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Teoria da Informação e Cibernética Conceitos | Mensagem e Repertório | Informação e originalidade Informação e Entropia | Código e Informação | Cbernética Conceitos da Teoria da Informação Conceito de comunicação como processo de transmissão de mensagem de um emissor para um receptor. Por falta de mobilidade, porque o receptor não pode contestar a dúvida da informação, surge como agente dissipador de incerteza. Informação é o conteúdo daquilo que permutamos com o mundo exterior. Os autores da teoria movimentam-se em torno da matemática e da engenharia de sistemas; O processo de ação da comunicação é entendido nos moldes das ciências exatas; 1948/49: Seus autores são engenheiros de uma grande companhia de telefonia norte-americana (Bell Systems) – TRANSMISSÃO DE SINAIS ENTRE MÁQUINAS; Teoria da Informação ou Teoria Matemática da Comunicação? 1948 - Claude SHANNON trabalhou durante anos na criptografia (arte de escrever em código secreto - cifras). Ele era matemático e engenheiro elétrico; Por ocasião desse trabalho - sobre os códigos secretos -, ele formula N hipóteses encontradas em sua “TEORIA MATEMÁTICA DA COMUNICAÇÃO”. O princípio básico dessa Teoria: “Reproduzir em um ponto dado, de maneira exata ou aproximativa, uma mensagem selecionada em outro ponto”, ou seja: como transmitir a máxima quantidade de informação, no menor tempo possível e com a máxima fidelidade. Por isso, convencionou-se chamar a TEORIA MATEMÁTICA de TEORIA DA INFORMAÇÃO, pois a teoria valia-se de conceitos físicos e matemáticos. Apenas da forma das mensagens NÃO INTERESSA O SENTIDO QUE LHE ATRIBUI O DESTINATÁRIO E A INTENÇÃO QUE PRESIDE A SUA EMISSÃO; Interessa entender o campo construído pelos sinais transmitidos e a qualidade da informação nesse campo; O conteúdo e o contexto da informação lhes parecem totalmente sem importância no entendimento do processo comunicativo; A intenção dos autores é diminuir o RUÍDO*. *RUÍDO: interferências criadas, embora não pretendidas pela fonte, e que acrescentam-se ao sinal durante o processo de transmissão. Informação e Destinatário O emissor ainda é visto como ponto de partida e referência básica que comanda não apenas o comportamento do receptor, mas todo o processo de comunicação; Nesse modelo, um fala e o outro não, um escolhe o código e o outro tem a liberdade de submeter-se ao mesmo, ou abster-se; O processo de comunicação é visto como linear: O processo de comunicação é reduzido à pura e simples transmissão de mensagens de um emissor para um receptor; Excluem-se: RECIPROCIDADE – troca de ideias AMBIVALÊNCIA DE SEU INTERCÂMBIO. FONTE DE INFORMAÇÃO DESTINATÁRIO Basicamente: As problemáticas dessa Teoria? Redução do objeto da comunicação a apenas uma de suas formas – a transmissão de informação; Confusão do fenômeno comunicativo com o processo de captação, envio e recepção de mensagens; Análise sequencial e fragmentada da comunicação; O comunicador é visto como sujeito ativo que emite estímulos, e o receptor como sujeito passivo, que os recebe e reage; Concepção puramente técnica e instrumental da conversação social; Baseia-se em esquemas formais desprovidos de historicidade; A comunicação é entendida com o propósito meramente instrumental, logo não há lugar para os conceitos de compreensão, sentido e interpretação; Também não há lugar para o entendimento dos processos comunicativos como fontes de conhecimento; Teoria da Informação x Comunicação TEORIA DA INFORMAÇÃO TEORIA DA COMUNICAÇÃO Estuda a estruturação da mensagem; Centrada no código; Trata do sistema; Conjunto de elementos e suas normas de combinação. Estuda o relacionamento entre mensagem-fonte e receptor; Centrada no conjunto mensagem-homem; É o processo; Sequência de atos espaço- temporalmente localizados. A Informática e a Cibernética Informática Cibernética É uma disciplina cujo objetivo é o tratamento automático da informação. Procura propor métodos de codificar, selecionar, armazenar, pesquisar, modificar informações; Nessas tarefas acima citadas, ela se serve da Teoria da Informação. Do grego “kybernetes” (timoneiro); Não está limitada ao campo das máquinas automáticas. É uma disciplina voltada para os problemas de controle da informação; Procura achar os elementos comuns ao funcionamento das máquinas automáticas e ao sistema nervoso do Homem; Faz uso também da biologia, física, psicologia, etc.. Cibernética A Cibernética foi caracterizada pelo controle e comunicação. Em 1948, Norbert WIENER, criador da palavra “cibernética”, lança a tese de que a “informação” será a matéria prima do futuro; Eis que começam a surgir os conceitos de “sociedade da informação”; Wiener acredita que uma máquina com a “mesma fluidez mecânica do que homem, poderia pensar como o homem”; Também acreditava a “comunicação” visa apenas o controle de máquinas e pessoas; Dos conceitos da Cibernética nasce a os conceitos primordiais das bases teóricas da “Inteligência Artificial” [AI ou IA], pois as ideias de Wiener alimentam, ainda hoje, a “cultura dos androides” e a indústria da “inteligência artificial”. A h u m an o id e A ct ro id D ER -2 . Cena do filme “O caçador de androides”, de Ridley Scott, que difundiu a teoria de Wiener Robô-enfermeira produzido no Japão - Androides Mensagem e Repertório Mensagem Repertório A mensagem: é um grupo finito e ordenado de elementos de percepção; Os elementos de percepção são ordenados e tirados de um repertório, depois são reunidos em uma estrutura cuja finalidade é modificar o receptor. Repertório é uma espécie de vocabulário, de estoque de signos conhecidos e utilizados por um indivíduo; Uma mensagem será ou não significativa (+/- mudanças) conforme o repertório dessa mensagem, se ele irá ou não pertencer ao repertório do receptor. Repertório A significação de um repertório, para seu possuidor, é função de suas condições de existência, de uma história pessoal; Repertório é, além dos conhecimentos técnicos específicos, todos os valores éticos, estéticos, filosóficos, políticos, a ideologia do indivíduo, do grupo ou da classe social; Uma mensagem terá mais valor quanto for o número de modificações que pode provocar; Quanto maior o repertório de uma mensagem, menor será sua redundância e vice-versa; Quanto menor o repertório, menor será a provocação de mudanças em um número reduzido de receptores (audiência limitada). Mensagem | Repertório | Audiência Repertório Uma mensagem é elaborada pela fonte com elementos extraídos de um determinado repertório e será decodificada por um receptor que, nesse processo, utilizará elementos extraídos de um outro repertório; Para que se estabeleça o fluxo da comunicação, para que a mensagem seja significativa para o receptor, é necessário que os repertórios de F e o de R sejam secantes; Se ambos repertórios forem exteriores totalmente um ao outro, a informação não é transmitida ao receptor; Se ambos os repertórios forem absolutamente idênticos, aquilo que chega ao receptor não altera o comportamento; Casos de repertórios tangentes, o receptor verá a mensagem como algo intrigante, portanto algo a desvendar. Cena do filme A.I. – Inteligência Artificial, cineastaStanley Kubrick e dirigido por Steven Spielberg. Cena do filme “Eu, Robô”. Filme de Alex Proyas Originalidade sempre? + originalidade = - previsibilidade = + informação; + previsibilidade = - originalidade = - informação; Total previsibilidade (originalidade mínima) = nenhuma informação; Imprevisibilidade total (originalidade máxima) = nenhuma informação; A mudança no comportamento do receptor de uma mensagem depende do caráter de novo desta mesma mensagem. Informação X Originalidade X Entropia Quanto maior a taxa de novidade de uma mensagem maior o seu valor informativo, sendo maior a mudança de comportamento provocada. A procura de um novo sempre + novo, de um novo absoluto é tão impossível quanto a negação total. A informação totalmente original cabe, em TI, a designação de entropia* máxima, apresentando a entropia como a medida da desordem introduzida numa estrutura informacional. A entropia mede a parte da mensagem perdida, no processo de passagem do emissor para o receptor, como a diferença nos repertórios. *Entropia: a medida do seu grau de desorganização. Informação e Entropia A informação ideal tende para o máximo de originalidade, quanto mais imprevisível essa for, menos será passível de apreensão por um receptor médio; Receptor médio é aquele que para o qual as mensagens surgem dependentes de uma ordem, e para quem o novo e o original surge como desordem, confusão, complexidade. Novo = quebra de estruturas. Comercial: Johnnie Walker – Androide | Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=TBRyX1hHQZk Fonte e Bibliografias Coelho Netto, J. Teixeira. Semiótica, Informação e Comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1996. Cap. 3. MATTELART, Armand; MATTELART, Michéle. História das teorias da comunicação. 10ed. São Paulo: Loyola, 2007. 227p. WOLF, Mauro. Teorie delle Comunicazioni di Massa. Trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo. 8ª ed.. Lisboa / Portugual: Editorial Presença, 1985.
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