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Caros alunos, segue um estudo dirigido para a Av1 de HDB: 1) Existe relação entre o passado (história) e o direito atual? Pensando na relação entre as supracitadas áreas do saber, a história se mostra importante para o Direito no momento em que serve como conhecimento e acúmulo de experiências passadas, possibilitando uma ampliação das análises de situações jurídicas e na interpretação dos textos normativos. A recíproca é verdadeira. A História, outrossim, precisa do Direito. O Direito propicia à História a visão do passado que faz com que as regras do presente e do futuro sejam mais apuradas, mais justas e, sobretudo, representativas da cultura do que é Bom, Justo, Humano e apreciável. Portanto, é a noção jurídica da História é que permite que se compreenda melhor a cultura, a sociedade, a política e o sistema de um determinado povo. 2) Qual a legislação aplicada no Brasil durante a colonização portuguesa? A necessidade de obedecer a normas emanadas do Estado fez com se aplicassem ao país normas vigentes na metrópole, algo frequentemente considerado de menor importância, mas que integrava, como prêmio ou castigo, a população do Brasil no contexto geral do império onde vigorava a lei da metrópole. Nas monarquias da era moderna, o soberano era o centro do poder. A justiça, portanto, ao privilegiar a vontade do monarca tornava pública a justiça penal. As punições tinham como objetivo servir de exemplo pelo temor para os súditos. Tais rigores, em contrapartida, eram amenizados pela eventual comutação das penas e perdão real, demonstrando outra face da justiça identificada com a imagem do rei misericordioso. Desde a revolução de Avis se procurou chegar a uma codificação geral das leis do reino, buscando o ordenamento jurídico e tendo no Direito Romano seu referencial, se ocupando o Direito Canônico das matérias de cunho espiritual. O governo luso era fundamentado nas chamadas ordenações, sucessivamente Afonsinas (1446 a 1521), Manuelinas (1521 a 1603) e Filipinas (1603 a 1867). Ordenações portuguesas. São compilações das leis régias em vigor no País. Buscavam sistematização dos diplomas jurídicos dos reinados sucessivos. São três os principais: Ordenações Afonsinas (meados do Século XV, Ordenações Manuelinas (primeira edição em 1512/1513); Ordenações Filipinas (impressa em 1603). estrutura o sistema jurídico português a partir dessa perspectiva romano - germânica (civil law), tendo por referência as Ordenações portuguesas (Afonsinas, Manuelinas e Filipinas). O Civil Law, a tradição romano-germânica, que pode ser vinculada ao Direito organizado em códigos. Generalidade das normas jurídicas. 3) O que é common law e civil law? Quem defendeu a tese da Common Law foi a Aline. Nesse sistema e conforme as características dos ditames da Aline, podemos depreender que era um Direito cuja fonte primária era os costumes e a tradição, daí ter sido denominado de “direito comum”, os quais eram então aplicados nos tribunais, transformando-se então em precedentes. Com o tempo, tais precedentes foram se transformando em jurisprudência, fortalecendo-se desse modo e impulsionando o sistema jurídico. Assim, pode-se de início refutar a tão comumente utilizada designação de consuetudinário para essa família do direito. Há que se destacar, também, que essa linha do Direito acaba por remeter papel ainda maior de protagonismo aos Juízes, conforme fica evidenciado na crença da Aline. Por outro lado, quem defendeu a tese dos adeptos da Civil Law foi o Flávio, que notadamente privilegia como fonte primária do Direito a lei – construída pelos legisladores , em prejuízo da jurisprudência e dos costumes que figuram como fontes secundárias do Direito. Civil Law é a estrutura jurídica oficialmente adotada no Brasil. O que basicamente significa que as principais fontes do Direito adotadas aqui são a Lei, o texto. Common Law é uma estrutura mais utilizada por países de origem anglo-saxônica como Estados Unidos e Inglaterra. Uma simples diferença é que lá o Direito se baseia mais na Jurisprudência que no texto da lei. Jurisprudência, caso esteja em dúvida, trata-se do conjunto de interpretações das normas do direito proferidas pelo Poder Judiciário. 4) O que é capitania hereditária, sesmaria, carta de doação e foral? Capitania Hereditária As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas. O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal. No início do século XVI, os portugueses estavam voltados para o comércio com o oriente e se limitaram ao reconhecimento das regiões litorâneas em suas terras americanas, travando conhecimento com as tribos e, por meio de escambo, obtiveram a colaboração dos nativos para a exploração da fonte de riqueza mais evidente, a extração em grande quantidade de pau-brasil, madeira empregada para tingir tecidos na Europa. Portugal não podia deixar ao acaso seus domínios enquanto outros países começavam a empreender suas viagens e reprimir a presença de embarcações francesas tornou-se tarefa primordial. Além disso, manter o controle dessa costa imensa era muito caro. Somente em 1530 a expedição de Martim Afonso de Souza ao Brasil materializa a colonização, reprimindo a presença de barcos estrangeiros levando pau-brasil, criando núcleos de povoamento e deixando na região do Rio da Prata os marcos de soberania de Portugal. O rei português procedeu à divisão do território brasileiro em 15 lotes de terras confiados a 12 donatários que ali exerceriam autoridade por sua delegação. Foram investidos de direitos sem, contudo, poderem vender os territórios recebidos. Os referidos direitos compreendiam fundar vilas, cobrar impostos e dominar tribos rebeldes ao controle português, entre as quais sobressaiam os tupinambás, numerosos e que percebendo os conflitos entre os europeus se aliaram aos franceses contra os lusitanos. A ideia era que os donatários, burocratas e militares, alguns deles experimentados nas lutas das Índias, pudessem manter a conquista e assegurar a integridade e o povoamento do território. A maioria, contudo, não conseguiu arcar com as despesas para se instalar nas suas capitanias, que, de resto, não podiam simplesmente ser vendidas. Na prática, apenas cinco donatários efetivamente tomaram posse das suas capitanias. Dom João III mandou vir da metrópole mudas de cana-de-açúcar. O que não estava previsto foram dificuldades para dominar os índios, mesmo tendo o apoio de pessoas aqui chegadas como náufragos, degredados ou não, fazendo a intermediação entre os colonizadores e os nativos. Os colonizadores eram pouco numerosos e, em vários casos, se adaptavam às línguas e costumes da população nativa. Havia uma língua geral, o tupi, mais falado que o português. Os donatários se reservavam direitos da cobrança de impostos sobre tudo o que fosse produzidona capitania, podiam fundar vilas, bem como doar lotes de terra, chamados sesmarias ― para alguns a origem remota de latifúndios em nosso país. Em resumo, esperavam facilidades a serem oferecidas pelo governo para obter lucro. Dois documentos estabeleciam deveres e direitos dos donatários: 1- A Carta de Doação, pelo qual o soberano concedia as terras aos capitães-mores, com direito de juro e herdade; 2 - O foral, fixando os direitos, foros e tributos respectivamente ao Rei e ao capitão-mor. À Coroa cabia o quinto do ouro e das pedras preciosas, ou seja, 20% do que era produzido, bem como o monopólio das especiarias. Aos donatários era proibido doar ou partilhar a capitania entre seus parentes. A necessidade de obedecer a normas emanadas do Estado fez com se aplicassem ao país normas vigentes na metrópole, Sesmaria, carta de doação e foral Capitanias Hereditárias – Foram divisões do território brasileiro em faixas de terra, cuja posse seria doada a um Capitão Donatário. Carta de Doação – Documento por meio do qual a posse da terra era doada ao Capitão. Foral – Documento que trazia obrigações para o Capitão (ocupar, promover atividade econômica, pagar tributos, impedir invasões). Sesmaria – Subdivisão territorial dentro da Capitania. 5) O que foi o governo geral? Governo Geral – órgão de confiança de Portugal que tinha função de administrar a colônia, contando com o apoio de três outros órgãos: - Ouvidor-geral – Casa de suplicação-Ouvidor-função de solucionar conflitos (Juiz)-Casa de suplicação-era um órgão recursal (ficava em Lisboa); - Provedor-Mor da Fazenda-Provedsor-responsável pela fiscalização e cobrança de tributos; (organização Filipinas à época). - Capitão Mor da Costa-responsável por impedir invasões O rei de Portugal lançou mão de medidas para auxiliar as capitanias que, como um conjunto, fracassaram. A América portuguesa carecia de uma forma mais centralizada de administração. Para isso foi criado o governo-geral. A criação do governo-geral A partir de 1548, o Regimento Geral foi o instrumento por meio do qual o rei reorganizou administrativamente, por um conjunto de leis, o Brasil. O governador-geral foi incumbido de coordenar a defesa da colônia, explorar o sertão, auxiliar as capitanias, que durariam até 1759. As capitanias, ao contrário do que muitas vezes se afirma, não acabaram com a criação do governo-geral. O início do governo-geral eram tempos marcados pela vida rural com seus engenhos. As cidades iriam se consolidar tendo São Vicente como referência. Basta observar o organograma anterior e verificar que a estrutura trazida do reino por Tomé de Souza, o 1º governador-geral, atende às preocupações básicas do Estado português relativas à administração de suas terras americanas. Ao provedor-mor cabiam as funções de natureza financeira, ao capitão-mor, as relativas à defesa da colônia, e ao ouvidor-mor, àquelas pertinentes à Justiça, ou seja, os mecanismos básicos de controle estavam instalados em uma terra promissora. 6) Como ficou a concentração da população brasileira na época do ouro? E o preço dos produtos básicos? Com a descoberta do ouro em fins do século XVII, as contas de Portugal puderam se reequilibrar. Na colônia, a economia deslocou seu eixo das regiões nordestinas para a das Gerais. Um novo surto de prosperidade havia chegado, integrando áreas muito distantes ao consumir produtos agrícolas e também atrair a pecuária. A produção de ouro na região das Gerais permitiu ao reino português viver um período de opulência cujo declínio já se verifica após 1760. A busca pelo ouro, no século XVII, foi responsável por um êxodo populacional que deu nova face à colônia. Estima-se que mais de cem mil pessoas vieram à região das minas. O ouro e os diamantes foram responsáveis pela colonização do território e promoveram o surgimento de vilas e povoados. A migração não se limitou à chegada de gente da metrópole, na própria colônia houve pessoas que se deslocaram de vários cantos do Brasil, enfrentando perigos como ataques de índios ou de animais nas regiões a serem atravessadas para o destino final. Além disso, ocorreu um fenômeno comum às áreas apontadas como as de grande prosperidade. A tendência à elevação geral de preços, o que comprometia a sobrevivência dos que lá chegavam. Enfim, para muitos, o ouro era uma miragem, e a pobreza, uma realidade. 7) O Brasil se tornou independente com a vinda da família Real em 1808? Conselheiro do príncipe, o nobre D. Rodrigo de Sousa Coutinho tinha uma solução: transferir a Corte portuguesa para as Américas, que já era naquela época a parte mais rica do Império, e, no Brasil, recuperar o prestígio e a prosperidade que um dia o Império português possuiu. Pressionado pelos ingleses, que já haviam aportado no litoral de Lisboa à espera de uma decisão da Coroa portuguesa, e ciente de que o exército de Napoleão deixara a França em direção ao seu país, o príncipe resolveu aceitar a sugestão de seu ministro. O trajeto das embarcações portuguesas rumo ao Brasil durou cerca de dois meses. Escoltada pela marinha inglesa, a mais poderosa do mundo, a família real chegou a Salvador no dia 22 de janeiro de 1808, e foi recebida com festa pela população local. Já em terras americanas, o príncipe João assinou um decreto de enorme importância para todo o Império português: o da abertura dos portos às nações amigas. Segundo esse documento legal, passava a ser possível, a partir daquele momento, a realização de transações comerciais entre a América portuguesa e as nações estrangeiras, sem a necessidade de intermediação de Lisboa. Com esse documento chegava ao fim, na prática, o pacto colonial, e, consequentemente, o status de colônia da América portuguesa, ou pelo menos de uma parte dela: a região Centro-Sul, onde a Corte portuguesa se instalou. É a partir daí que tem início um processo chamado pela historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias de “interiorização da metrópole”. Segundo a referida historiadora, a vinda da família real para o Rio de Janeiro, até então sede político-administrativa da colônia portuguesa nas Américas, provocou um processo de deslocamento da metrópole de Lisboa para o Rio de Janeiro. Dali em diante, era a partir dessa cidade que o Império português seria comandado. O Rio de Janeiro passava, afinal, de cidade colonial à cidade imperial, provocando um profundo descontentamento nas outras regiões coloniais da América portuguesa e mesmo em Lisboa, que perdia a partir de então, pelo menos de forma provisória, seu status de sede do Império português. Não é possível afirmar que a vinda da Corte portuguesa para as Américas significou, na prática, o fim do status de colônia para todo o Brasil. Como discutimos anteriormente, não havia ainda, naquele momento, o Brasil enquanto um país com unidade política e identidade nacional constituídas. O que havia àquela época era um território chamado Brasil, composto por inúmeras regiões coloniais com pouca ou nenhuma integração física e econômica, e cuja população nativa cultivava muito mais um sentimento de identidade local do que de identidade nacional. 8) Estude a conjuração mineira e baiana. Conjuração Mineira – Marques de Pombal Era pombalina – severidade na arrecadação tributária Era pós pombalina – afrouxamento e protencionismo Ideias iluministas Movimento revolucionário no dia da derrama Descoberto: 06 pessoas processadas, 01 condenado a morte – Alferes Conjuração baiana – Salvador Região portuária Somente os “puros” tinha poder Grande miscigenação Desigualdades sociais Ideias iluministas 49 processados – 18 condenados a morte Conjuração Baiana O que foi? Também conhecida com o Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter popular ocorrida na Bahia em 1 798. Teve uma im portante influência dos ideais da Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista,defendeu im portantes mudanças sociais e políticas na sociedade. Causas - Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos. - Forte insatisfação com o domínio de Portugal so bre o Brasil. O ide al de independência estava presente em vários setores da sociedade baiana. Objetivos - Defendiam a em ancipação polí tica do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal; - Defendiam a implantação da República; - Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior; - Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios sociais e também da escravidão; - Aumento de salários para os soldados. Quem participou - O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex-escravos. Vimos nesse capítulo que, em meados do século XVIII, no contexto de crise do Antigo Regime europeu, multiplicaram-se pela América portuguesa movimentos de insatisfação em relação ao excessivo controle e/ou à cobrança de impostos vindas da metrópole. Dois dos movimentos mais conhecidos da época foram: a conjuração mineira e a conjuração baiana. Vimos também que não é possível afirmar que esses movimentos tiveram alcance nacional ou pretendiam lutar pela independência nacional, pois a nação e a nacionalidade brasileira não estavam constituídas até meados do século XIX. Por fim, vimos que as repercussões da Revolução Francesa e a difusão do ideário liberal pelo continente europeu tiveram seus efeitos também no continente americano: elas serviram de inspiração para os movimentos contestatórios citados acima e estiveram indiretamente ligados a uma grande mudança ocorrida na América portuguesa: a transferência da Corte portuguesa para a parte americana de seu império. Pressionados pelos ingleses e por Napoleão, o príncipe regente português se decidiu pela transferência da sede do império português para as Américas, em um processo que ficou conhecido como a “interiorização da metrópole”. Os conflitos ligados à independência e à formação do Brasil não foram motivados por critérios de nacionalidade, mas por disputas no interior do Império, entre aqueles que se sentiam prejudicados e os que haviam obtido benefícios com a mudança no status da cidade do Rio de Janeiro. Dessas disputas internas surgiria, em 1822, o Brasil. A fama do novo governador de beneficiar militares de origem portuguesa em detrimento dos oficiais nativos também gerava descontentamento no grupo dos Dragões Reais das Minas, do qual fazia parte o alferes Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes. Portanto, foram principalmente os conflitos de interesse, as tensões e as disputas em torno do poder local, agravadas pelo retorno da fiscalização metropolitana em um período de decadência na produção de ouro, que levaram os conjurados a planejarem para o dia da Derrama uma rebelião separatista, cujo objetivo era libertar a região das minas do controle imperial, iniciando a partir dali uma experiência de autogoverno. Desse modo, não houve qualquer pretensão de independência nacional no movimento dos conjurados mineiros. Certamente, a difusão do ideário liberal pela região, possibilitada pelo costume das elites de completar seus estudos na Europa, contribuiu para intensificar as reflexões do grupo, bem como para fortalecer suas convicções separatistas. Além disso, a experiência bem-sucedida das 13 colônias norte-americanas, que tinham conseguido a libertação do jugo colonial britânico, também serviu de inspiração para os revoltosos do sul. Como é sabido, o plano foi descoberto antes de ser concretizado e Joaquim José da Silva Xavier, o conjurado de origem social mais modesta, foi punido exemplarmente, com a decretação da sua prisão e morte, por enforcamento, no ano de 1792. Seus companheiros de conjura, ao contrário de Tiradentes, foram submetidos a processo, mas poupados da morte pela Coroa. Terminava, assim, de forma melancólica, o sonho de liberdade e de autonomia dos homens ilustrados de Vila Rica. A Conjuração Baiana (1798), também chamada de Conjuração dos Alfaiates, ocorreu alguns anos mais tarde, e teve motivações e a participação de grupos sociais distintos dos da região de Vila Rica. Sede político-administrativa da América portuguesa até o ano de 1763, Salvador era uma cidade de grande importância para o Império português. Por conta de sua importância política ao longo dos séculos de colonização portuguesa nas Américas, a cidade de Salvador ainda concentrava um grande volume de transações comerciais com o mercado internacional da época: boa parte do açúcar, do algodão e do tabaco exportados a partir da colônia tinha saída pelo porto da cidade. Dessa forma, Salvador era uma cidade multifacetada, em que os diversos grupos sociais possuíam representação expressiva. Se, por um lado, encontramos mercadores enriquecidos com o lucrativo comércio internacional, por outro, possuía também um grande número de escravos e de homens livres e pobres, que encontravam poucas possibilidades de inserção social em uma sociedade ainda pautada pelos valores do Antigo Regime. 9) Liste as principais características da Constituição de 1824. Outorgada; Tinha o principio da separação dos poderes + PM Monarquia Unitarista (Brasil não possuía divisões geográficas) Monarquia – hereditariedade; vitalício; irresponsável República – voto/escolha; mandato; responsável. Insituição do padroado – submissão da igreja em relação ao estado (diferente da oerdenação filipina, onde a igreja estava incrustada no estado) – igreja fazia as vezes de cartório de registros de pessoas Poder legislativo bicameral – Senado – representantes das províncias – indicação vitalícia +++++++++++ Cmara dos deputados – representantes do povo- voto censitário Constituição da mandioca – 1824- por causa do voto censitário. Onde a riqueza era medida pela capacidade de comprar sacas de mandioca. Constituição de 1824 Na carta outorgada por Dom Pedro I p endia pa ra os poderes do executivo, garantido ao monarca um governo centraliz ado, que lhe permitiria dar continuidade ao seu projeto imperial. Entre os maiores destaques podemos citar: - A consagração do mo delo de monarquia unitarista, no qual o imperador nomeia os presidentes da província, subordinando-os diretamente à autoridade central. -A instituição do padroado, segundo o qual a Igreja Católica do Brasil ficava subordinada a autoridade real. - O sistema eleitoral indi reto e c ensitário, que exc luía uma grande parcela da população do direito ao voto e a divisão de poderes, não e m três, como na teori a de Montesquieu, mas em três mais um, que estaria acima desses, e que seria exercido exclusivamente pelo imperador: o poder moderador. O poder moderador é um poder exercido pelo imperador em detrimento de seu carácter centralizador, criando assim um poder acima de todos. A Constituição de 1824 e suas repercussões As princ ipais características que identificam a Constituição brasileira de 1824 são: - adoção de um regime político monárquico; - divis ão em quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e mode rador, sendo este último determinante para a instauração de um regime semiabsolutista; - vot o censitário baseado na renda, o que auxiliava na manutenção dos interesses da aristocracia; - est abelecimento do Catolicismo como religião oficial do Brasil, send o a Igreja subordinada ao Estado: - inst ituição de um rol de garantias e direitos individuais que, do ponto de vista textual, adequava -se à modernidade propagada pelas elites europeias. O Código Penal de 1830 e O Código de Processo Criminal de 1832 As c aracterísticas presentes nas regras do Código Criminal de 1830, que representaram um grande avanço em relação às violentas eextemporâneas regras estabelecidas pelas Ordenações Filipinas. Nesta linha, importa ressaltar: a ideia de proporcionalidade entre o crime e a pena; a impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do infrator; a humanização da pena de morte, sem a tortura; a proibição das penas cruéis, sem enforcamentos e decapit ações, embora ainda tenham persistido algumas penas previstas pelas Ordenaç ões Filipinas. Já no que se refere ao primeiro Código Processual Penal brasileiro de 1832, foi o mesmo, seguindo a linha do Código Penal, considerado liberal para a época, oferecendo muitas garantias de defesa aos acusados e valorizando o juiz, conferindo-lhe funções importantes.
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