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Profa Dra Silvania Maria Netto 2017 PROCESSOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS Definições Balanços de Massa e Energia Equações Globais de Conservação Balanços de Massa Total E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O INTRODUÇÃO TERMODINÂMICA Embora vários sejam os aspectos pelos quais a Termodinâmica é conhecida desde a Antigüidade, seu estudo formal começou no século XIX, motivado pela utilização do CALOR como força motriz. Atualmente, é considerada como ciência da ENERGIA e suas relações com as PROPRIEDADES da matéria. Sadi Carnot (1796-1832) Réflexions sur la puissance motrice du feu et sur les machines propres à développer cette puissance. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O DEFINIÇÕES Sistema No Estudo da Mecânica, quando queremos determinar a trajetória de um corpo precisamos verificar duas condições para colocar esse objeto em movimento: Verificar se é um corpo livre; Identificar todas as forças exercidas sobre o corpo. Aplicar a 2ª lei de Newton. Na termodinâmica o termo sistema é usado para identificar o objeto de análise. Somente após a identificação do sistema que iremos verificar todas as interações relevantes com outros sistemas para posteriormente aplicar uma ou mais leis ou relações físicas nesse estudo. “Sistema é definido como uma quantidade de matéria, ou região no espaço, selecionada para estudo, ou resumidamente, é tudo aquilo que desejamos estudar” E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O “Tudo o que é externo ao sistema é considerado parte das vizinhanças do sistema”. “Superfície real ou imaginaria que separa o sistema de sua vizinhança é chamada de fronteira”. Vizinhança Fronteira Sistema A fronteira de um sistema pode ser fixa ou móvel DEFINIÇÕES Este é um exemplo de sistema fechado Quantidade fixa de matéria Não permite transferência de massa pelas fronteiras Apresenta fronteira móvel e fixa E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Sistema fechado (massa de controle) Quando a massa não pode atravessar as fronteiras, mas a energia pode: sistema fechado Quando a energia e massa não atravessam as fronteiras.: sistema fechado isolado “Massa de controle consiste em uma quantidade fixa de massa” DEFINIÇÕES E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Nesse sistema tanto massa quanto energia podem cruzar a fronteira. Existem diversos problemas que envolvem fluxos de massa que entram e saem de um sistema e, portanto, são modelados como volume de controle (VC). Superfície de controle (real ou imaginária) Sistema aberto (volume de controle) DEFINIÇÕES Exemplos: aquecedor de água, radiador de automóvel, turbina, compressor, gerador eólico turboelétrico e etc. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O As linhas tracejadas definem um volume de controle que envolvem a máquina. Observem a figura e respondam: Quais são os fluxos que cruzam a superfície de controle? Análise do volume de controle DEFINIÇÕES E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Análise do volume de controle DEFINIÇÕES A figura mostra um esboço de um compressor de ar conectado a um tanque de armazenamento. O limite do sistema mostrado na figura inclui o compressor, tanque e toda a tubulação. O limite pode ser selecionado se a entrada de energia elétrica for conhecida e o objetivo da análise é determinar quanto tempo o compressor deve operar para que a pressão no tanque aumente para um valor especificado. Um volume de controle, envolvendo apenas o compressor, pode ser escolhido se as condições do ar, entrando e saindo do compressor, forem conhecidas e o objetivo é determinar a entrada de energia eléctrica. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Análise da fronteira do sistema DEFINIÇÕES Sistema 1 (corrente elétrica de alimentação conhecida): o objetivo da análise desse sistema é a determinação do tempo que o compressor leva para atingir um volume especificado. Sistema 2: o objetivo da análise desse sistema é a determinação da potência elétrica necessária para acionar o compressor. A escolha da fronteira é feita levando-se em consideração: O que é conhecido acerca de um possível sistema; O objetivo da análise. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Comportamento dos sistemas DEFINIÇÕES Os sistemas podem ser estudados sob o ponto de vista macroscópicos e microscópicos Macroscópico se preocupa com o comportamento geral ou global. Abordagem matemática mais simples. Essa abordagem é vista na Termodinâmica Clássica Microscópico se preocupa com o comportamento individual da matéria. Abordagem matemática mais complexa. Essa abordagem é vista pela Termodinâmica Estatística. No estudo da termodinâmica é muito importante verificar como os sistemas se comportam e interagem com sua vizinhança. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Propriedades de um sistema DEFINIÇÕES Uma propriedade é uma característica macroscópica de um sistema para a qual pode-se atribuir um valor numérico em um dado instante sem conhecer a história do sistema Propriedades familiares: Pressão (P), Temperatura (T), Volume (V), Massa (m), Energia (E) e Densidade (ρ) As propriedades são classificadas como: Propriedades extensivas são valores que dependem do tamanho – ou extensão – do sistema. Exemplos: massa total e volume total As propriedades extensivas podem variar com o tempo Essa variação está relacionada com a interação do sistema com sua vizinhança Propriedades intensivas são independentes da massa de um sistema, como temperatura, pressão e densidade. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s so s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O A massa do todo é a soma das massas das partes, e o volume global é a soma dos volumes das partes No entanto, a temperatura do todo não é a soma das temperaturas das partes, pois esta é constante Propriedades de um sistema DEFINIÇÕES Massa e volume são extensivas, mas a temperatura é intensiva E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Refere-se à condição do sistema descrito por suas propriedades. Em determinado estado, todas as propriedades de um sistema têm valores fixos. Caso um desses valores mudem teremos estados diferentes. Estado 1 Estado 2 Quando uma dessas propriedades é alterada, o estado muda e diz-se que o sistema percorreu um processo. Estado do sistema DEFINIÇÕES E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O O termo fase refere-se a uma quantidade de matéria que é homogênea como um todo em composição química e em estrutura física. Existem diversos sistemas que podem conter uma única fase ou múltiplas fases. Fase do sistema DEFINIÇÕES P e T são propriedades independentes nos sistemas monofásicos, mas são propriedades dependentes em sistemas multifásicos Diagrama de fase da água E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Em Termodinâmica, para designar que um sistema está em equilíbrio é necessário que vários outros equilíbrios sejam atingidos; entre eles estão os equilíbrios mecânico, térmico, de fase e químico Um sistema isolado da vizinhança estará em estado de equilíbrio se não houverem mudanças significativas nas suas propriedades com o tempo A temperatura e a pressão serão uniformes ao longo do sistema, desde que o efeito da gravidade não seja significativo (para a pressão) As fases não devem possuir qualquer tendência de mudança de estado para o sistema entrar em equilíbrio Equilíbrio DEFINIÇÕES E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Processo de quase-equilíbrio DEFINIÇÕES E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O 1. Um gerador eólico turboelétrico é montado no topo de uma torre. A eletricidade é gerada à medida que o vento incide constantemente sobre as pás da turbina. A saída elétrica do gerador alimenta uma bateria. a) Considerando apenas o gerador eólico como sistema, identifique as posições da fronteira onde ocorre interação com a vizinhança. Descreva as mudanças que ocorrem no sistema com o tempo. b) Repita a análise para um sistema que inclui somente a bateria. EXERCÍCIOS Premissas: 1. Na parte (a), o sistema é o volume de 2. Na parte (b), o sistema é o sistema fechado 3. O vento está firme. Análise: a) Neste caso, existe ar que flui através do limite do volume de controle. Outra interação principal, entre o sistema e o ambiente, é a corrente elétrica que passa pelos fios. Do ponto de vista macroscópico, tal interação não é considerada uma transferência de massa. Com um vento constante, o gerador de turbina é susceptível de atingir a operação de estado estacionário, onde a velocidade de rotação das pás é constante e uma corrente elétrica estável é gerada. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O 1. Um gerador eólico turboelétrico é montado no topo de uma torre. A eletricidade é gerada à medida que o vento incide constantemente sobre as pás da turbina. A saída elétrica do gerador alimenta uma bateria. a) Considerando apenas o gerador eólico como sistema, identifique as posições da fronteira onde ocorre interação com a vizinhança. Descreva as mudanças que ocorrem no sistema com o tempo. b) Repita a análise para um sistema que inclui somente a bateria. EXERCÍCIOS b) O sistema é fechado. A principal interação, entre o sistema e o seu ambiente, é a corrente eléctrica que passa para a bateria através dos fios. Conforme observado na parte (a), esta interação não é considerada uma transferência de massa. Como a bateria é carregada e reações químicas ocorrem dentro dela, a temperatura da superfície da bateria pode tornar-se um pouco elevada e, então, uma interação térmica pode ocorrer entre a bateria e seus arredores. Esta interação é provável que seja de importância secundária. E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O PROCESSOS INDUSTRIAIS Complicados problemas industriais são resolvidos pela aplicação dos princípios da química, da física e da físico-química, e de sua aplicação depende o SUCESSO da solução obtida As técnicas de aplicação dos princípios básicos para resolver problemas de processo, e de operações unitárias, constituem, em seu conjunto, a ESTEQUIOMETRIA INDUSTRIAL A variedade de princípios colocados à disposição para resolução dos problemas de estequiometria industrial é muito grande, eles se dividem em: Balanços materiais Balanços de energia Reações de equilíbrio Equações de velocidade de equilíbrio E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O PROCESSOS Regimes de Operação quanto aos Fluxos Batelada: sistema fechado após alimentação e aberto para a retirada do produto. Exemplos: cozimento em panela de pressão; autoclavação de materiais Contínua: sistema permanentemente aberto para entrada e saída de massa. Exemplos: produção de vapor em caldeiras; bombeamento e retirada de fluído num tanque a uma mesma vazão Semi-contínua: sistema fechado para um componente e aberto para outro. Exemplos: borbulhamento de um gás em um meio líquido; escape de gás de um cilindro pressurizado; tanque de combustível Regimes de Operação quanto à Acumulação ou Tempo Estado transiente ou regime não-permanente Caracteriza-se pela alteração das variáveis ao longo do tempo partidas, paradas e perturbações na operação de equipamentos e processos, operação em batelada Taxa de acumulação positiva/negativa equação diferencial Estado estacionário, regime estacionário ou steady state Caracteriza-se pela não-alteração das variáveis ao longo do tempo Taxa de acumulação nula equação algébrica E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr iais P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O y tt1 transiente dy/dt > 0 Partida t2 estacionário dy/dt = 0 Operação normal transiente dy/dt < 0 Parada y é uma variável relevante no processo em operação Partida, Operação Normal e Parada de um Processo PROCESSOS E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Lei da conservação da massa: “A massa de um sistema fechado permanece constante durante os processos que nele ocorrem” Torna-se possível calcular a quantidade dos produtos obtidos, a partir das quantidades dos reagentes inicialmente adicionados ao sistema, desde que suas fórmulas químicas sejam conhecidas e bem como as reações que ocorrem durante o processo. SISTEMA MASSA QUE ENTRA MASSA QUE SAI ACÚMULO BALANÇOS de MASSA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O SISTEMA Reações Químicas Fluxo Massa Fluxo Massa Fluxo SAI = ENTRA + REAGE – ACUMULA QA,s = QA,e + rA - dmA/dt vazão de saída de A vazão de entrada de A taxa de consumo ou geração de A taxa de acumulo de A Forma Geral do balanço da quantidade G (massa): Taxa de Acumulação = de G Taxa de Taxa de Entrada - Saída de G de G Taxa de Taxa de + Geração - Consumo de G de G Fluxos Reações (Taxa: quantidade de G por unidade de tempo) BALANÇOS de MASSA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Aberto com Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Aberto sem Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Fechado com Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Fechado sem Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Permanente com Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Permanente sem Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Transiente com Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Sistema Transiente sem Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de MASSA Exemplo de Sistema Transiente sem Reação Química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Técnica para resolução de Balanços de Massa Imaginar o que está ocorrendo no sistema, CONHECER O PROCESSO, é o primeiro passo para a resolução de um problema Esquematizar o processos num FLUXOGRAMA simplificado, onde ilustre apenas as correntes que intervém no casos específico. Todos os dados importantes disponíveis deverão ser colocados diretamente no fluxograma, dentre eles, vazões, composições, pressão, temperatura. ESTUDAR O FLUXOGRAMA E OS DADOS de modo a relacionar mentalmente as diversas correntes do processo e as quantidades das diversas substâncias que compõe estas correntes. BALANÇOS de MASSA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Escolher a BASE DE CÁLCULO apropriada e indicá-la com clareza e destaque Base de cálculo é a quantidade arbitrária de reagentes ou produtos em relação à qual se referem todos os cálculos efetuados Selecionar o SISTEMA em torno do qual serão feitos os balanços Realizar os balanços, obtendo em resultado um número suficiente de equações que permita resolver o sistema, ou seja, o Nº DE EQUAÇÕES SEJA IGUAL AO Nº DE INCÓGNITAS. Técnica para resolução de Balanços Materiais BALANÇOS de MASSA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Fluxograma C o lu n a d e D e st ila çã o Água de Refrigeração Condensador Refervedor Vapor de Aquecimento Resíduo (W) Destilado (D) Alimentação(F) Sistema I Sistema II Sistema III h kmol V X X X F F F F C B A 100 %23 %45 %22 h kmol V X X D D D B A 70 %5 %95 h kmol V X X D W W B C 30 %40 %60 BALANÇOS de MASSA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O EXERCÍCIO 2. Uma solução a 50mol % de etanol em água alimenta uma coluna de destilação, com vazão constante, para produzir um destilado com 70 mol % de etanol e 1 mol % de resíduos. Sendo F a quantidade em mol que alimenta a coluna, em um dado intervalo de tempo, e D e R os número de mol de destilado e resíduo, respectivamente produzidos, pede-se determinar os valores de D e R. RESOLUÇÃO 1. Elabore o fluxograma 2. Observe que o Sistema é Aberto em Regime Permanente sem Reação Química 3. A Equação Geral: Acúmulo = 0 Entra=Sai 4. Estabeleça: no Eq=no incógnitas (F,D,R) 5. Estabeleça uma base de cálculo 6. Resolva o sistema de equações E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O EXERCÍCIO RESOLUÇÃO BALANÇO MATERIAL – EQUAÇÕES F=D+R F.xf=D.xd+R.xr, onde xf, xd e xr = fração molar do etanol, destilado e resíduo Tem-se que: xf=0,5; xd=0,7 e xr=0,01 • Para qualquer valor de F, podemos substituir as incógnitas nas equações: F = 100 mol (base de cálculo) F = D + R 100 = D + R R = (100 – D) F.xf = D.xd + R.xr 100.0,5 = 0,7.D + 0,01.(100-D) 50 = 0,7 D + 1 – 0,01D 49 = 0,69D D = 71 R = 21 D = 71 mol R = 21 mol E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O 3. Um tanque de armazenamento de água quente destinada a lavar lama de carbonato, numa instalação de recuperação de soda do processo sulfato para produção de celulose, recebe água de várias fontes. Num dia de operação, 240m3 de condensado da fábrica são enviados para este tanque, 80m3 de água quente contendo pequena quantidade de hidróxido de cálcio e soda cáustica vêm do lavador de lama e 130m³ são provenientes do filtro rotativo. Durante esse mesmo período, 300m³ são retirados para usos diversos, 5m³ e são perdidos por evaporação e 1m³ por vazamentos. A capacidade do tanque é de 500m³ e, no início do dia, está com líquido até a sua metade. Qual o volume de água no tanque ao fim do dia? EXERCÍCIO E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Condensado 240m³ Sol. Lavador 80m³ Filtro rotativo 130m³ Vazamento 1m³ Consumo diverso 300m³ Evaporação 5m³ Sistema acúmulomm saientra (240+80+130) – (5+300+1) = 144 Vf = (250+144) Vf = 394 m 3 EXERCÍCIO E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA Processos Químicos Industriais Qual a potência (Energia/tempo) necessária para bombear 1250 m3/h de H2O desde um tanque de armazenamento até a unidade de processo? Qual a energia necessária para converter 2000kg de H2O a 30 oC em vapor a 180 oC? Uma reação A → B, altamente exotérmica, ocorre em um reator continuo. Se uma conversão de 75% de A é atingida, que taxa de energia deve ser transferida ao reator para manter o sistema a uma temperatura constante? Quantos kg de óleo combustível devem ser queimados, por dia, para produzir energia suficiente para gerar vapor suficiente que movimente as turbinas e produza a quantidade de eletricidade necessária para abastecer uma cidade de 500 000 habitantes? E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA Macroscópico É uma aplicação do conceito de Conservação de Energia e considera que a variação de energia dentro do sistema é igual a troca líquida de calor e trabalho com as vizinhanças, somada com a energia liquida transportada pelo escoamento de massa para o sistema Nota: Os termos calor e trabalho se referem apenas à energia que está sendo transferida; é possível dizer calor e trabalho adicionado ou liberado pelo sistema, mas NUNCA calor ou trabalho possuído ou contido no sistema E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA Sistema Fechado Estacionário sem Reação Química Isto implica dizer que todo o trabalho (W) realizado sobre esse tipo de sistema é transferido para fora do sistema sob a forma de calor (Q) E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA Sistema Fechado não Estacionário E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O BALANÇOS de ENERGIA Sistema Aberto Estacionário São os mais comuns nos processos da indústria química E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O 4. Água é bombeada de um poço, cujo nível é constante, estando a 20m abaixo do nível do solo. A água é descarregada a uma vazão de 0,5m3/s em um tubo horizontal que se encontra 5m acima do solo. Admita que a taxa de transferência de calor da água é desprezível durante o escoamento. Calcule a potência elétrica requerida pela bomba, sabendo que sua eficiência de conversão de energia elétrica em mecânica é de 100%. Despreze o atrito nos tubos e na bomba. EXERCÍCIO RESOLUÇÃO 1. Elabore o fluxograma 2. Observe que o Sistema é Aberto em Regime não Permanente sem Reação Química 3. A Equação Geral: E=Q+W 4. Balanço de Energia - Equações E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O EXERCÍCIO RESOLUÇÃO E = (U+Ec+Ep) = Q+W Simplificações: Processo adiabático → Q = 0 Ec = 0 (sistema em repouso)U = 0 (não ocorre alteração de estado físico) E = Ep = W = m g h W = 0,5kg/s . 10m/s2 . (25-0)m W = 125 J/s = P h = 2 5 m Para calcular a vazão mássica de escoamento: Vazão = área x velocidade Vazão mássica = Vazão volumétrica x densidade Vazão mássica = 0,5 m3/s . 1,0kg/m3 = 0,5kg/s Como 1 HP = 745,7 J/s, temos que 125 J/s = 0,167 HP Uma bomba de ¼ HP poderá ser instalada no poço! E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O 5. 500 kg/h de vapor movimentam uma turbina. O vapor entra na turbina a 44 atm e 450 oC com velocidade linear de 60 m/s, e sai por um ponto 5 m abaixo da entrada, à pressão atm e a velocidade de 360 m/s. A turbina fornece trabalho no eixo com uma taxa de 70 kW, e a perda de calor na turbina é estimada em 104 kcal/h. Determine a variação na entalpia específica associada com o processo. EXERCÍCIO RESOLUÇÃO 1. Elabore o fluxograma 2. Observe que o Sistema é Aberto em Regime não Permanente sem Reação Química 3. A Equação Geral: E=Q+W 4. Converter kg/h→kg/s 5. 500 kg/h/3600 s = 0,139 kg/s E n g e n h a ri a Q u ím ic a – P ro c e s s o s Q u ím ic o s I n d u s tr ia is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O EXERCÍCIO RESOLUÇÃO E = (U+Ec+Ep) = Q+W Q = -104 kcal/h W = -70 kW Como U = H (não há mudança de estado, P, V e T) H = Q + W - Ec- Ep = m (H2 – H1) Ec=½ m (v2 2-v1 2)=½.0,139 kg/s(1N/1kg.m/s2).(3602-602)m2/s2(1W/1N.m/s) (1kW/103W) Ec = 8,75 kW Ep=mg(hsaida – hentrada) = 0,139 kg/s . 9,8 N/s . (-5) m (1kW/10 3N.m/s) = -6,81x10-3 kW Q = -104 kcal/h (1J/0,239x10-3 kcal)(1h/3600s)(1kW/103J/s) = -11,6 kW W = -70 kW, temos: H = Q + W - Ec- Ep = -11,6 – 70 – 8,75 – 6,81x10-3 = -90,3 kW Mas pela equação H = m (H2-H1) (H2-H1) = H/m = (-90,3 kJ/s)/(0,139 kg/s) (H2-H1) = - 650 kJ/kg
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