inferior, onde predomina a bananeira-do-mato (Heliconia sp.) em meio à ocorrência generalizada de Palmae, Bromeliaceae, Orchidaceae e Pteridophytae; um estrato onde os agrupamentos tem por volta de 10m de altura com ingá (Inga sp.), Posoqueira sp., candiúba (Trema micrantha); outro, cuja dominância é de cerca de 20m de altura com bicuíba (Virola sp.), pindaíba (Xylopia sp.), freijó (Cordia sp.), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), angico-branco (Parapiptadenia sp.); e finalmente, um estrato dominante por volta de 25m de altura, com tanheiro (Alchornea triplinervia), sangue-de-drago (Croton sp.), figueira-do-brejo (Ficus organensis), ipê-do-brejo (Tabebuia cassinoides) 
	Entorno:
Quanto ao uso da terra predominante no entorno do Parque e utilizando como base de informações o Resumo Executivo de Bertioga, feito pelo Observatório Litoral Sustentável, teríamos o PERB dividido em dois setores, Leste e Oeste, além das seguintes informações quanto aos usos lindeiros. No setor Oeste, por conta das barreiras naturais dos rios Itapanhaú e Jaguareguava, não há ocupações irregulares significativas, no entanto, a urbanização formal e informal tem se expandido em direção ao PERB, nos últimos anos. Todavia, a ocorrência do Parque Municipal Ilha Rio da Praia, e as RPPNs Hércules Florence I e II limítrofes ao PERB, contribuem em sua Zona de Amortecimento. Já no setor Leste, os usos lindeiros ao PERB, são dos condomínios de alto padrão existentes no município, tais como: Riviera de São Lourenço, Costa do Sol e Morada do Sol. A expansão de tais condomínios e a pressão do setor imobiliário por conta de sua predileção em empreender na mesma região, tem sido dificuldades enfrentadas na gestão do Parque.
Ainda é de se destacar, baseado também no mesmo documento, os vetores de seccionamento da vegetação existentes no Parque e/ou em seus limites. São eles: a Rodovia SP-055, Oleoduto São Sebastião-Cubatão da Petrobrás, linhas de transmissão de energia elétrica e a Ferrovia da Usina Hidrelétrica de Itatinga.
	Potenciais​ ​atrativos​ ​do​ ​Parque​: 
Visitação de praia: Ocorrem nas praias de Itaguaré e Guaratuba e são regidas pela Lei Municipal de Bertioga n°294/98 e Decreto Municipal n°505/2000, que estabelecem a proibição de fogueiras, churrasqueiras, barracas de acampamento, e veículos na faixa de areia. Na praia de Itaguaré em seu canto sul, o público é composto de praticantes de surf em sua maioria de São Lourenço e moradores da Riviera de S. Lourenço praticantes de ciclismo e caminhada; já no canto norte, mais isolado, o acesso é feito por via local, os frequentadores têm por hábito a prática de piqueniques e churrascos, que dependendo da quantidade de pessoas é prejudicial ao ambiente. Já na praia de Guaratuba, em seu canto norte, há a prática de esportes náuticos na foz do rio Guaratuba, além do banho de mar nas proximidades desta foz.
Turismo pedagógico: Em períodos coincidentes com o ano escolar, grupos de diversas instituições de ensino e pesquisa realizam visitas às diversas trilhas do parque, para finalidades pedagógicas e interpretativas acerca dos ecossistemas ali presentes.
Trilhas: são a principal atividade de uso público do parque, com fins de recreação, aventura, turismo e educação. Todas, para seu uso, deverão ser agendadas previamente junto à Prefeitura Municipal de Bertioga e a Fundação Florestal. São elas:
- Trilha de Itaguaré – trecho de acesso à praia: autoguiada; Não possui: sinalização indicativa, sinalização interpretativa, sanitários, lixeira, estacionamento, equipamento de alimentação, aluguel de equipamentos, ponto de água potável. Capacidade de suporte não definida, uso diurno e noturno. Acesso: Estrada Rio Santos km 205 + 400m. Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas associados, Restinga Alta, Restinga baixa e Jundú, Vegetação em estágio primário e secundário. Extensão: 1140m
- Trilha de Itaguaré – trecho da Trilha Passos do Jesuíta: autoguiada ou monitorada; Não possui: sinalização indicativa, sinalização interpretativa, sanitários, lixeira, estacionamento, equipamento de alimentação, aluguel de equipamentos, ponto de água potável. Capacidade de suporte de 50 pessoas por período (manhã/tarde). Acesso: Estrada Rio Santos km 205 + 400m. Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas associados, Restinga Alta, Restinga baixa e Jundú, Vegetação em estágio primário e secundário. Extensão: 220m
- Trilha do Guaratuba - Costa do Sol: autoguiada; Não possui: sinalização indicativa, sinalização interpretativa, sanitários, lixeira, estacionamento, equipamento de alimentação, aluguel de equipamentos. Possui um ponto de água potável e vários pontos para piquenique. Capacidade de suporte de 50 pessoas por período (manhã/tarde). Acesso: Estrada Rio Santos Km 201. Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas associados, Restinga baixa, Restinga alta, mata de encosta e mata ombrófila densa, vegetação em estagio primário e Secundário. Extensão: 4.140m
- Trilha d’Água – SESC: autoguiada; Sem sanitários, estacionamento; equipamento de alimentação e aluguel de equipamentos. Possui dois pontos de água potável e dois pontos para piquenique. Capacidade de suporte de 50 pessoas por período (manhã/tarde). Acesso via terrestre: Estrada Rio Santos Km 220 + 900 metros. Acesso via marítimo: Travessia do rio Itapanhaú com embarcação previamente agendada. Local: porto do SESC. Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas associados encontrados ao longo da trilha, mangue, Restinga baixa, Restinga alta, mata paludosa e mata de encosta e mata ombrófila densa. Extensão: 2.700m
- Trilha do Bracaiá – Guaratuba: monitorada; Não possui: sinalização indicativa, sinalização interpretativa, sanitários, lixeira, estacionamento, equipamento de alimentação, aluguel de equipamentos, ponto de água potável. Capacidade de suporte de 50 pessoas por período (manhã/tarde). Acesso: Rodovia Rio Santos Km 193 + 4.800 por dentro do loteamento Morada da Praia. Características Ambientais: Mata atlântica com ecossistemas associados Restinga alta, mata de encosta e mata ombrófila densa, vegetação em estagio primário. Extensão: 3400m.
	Infraestrutura​ ​do​ ​Parque: 
Veículos:
01 veículo Gol
01 Moto
Embarcação:
01 Barco à motor
Outros equipamentos:
02 impressoras
01 projetor multimídia
01 notebook
04 No-breaks
02 GPS Garmin
15 Câmeras Trap Digital
01 Arquivo Telescópio
02 Microcomputadores (Desktop)
02 Monitores
	Fontes​ ​consultadas: ARRUMAR PARA ABNT
http://labtrop.ib.usp.br/doku.php?id=projetos:pp_peic:floresta_de_restinga
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/manguezais.pdf
http://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica.html
http://www0.rio.rj.gov.br/smac/up_arq/sub/Volume%203%20-%20Meio%20Biotico%20(Parte%204).pdf
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv63011.pdf
PLANO EMERGENCIAL DE USO PÚBLICO 
Parque Estadual Restinga de Bertioga - Portaria FF n° 203 / 2014, de 20 / 02 / 2014.
http://litoralsustentavel.org.br/wp-content/uploads/2013/09/Resumo-Executivo-de-Bertioga-Litoral-Sustentavel.pdf
PEREIRA, D. S. Análise da Dinâmica Hídrica das Unidades Geológico-Geomorfológicas Quarternárias (UQ) da Bacia do Rio Guaratuba, Bertioga (SP). Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo, 2011.
MOREIRA, M. G. Associações entre os Solos, os Ambientes Sedimentares Quaternários e as Fitofisionomias de Planície Costeira e Baixa Encosta nas Bacias dos Rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga-SP). Dissertação (Mestrado) - Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.

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