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FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO Felipe A. Dal’Agnol MOTILIDADE E SECRAÇÕES • Necessita: • Movimentação; • Secreção e digestão; • Absorção; • Circulação; • SN controlando. HISTOLOGIA • Corte transversal do intestino: • Mucosa; • Submucosa; • Camada muscular lisa circular; • Camada muscular lisa longitudinal; • Serosa. TRATO GASTROINTESTINAL • M. liso unitário (gap junctions). baixa a resistência à movimentação iônica. • m. liso circular: contração segmentar; • m. liso longitudinal: contração peristáltica (oralanal). *Peristaltismo: movimentos propulsivos. • A camada muscular funciona como um sincício; isto é, quando um PdA é disparado em qualquer ponto da massa muscular, se propaga em TODAS as direções. • Contrações: • Fásicas: esôfago, antro gástrico, intestinos. • Tônicas/mantidas: estômago proximal, esôfago terminal, esfíncteres ileocecal e anal interno. ONDAS LENTAS • Exclusivas do TGI • Não são PdA, mas variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana. • Frequência variável: 3 a 12/min. • Células intersticiais de Cajal: atual, SUPOSTAMENTE, como marca- passos elétricos das células do músculo liso. • Mecanismo: • Influxo de Ca++ Despolarização • Efluxo de K+ Repolarização • Mesmo havendo alterações nos potenciais, no respouso, não há resposta mecânica facilita E atrapalha a contração. POTENCIAIS EM PONTA • São os verdadeiros PdA. • Estimulados pelas ondas lentas. Quanto maior o potencial da onda lenta, maior a frequência dos potenciais de ponta. • PdA do m.l.: • os canais qua participam são os de Ca++ e Na+ • Permite o influxo de cálcio com quantidades menores que de sódio. • Abrem-se e fecham-se lentamente, o que garante a longa duração dos PdA. • Fatores de despolarização (tornam a memb. + excitável): 1. Estiramento do músculo; 2. Estimulação pela acetilcolina (parassimpático) 3. Estimulação por hormônios gastrointestinais específicos. • Fatores de hiperpolarização (tornam a memb. – excitável): 1. Efeito da noraepinefrina/epinefrina (simpático); 2. Estimulação dos nervos simpáticos (secretam noraepinefrina nos terminais). DEGLUTIÇÃO (3) • 1) Fase oral: voluntário • Propulsão do alimento para trás pela língua até a faringe. • Receptores somatossensoriais na faringe: reflexo involuntário. • CENTRO DE DEGLUTIÇÃO BULBAR: • Aferência: n. vago e n. glossofaríngeo; • Eferência: para n. estriado da faringe e esôfago. *OBS: mastigação: músculos inervados pelo NC V, processo controlado pelo tronco encefálico. • 2) Fase faríngea: • Palato mole é puxado para cima ocluindo a nasofaringe. • Epiglote cobre a faringe que move-se para cima e oclui a traqueia. • Esfíncter esofágico superior relaxa. • Onda peristáltica primária impulsiona o alimento para o esôfago. *Obs: ondas peristálticas primárias, secundárias, terciárias... quando se come algo muito grande ondas subsequentes até descer o alimento. • 3) Fase esofágica: • Reflexo da deglutição e SNentérico. • Fechamento do EES. • Onda peristáltica primária propele o alimento. • Onda peristáltica secundária (distenção) quando necessário. MOBILIDADE ESOFÁGICA • EES: abre pelo reflexo deglutição e logo fecha. • Onda peristáltica primária: inicia pelo reflexo deglutição: contrações sequencias coordenadas. • EEI: abertura mediada pelo n. vago (VIP) após chegada do bolo alimentar. Logo fecha. • Relaxamento receptivo gástrico associado. • *VIP: peptídeo intestinal vasoativo. • Onda peristáltica secundária quando necessária (SNentérico). • A distensão causa desconforto (comida). MOTILIDADE GÁSTRICA (3) • 1) Relaxamento receptivo; • 2) Contrações de fragmentação e mistura; • 3) Esvaziamento gástrico. Relaxamento receptivo • Parede fina do estômago proximal. • Recebe o bolo alimentar. • Reflexo vagovagal iniciado pela distensão dos músculos. Mistura e fragmentação • Parede espessa do estômago distal. • Porção mediana do corpo até caudal. • Contrações vigorosas. • Retropulsão (piloro também fecha com a contração). • SNPS, gastrina e motilina (+ efeito). • SNS, secretina e GIP (-efeito). *(GIP)= peptídeo intestinal gástrico. Esvaziamento gástrico • 3 – 4 horas. • Líquido > sólido (rapidez). • Controlar o H+ intestinal. • Controlar a digestão e a absorção. • Lipídeos (pelo CCK) e hidrogênio (pelo SNentérico) no duodeno retardam o esvaziamento. COMPLEXO MIOELÉTRICO MIGRATÓRIO • Motilina. • Intervalo de 90 minutos. • Remoção de resíduos • Durante o jejum. COISAS 1: • Alimento entra no estômago • Formação de círculos concêntricos de alimento. • Ondas de mistura vão aumentando gradualmente. • QUIMO (alimento + secreções gástricas que passam ao intestino). • NPVO (nada por via oral). • Pós-operatório. • SNA afetado: gera represamento de alimentos, podendo fazer refluxo e sequente aspiração. • Pode ocasionar pneumonias. • Contrações de fome: estômago vazio há muito tempo. • *bomba pilórica. CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL Hormônio Estímulo pra secreção Local de secreção Ação GASTRINA Proteína, distensão, nervo (inibido por ácidos). Células G do antro, duodeno e jejuno. Estimula a secreção de ácido gástrico e crescimento da mucosa. COLEOISTOCINA (CCK) Proteína, gordura, ácido. Células I do duodeno, jejuno e íleo. Estimula a secreção da enzima pancreática e de bicarbonato pancreático, a contração da vesícula biliar e o crescimento do pâncreas exócrino. Inibe o esvaziamento gástrico. SECRETINA Ácido, gordura Células S do duodeno, jejuno e íleo. Estimula a secreção da pepsina, bicarbonato pancreático e bicarbonato biliar, e o crescimento do pâncreas exócrino. Inibe secreção gástrica. PEPTÍDEO INIBIDOR DE ÁCIDO GÁSTRICO Proteína, gordura e carboidrato. Células K do duodeno e jejuno. Estimula a secreção da insulina e inibe a secreção de ácido gástrico. MOTILINA Gordura, ácido, nervo. Células M do duodeno e jejuno. Estimula a motricidade gástrica e intestinal. CONTROLE NEURAL DA FUNÇÃO GASTROINTESTINAL • Sistema nervoso próprio= SNentérico (do esôfago ao ânus) (+- 100 milhões de neurônios). 2 plexos: 1. Plexo externo: entre as camadas musculares longitudinal e circular. 1. Plexo mioentérico/de Auerbach: controla quase todos os movimentos gastrointestinais. 2. Plexo interno: na submucosa. 1. Plexo submucoso/ de Meissner: controla a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo. MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO (2) • 1) Contrações de mistura/segmentação: O estiramento da parede intestinal provoca contrações que causam segmentação do ID; Máximo de 12 contrações por minuto; Essas contrações ficam muito fracas quando o SNE é bloqueado pela atropina. • 2) movimentos propulsivos: Movimentos peristálticos; A distensão do estômago causa um reflexo gastroentérico que aumenta a atividade peristáltica do ID; Hormônios que afetam a peristalse: *surto peristáltico: peristalse rápida e intensa, causada por diarreia infecciosa. INTENSIFICAM INIBEM gastrina; CCK; insulina; motilina; serotonina. secretina; glucagon. MOVIMENTOS DO CÓLON • Funções do cólon: • Absorção de água e eletrólitos; • Armazenamento de material fecal. • 1) Movimento de mistura/haustrações: • Material revolvido, de forma que tudo fique exposto à superfície mucosa gradualmente. • 2) Movimentos propulsivos/de massa: • Ocorrem 1-3 vezes ao dia (anel construtivo) 20 cm depois desaparecem haustrações e o segmento passa ase contrair como unidade. Contração por 30 segundos, relaxamento nos 2 a 3 minutos seguintes. Facilitado por reflexos gastrocólicos e duodenocólicos. • Quando o movimento de massa força as fezes para o reto surge a vontade de defecar. A passagem do material fecal pelo ânus é evitada pela constrição tônica dos esfíncteres anal interno e externo. • Defecação: reflexo intrínseco, reflexo de defecação parassimpático. SECREÇÃO GÁSTRICA GLÂNDULAS OXÍNTICAS (gástricas) • Secretam ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. 1) Células mucosas do cólon: muco. 2) Células pépticas/principais: pepsinogênio. a secreção ocorre em resposta a dois sinais: a) Estimulação das células pépticas por acetilcolina, liberada pelo plexo mioentérico. b) Estimulação pelo ácido do estômago. 3) Células parietais/oxínticas: HCl e fator intrínseco. são as únicas que secretam HCl. controladas por células semelhantes as Enterocromafinas (ECL): secreção de histamina. células ECL são estimuladas pela gastrina. fator intrínseco: atua na absorção de Vit. B12 – maturação de hemácias. Anemia perniciosa. Estratigrafia: GLÂNDULAS PILÓRICAS • Secreção de muco e gastrina. 1) Células mucosas superficiais: secretam grande quantidade de muco que atua como barreira de proteção e na lubrificação da parede gástrica. Alcalina. Essas células são estimuladas pela prostaglandina. Anti-inflamatório inibe a produção de prostaglandina e, consequentemente, de muco. Pode causar gastrites, úlceras gástricas. 2) Gastrina: Hormônio secretado pelas células G, localizadas nas glândulas pilóricas. Estimula a liberação de histaminas pelas células ECL, as quais agem diretamente nas glândulas oxínticas, liberando HCl. O próprio HCl age sobre as células G, diminuindo sua produção (feedback -). Estratigrafia: FASES DA SECREÇÃO GÁSTRICA 1. FASE CEFÁLICA: No córtex cerebral e nos centros de apetite na amígdala e hipotálamo. Nervo vago. 2. FASE GÁSTRICA: O alimento excita os reflexos vagovagais, os reflexos entéricos locais e o mecanismo da gastrina. 3. FASE INTESTINAL: Duodeno. Provavelmente pela liberação de pequenas quantidades de gastrina. Glândulas: 1- autócrina: uso próprio; 2- parácrina: vai à célula alvo sem usar corrente sanguínea; 3- endócrina: vai à célula alvo utilizando a corrente sanguínea.
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