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* Aula 12- Processos de transformação de Polímeros Prof. Dr. Rita Sales * Principais Processos de Transformação Os produtos plásticos podem ser moldados em vários processos de transformação, onde as diversas resinas poliméricas em formato de grânulos, pó ou líquidos, depois de aquecidas e/ou catalisadas, podem ser processadas pelos métodos de: Extrusão Sopro Injeção Termoformagem Calandragem Rotomoldagem RIM Compressão Fundição Fiação Imersão Prototipagem rápida * Extrusão: A matéria-prima é amolecida é e sua saída é forçada através de uma matriz instalada no equipamento denominada rosca extrusora, produzindo um produto que conserva a sua forma ao longo de sua extensão, após seu resfriamento. Aplicação: fabricação de produtos flexíveis, como embalagens, sacolas, sacos e bobinas também conhecidos como filme, após o processo de extrusão, podem ser modelados no produto final com soldas e cortes e produtos rígidos ou semi-rígidos, como tubos, perfis, mangueiras e chapas. * Extrusão: Moldagem por injeção de um termoplástico viscoso através de uma matriz com extremidade aberta. Uma rosca sem fim empurra o material peletizado compactando fundindo e conformando pelo orifício da matriz. Bastões tubos filamentos mangueiras * * Esquema de um Processo Extrusão de Tubos Esquema de um Processo Extrusão de Filmes * Películas e filmes:Possuem espessuras entre 0,025 e 0,125 mm. Usados como sacos para embalagens. São extrudados por um fino rasgo seguido por uma laminação para reduzir a espessura e melhorar a resistência Ex: polietileno, polipropileno, celofane e acetato de celulose * Sopro: A matéria-prima amolecida pelo calor no canhão da extrusora, é forçada através de uma matriz e ou fieira, formando uma mangueira. Quando o molde fecha sobre esta mangueira é introduzido uma agulha onde o ar é soprado, forçando o material a ocupar as paredes ocas do molde formando a peça. Após o resfriamento a peça é extraída. * Injeção / Sopro – Préforma É um processo conjugado de injeção e sopro. Desenvolvido para moldar a matéria-prima PET. A resina PET tem características muito peculiares, onde o produto pode ser moldado em dois processos distintos, sem comprometer suas características de resistência e transparência. O PET é injetado no formato de uma pré-forma, sem nenhum ar internamente. Quando aquecida no segundo processo, dentro do equipamento próprio e especial, ar é soprado internamente tomando o formato do produto final. Este processo é para produtos de frascaria, usados em refrigerantes, água mineral, etc. * * Injeção: A matéria-prima amolecida pelo calor dentro do cilindro de injeção e sob pressão é injetada através de canais de injeção do molde para o interior das cavidades, as quais reproduzem o produto a ser fabricado. A máquina utilizada neste processo, denomina-se injetora. O produto é extraído depois de resfriado o suficiente para manter a forma e as dimensões necessárias. * Injeção Material peletizado é empurrado através de uma câmara de aquecimento para dentro de uma matriz. A pressão é mantida até o esfriamento * * Injeção Multimaterial * Exemplos de injeções Multimateriais * Injeção Combinada * Co-injeção * Watermelt * Processos complementares tipo caladragem com ou sem laminação: Onde são agregados outros materiais não plásticos como tecidos, metais para produção de mancais, isolantes, toalhas de mesa, bem como embalagens de várias camadas com papel, metal e outros * Laminação: Este processo com superposição de materiais como papel, papelão, metais, previamente tratados com resina termoplástica, forma um sanduíche” que é prensado com aquecimento, proporcionando a aderência total das camadas, resultando em produtos altamente resistentes. Havendo indicação técnica em ter as espessuras uniformes e ou dimensionalmente controladas utiliza-se o sistema de caladragem, ou seja, o estiramento por dois ou mais cilindros. * Pultrusão O processo de pultrusão é um método de fabricação contínuo, mecanizado, para produtos de seção uniforme, em resina poliéster, epóxi-estervinílica ou fenólica reforçada com fibras de vidro, de performance superior aos materiais convencionais 1. Fios em fibra-de-vidro responsáveis pela resistência longitudinal dos perfis. 2. Manta em fibra-de-vidro responsável pela resistência transversal dos perfis. 3. Tanque de resina onde é feita a impregnação dos fios e mantas em fibra de vidro 4. Véu 5. Ferramenta de pultrusão onde ocorre a cura da resina. o perfil toma sua forma e torna-se rígido. 6. Puxadores 7. Perfil pultrudado * Rotomoldagem A matéria-prima fluída e sob rotação modela os produtos. Este processo é muito utilizado nas resinas elastoméricas (emborrachado) para produzir cabeças de bonecas, peças ocas, câmeras de bola, grandes contêineres e peças rígidas de alta complexidade na extração do molde. O material é alimentado no interior das cavidades, sob a forma de pó. * * Termoformagem / Vácuo -Formagem/Vacumforming Moldagem de produtos a partir do aquecimento de uma chapa de resina termoplástica, que introduzida no molde fixado em uma prensa e acionado molda o produto. A moldagem pode ser feita com a utilização de ar quente, o qual suga a chapa dentro da cavidade ou aquecimento do molde, moldando a chapa sem utilização de ar. Este processo é utilizado na maioria dos produtos de vasilhames descartáveis, como copos, pratos, etc... * Vácuo-formagem * * RIM ( Reaction Injection Molding): Diversos materiais são produzidos pela tecnologia de moldagem por injeção e reação (RIM). Aproximadamente, 40% dos materiais produzidos são elastômeros com módulo de flexão para materiais não reforçados entre 7 MPa a 965 MPa. Os PU’s estruturais produzidos por RIM, que são uma combinação de PU com fibra de vidro, têm tido aumento em sua utilização. A área de desenvolvimento mais recente é a de sistemas rígidos de alto módulo. As espumas estruturais representam um terço dos materiais produzidos. * Sistemas RIM não poliuretânicos, como de diciclopentadieno ou náilon, respondem por 15% do mercado. * Vantagens: Fabricação de artigos moldados a partir de componentes líquidos, com velocidades de produção competitivas com o processo convencional de moldagem de termoplásticos. Por envolver poucas operações, o processo RIM tem encontrado aceitação por causa do: baixo custo relativo de capital; baixo consumo energético; e uma grande gama de propriedades de compostos que podem ser obtidas, desde PU’s elastoméricos até PU’s rígidos carregados com fibra de vidro, e poliuréias. O processo RIM permite a automatização requerida nas produções em massa. Pressões internas dos moldes são da ordem de 700 a 1400 kPa, em comparação com as de 7000 a 35000 kPa, dos materiais termoplásticos sólidos mais difíceis de serem processados. * Compressão Moldagem de produtos a partir do aquecimento de pré-formas ou diretamente do pó. Utilizada para a moldagem de materiais termofixos. * Transferência: Moldagem de produtos a partir do aquecimento de materiais termofixos, a partir do pó ou de pré-formas, que se dá em duas etapas: Compressão Transferência do material para dentro das cavidades * Compressão Polímero prensado contra matrizes aquecidas apenas uma é móvel * Fundição ou Casting: É um processo para baixa produção, quase sempre utilizado para a fabricação de protótipos. Consiste em despejar a resina líquida adicionada a outras substâncias que promovem endurecimento (catalisadores ou agentes de cura) dentro de um molde. Na fundição podem ser utilizadas tanto resinas termoplásticas como resinas termorrígidas (termofixas). Não é empregado aquecimento ou pressão. Este método é usado para a produção de brindes, pequenos adornos, amostras para microsc dentre outros. * Fiação Poliacrilonitrila: ( 93-99% PAN) Co-monêmeros: metil metacrilato, ácido itacônico, ácido metacrílico, metil acrilato, metil vinil piridina e vinil acetato. * Imersão É um processo de fabricação de plástico em que um ferramental macho ou peça a receber cobertura plástica é imergido num tanque contendo plástico fundido. Pode-se repetir a operação até obter a espessura de material desejado. O processo é usado para fabricação de luvas de latex, balões (bexigas), coberturas em cabos de ferramentas e encapsulamento de cabos e componentes elétricos, entre tantos outros. * Ilustração de um processo de dupla operação de imersão Adaptado de: http://www.patentesonline.com.br/luva-de-latex-e-metodo-para-fabricar-um-artigo-de-latex-com-uma-textura-de-superficie-190412.html * Método para fabricar um artigo de látex com uma textura de superfície geometricamente definida (patente) Aplicar uma cobertura coagulante polimérica à superfície do molde. A cobertura torna-se pegajosa durante a secagem. Aplicar partículas coagulantes discretas de tamanho, formato e distribuição selecionados à cobertura pegajosa. Para fixar e projetar a partir da superfície do molde com a cobertura coagulante polimérica, imergir o molde em uma emulsão de látex aquosa, em que a cobertura coagulante polimérica desestabilize o látex, desenvolvendo desse modo uma camada de látex. Vulcanizar e extrair o artigo de látex do avesso, e dissolver as partículas coagulantes discretas em água ou solventes adequados para revelar a textura geometricamente projetada com o tamanho, formato e distribuição predeterminados de impressões. * * PROTOTIPAGEM RÁPIDA * O processo RP originou-se na década de 1980, impulsionado pelo desejo de se agilizar o processo de fabricação de protótipos. Vários métodos de RP foram (e continuam sendo) desenvolvidos e patenteados. O processo se tornou tão rápido que deixou de ser apenas destinado a produção de protótipos e ganhou espaço na produção de pequenas séries. Prototipagem Rápida (RP) - Introdução * Essencialmente, a RP é uma impressão 3D comandada por sistemas CAD (Computer Aided Design) Diferentemente da usinagem, adiciona material ao criar uma forma em vez de retirar cavaco. Resinas plásticas e grânulos poliméricos são as matérias primas mais utilizadas na RP. Mas alguns métodos utilizam lâminas de celulose ou madeira ou filmes plásticos. Prototipagem Rápida (RP) - Introdução * Histórico e Tecnologias RP EUA, 1987- A 3D Systems cria o processo de estereolitografia (StereoLithography - SL). O SL é um processo que solidifica camadas (layers) de resina foto-sensível por meio de laser. A máquina SLA – 250 é uma das RP-machine mais utilizadas atualmente. * Vantagens: – Não necessita de moldes ou ferramentas auxiliares – Fabricação independente da geometria da peça – Elevado nível de automação Desvantagens: – Poucos materiais disponíveis (limitação de aplicação); –Precisão e acabamentos superficiais inferiores aos das peças obtidas por usinagem; – Limitação na quantidade de peças (pelo custo); – Pode ocorrer distorções, empenamentos e até inchamentos (higroscopia) – Custo de implementação elevado. * Histórico e Tecnologias RP Após a empresa 3D Systems iniciar a comercialização de máquinas tipo SL nos EUA, as empresas japonesas NTT Data e Sony/D-MEC passaram a comercializar suas versões de máquinas de estereolitografia em 1988 e 1989, respectivamente. Em seguida, vieram outras tecnologias e fabricantes... * Tecnologias RP Fused Deposition Modeling - FDM: A tecnologia FDM faz deposição de filamentos estrudados de materiais termoplásticos camada por camada, semelhante à estereolitografia, só que utilizando um cabeçote de fusão do material em vez de cabeçote laser. * Tecnologias RP Solid Ground Curing SGC: processo similar a estereolitografia, pois usa radiação ultravioleta para endurecer, de forma seletiva, polímeros fotossensíveis. Contudo, este processo cura uma camada inteira de uma vez. Em primeiro lugar, a resina foto-sensível é borrifada sobre a plataforma de construção. A seguir, a máquina gera uma foto-máscara correspondente à camada a ser gerada. Esta foto-máscara é impressa sobre uma placa de vidro acima da plataforma de construção. * Tecnologias RP Solid Ground Curing SGC: (cont.). A máscara é exposta à radiação ultravioleta, que passa através das porções transparentes da máscara, endurecendo seletivamente as porções desejadas de polímero. Após a cura da camada, a máquina succiona o excesso da resina líquida. * Tecnologias RP Laminated Object Manufacturing – LOM: corta e cola (solidifica) folhas de termoplásticos, reforçado ou não, com fibras usando laser controlado por computador. Folhas de papel também podem ser utilizadas no processo. * Tecnologias RP Selective Laser Sintering – SLS: funde seletivamente pós metálicos e pode ser utilizado para obtenção direta de matrizes de injeção. * Tecnologias RP Laser Engineered Net Shaping – LENS: similar ao SLS, porém com maior potência e rapidez, além de tecnologia inovadora em relação a este. * Tecnologias RP Direct Shell Production Casting - DSPC: utiliza um mecanismo de jato de tinta para depositar líquido agregante em pós cerâmicos para produção de cascas que podem por sua vez serem utilizados na produção de moldes e peças injetadas em Alumínio * Máquinas RP As máquinas confundem-se com os processos de obtenção da RP. Seus fabricantes estão localizados principalmente nos seguintes países: EUA, Japão e Alemanha. Empresas manufatureiras de máquinas, ferramentas, moldes, entre outras, de todo o mundo estão cada vez mais aderindo à prototipagem rápida. Há quem diga que o processo virá a ser chamado de Manufatura Rápida. * Espumas Materiais plásticos muito porosos são produzidos por espumação: Tanto termoplásticos como termofixos podem ser produzidos por espumação. O polímero é produzido na forma de grânulos, frequentemente contendo um agente de expansão. Durante o processo de pré-expansão, o grânulo aumenta seu diâmetro em até 50 vezes. São injetados em uma matriz, com os grânulos individuais fundindo-se uns aos outros, sob vapor, para formar produtos leves com baixa densidade Adiciona-se um agente de espumação que quando aquecido libera um gás com a sua decomposição. As bolhas de gás são geradas em toda a massa fluída durante o aquecimento. Após o resfriamento tem-se a formação de poros tipo esponjas. Pode-se conseguir algo parecido borbulhando um gás inerte no material fundido. Materiais submetidos a espumação: Poliuretano, borracha Poliestireno (isopor) cloreto de polivinila (PVC). Ex.: copos descartáveis, material para embalagem e isolamento. Dúvidas? Agradeço a Presença de Todos!
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