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SOLOS REVISÃO

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4 
 
2) Geotecnia 
 
Geotecnia é a aplicação de métodos científicos e princípios de 
engenharia para a aquisição, interpretação e uso do conhecimento dos 
materiais da crosta terrestre e materiais terrestres para a solução de 
problemas de engenharia. É a ciência aplicada de prever o comportamento da 
Terra e seus diversos materiais, no sentido de tornar a Terra mais habitável 
para as atividades humanas. 
 
 
 
A geotecnia abrange as áreas de mecânica dos solos e mecânica das 
rochas, e muitos dos aspectos de engenharia da geologia, geofísica, hidrologia 
e ciências afins. Geotecnia é praticada tanto por geólogos de engenharia e 
engenheiros geotécnicos. 
Exemplos de aplicação da geotecnia incluem: a previsão, prevenção ou 
mitigação de danos causados por desastres naturais, como avalanches, fluxos 
de lama, deslizamentos de terra, deslizamento de rochas, sumidouros e 
erupções vulcânicas. A aplicação de solo, rocha e mecânica de água 
subterrânea para o projeto e realização predita das estruturas de barro, tais 
como barragens. A previsão de design e desempenho das fundações de 
pontes, edifícios e outras estruturas feitas pelo homem em termos de solo 
subjacente e/ou rocha; e controle de enchentes e previsão. 
 
 
5 
 
a) Solos 
 
A mecânica dos solos é uma disciplina da Engenharia Civil que procura 
prever o comportamento de maciços terrosos quando sujeitos a solicitações 
provocadas, por exemplo, por obras de engenharia. 
Todas as obras de engenharia civil, de uma forma ou de outra, apoiam-
se sobre o solo, e muitas delas, além disso, utilizam o próprio solo como 
elemento de construção, como por exemplo, as barragens e os aterros de 
estradas. Portanto, a estabilidade e o comportamento funcional e estético da 
obra serão determinados, em grande parte, pelo desempenho dos materiais 
usados nos maciços terrosos. 
Karl von Terzaghi é internacionalmente reconhecido como o fundador da 
mecânica dos solos, pois seu trabalho sobre adensamento de solos é 
considerado o marco inicial deste novo ramo da ciência na engenharia. 
 
 
Vista da barragem de terra da margem direita da Usina Hidrelétrica Peixe 
Angical, durante sua construção no rio Tocantins 
 
Os solos tem sua origem na decomposição das rochas que formavam 
inicialmente a crosta terrestre. Esta decomposição ocorre devido a agentes 
físicos e químicos chamados de agentes de intemperismo. Os principais 
agentes que promovem a transformação da rocha matriz em solo são: as 
variações de temperatura, a água ao congelar e degelar, o vento ao fazer 
variar a umidade do solo, e a presença da fauna e da flora. 
Além dos agentes de intemperismo, existem também os agentes 
erosivos que se diferem do primeiro por serem capazes de transportar o 
material desagregado. De um modo geral o principal agente erosivo é a água 
que atua na forma de chuva, rio, lagos, oceanos e geleiras. Nos climas áridos, 
como por exemplo nos desertos, o principal agente causador de erosão é o 
vento que dá origem à erosão eólica. 
Desta forma temos dois grandes grupos de solos: os transportados e 
os não transportados. Os solos transportados sofrem o intemperismo em um 
local e são transportados e depositados em forma de sedimentos em distâncias 
variadas, um exemplo deste solo é o aluvião e o colúvio. Já os não 
transportados, decompõem-se e permanecem no mesmo local, guardando de 
6 
 
certa forma, a estrutura da rocha matriz da qual foi originado, os solos 
residuais são solos não transportados. 
O solo é composto por um grande número de partículas, com dimensões 
e formas variadas, que formam o seu esqueleto sólido. Esta estrutura não é 
maciça e por isso não ocupa todo o volume do solo, ela é porosa e portanto 
possui vazios. Esses vazios podem estar totalmente preenchidos por água, 
quando então dizemos que o solo está saturado, podem estar completamente 
ocupados pelo ar, o que significa que o solo está seco ou com ambos (ar e 
água) que é a forma mais comum na natureza. Por isso, de modo geral, 
dizemos que o solo é composto por três fases: sólidos, água e ar. 
 
A figura (a) mostra o solo em seu estado natural e a figura (b) mostra, 
de forma esquemática, as três fases que compõem o solo. 
O estado do solo é decorrente da proporção em que essas três fases se 
apresentam, e isso irá determinar como ele vai se comportar. Se o 
vazios de um solo é reduzido através de um processo mecânico de 
compactação, por exemplo, a sua resistência aumenta. Outro exemplo: 
caso o solo esteja seco e lhe é adicionada uma quantidade adequada de água, 
sua coesão e consequentemente a sua resistência e plasticidade irão aumentar 
também. 
Existem diversos índices que correlacionam o volume e o peso das fases 
do solo, e que nos possibilitam determinar o estado do solo. Os principais 
índices utilizados para indicar o estado do solo, estão listados abaixo: 
 Umidade do solo: Teor de água contida no solo em função do 
peso dos sólidos 
 Índice de vazios: Volume de vazios em relação ao volume 
dos sólidos 
 Porosidade do solo: Volume de vazios em relação ao volume 
total 
 Grau de Saturação: Teor de vazios preenchidos por água 
 Peso Específico Real dos Grãos: Densidade dos grãos sólidos 
 Peso Específico natural: Densidade do solo in situ 
 Peso Específico Aparente Seco: Densidade do solo in situ 
excluído o peso da água 
 
A umidade do solo (h) é definida como o peso da água (Pa) contida em 
uma amostra de solo dividido pelo peso seco das partículas sólidas (Ps) do 
solo, sendo expressa em percentagem. 
Para determinação do peso seco, o método tradicional é a secagem em 
estufa, na qual a amostra é mantida com temperatura entre 105 °C e 110 °C, 
7 
 
até que apresente peso constante, o que significa que ela perdeu a sua água 
por evaporação. 
O peso da água é determinado pela diferença entre o peso da amostra 
(P) e o peso seco (Ps). 
 
 
 
 
O Índice de vazios (e) é expresso como um número, ou seja, é uma 
grandeza adimensional e, portanto não possui unidade, e é definido como o 
volume dos poros (Vv) dividido pelo volume ocupado pelas partículas sólidas 
(Vs) de uma amostra de solo, ou seja: 
 
 
 
 
 
 
 
O volume dos sólidos (Vs) é obtido através do ensaio de Massa 
Específica Real dos Grãos, o volume total da amostra (V) é calculado, por 
exemplo, pelo Método da Balança Hidrostática e por consequência, o 
volume de vazio (Vv) é a diferença entre os dois. 
Os poros dos solos, que apesar de também serem chamados de volume 
de vazios, podem estar preenchidos com água (quando solo está saturado), 
com ar (quando o solo está totalmente seco) ou com ambos, que é a forma 
mais comum encontrada na natureza. 
 Porosidade é a característica de uma rocha poder armazenar fluidos em 
seus espaços interiores, chamados poros. A matéria é descontínua. Isso quer 
dizer que existem espaços (poros) entre as partículas que formam qualquer 
tipo de matéria. Esses espaços podem ser maiores ou menores, tornando a 
matéria mais ou menos densa. Ex.: a cortiça apresenta poros maiores que os 
poros do ferro, logo a densidade da cortiça é bem menor que a densidade do 
ferro. Porosidade pode ser contrastada com permeabilidade: nem 
sempre uma rocha que contém fluidos em seu interior vai permitir que essa 
água flua, ou seja permeada, pela rocha. 
A porosidade do solo (n) é expressa em percentagem, e é definida como 
o volume dos poros (Vv) dividido pelo volume total (V) de uma amostra de 
solo, ou seja: 
 
 
 
 
*Note a diferença: 
Índice de vazios (e): 
 
 
 
 
 
 
Porosidade(n): 
 
 
 
 
O Grau de saturação (S) é expresso em percentagem, e é definido 
como a relação entre o volume de água (Va) e o volume de vazios(Vv) 
presente em uma amostra de solo, ou seja: 
 
 
 
 
O volume de vazio (Vv) é obtido pela diferença entre o volume dos 
sólidos (Vs), que é calculado através do ensaio de Massa Específica Real dos 
Grãos, e o volume total da amostra (V) que pode ser calculado, por exemplo, 
pelo Método da Balança Hidrostática. O volume da água (Va) é obtido na 
determinação da Umidade do solo. 
8 
 
Quando S=100% dizemos que o solo está saturado porque todos os 
seus poros estão preenchidos com água. Se S=0% significa que o solo está 
totalmente seco. 
O peso específico real dos grãos ( ) é definido numericamente como 
o peso dos sólidos (Ps) dividido pelo seu volume (Vs), ou seja: 
 
 
 
 
De um modo geral este valor não varia muito de solo para solo. Não 
importa se é argila, areia ou pedregulho, pois o fator preponderante é a sua 
mineralogia, ou seja, depende principalmente da rocha matriz que deu 
origem ao solo. 
O ensaio para determinação do peso específico real dos grãos é 
padronizado no Brasil pela norma ABNT NBR 6508/84. O método consiste 
basicamente em determinar o peso seco de uma amostra por simples pesagem 
e em seguida determinar seu volume baseando-se no princípio de Arquimedes. 
O peso específico natural do solo ( ) é definido numericamente como 
o peso total do solo (P) dividido pelo seu volume total (V), ou seja: 
 
 
 
 
 
O ensaio mais comum para determinação do peso específico natural do 
solo in situ é o método do cilindro de cravação, que é padronizado no Brasil 
pela norma ABNT NBR 09813/87. O método consiste basicamente na cravação 
no solo de um molde cilíndrico de dimensões e peso conhecidos. O volume do 
solo será igual ao volume interno do cilindro e seu peso igual ao peso total 
subtraído do peso do cilindro. 
Finalmente, o peso específico aparente seco ( ) é definido 
numericamente como o peso dos sólidos (Ps) dividido pelo volume total (V), ou 
seja: 
 
 
 
 
O valor obtido corresponde ao peso específico que o solo teria se ele 
perdesse toda a sua água sem, entretanto, variar seu volume. 
 
1. (Cespe – TRE/BA – 2010) Nos estudos das propriedades dos 
solos, o emprego de algumas relações entre características dos 
constituintes do solo é decisivo. A respeito dessas relações e das 
características por elas representadas, julgue o item 
subsequente. 
 
A porosidade de um solo é a razão entre o volume de vazios e o 
volume total de uma amostra de solo. 
 
Resolução: 
 A porosidade do solo (n) é expressa em percentagem, e é definida como 
o volume dos poros (Vv) dividido pelo volume total (V) de uma amostra de 
solo, ou seja: 
 
 
 
 
9 
 
Gabarito: C 
 
2. (Cespe – TRE/BA – 2010) Nos estudos das propriedades dos 
solos, o emprego de algumas relações entre características dos 
constituintes do solo é decisivo. A respeito dessas relações e das 
características por elas representadas, julgue o item 
subsequente. 
 
O peso específico aparente de um tipo de solo pode ser 
determinado em campo com o emprego do processo do frasco de 
areia. 
 
Resolução: 
 O peso específico aparente seco é a relação entre a quantidade de 
material em peso retirada de um furo feito em uma camada de solo e o volume 
do furo. Ou seja, o peso do material dividido pelo volume do local onde ele foi 
retirado é a densidade da camada, que por sua vez quando dividida pela 
densidade do solo encontrada no ensaio de laboratório vai retornar o grau de 
compactação em percentual. 
 
 
 
 
Para execução desse ensaio, conhecido como frasco de areia, tem 
que ter sido coletado da camada após tratada (processo em que se coloca o 
material na umidade ótima e mistura para adquirir homogeneidade) e antes da 
compactação uma amostra para ensaio de compactação afim de que possa ter 
a densidade máxima de laboratório. 
 
Gabarito: C 
 
O termo Caracterização é utilizado em Geotecnia para identificar um 
grupo de ensaios que visam obter algumas características básicas dos solos 
com o objetivo de avaliar a sua aplicabilidade nas obras de terra. São muito 
utilizados no início dos estudos, como por exemplo, em campanhas de campo 
para pesquisa de potenciais jazidas de argila, cascalho ou areia. 
A determinação do peso específico real dos grãos fornece uma ideia 
sobre a mineralogia do material e possibilita cálculos que correlacionam vários 
parâmetros do solo. Outro ensaio é o de Granulometria o qual é composto 
pelo Peneiramento, para solos granulares (areias), e pelo Ensaio de 
Sedimentação, quando o solo é coesivo (argilas). Com isso pode-se obter a 
curva granulométrica da amostra. 
10 
 
 
Curva granulométrica 
 
Peneirador mecânico 
 
Concluindo os ensaios desse grupo têm-se o Limite de plasticidade e o 
Limite de liquidez que são conhecidos como Limites de Consistência. 
Deles é obtido o Índice de plasticidade. 
O Limite de plasticidade (LP) é o teor de umidade abaixo do qual o 
solo passa do estado plástico para o estado semi-sólido, ou seja ele perde a 
capacidade de ser moldado e passa a ficar quebradiço. 
Deve-se observar que esta mudança de estado ocorre nos solos de forma 
gradual, em função da variação da umidade, portanto a determinação do limite 
de plasticidade precisa ser arbitrado, o que não diminui seu valor uma vez que 
os resultados são índices comparativos. 
Desta forma torna-se muito importante a padronização do ensaio, sendo 
que no Brasil ele é realizado pelo método da norma NBR 7180. 
O ensaio de determinação do Limite de Plasticidade consiste, 
basicamente, em se determinar a umidade do solo quando uma amostra 
começa a fraturar ao ser moldada com a mão sobre uma placa de vidro, na 
11 
 
forma de um cilindro com cerca de 10 cm de comprimento e 3 mm de 
diâmetro. 
 
Teste Limite Plasticidade 
 
O Limite de Liquidez (LL) é o teor em água acima do qual o solo 
adquire o comportamento de um líquido. 
A passagem do estado sólido para o estado líquido é gradual, por 
consequência, qualquer definição de um limite de fronteira terá de ser 
arbitrário. 
É possível determinar o limite de liquidez de um solo através de dois 
dispositivos: a concha de Casagrande e o penetrómetro de cone. 
 
Concha de Casagrande 
 
O Índice de Plasticidade (IP) é obtido através da diferença numérica 
entre o Limite de liquidez (LL) e o Limite de plasticidade (LP), ou seja: 
 
O IP é expresso em percentagem e pode ser interpretado, em função da 
massa de uma amostra, como a quantidade máxima de água que pode lhe ser 
adicionada, a partir de seu Limite de plasticidade, de modo que o solo 
mantenha a sua consistência plástica. 
O Limite de Contração (LC) é definido como a fronteira entre os 
estados de consistência sólido e semi-sólido. Corresponde ao teor de umidade 
do solo no momento em que este deixa de apresentar redução de volume, 
quando submetido à secagem (lenta e à sombra). 
12 
 
 
 
Com o peso específico real dos grãos, a curva granulométrica e o 
Índice de plasticidade, é possível saber se o material poderá ser aplicado, 
por exemplo, em filtros ou drenos, no caso das areias, se poderão ser 
utilizados em base de rodovias, no caso dos cascalhos ou em aterros, como os 
siltes e as argilas. 
 
3. (Cespe – TCU – 2009) Para se determinar o limite de contração 
de um solo, é necessário conhecer a massa específica dos seus 
grãos. 
 
Resolução: 
 Limite de contração do solo é o teor de umidade onde ocorre a 
transição entre o estado de consistência sólida e semi-sólida, ou, 
convencionalmente, o máximo teor de umidade a partir do qual uma redução 
dessa umidade não ocasiona diminuição do volume do solo. 
Alguns autores o definem como “o menor teor de umidade capaz de 
saturaruma amostra do solo”, mas é preciso perceber que a saturação 
(S=Va/Vv) depende também da maneira como as partículas sólidas estejam 
dispostas, e do estado de tensões a que a amostra esteja sujeita (para um 
mesmo teor de umidade, podem existir diferentes graus de saturação). Tem 
símbolo LC e é expresso em percentagem (inteira). 
O Limite de Contração deve ser determinado sempre que o Índice de 
Plasticidade for alto. O Grau de Contração indica a tendência de aparecerem 
fissuras quando sofre secagem, e em consequência sua qualidade para aterro 
de barragem (permite uma avaliação dos efeitos negativos dos solos de alto 
IP). 
O valor do LC tem pouca utilidade prática. Mas quando se executa o 
ensaio, determina-se também o Grau de Contração, que permite prever e 
evitar ocorrência de vários acidentes causados por fissuração causada por 
secagem em maciços. Seu valor tem forte relação com o da expansão (obtido 
no ensaio CBR) de solos argilosos. 
 
Gabarito: C 
 
4. (Cespe – TCU – 2009) Na determinação do teor de umidade de 
um solo, a massa mínima da amostra úmida a ser utilizada 
dependerá do tamanho máximo das partículas de solo. 
 
Resolução: 
13 
 
 De fato, na determinação do teor de umidade de um solo, a massa 
mínima da amostra úmida a ser utilizada será maior para grãos maiores, como 
se pode ver na tabela abaixo. Esse cuidado é necessário para diminuir o erro 
na medição. 
 
Gabarito: C 
 
Tendo em vista a grande variedade de tipos e comportamentos 
apresentados pelos solos, e levando-se em conta as suas diversas aplicações 
na engenharia, tornou-se inevitável o seu agrupamento em conjuntos que 
representassem as suas características comuns. Não existe consenso sobre um 
sistema definitivo de classificação de solos, sendo que os mais utilizados no 
Brasil são: 
 Classificação Granulométrica - técnica pela qual os diversos tipos de 
solos são agrupados e designados em função das frações preponderantes 
dos diversos diâmetros de partículas que os compõem; 
 Sistema Rodoviário de Classificação - sistema de classificação de 
solos, baseado na granulometria e nos limites de consistência do 
material; 
 Sistema Unificado de classificação de solos - foi criado pelo 
engenheiro Arthur Casagrande para aplicação em obras de aeroportos, 
contudo seu emprego foi generalizado sendo muito utilizado atualmente 
pelos engenheiros geotécnicos, principalmente em barragens de terra; 
 Classificação tátil-visual - sistema baseado no tato e na visão, por 
isso, para sua realização, é necessário um técnico experiente e bem 
treinado, que tenha prática nesse procedimento. 
 
A Classificação Granulométrica é base para as demais, agrupando os 
solos segundo os tamanhos predominantes de seus grãos. O Sistema 
Rodoviário é mais utilizado na construção de rodovias enquanto que o Sistema 
Unificado tem a sua maior utilização nas obras de barragens. A Classificação 
Tátil-visual é bastante empregada pelos engenheiros de fundações que se 
baseiam nos modelos clássicos, mas também utilizam do conhecimento prático 
do comportamento do solo de sua região. 
De um modo geral, para as obras de engenharia, os aspectos que 
abordam o comportamento do solo têm mais relevância sobre aqueles que 
denotam sua constituição, por isso deverão ser priorizados em qualquer 
sistema de classificação. 
 
5. (Cespe – TCU – 2009) Com base no desenho abaixo, que 
apresenta resultados de ensaios de granulometria nos solos A e 
B, julgue o item a seguir. 
14 
 
 
 
O coeficiente de não uniformidade do solo B é maior que 5. 
 
Resolução: 
 A expressão bem graduado expressa o fato de que a existência de grãos 
com diversos diâmetros confere ao solo, em geral, melhor comportamento 
sob o ponto de vista de engenharia. As partículas menores ocupam os 
vazios correspondentes às maiores, criando um entrosamento, do qual resulta 
menor compressibilidade e maior resistência. 
Esta característica dos solos granulares é expressa pelo “coeficiente de 
nãouniformidade”, definido pela relação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: C 
 
 
Os solos das regiões tropicais apresentam uma série de peculiaridades 
decorrentes das condições ambientais sendo, portanto, necessário se 
conceituar os solos de Peculiaridades Tropicais, ou seja, os tipos genéticos de 
solos encontrados em regiões tropicais. Os seguintes solos são encontrados em 
regiões tropicais: lateríticos, saprolíticos e transportados. A figura abaixo 
ilustra um perfil esquemático da ocorrência destes tipos de solos. 
15 
 
 
Solos são materiais naturais não consolidados, isto é, constituídos de 
grãos separáveis por processos mecânicos e hidráulicos, de fácil dispersão em 
água, e que podem ser escavados com equipamentos comuns de 
terraplenagem (pá carregadeira, motoescavotransportadora etc.). 
Geralmente, os materiais constituintes da parte superficial da crosta 
terrestre e que não se enquadram na condição de solo, são 
considerados rochas, mesmo que isso contrarie as conceituações adotadas 
em geologia e em pedologia. 
O solo pode, também, apresentar-se como estrutura natural ou artificial. 
Terá estrutura artificial quando transportado e/ou compactado mecanicamente, 
em aterros, barragens de terra, reforços do subleito de pavimentos etc. 
Dentro da classificação dos solos, aqueles que apresentam propriedades 
peculiares e de comportamento, são denominados de solos tropicais em 
decorrência da atuação de processo geológico e/ou pedológico típicos das 
regiões tropicais úmidas. Dentre os solos tropicais destacam-se duas grandes 
classes: os solos lateríticos e os solos saprolíticos. Os solos lateríticos (later, 
do latim: tijolo) são solos superficiais, típicos das partes bem drenadas das 
regiões tropicais úmidas, resultantes de uma transformação da parte superior 
do subsolo pela atuação do intemperismo, por processo denominado 
laterização. 
Várias peculiaridades associam-se ao processo de laterização sendo, as 
mais importantes do ponto de vista tecnológico, o enriquecimento no solo 
de óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência da caulinita 
como argilo-mineral predominante e quase sempre exclusivo. Estes minerais 
conferem aos solos de comportamento laterítico coloração típica: vermelho, 
amarelo, marrom e alaranjado. 
Os solos saprolíticos (sapro, do grego: podre) são aqueles que resultam 
da decomposição e/ou desagregação in situ da rocha matriz pela ação das 
intempéries (chuvas, insolação, geadas) e mantêm, de maneira nítida, a 
estrutura da rocha que lhe deu origem. São genuinamente residuais, isto é, 
derivam de uma rocha matriz, e as partículas que o constituem permanecem 
no mesmo lugar em que se encontravam em estado pétreo. 
Os solos saprolíticos constituem, portanto, a parte subjacente à camada 
de solo superficial laterítico (ou, eventualmente, de outro tipo de solo) 
aparecendo, na superfície do terreno, somente por causa de obras executadas 
pelo homem ou erosões. Estes solos são mais heterogêneos e constituídos por 
uma mineralogia complexa contendo minerais ainda em fase de decomposição. 
São designados também de solos residuais jovens, em contraste com 
os solos superficiais lateríticos, maduros. 
16 
 
Uma feição muito comum no horizonte superficial, ou no seu limite, é a 
presença de uma linha de seixos de espessuras variáveis (desde alguns 
centímetros até 1,5 m), delimitando o horizonte laterítico do saprolítico. As 
figuras abaixo ilustram a ocorrência de solos lateríticos e saprolíticos. 
 
 
17 
 
 
 
6. (Cespe – MS – 2010) O saprolito, ou solo saprolítico, é um solo 
que mantém a estrutura original da rocha de origem, inclusive 
veios intrusivos, fissuras e xistosidades,mas que perdeu a 
consistência da rocha. 
 
Resolução: 
 Os solos saprolíticos são aqueles que resultam da decomposição e/ou 
desagregação in situ da rocha matriz pela ação das intempéries (chuvas, 
insolação, geadas) e mantêm, de maneira nítida, a estrutura da rocha que lhe 
deu origem. São genuinamente residuais, isto é, derivam de uma rocha matriz, 
e as partículas que o constituem permanecem no mesmo lugar em que se 
encontravam em estado pétreo. 
 
Gabarito: C 
 
A Compactação é um processo mecânico através do qual se impõe ao 
solo uma redução do índice de vazios. Seu objetivo é melhorar as 
características mecânicas e hidráulicas do solo, proporcionando acréscimo de 
resistência e redução da compressibilidade e permeabilidade. 
18 
 
 
 
Em 1933, o engenheiro Ralph Proctor apresentou seus estudos 
demonstrando um dos mais importantes princípios da Mecânica dos Solos: a 
densidade com que um solo é compactado sob uma determinada energia de 
compactação depende da umidade do solo no momento da compactação. 
Proctor percebeu que a densidade do solo aumenta juntamente com o 
teor de umidade até um valor máximo, a partir do qual passa a decrescer. 
Com isso ele conclui que para cada solo e para uma energia de compactação, 
existe uma umidade ótima que irá proporcionar a compactação máxima. 
 
 
Note-se que se num processo a alta compactação pode ter efeito 
desejado, como num aterro para uma estrada, noutro pode ter efeito danoso, 
como num terreno dedicado ao cultivo agrícola. 
 
7. (Cespe – STM – 2011) Considere que, durante a construção de 
determinada edificação de dois pavimentos em terreno com 
declividade aproximada de 12%, em razão da insuficiência de 
material de corte para realização de aterro no local da edificação, 
tenha sido necessário adquirir material de empréstimo para 
adequar-se ao previsto no projeto arquitetônico e paisagístico da 
edificação. A partir dessa situação, julgue o item que se segue. 
 
A massa específica do material submetido a determinada energia 
de compactação é função da umidade do solo. 
 
Resolução: 
19 
 
 Aplicando-se certa energia de compactação (certo número de passadas 
de um determinado equipamento no campo ou certo número de golpes de um 
soquete sobre o solo contido num molde), a massa específica resultante é 
função da umidade em que o solo estiver. Quando se compacta com umidade 
baixa, o atrito as partículas é muito alto e não se consegue uma significativa 
redução de vazios. Para umidades mais elevadas, a água provoca um certo 
efeito de lubrificação entre as partículas, que deslizam entre si, acomodando-
se num arranjo mais compacto. 
Na compactação, as quantidades de partículas e de água permanecem 
constantes; o aumento da massa específica corresponde à eliminação de ar 
dos vazios. Há, portanto, para a energia aplicada, um certo teor de umidade, 
denominado umidade ótima, que conduz a uma massa específica máxima, ou 
uma densidade máxima. 
 
Gabarito: C 
 
8. (Cespe – STM – 2011) Considere que, durante a construção de 
determinada edificação de dois pavimentos em terreno com 
declividade aproximada de 12%, em razão da insuficiência de 
material de corte para realização de aterro no local da edificação, 
tenha sido necessário adquirir material de empréstimo para 
adequar-se ao previsto no projeto arquitetônico e paisagístico da 
edificação. A partir dessa situação, julgue o item que se segue. 
 
Para que sejam evitados recalques excessivos, é adequado 
realizar a compactação do solo sobre o qual se erguerá a 
edificação, procedimento que propicia a diminuição da 
compressibilidade do solo e o aumento da sua resistência ao 
cisalhamento. 
 
Resolução: 
 Define-se compressibilidade dos solos como sendo a diminuição do seu 
volume sob a ação de cargas aplicadas. 
Compressibilidade é uma característica de todos os materiais de quando 
submetidos a forças externas (carregamentos) se deformarem. Esta 
compressibilidade dos solos advém da grande porcentagem de vazios (e = 
Vv/Vs) em seu interior, pois para os níveis de tensão encontrados usualmente 
nos trabalhos de engenharia não são capazes de causar variação de volume 
significativa nas partículas sólidas. Sem erro considerável, pode-se dizer que a 
variação de volume do solo é inteiramente resultante da variação de volume 
dos vazios (por compactação, por exemplo). 
Define-se como resistência ao cisalhamento do solo como a máxima 
pressão de cisalhamento que o solo pode suportar sem sofrer ruptura, ou a 
tensão de cisalhamento do solo no plano em que a ruptura ocorre no momento 
da ruptura. Em Mecânica dos Solos, a resistência ao cisalhamento envolve 
duas componentes: atrito e coesão. 
O atrito (para solos granulares, como areias) depende de fatores como 
densidade, rugosidade, forma, que variam com a compactação. 
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A coesão (para solos muito finos, como argilas) aumenta com: a 
quantidade de argila e atividade coloidal (Ac); relação de pré-adensamento; 
diminuição da umidade, que variam com a compactação. 
 
Portanto, a compactação do solo, evita recalques excessivos, já que 
diminui a compressibilidade do solo e o aumento da sua resistência ao 
cisalhamento. 
 
Gabarito: C 
 
9. (Cespe – STM – 2011) Com base na figura abaixo, que ilustra 
parte de uma planta topográfica com destaque para uma área 
relativa à residência a ser construída, julgue o item que se segue. 
 
Considerando-se que haja homogeneidade nas condições de solo 
e de vegetação em toda a região, é correto afirmar que o talude 
indicado pela linha AB será o mais suscetível à erosão superficial 
em épocas de chuvas. 
 
 
Resolução: 
 Veja que pela linha AB as curvas de nível estão mais espaçadas. Isso 
significa que o talude é menos íngreme, portanto, menos suscetível à erosão 
superficial em épocas de chuvas. 
 
Gabarito: E

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