Buscar

794X - TEORIAS E TECN DE COMUNICAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

794X - TEORIAS E TECN DE COMUNICAÇÃO.
Conteúdo 2 - O processo de comunicação:
 EXERCICIOS
1 I, II e III estão corretas.
2 I é corretas.
3 I, II e III estão corretas.
4 I, II e III não estão corretas.
5 (I e II) corretas
6 (I e II) corretas
 
Conteúdo 3 - O processo de comunicação:
 EXERCICIOS
1 I e II estão corretas.
2 I, II e III estão corretas.
3 I, II e III estão corretas.
4 I, II e III estão corretas.
5 Estão corretas as alternativas A, B e C. 
A - é a forma física usada para representar o significado do objeto. 
B - o que se pode ver e tocar em lugar do objeto. 
C - é o elemento físico do signo, enquanto o significado é o elemento mental do mesmo.
6 Somente as alternativas B e C estão corretas.
B - São baseados na analogia entre o significado e o referente. 
C - São variáveis e podem ir desde uma elevada fidelidade às formas do objeto referente, até o outro extremo onde mal se reconhece alguma semelhança.
Modulo 01 - O processo de comunicação:
1. Emissão, transmissão e recepção. Teoria da recepção.
 
O processo de comunicação
Fazem parte dos processos de comunicação humana as formas pelas quais os seres humanos se relacionam entre si e interagem por meio do uso de signos.
Quando há uma conversa entre duas pessoas ou mais, acontecem algumas trocas continuas de Idéias, fatos e opiniões que se transformam em palavras compartilhadas por meio da fala. Os comunicólogos estudam algo vivo que se desenvolve, que é dinâmico. Comunicação é um processo de construção compartilhada. É necessário conhecer o processo de comunicação, para que haja eficiência na comunicação. Para o autor Mauro Wolf “de fato todo o processo comunicativo se desenrola, de certa forma, quer se verifique entre duas máquinas, entre dois seres humanos ou entre uma máquina e um ser humano.”
Para a comunicação se tornar precisa e clara, para que se possa esclarecer o sentido das coisas e dos textos por meio das palavras e do ambiente envolvendo quem fala e quem escuta, é necessário simplificar e estabelecer os mecanismos por meio dos quais se desenvolvem o processo. A interatividade entre as pessoas antes, durante e depois do processamento da mensagem, identifica o emissor, a mensagem e o receptor.
Qualquer que seja o meio ambiente no qual o indivíduo se encontra, a percepção é um fenômeno fundamental de informação. A percepção é o ponto de partida para entender o processo de comunicação. E qualquer que seja a mensagem, aquele que emitir sempre deverá conhecer profundamente as experiências que formam o repertório de quem vai ser o alvo da comunicação.
Quando um indivíduo se expressa e transmite uma mensagem, essa informação possui uma realidade de acordo com o seu repertório. Quando uma informação é recebida existe um significado pessoal para o indivíduo que é resultante de sua interpretação do que foi percebido, ou seja, a interpretação e o significado dependem do fenômeno da percepção e das diversas experiências que se acumulam na forma de repertório. Os receptores recebem repetindo o processo, decodificando ou reconstruindo a mensagem e recriando realidades captadas por eles. E os processos de percepção, decodificação e interpretação irão resultar em novos significados com a troca de mensagens.
E então, mediante a troca de mensagens que a comunicação proporciona, o que seria do indivíduo, como ser humano, sem a comunicação? Por que talvez uma das funções mais interessantes da comunicação seria a de complementar a formação da personalidade do indivíduo.
 
a. Emissão, transmissão e recepção
 
· Síntese
Os elementos da comunicação:
O Emissor: aquele que diz, que codifica a mensagem original e emite sinais codificados ao receptor da mensagem.
O Receptor: aquele que recebe sinais emitidos, decodificando a mensagem emitida.
O Canal: Diz respeito ao caminho pelo qual trafegam as mensagens por meio da transmissão de sinais.
A Mensagem: carrega as idéias em seu conteúdo e que pode ser interpretada e compreendida de inúmeras formas, utilizando-se de variadas opções de canais. Mesmo quando uma mensagem é emitida de forma objetiva, ela normalmente não é neutra. A mensagem está inserida em um contexto e pode conter outras mensagens verbais e não-verbais dentro de dela.
 Transmissão: aquele que opera nas mensagens emitidas pela fonte, que codifica a mensagem e transmite ao canal.
 
· O emissor
 Para comunicar uma mensagem é necessário estabelecer algumas das relações sociais que se chama "informação", "ordem" ou "interrogação". O emissor de um sinal, isto é, quem provoca o que se chama um "ato sêmico", assim o faz para informar o receptor, para ordenar-lhe ou para interrogá-lo sobre alguma coisa, enfim, o emissor tenta transmitir a mensagem servindo-se do sinal. O objetivo que ele se propõe ao provocar o ato sêmico, para que seja atingido, é que o sinal deve servir para transmitir uma mensagem, deve, por um lado, permitir ao receptor perceber o propósito que tem o emissor de lhe transmitir uma mensagem determinada e, por outro lado, permite-lhe selecionar, entre todas as informações, todas as perguntas e todas as ordens imagináveis, que o receptor interpreta como sendo a mensagem que o emissor tenta transmitir-lhe. No processo de comunicação, não é competência do emissor decodificar uma mensagem. Decodificar é um processo realizado pelo receptor.
 	Existe alguma mensagem que pode ser a que o emissor, servindo-se do sinal em questão, tenta transmitir, e outras que não poderiam ser mensagem. A mensagem que o emissor tenta transmitir nunca pode ser uma das mensagens que o sinal exclui, o sinal indica ao receptor que a mensagem que o emissor tenta transmitir-lhe é uma das mensagens que ele admite.
 O número de mensagens diferente acolhida por um sinal é, com efeito, praticamente infinito. Se o receptor consegue assim mesmo selecionar uma mensagem determinada que ele atribui ao sinal, é porque o sinal é sempre produzido em relação as circunstancias determinadas e estas, por sua vez, fornecem ao receptor uma indicação suplementar. As ocasiões favorecem variavelmente as diversas mensagens admitidas pelo sinal, o que significa que apresentam estas últimas mais ou menos diretamente a atenção do receptor, e este, logicamente, conclui que a mensagem que o emissor tenta transmitir-lhe é, entre todas as mensagens admitidas pelo sinal, aquela que as circunstâncias favorecem mais. Para que no momento da transmissão ou da recepção o sinal possa ser compreendido, é necessário que se faça referência a um mesmo código para o destinatário. Os códigos pertencem às regras de alguns sinais de determinados valores.
 
· 	O canal
 	Os veículos que propagam as mensagens faladas são as ondas sonoras, as ondas sonoras precisam de algo como um transportador de ondas, um transportador do veículo. Na comunicação humana, as ondas sonoras são sustentadas pelo ar.
 	Observando os meios de comunicação como veículos de mensagem: rádio, telefone, telégrafo, jornais, filmes, revistas, o palco, as tribunas públicas, etc. O veículo é um veículo de mensagens.
 	Na comunicação, a fonte precisa definir qual o melhor canal que irá usar ou escolher um canal que é mais indicado que consiga atingir o público. È necessário a escolha de algum veículo no qual irá transmitir a sua mensagem.
 	È necessário tomar alguns cuidados na escolha dos meios mais utilizados: televisão, jornais, diretamente pelo correio ou por revistas. Uma vez escolhido o meio, é necessário selecioná-lo. A seleção é limitada pelo que está disponível, são - quais os canais recebidos pelo maior número de pessoas, pelo menor custo e que canais têm maior impacto - que canais são mais amoldáveis ao tipo de objetivo da fonte e que canais são mais adaptáveis ao conteúdo da mensagem.
 	Como codificadores - fontes, é preciso decidir como serão canalizadas as mensagens a fim de que o receptor possa decodificá-las possa ver, ouvir, tocar e mesmo, ocasionalmente, aprovar as mensagens. Portanto,os canais de comunicação são considerados como sendo as habilidades motoras do codificador e as aptidões sensórias do decodificador.
 	O receptor não é capaz de reter tanta informação oral quanto visual, caso sejam iguais os demais fatores. Provavelmente o receptor decodificará com eficácia uma mensagem se puder visualizá-la ao mesmo tempo. Portanto, é mais efetivo transmitir informações que sejam difíceis para a retenção e compreensão visual do que a oral.
 	É necessário que haja preocupação para cada mensagem transmitida se a sua função será só vista, ou será vista e ouvida. A televisão é um veículo que permite canalizar mensagens para serem vistas e ouvidas. Os jornais podem ser vistos - e tocados. Portanto, são correlacionados entre si, os sentidos de canal como veículo de mensagens e o de canal como habilidades decodificadoras do receptor.
 	
· 	O receptor
 	Em certos momentos da comunicação, será permitido ver por muitas vezes o receptor como fonte ou como receptor. O receptor exercerá um papel, futuramente, de fonte e que receberá, certamente influências pelas mensagens que serão enviadas como receptor. O receptor será decodificador por meios de habilidades comunicadoras.
 	O modo como o receptor decodificará a mensagem é determinado em partes por sua própria atitude para com a fonte e para com o conteúdo da mensagem.
 	O receptor precisa conhecer o código da mensagem, pois sem conhecer o código da mensagem não poderá entendê-la. Se não entender a origem ou a natureza do processo de comunicação, existirão muitas chances de acontecer problemas com a interpretação da mensagem, ou concluir de forma errada sobre a intenção e/ou o objetivo da fonte.
 	O receptor é a ligação mais importante do processo de comunicação. Se a mensagem não atingir o receptor, não adiantou enviá-la. É importante conhecer a pessoa ou o público alvo que está do outro lado e que é o receptor, é necessário existir uma certa preocupação: será que a mensagem que foi enviada vai chegar de uma forma correta, a pessoa ou público serão atingidos realmente?
 	Quando a fonte escolhe um código para a mensagem, deve escolher um que seja conhecido do receptor. Quando a fonte escolhe o conteúdo, a fim de avaliar seu objetivo, escolhe um conteúdo que tenha significado para o receptor. Quando trata a mensagem de alguma forma, parte desse tratamento é determinada pela a análise da capacidade de comunicação, a decodificação, do receptor, e de certa forma inserido no conhecimento e no contexto sociocultural.
 	As informações reunidas sobre a fonte e sobre o receptor ajudam os muitos dos principais determinantes da comunicação que envolve as relações entre as características da fonte e as do receptor.
 	A capacidade comunicadora da fonte é importante para capacitá-la a inventar e codificar um objeto. A capacidade do receptor tem valor quanto a decodificar e determinar a mensagem. A relação existente entre o nível de habilidade da fonte e do receptor é fator decisivo para a fidelidade.
 
· Teoria da Recepção
A Teoria da Recepção tenta redimensionar e revitalizar o papel do sujeito no processo de comunicação.
O sociólogo do cotidiano Maffesoli explica que a pesquisa da recepção permite melhor compreender o ponto de vista do espectador. A finalidade não é analisar o meio como canal de comunicação, nem interpretar a mensagem ou o conteúdo das imagens por ela transmitidas. Propõe-se um deslocamento das esferas emissão-mensagem para a dimensão do sujeito-receptor.
A proposta de se considerar o emissor como detentor de amplos poderes sobre o receptor foi desenvolvida pelos teóricos da Escola de Frankfurt, para quem a audiência, chamada então de "massa", era completamente manipulada e dominada, através do estabelecimento da indústria cultural. Mattelart explica que as pesquisas na área de recepção têm o mérito de resgatar a figura do sujeito-receptor, que foram excluídas pelas teorias centradas na área da emissão ou do conteúdo. É importante acolher as vacilações dos sentidos da audiência, entendendo sua subjetividade e suas necessidades. Na sociedade pós-moderna que surge, é preciso entender no processo de comunicação que não haverá verdade única sobre um mesmo contexto.
Para Mattelart, os teóricos da atualidade que estudam a comunicação de massa, o receptor-consumidor estão inseridos no processo de comunicação de forma crítica e ativa: “A consciência da importância do momento-receptor pode, com justa razão, ser considerada uma ruptura fundamental. Introduzindo o receptor como sujeito ativo, ele permite afinal compreender a natureza do processo de comunicação que as abordagens inspiradas pela teoria matemática da informação (da qual não escapou a linguística estrutural) haviam desvirtuado".
Portanto, a recepção deverá ser entendida, onde o sujeito-receptor não pode mais ser considerado como indivíduo passivo, como algo vazio ou como vítima dos meios de comunicação.
O sujeito-receptor está inserido profundamente em um processo complexo e contraditório, em um processo de comunicação que o envolve pela dinâmica do desejo. Então o sujeito-receptor deverá ser entendido no processo de comunicação como um sujeito ativo, às vezes também passivo, que recria, interage e interpreta as informações e as imagens. 
Modulo 02- O processo de comunicação:
b. Códigos e signos. A Semiótica.
 
Os signos são dotados de muita complexidade, por isso despertaram a curiosidade dos cientistas. No começo do século XX, Saussure e Pierce, em lugares diferentes foram os precursores da mesma ciência, da Semiologia, e posteriormente da Semiótica. A Semiótica estuda a teoria dos signos como tal, e suas influências no individuo e na vida social.
Roland Barthes explica que:
“A Semiologia tem por objetivo estudar qualquer sistema de signos seja qual for sua substância, seja quais forem seus limites: imagens, gestos, sons melódicos, objetos e os complexos dessa substância que se encontram nos ritos, protocolos ou espetáculos, e se não se constituem em linguagem, são pelo menos sistemas de significação”.
A Semiologia é dividida em três campos: A Semântica, que condiz com os significados dos signos; a Sintática, que estuda a combinação dos signos; e a Pragmática, que define as origens, empregos e efeitos dos signos, dentro de uma determinada situação.”
A Semântica estuda o significado dos signos, das palavras, das frases e dos discursos, estuda o significado das Cores, fotografias e vocabulários, e ainda estuda os signos não-verbais, como gesto e a expressão do corpo.
 
· Os signos
A comunicação humana é apenas uma pequena parte de um processo muito maior: o processo da informação.
O símbolo surge da necessidade de compartilhar com outros seres. Os símbolos são usados para intermediar uma mente com as outras, assim o símbolo faz parte da vida cotidiana, e assim vão trocando paralelos entre nossas mentes. Por exemplo: Quando vemos uma pomba, logo surge na mente à idéia de paz.
Inúmeros são os símbolos, eles são apenas uma pequena subdivisão do mundo dos signos. Signo é todo tipo de símbolo, podendo ser palavra, sinal, gesto e etc.
Os signos têm um significado diferente para cada um, são criações da imaginação. Quando se imagina um objeto, se percebe que ele tem cor e uma certa forma, e que existe no mundo real. Por exemplo, quando se imagina um animal como o gato, esse objeto é chamado de referente, vai ser chamado de gato, pois é a referência dada ao mesmo. Logo cada um terá na mente uma idéia ou imagem do referente gato. Essa imagem mental do objeto, o gato, é o seu significado, sendo que a representação física do gato como objeto é chamado de significante, pode ser uma representação escrita, som, desenho... O signo somente representará seu objeto para um intérprete.
Quando há semelhança entre o referente e o significado e baseado na analogia, é chamado de signo icônico ou visual, ou seja, existe algo motivado entre o significante e o significado.Os símbolos como os logotipos podem ser icônicos e se associarem a esses logos junto à inscrição correspondente. Os signos matemáticos não se encaixam nem no padrão icônico, nem no analógico.
O signo é mutável, pois pode ser igual ao físico ou sofrer alteração analógica. Nessa malha de signos, os mais diferentes são aqueles que funcionam pelo simples fato de existir.
Dentro das atribuições dos signos é necessário lembrar que por ele ser universal, é derivado de uma convivência mútua, de modo que todas as pessoas associam o mesmo significado.
A linguagem humana fica enriquecida com as novas expressões simbólicas, e pela capacidade de criar e transformar coisas, isto acontece por uma outra propriedade do signo, a conotação, que carrega significado complementar diferente do significado denotativo ou indicativo do signo.
Por outro lado, os signos não são estáticos, podem ocorrer mudanças de nomes e funções, todos partilham o dinamismo na própria sociedade, facilitando assim a comunicação humana.
São poucos os signos utilizados pelo homem que são isolados, os mesmos sempre pertencem a um conjunto organizado.
 
· O Código
Cada código tem seu elemento, sendo assim, os próprios signos possuem suas regras de combinação. As letras do alfabeto estão dispostas e agrupadas segundo regras que formam sílabas, palavras, frases, orações, parágrafos.
A existência da comunicação dependerá se o emissor e o receptor dominarem o mesmo código, ou seja, se os interlocutores dominarem o mesmo conjunto de signos e das regras para o uso desses signos. Portanto, o código controla a relação entre o significante e o significado, é um conjunto de regras para o uso dos signos.
 Fica perceptível que os códigos possuem relações muito próximas, e que as mensagens, por sua vez, são um conjunto de signos, de um ou mais códigos que representam um sentido.
 A mensagem provém de uma intenção, possui um conteúdo e um sentido, comparando-se com uma estrutura de começo, meio e fim. Assim a mensagem é selecionada dentro de um código com a finalidade de que o receptor entenda a mensagem.
Para que exista um código, o homem leva em consideração que os signos são percebidos através das funções sensoriais: a visão, o paladar, o olfato, o tato e audição. Freqüentemente esses códigos se combinam para transmitir uma mesma mensagem. Como o cinema, por exemplo, que combina o audiovisual.
 Comportamento pessoal, o corpo, os objetos que a mesma utiliza, atuam como códigos de comunicação. Os códigos comportamentais são aqueles que a própria pessoa usa, o seu corpo, gestos, expressões, vocalizações.
 Os códigos espaço temporais incluem o uso do tempo e do espaço para a finalidade de comunicação, como, por exemplo, o ritmo e as pausas da música.
 São códigos mediatórios aqueles que podem ser transmitidos por meios impessoais de comunicação, por meio de gráficos, eletrônicos, etc.
 
Os Códigos Analógicos e Digitais:
No processo de comunicação existem dois elementos de comunicação básicos: um elemento de conteúdo, aquilo que se quer dizer ou mostrar sobre algum objeto ou idéia, e um de relacionamento, que se refere aos que dialogam. Quando alguém diz: “ Você está bonita hoje!” Pode realmente estar no referencial, ou no sentido de um bom relacionamento entre as pessoas participantes.
Geralmente o conteúdo é transmitido por intermédio de um código digital, como linguagem, contudo, a intenção do relacionamento é indicada por um código analógico e não verbal.
Para Watzlawick, o que falta no código digital é um vocabulário adequado para as contingências do relacionamento. Porém os códigos analógicos são imprecisos. As lágrimas são um exemplo, fica difícil classificar se as lágrimas são de alegria ou de dor. O código analógico acaba se tornando relativo à situação. Para que se decifre a ambigüidade é necessário que por meio do código digital se possa identificar qual é a situação, neste caso, a fala.
 
· A Semiótica
A semiótica tem três origens, porém, com criadores diferentes e em locais diferentes, surgiu quase que simultaneamente. Surgiu nos EUA, na União Soviética e Europa Ocidental.
Após a revolução industrial, cresceu-se a necessidade de uma ciência capaz de estudar diversos dispositivos lingüísticos.
Peirce (1839 – 1914) desenvolveu sua contribuição para as ciências humanas. Era matemático, físico, astrônomo e colaborou em muitas outras áreas. Segundo a conduta científica, produziu importantes considerações para a matemática, no entanto sempre defendeu a lógica. Sua pretensão era desvendar os fenômenos mutáveis da linguagem. Tinha como intuito criar a Lógica das Ciências e entender métodos de raciocínio partindo do princípio que cada ciência tem uma lógica diferente. Desde o principio, Pierce defendeu a lógica, como sendo um ramo importantíssimo da semiótica, consolidou uma teoria geral dos signos.
Lúcia Santaella explica que “a semiótica peirciana, está longe de ser uma ciência, mas é na verdade uma filosofia científica da linguagem”.
A semiótica também se desenvolveu como ciência na União Soviética. Viesse-lovski e A. A. Potiebnia foram os percussores do estruturalismo soviético entre eles a poética formal e movimentos artísticos de vanguarda (teatro, literatura, pintura, etc), e analisaram alguns fundamentos lingüísticos.
Dentre os estudiosos da semiótica encontra-se S. M. Eisenstein, também russo. Diferentemente dos outros, ele era um cineasta sendo considerado um artista intersemiótico, que expressava as preocupações com a origem dos signos na literatura, no cinema e no teatro.
Saussure, em sua realidade compôs em bases preciosas, os princípios científicos e metodológicos que fundam as descobertas da linguagem articulada. Para ele, língua e fala são inseparáveis, porém, enquanto a fala é uma circunstância, sendo parte do indivíduo, a língua é um conjunto sistemático partindo de uma organização coerente mútua.
A grande revolução se deu na interação dos elementos que constituem a estrutura da língua de modo que a alteração mínima de um elemento leva a alteração de todo o sistema.
A semiótica faz parte das ciências humanas, sendo considerada a geral de todas as linguagens e estuda os signos lingüísticos. Não seria errado dizer que a ciência da lingüística é a ciência da linguagem-verbal, enquanto a semiótica é a ciência que compreende toda e qualquer linguagem.
Para entender a semiótica é necessário que se desmembre língua e linguagem, na qual é dividida em linguagem verbal e linguagem não-verbal.
Para entender melhor, a linguagem verbal é tudo aquilo que se escreve ou fala, já a linguagem não-verbal é se expressar sem precisar dos elementos verbais, como os movimentos corporais, as gesticulações.
A comunicação é um infinito mundo no qual o indivíduo está inserido desde que nasce. A língua que se aprende a falar, da qual faz-se uso para escrever, não são as únicas formas de comunicação. O indivíduo se comunica por meio de sons, movimentos, direções, linhas, cores, sinais, imagens, gestos, etc. O ser humano é complexo e pluralista, ou seja, ser da linguagem.
Portanto a semiótica é a ciência que tem por meta a investigação de todas as linguagens existentes. Observando a complexidade dessa ciência, é possível perceber a abrangência, mas não infinito, podendo ser flexível e bipolar. A mesma está presente tanto na culinária como na psicanálise.
conteudo 3 Marketing voltado para o valor
 
A tarefa principal da empresa é “criar clientes”. Para essa realização é necessário saber como os clientes fazem suas escolhas.
Os clientes têm limites para a avaliação dos produtos que compram. Esses limites são determinados pela: capacidade de pesquisa, nível de conhecimento, fator mobilidade (deslocamento) e renda. Assim, o cliente constrói sua percepção de qual produto tem mais valor que outro, escolhendo a oferta que apresente maior valor, ou seja, que lhe oferece maiores benéficos.
Eles estabelecem expectativas de valor e agem a partir delas.
• Compram
•Experimentam
• Comparam: Valor esperado X Valor real recebido
• Avaliam: Satisfação ou Não
 
A satisfação pela compra gera nova compra, mantendo o cliente ativo ou “fiel”.
Sendo assim, a oferta que tiver maior valor, vende. E para isso é importante compreender o que é “valor” para o cliente.
 
Valor para o Consumidor
Valor entregue ao consumidor é a diferença entre o valor total esperado e o custo total do consumidor.
• Valor total esperado pelo consumidor é o conjunto de benefícios esperados por determinado produto ou serviço.
• Custo total do consumidor é o conjunto de custos esperados na avaliação, obtenção e uso do produto / serviço.
 
Veja o esquema abaixo:
Determinantes do Valor Entregue ao Consumidor
 
O “valor entregue ao cliente” ou “valor de consumo” é o valor oferecido pelo produto ao cliente e o “lucro” (o que receberá em troca) recebido ao realizar a compra.
O cliente, então efetivará a compra quando: os benefícios dos intercâmbios excederem os seus custos; e quando os produtos ou serviços oferecerem um valor superior em comparação a outros iguais no mercado.
 
Os itens de valor para o consumidor estão relacionados a:
Valor do produto: confiabilidade, desempenho, durabilidade.
Valor do Serviço: entrega, treinamento e manutenção.
Valor dos Funcionários - Pessoal: melhor informado e responsivo.
Valor da Imagem: Boa reputação da marca no mercado. Valorização de quem possuir o produto.
 
Os benefícios de comprar e usar produtos incluem:
? Benefícios funcionais -- Os benefícios tangíveis recebidos em bens.
? Benefícios sociais -- As respostas positivas que os clientes recebem de outros por comprar e usar determinados produtos e serviços.
? Benefícios pessoais -- Os bons sentimentos que os clientes experimentam pela compra, propriedade e uso de produtos ou pelo recebimento de serviços.
? Benefícios experimentais -- O prazer sensorial que os clientes obtêm com produtos e serviços.
 
Custos para o cliente
O custo para o cliente refere-se ao esforço e incômodos exigidos para adquirir um bem.
? Preço / Custos monetários -- A quantidade de dinheiro que os clientes pagam para receber produtos e serviços. Caso o preço seja muito mais alto que o concorrente, neutraliza o valor percebido do produto pelo cliente. (O risco de perda financeira é uma forma de custo)
? Tempo / Custos temporais - O tempo gasto comprando, alterando ou consertando produtos.
? Energia Física / Custos físicos e comportamentais -Os custos associados ao comportamento físico requerido para comprar produtos e serviços.
? Energia Psíquica / Custos psicológicos - A energia e tensão mentais envolvidas em fazer compras importantes e aceitar os riscos de produtos e serviços que não tenham o desempenho esperado.
 
Valor - Concorrência
Após a definição de seu preço e a oferta de valor para o cliente, as empresas devem comparar com seus concorrentes. Quanto vale suas ofertas em termos de valor oferecido ao cliente? Qual concorrente tem maior valor?
A Comparação com a concorrência permite a verificação de quem está atuando melhor na oferta de valor ao cliente.
Quem estiver em desvantagem deve:
· Elevar o valor total para o cliente de sua oferta: Oferecendo mais valor de produto, serviços, pessoal e imagem; ou
· Diminuir o custo de fabricação e reduzir seu preço, simplificar os processos de entrega e pedidos.
 
Satisfação do Cliente
? É o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (resultado) em relação à expectativa da pessoa.
• Produto < expectativa = insatisfação
• Produto = expectativa = satisfação
• Produto > expectativa = Encantamento
 
Expectativa
• Criada pela experiência anterior do indivíduo;
• Opinião de amigos.
• Informações e promessas de marketing.
 
Expectativas muito altas podem gerar insatisfação e muito baixas não despertam interesse pelo produto.
A satisfação total do cliente é a alta expectativa, com o atendimento perfeito da promessa oferecida pelo produto / serviço.
 
Cadeia de Valor
Toda empresa consiste em um conjunto de atividades desenvolvidas para projetar, produzir, comercializar, distribuir e apoiar seus produtos.
 
 
 O valor ocorre quando a cadeira toda trabalha a favor do cliente. Deve estar em constante aperfeiçoamento e existir uma coordenação das atividades de todos os departamentos, evitando que um deles isoladamente valorize seus próprios interesses.
A cadeia de valor é gerada com ênfase na administração harmônica dos processos centrais do negócio (trabalho conjunto e cooperado).
• Processo de desenvolvimento de produto
• Processo de gerenciamento de estoque
• Processo de pedidos e recebimentos
• Processo de serviços ao cliente
 
O Sistema de Oferta de Valor
• Cadeia de valor interno (1º passo)
• Cadeia de valor dos fornecedores (2º passo)
• Cadeia de valor dos distribuidores e revendedores e lojistas (3º passo)
• Cadeia de suprimento (atendimento personalizado com exigências de qualidade da matéria-prima e regularidade de entrega). – Parcerias e alianças.
 
ExercícioS
1 As pessoas calculam cuidadosamente a soma de todos os benefícios, em comparação com todos os custos
2 Monetário
3 Orientado para o valor +
4 todas alternativas +
5 a combinação entre custos monetários e comportamentais.
6 Preço
7 É a diferença entre os benefícios obtidos em relação ao que o cliente está disposto a pagar pelo produto ou serviço
8 O prazo de garantia extendido permitiu que eu optasse pelo produto X ao invés do Y
9 A empresa deveria aumentar o valor de seu produto junto ao cliente +
Modulo 4. Mix de Marketing
 
Dentro da perspectiva de função empresarial, podemos dizer que o marketing integra todas as funções desempenhadas pelas empresas, ou seja: linhas de produção, finanças, distribuição, logística, recursos humanos, contabilidade, tecnologia da informação, entre várias outras. Assim, o marketing tem como função englobar em suas tomadas de decisões a gestão de recursos, além da coordenação de processos e avaliação dos resultados obtidos em comparação aos objetivos anteriormente estabelecidos. É o que chamamos de administração da cadeia de valor.
Todas as decisões devem basear-se no composto de marketing, comumente conhecido como os 4P’s: produto, preço, praça (ponto de distribuição) e promoção (comunicação).
O composto de marketing ou marketing mix (mix de marketing), pode ser definido como a combinação de elementos variáveis que compõe as atividades de Marketing. O conceito se baseia nos estudos de Neil Borden que usou este termo, pela primeira vez em 1949. Borden afirma em sua obra que o termo lhe veio à cabeça ao ler os estudos de outro autor de sua época (James Culliton), que chamava os executivos de liquidificadores (mixers), já que a sua função era a de materializarem receitas, seja misturando os ingredientes, mudando suas quantidades ou inventando novos elementos. A partir de então a expressão Marketing Mix (mistura de Marketing) ou Composto de Marketing, como é conhecida no Brasil, passou a ser a teoria mais aceita para efetivar atividades de Marketing.
Jerome McCarthy, professor da Universidade de Michigan, aprimorou a Teoria de Borden e definiu os 4 grandes grupos de atividades que representariam os ingredientes do composto e os separou em: Product; Price; Promotion e Place.
 
 
 
 
Atualmente, o composto de Marketing é conhecido internacionalmente como “Os 4 Ps do Marketing”. Por esse motivo, diversos países trataram de traduzir para o seu idioma, os 4 grupos, em palavras que mantivessem a grafia iniciada por “P”. Dessa forma, no Brasil as atividades passaram a ser: Produto, Preço, Promoção e Praça (ou Ponto de distribuição).
Apesar das inúmeras tentativas de se incluírem mais P’s aos 4 originais, como por exemplo, Profit (lucro), People (pessoas), Public Relations (Relações Públicas), todas elas se mostraram infrutíferas, ficandoclaro que os 4 originais englobariam as demais. Dessa forma “Promotion” que em português pode induzir ao erro de ser entendido como Promoção de vendas, é o guarda chuva que engloba Propaganda, Relações Públicas, Trade, a própria Promoção de vendas e todas as demais atividades relacionadas.
Assim, os grandes nomes do Marketing, incluindo-se nessa relação Philip Kotler, a maior autoridade em Marketing da atualidade, ainda consideram a teoria original e mantém o composto de Marketing com “apenas” 4 Ps. Ele define o composto de Marketing como “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”.
Cada variável engloba uma série de atividades. As mais comuns em cada um dos quatro P’s são: 
• Produto: refere-se a variedade do produto, qualidade, características, nome da marca, design, embalagem, tamanhos, serviços, garantias, devoluções, etc.
• Preço: é composto pelo preço básico, descontos, prazos de pagamento, condições de crédito, etc.
• Praça: diz respeito aos canais de distribuição (localizações), distribuição física (estoque), transporte, armazenagem, etc.
• Promoção: venda pessoal, propaganda, promoção de vendas, publicidade, relações públicas, marketing direto (mala direta, telemarketing), etc.
 
No que se refere ao ‘P’ de produto, as decisões são tomadas com relação à identificação de oportunidades de lançamento de produtos e/ou serviços, adaptação desses produtos e/ou serviços às necessidades dos clientes, estratégias de extensão de linhas ou família de produtos, definição do posicionamento deste produto no mercado, administração do ciclo de vida do produto, estratégias de marca, entre outros aspectos. Quando falamos em revistas, jornais, programas de rádio, os sites das emissoras de TV e de rádio, sejam eles impressos ou eletrônicos, canais fechados, o produto é, essencialmente, a informação. Neste caso, qual a informação que o seu público busca?
Dentro do P de Produto temos a embalagem e o design. Se tomarmos como exemplo um perfume, a embalagem será a caixa, com cores, tipos de letras, e outras informações pertinentes ao fabricante. O design é o formato do vidro e da tampa.
Se falamos de um calçado, por exemplo, um tênis, a embalagem é a caixa e o design estará no modelo, cores, linhas. E se falamos de uma revista? A embalagem é a capa e fará parte do design: foto, cores, diagramação, para citar alguns. E no caso de um jornal impresso? A embalagem é a primeira página e o design segue como no caso da revista impressa.
Falemos agora de uma revista ou jornal eletrônico: qual a embalagem e o design? A embalagem é a “cara” do site, se é atrativo ou não. No design do site consideramos os bullets, poup-ups, fotos, interatividade, entre várias outras coisas, além, obviamente, do assunto tratado nas reportagens. A título de curiosidade, acesse o site das Lojas Americanas, do Pão de Açúcar, do Buscapé, Yahoo, UOL, e veja a diferença entre eles. Busque também acessar os sites da Leroy Merlin, C&C, Dicico. Faça a sua avaliação e compare a “embalagem” e o “design” de cada um destes sites.
Para um telejornal ou qualquer outro programa de TV na embalagem consideramos os cenários, as roupas dos apresentadores, a postura de cada um deles. Compare os diversos programas que costuma assistir: Hoje em Dia, Mais Você, Jornal Nacional, Jornal da Cultura, desenhos animados, canais de TV a cabo.
As rádios, também têm seus programas transmitidos via internet e em seus sites há muito mais informações. Para ter uma idéia, acesse o site da Jovem Pan, Mix, Educadora, Transamérica e qualquer outra. A título de curiosidade, compare as informações transmitidas pelas rádios em seus sites, analisando quais seriam as embalagens de cada uma delas e seus designs.
 
Falando agora do ‘P’ de preço, é importante termos em mente que neste caso não nos referimos somente ao valor a ser pago pelo produto (bens, serviços ou informação), mas também em facilidades de pagamento como: crediários, cartões de crédito, débito em conta ou carnês; planos de desconto para assinaturas semestrais ou anuais. Várias estratégias podem ser utilizadas; tudo vai depender do posicionamento da empresa no mercado, ciclo de vida do produto e do número de concorrentes existentes no mercado. É importante ressaltar que as estratégias de preço são definidas de forma que a empresa consiga o retorno financeiro esperado. Afinal, nenhuma empresa consegue trabalhar por muito tempo com prejuízos.
 
O ‘P’ de praça, que usualmente chamamos de distribuição, inclui não somente a escolha sobre ponto de venda, mas também os canais de distribuição que serão utilizados pela empresa e área de abrangência: bairros, regiões de uma cidade, estado, país ou continente. Os canais de distribuição podem ser redes de atacado, como Makro e Atacadão, bem como redes de varejo, como hipermercados e supermercados. Vale ressaltar que os grandes atacadistas já atuam com venda também para o varejo. O importante é que as empresas coloquem o produto no lugar certo, no momento certo, de forma correta da maneira mais conveniente para que os clientes tenham suas necessidades satisfeitas. Quando falamos em revistas, jornais, programas de rádio, sejam eles impressos ou eletrônicos, estamos falando de formatação das informações, dos sites, cenários utilizados nos filmes e programas de TV. Falamos também, no caso de jornais e revistas impressos, para quais cidades, estados, países os enviaremos?
 
Quando falamos do ‘P’ de promoção, devemos ter o cuidado de entender que, neste caso, o termo promoção vem da tradução do inglês, promotion, cujo significado é a comunicação no sentido de propagar o conceito do produto e suas características (atributos). Assim, as decisões sobre a promoção do produto são aquelas relativas aos investimentos que as empresas fazem em estratégias de comunicação (propagandas, marketing direto, eventos, relações públicas, seminários, sorteios, brindes, entre outros). Tornou-se comum os grandes jornais e revistas fazerem promoções para captarem assinantes, por exemplo. As empresas citadas anteriormente no item produto fazem propaganda no rádio, TV, internet e também em revistas.
Agora que já vimos o que são os 4Ps do marketing, fica mais fácil perceber que a tarefa do profissional de marketing é trabalhar estrategicamente esses quatro componentes do marketing mix (ou composto de marketing). Para isso é preciso que haja planejamento, acompanhamento e controle dos resultados obtidos para avaliação das estratégias e táticas adotadas, verificando se foram as mais corretas. Esta avaliação é importantíssima, pois é através do gerenciamento do marketing mix que as empresas conseguem agregar valos aos seus clientes e satisfazer as necessidades de retorno financeiro de seus acionistas.
 
Exercício de Fixação
Um profissional que comanda o departamento de Marketing de um conceituado jornal depara-se com a necessidade de tomar várias decisões em função do que ocorre no seu mercado. Dentro do composto de marketing, o preço trata efetivamente do seguinte aspecto abaixo relacionado:
 
A - Como os profissionais de marketing devem informar sobre os pontos de vendas.
B - Quais produtos devem ser oferecidos ao cliente.
C- Como os produtos são disponibilizados ao mercado.
D - Como os clientes devem ser convencidos dos benefícios em relação aos custos envolvidos para adquiri-los.
E - Definir a quantidade de recursos a investir na comunicação.
 
 Resposta correta: Letra D
1 Definir a quantidade de recursos a investir na praça (ou ponto).
2 Produto, Praça, Preço e Promoção *
3 uma combinação de ferramentas estratégicas utilizadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos organizacionais *
4 pessoas (não faz parte do composto)
5 distribuição *
6produto *
7 pesquisa *
8O elemento produto inclui propaganda*
módulo 5 SIM – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MARKETING
 
Determinação de critérios e gerenciamento de informações
O SIM - Sistema de Informações de Marketing é uma forma planejada e organizada de coletar eproporcionar informações à administração da empresa de maneira constante.
É constituído de pessoas, equipamentos e procedimentos que reúnem, selecionam, avaliam e distribuem informações necessárias, atuais e precisas para que os profissionais de marketing possam tomar decisões.
O programa de marketing deve estar sempre se atualizando as mudanças provocadas pelo mercado de acordo com as informações coletadas pelo SIM, para evitar decisões erradas que possam comprometer o desempenho da empresa.
Podemos dizer, em outras palavras, que o papel do SIM é avaliar as necessidades de informação dos administradores, desenvolvê-las e distribuí-las aos interessados na empresa, no momento certo.
 
O SIM concilia: As informações que o MKT gostaria de ter X o que ele realmente necessita X o que é possível oferecer. Considerando que obter, processar, armazenar e divulgar informação gera custo. E custo tem que ser comparado com os benefícios proporcionados. Informações adicionais podem não trazer a contribuição desejada – melhorar a decisão – então seus custos não se justificam. Mas, a informação na medida certa justifica qualquer custo.
 
O SIM funciona como um ciclo que se inicia e se conclui com os administradores de marketing. Inicialmente, ocorre a interação com esses profissionais a fim de identificar as suas necessidades de informações. Posteriormente, coleta informações utilizando várias ferramentas internas e externas, desenvolvidas pelos subsistemas de informação que são: os registros internos da empresa, de atividade de inteligência de MKT e de pesquisa de marketing. São analisadas para saber se realmente estão dentro do escopo do que os administradores necessitam, e ao final, lhes são repassadas para que ajudem na tomada de decisões.
 
Um exemplo do SIM é um relatório de produtividade que chega, diariamente, a um executivo, informando:
• As vendas de uma determinada filial em um determinado período.
• Neste documento poderá saber se as metas estão sendo atingidas pela equipe de vendas daquela filial.
• Caso o desempenho informado no relatório tenha sido aquém do esperado, o administrador de marketing pode, através do SIM descobrir o motivo do ocorrido e com isso potencializar as vendas daquela filial, resolvendo, assim, o problema lá estabelecido.
 
 Nesse caso, o SIM pode fornecer informações relevantes, como:
o resultado de vendas naquela região nos últimos meses e no mesmo período do exercício anterior;
o nível de concorrência;
as comissões de vendedores e gerentes praticadas;
a atual situação econômica do local;
o nível de serviço prestado aos consumidores;
a rotatividade de estoque;
o prazo;
a qualidade do reabastecimento de produtos;
a necessidade de informação do administrador, e
a disponibilidade das informações no ambiente interno e no externo à organização.
 
 
 
Os Quatros Subsistemas do SIM
 
 
Registros Internos
Informações de registros internos das empresas são aquelas coletadas dentro da empresa para avaliar o desempenho de marketing e identificar seus problemas e oportunidades.
 
· Contabilidade – Informações sobre relatório financeiro, de vendas, ciclo de pedidos, pedidos de compras, custos, fluxo de caixa, pagamentos.
· Produção – Prazo de produção, entrega, estoques.
· Força de Vendas – reações dos revendedores, atividades dos concorrentes.
· Marketing – Dados sobre demografia, psicografia e comportamento aquisitivos dos clientes.
· Atendimento/SAC – Grau de satisfação, problema nos níveis de serviços e produtos.
 O problema com as informações desse subsistema decorrem dos dados serem incompletos ou de forma errada, para serviço de subsídio as decisões de MKT.
 
 
Subsistema de Inteligência de Marketing
Composto de um conjunto de procedimentos e fontes usadas por administradores para a obtenção de informações diárias sobre os desenvolvimentos pertinentes ao ambiente de MKT
 
Determina que informações são necessárias, coleta essas informações por meio de pesquisa de ambiente e envia aos gerentes de MKT.
 
· Interno – cria consciência da importância de relatórios formais por parte dos executivos (engenheiros, compradores, cientistas, vendedores) da empresa para o MKT, informando novos fatos.
· Externo – Fornecedores, revendedores e clientes. Concorrentes (relatórios anuais, propaganda, releases, compra de produtos)
Fornecedores de Informações: Nilsen Marketing Reseach; Banco de dados disponíveis no mercado (propaganda, supermercados, shopping); Ibope; Associações de classes, clippings da empresa e do concorrente; Anuários.
 
 
 
Subsistema Pesquisa de Marketing
Quando as informações desejadas não estão disponíveis no mercado, fato esse detectado pela inteligência do marketing, solicita-se um estudo formal de uma situação específica. Assim se faz a pesquisa de marketing. Que permite o projeto, a coleta, a análise, o relatório de dados e a apresentação dos resultados relevantes para uma situação de marketing específica.
 
Pesquisa é o instrumento que liga o consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing através da informação. Informação para identificar:
· Oportunidades e problemas de marketing;
· Gerar, refinar e avaliar suas atividades;
· Monitorar seu desempenho;
· Aumentar a compreensão ao próprio processo.
Pode-se conseguir com pesquisa, entre outros:
· Potencial e participação de mercado;
· Avaliação da satisfação do cliente e seu comportamento de compra;
· Estudos sobre apresamento, produto, distribuição e promoções.
 
Subsistema de Análise da Informação
Conhecido também como Análise de Apoio às Decisões de Marketing (SADM), ajuda os administradores a interpretar dados em informações relevantes e a transformá-los em base para a ação de marketing. Geralmente são representados por bancos de dados e estatísticas geradas por sistemas computadorizados que cruzam as diversas informações.
 
Segundo Kotler, o SADM é um conjunto coordenado de dados, sistemas, ferramentas e técnicas com software e hardware de apoio pelos quais uma organização reúne e interpreta informações relevantes da empresa e do ambiente, transformando-as em base para a ação de marketing.
 
Desenho do SIM (Kotler,1998)
 
Exercício de fixação
 
A determinação do gerente de marketing em assinar uma revista especializada, após a análise de diversos informativos do setor é uma atribuição de qual subsistema do sistema de informação de marketing?
 
A - Registros Internos
B - Pesquisas de Marketing
C - Controle da Informação
D - Inteligência de Marketing
E - Análise da Informação
 
Resposta Correta: Letra D
1 Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
2 Dados são fatos simples em suas formas básicas, coletados no mercado pela pesquisa, e a Informação é um conjunto de fatos ou dados organizado de tal forma que adquirem valor de conhecimento.*
3 Todas as afirmações estão corretas.*
4 Inteligência de Marketing*
Modulo 3 
Modulo 03- O processo de comunicação:
c. Ruído, redundância, entropia e informação. Teoria da Informação.
 
· Síntese
Quando a comunicação se estabelece bem ou mal ela se realiza e existem fontes ou interferências, que podem ser:
Ruído: a comunicação existe, mas a mensagem, antes de chegar ao receptor é mal interpretada ou distorcida, provocado por algo físico, sócio-cultural ou psicológico;
Redundância: é todo o elemento de certeza da mensagem, é um recurso utilizado para chamar à atenção, aumentar a previsibilidade e eliminar possíveis ruídos; é necessário que exista a repetição das frases e informações julgadas essenciais à compreensão do receptor;
Entropia: significa que partes dos sistemas perdem sua integração e comunicação entre si, fazendo com que o sistema se decomponha, perca energia e informação e degenere;
Filtragem: a comunicação existe, mas a mensagem é recebida apenas em parte, ou seja, entre o emissor e o receptor, as interferências produzem perdas ou cortes;
Feedback: conjunto de sinais perceptíveis que permitem conhecer o resultado da mensagem; é o processo de fazer perguntas e obter as respostas, a fim de verificar sea mensagem foi recebida ou não;
Bloqueio: a comunicação entre o emissor e o receptor é interrompida;
Informação: Seu significado relaciona-se com a associação feita aos conhecimentos existentes na mente do indivíduo. É como a quantidade de significante após a tradução para um código otimizado quantificando o significante consumido em cada mensagem.
 
· Ruído
A comunicação pode falhar por problemas na transmissão porque pode haver ruídos, este pode ser um som, falta de empatia ou de atenção do receptor e etc. Pode ser de ordem sonora ou visual e ser proveniente do canal, do emissor, do receptor, da mensagem ou do código. Os recursos usados para anular ruídos são: Redundância e Feedback.
O ruído em uma comunicação pode ter várias origens:
No emissor ou no receptor:
· Psicológica: o estado mental e emocional: preocupação, estresse, descontentamento etc;
· Perceptual: a concepção de mundo e de pessoa, a formação cultural e religiosa, os preconceitos e os estereótipos;
· Fisiológicas: dor de cabeça (e outras), dificuldade visual ou auditiva.
No ambiente: excesso de barulho, pouca luz, movimentação de pessoas etc;
Na mensagem: tipo de linguagem e de vocabulário utilizados, seqüência lógica, velocidade de emissão etc.
 Torna-se ruído da comunicação tudo aquilo que possa atrapalhar o entendimento da informação a ser transmitida, é a diferença entre a quantidade de informação emitida e a recebida, é todo fenômeno aleatório que perturba a transmissão correta das mensagens e que geralmente procura-se eliminar ao máximo. Alguns autores o definem como sendo uma paralinguagem, são as mensagens secundárias que dificultam o receptor entender o que está sendo transmitido. Como por exemplo, os cacoetes da fala. Até mesmos os cacoetes em excesso na mensagem podem comprometer o entendimento da mesma.
 
A Classificação dos ruídos:
Ruído exógeno: refere-se às interferências externas ao processo de comunicação, como outra mensagem.
Ruído endógeno: refere-se às interferências internas do processo de comunicação, como perda de mensagem durante seu transporte ou má utilização do código.
Ruído de repertório: refere-se às interferências ocorridas diretamente na produção ou interpretação da mensagem, provocadas pelo repertório dos emissores e receptores.
Conhecendo os conceitos da Teoria da Informação, a capacidade de um canal pode melhorar a transferência de um sinal e filtrar o ruído, alcançando uma confiabilidade maior. Shannon demonstrou que o meio mais simples de contornar o ruído é a repetição.
 Redundância
A redundância introduz no sistema de comunicação uma certa capacidade de eliminar o ruído e prevenir distorções e enganos na recepção da mensagem. Assim, a repetição da mensagem garante a recepção correta. O conceito de redundância é absolutamente oposto ao de informação, enquanto a informação significa variedade, novidade, a redundância significa falta de variedade ou simplesmente repetição. Muitas vezes o conceito de redundância é contraposto ao conceito de ruído, entendido este como toda e qualquer interferência no processo comunicacional.
Na parte redundante de uma mensagem, é necessário distinguir os elementos imprescindíveis dos elementos estruturantes da própria mensagem e dos elementos prescindíveis.
Quando Shannon escreve que a informação não se reporta a uma mensagem, mas sim à escolha dentro de um conjunto de mensagens possíveis, isso significa que esse conjunto tem de estar identificado no processo de comunicação entre emissor e receptor. Para Shannon a interpretação viabiliza compreensão, na medida em que as mensagens poderão ser inseridas em diferentes conjuntos de redundância, isto é, de certeza.
O conceito de redundância é uma comparação entre o código real e o código ideal no que diz respeito à economia de meios de transmissão. O código ideal é de economia máxima, e o código real terá uma eficiência avaliada por um percentual em relação ao código ideal.
 Entropia
Considerando os conceitos da Teoria da Informação, entropia significa: a medida do grau de desorganização de informação. Baseado em estudos da física é a segunda lei da termodinâmica e refere-se à perda de energia em sistemas isolados, levando-os a degradação, a desintegração e ao desaparecimento. Significa que partes dos sistemas perdem sua integração e a comunicação entre si, fazendo com que o sistema se decomponha, perca energia e informação e degenere.
 Shannon foi o primeiro a associar os conceitos entropia e informação. Em seu modelo de comunicação, a quantidade de informação transmitida em uma mensagem é uma função da previsibilidade da mensagem. A noção de entropia está ligada ao grau de desorganização existente na fonte, quanto maior a desorganização, maior o potencial de informação dessa fonte. Uma fonte que responda com a única e mesma mensagem a toda e qualquer pergunta não transmite informação, já que não há redução de incerteza.
Wiener, na mesma época, associou entropia ao processo de comunicação/informação, ao observar que, nos processos onde há perda de informação, há uma situação análoga aos processos que ganham entropia. Weaver destaca a importância da associação entre informação e entropia: em uma situação altamente organizada, em que não há aleatoriedade ou escolha, tanto a informação quanto a entropia são baixas.
A medida de entropia de Shannon passou a ser considerada como a média da quantidade de informações contida num conjunto de símbolos ou seja, como uma medida da informação contida numa mensagem, em oposição à parte da mensagem que é estritamente determinada e previsível por estruturas inerentes, como por exemplo a redundância da estrutura das linguagens ou das propriedades estatísticas de uma linguagem, relacionadas às freqüências de ocorrência de diferentes letras de palavras como os monemas ou de pares, trios, como os fonemas e etc.
 
· Informação
Informação, conforme apontado por alguns autores, é um termo que vem sendo usado mais generalizadamente a partir da década de 50, sendo incluso e incorporado ao cotidiano das pessoas. É usada para significar mensagens, notícias, novidades, dados, conhecimentos, literaturas, símbolos, signos e etc.
 Seu significado relaciona-se com a associação feita aos conhecimentos existentes na mente do indivíduo. No entanto para o canal que a transporta não há significados e interessa apenas as características do fenômeno físico que esta transportando. Assim é necessário compreender como a fonte elabora os recursos para transmitir a informação.
No processo comunicativo a transferência de informação efetua-se da fonte para o destinatário, ao passo que a transferência de energia se efetua do transmissor para o receptor, mas sempre existirá uma fonte da informação, a partir da qual é emitido um sinal, por meio de transmissão. Quando sai do canal, o sinal é captado por um receptor que o converte em mensagem que será compreendida pelo destinatário.
Outro nível de especulação refere-se ao conceito de informação como ferramenta para mensurar a quantidade de conhecimento, já que conhecimento evoca, intuitivamente, uma similaridade com informação e, também, porque conhecimento tem sido o objeto de especulações filosóficas.
Outro conceito fundamental na teoria da informação é o de que a quantidade de informação contida numa mensagem é um valor matemático bem definido e mensurável. O termo quantidade não se refere ao volume de dados, mas à probabilidade de que um conjunto de mensagens possíveis seja recebido.
A informação também é vista como a quantidade de significante após a tradução para um código otimizado, quantificando o significante consumido em cada mensagem.
 
· Teoria da Informação
Na década de 1940, ainda durante a Segunda Grande Guerra Mundial, a informação foi valorizada como um importante símbolo calculável, devido aos processos de codificação e decodificação das mensagens entre os aliados e os considerados inimigos. Então a Teoria da informação nasceu em 1948, com a pesquisa publicada por ClaudeShannon e ficou também conhecida como a Teoria da matemática, e recebeu acréscimos teóricos de Warren Weaver. Este campo de pesquisa está entre Teoria da Comunicação e a Teoria da Probabilidade e Estatística. 
A necessidade de uma base teórica para a tecnologia da comunicação surgiu do aumento da complexidade e da massificação dos meios de comunicação, tais como o telefone, as redes de telégrafo e os sistemas de comunicação por rádio. De acordo com Shannon, sempre que uma informação é transmitida estão envolvidos os seguintes elementos:
· Fonte (que fornece as mensagens);
· Transmissor (que codifica a mensagem e transmite ao canal);
· Canal (intermediário entre transmissor e receptor);
· Receptor (que recebe e decodifica a mensagem);
· Destino (a quem é destinada a mensagem);
· Ruído (perturbações indesejáveis que tendem a alterar, de maneira imprevisível, a mensagem).
Assim, quando uma pessoa está falando, ela (transmissor) emite ondas sonoras (sinal) através do ar (canal). O ouvinte pode entender exatamente o que o falante quer dizer, mas pode compreender algo diferente ou além da mensagem (o ruído).
Então para o sistema de informação a fonte serve para fornecer mensagens. O transmissor opera nas mensagens emitidas pela fonte, transformando-as e adaptando-as à forma adequada ao canal. O canal leva a mensagem sob a nova forma para um local distante. O ruído perturba a mensagem no canal. O receptor procura decifrar a mensagem transportada no canal e a transforma numa forma adequada ao destino.
Atuando também dentro da cibernética, que foi introduzida em 1948 por Nobert Wierner, a Teoria da Informação interessa-se pelo funcionamento dos sinais, pelas transformações energéticas mediante a codificação da mensagem e sua descodificação, e não pelos signos (significado/significante). A codificação pode referir-se tanto à transformação de voz ou de imagem em sinais elétricos ou eletromagnéticos como a cifração de mensagens para garantir-lhes a privacidade em termos de expressão verbal ou oratória.
Consolidando-se como disciplina científica a Teoria da Informação que opera com os seguintes conceitos: ruído, redundância, entropia e imprevisibilidade, serve para apresentar fatos numa ordenação lógica que visa à síntese, desenvolvendo uma metodologia de valor operacional, aplicável ao estudo de vários setores e às ciências humanas, à área da lingüística, da psicologia e das ciências sociais em geral. Estuda situações comunicativas humanas e não humanas.
 Um conceito fundamental na teoria da informação é o de que a quantidade de informação contida numa mensagem é um valor matemático bem definido e mensurável. O então chamado valor de uma informação vai ser definido em função do último receptor da mensagem e o que tem valor é o que é utilizado por este, o imprevisível dessa informação. A originalidade de uma mensagem é função da quantidade de informação transmitida por essa mensagem e do valor dessa informação. Para que uma mensagem se transmita deve haver entre emissor e destinatário um código total ou parcialmente comum.
A Teoria da Informação valoriza o processo comunicativo como troca interativa de códigos na produção de mensagens. Explora a possibilidade de medir quantitativamente a informação de uma mensagem para análise de seu significado. Apresenta o código, bem como o processo de codificação / decodificação / recodificação como chave para a análise semiótica.
 
· Bibliografia:
WOLF, Mauro. Teorias da comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
MATTELART, Armand & Michèle. História das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 1999.
 
Exercícios – Módulo 03
 
Questão 01 - A comunicação pode falhar por problemas na transmissão porque pode haver:
A - ruídos.
B - diferença de repertório.
C - interpretação errônea.
D - falta de domínio do código.
E – Diferentes sons.
 
Questão 02 - Considerando os conceitos da Teoria da Informação, entropia significa:
I - Perturbações aleatórias no processo de transmissão de informações.
II - Medida do grau de desorganização de informação.
III - Ponto de partida da comunicação.
IV - Medida que permite o fluxo organizado de informações.
V - Nenhuma das afirmações anteriores.
 
A - I é a correta. 
B - II é a correta. 
C - III é a correta.
D - IV é a correta.
E - V é a correta.
 
Respostas:
Questão 01: alternativa A
Questão 02: alternativa B
16 – Na comunicação tudo aquilo que possa atrapalhar o entendimento da informação a ser transmitida, é a diferença entre a quantidade de informação emitida e a recebida, portanto, o ruído é compreendido:
I – quando na mensagem, antes de chegar ao receptor é mal interpretada ou distorcida, provocado por algo físico, sócio-cultural ou psicológico.
II – como todo o fenômeno aleatório que perturba a transmissão correta das mensagens e que geralmente procura-se eliminar ao máximo.
III - como sendo uma paralinguagem, são as mensagens secundárias que dificultam o receptor entender o que está sendo transmitido.
 R: TODAS CORRETAS
17 - Considerando os conceitos da Teoria da Informação, entropia significa:
I - que partes dos sistemas perdem sua integração e comunicação entre si, fazendo com que o sistema se componha, perca energia e informação e regenere;
II - a medida do grau de organização da informação.
III – que está ligada ao grau de desorganização existente na fonte, quanto maior a desorganização, maior o potencial de informação dessa fonte.
R: Somente a 3 está correta
18 – Em relação, à Teoria da Informação, está certo afirmar que:
I - A Teoria da Informação valoriza o processo comunicativo como troca interativa de códigos na produção de mensagens.
II - A Teoria da Informação explora a possibilidade de medir quantitativamente a informação de uma mensagem para análise de seu significado.
III - A Teoria da Informação Apresenta o código, bem como o processo de codificação / decodificação / recodificação como chave para a análise semiótica.
 R: TODAS CORRETAS
19 – São muitas as funções que os autores apontam para a comunicação, então é correto afirmar que:
I- Talvez a função mais básica da comunicação seja a menos freqüentemente mencionada: A de ser o elemento formador da personalidade. Sem a comunicação, de fato, o homem não pode existir como pessoa humana.
II- Os meios de comunicação são tão insignificantes e não representam funções algumas para a vida atual.
III- Certamente a comunicação possua apenas funções estereotipadas socialmente.
R : apenas a I está correta
20- Para o autor Mauro Wolf de fato todo o processo comunicativo se desenrola de certa forma, quer:
I - se verifique entre duas máquinas.
II - se verifique entre dois seres humanos.
III - se verifique entre uma máquina e um ser humano.
R: Todas Estão corretas
Modulo 04 - Princípios da comunicação humana:
a. Primórdios. Origens da escrita
 
Princípios da comunicação humana
A Comunicação não é um fenômeno singular ou isolado e não pode ser visto como um fenômeno produzido por uma realidade contemporânea, apenas por utilizar uma sofisticada tecnologia. A forma de comunicação humana, os meios de comunicação, integrados aos processos culturais, aumentam, modificam e transformam-se a cada dia e transmitem continuamente os sentimentos e as idéias à medida que os anos e os séculos passam. Utilizando as linguagens de forma individualizada, a humanidade usufrui cada vez mais da comunicação para se aproximar. Em uma perspectiva histórica dos processos de gestação dos fenômenos de comunicação é possível perceber que as técnicas se transformaram, mas o conteúdo e os significados continuaram os mesmos.
 A comunicação pode ser compreendida como a ação de trocar ou de discutir idéias, para buscar o entendimento entre pessoas. Para que ela exista são necessários meios de comunicação. No entanto, a comunicação pode ocorrer de duas formas chamadas de: linguagem verbal e linguagem não-verbal.
 A linguagem verbal, conhecida também por linguagem falada e escrita,utiliza códigos para expressar as idéias. As formas de comunicação verbal são: comunicação oral, comunicação escrita e comunicação falada e visual (o cinema, a televisão, o teatro e outros).
A linguagem não verbal é fundamental nos processos de interação humana. É ela a responsável pela primeira impressão de uma pessoa onde a mensagem é transmitida pela expressão corporal, pelas gesticulações, pelos sinais, das ações e dos objetos.
O ser humano utiliza utensílios para auxiliar e para potencializar o processo de produção, na emissão e na recepção das mensagens. A tecnologia faz parte da comunicação e participa da maioria das atividades desenvolvidas pela humanidade ao longo dos tempos. Em diferentes campos de naturezas distintas a comunicação se desenvolveu, dividindo-se em duas partes importantes: a comunicação individualizada e de pequenos grupos, e a comunicação “de massa".
Considera-se também nos meios comunicacionais um desdobramento, certamente decorrente do modelo de comunicação de massa, conhecido como comunicação segmentada. Ela ocorre pelos meios de comunicação tradicionais como o jornal, o cartaz, o rádio, o cinema, a televisão ou internet. Sendo diferente do modelo de massa, a comunicação segmentada parte de um único emissor e atinge ao mesmo tempo um número menor, porém um grupo mais específico de receptores, que são classificados conforme as suas preferências e características.
Os meios de comunicação, como tantas outras coisas, sofrem modificações e ficam mais sofisticados durante um certo tempo. Mesmo modificados e sofisticados os meios de comunicação considerados mais importantes são: a carta, o jornal, o rádio, o telegrama, o telefone, a revista, a televisão, o fax, o computador, a Internet, entre outros que envolvam dados, vídeo (imagens) e transmissão de áudio (som) e que dizem respeito às distintas tecnologias de comunicação à distância.
Daqui por diante a comunicação poderá ser compreendida por muitos significados. A comunicação não é um ato simples ou restrito para alguns, por muitas vezes é uma série de ações desconexas, em muitas direções e em constante mutação, mas sempre continua. E ainda, com a tecnologia, onde o processo de dados entre pessoas diferentes, lugares distantes e máquinas distintas tem a possibilidade de representar, transferir informação e interpretar. E além de ser um veículo de relacionamento entre os seres humanos e para a sua auto-expressão, ele pode ser o veículo da expressão moral ou opressão psicológica. Enfim, a comunicação pode ser reconhecida como um processo natural, um recurso de expressão da humanidade, e muito mais.
 
a. Primórdios
· Síntese
 A história da humanidade e a compreensão da sua existência estão em função das diversas etapas do desenvolvimento da comunicação humana e estão relacionadas ao desenvolvimento da sinalização, da fala, da escrita, da impressão e da comunicação de massa, havendo conseqüências para a vida individual e social.
 A primeira etapa provavelmente foi a Era dos Símbolos e dos Sinais, iniciada antes dos seres primitivos caminharem eretos pela Terra. A comunicação dos primitivos foi entendida mutuamente e sucedeu por meio de expressões corporais e talvez com sinais e com ruídos, que contribuíram para a formação de símbolos.
Em algum determinado momento o processo da aprendizagem iniciou um expressivo desempenho para o entendimento dos sistemas locais de símbolos e dos sinais desenvolvidos pelos grupos de famílias. Gradualmente a capacitação cerebral dos seres humanos ficou maior, e os processos da comunicação formados por sinais e símbolos ficaram mais sofisticados e aprimorados em convenções.
 Surgiram mudanças radicais quando os seres humanos iniciaram a Idade da Fala e da Linguagem. Atualmente as pessoas vivem em uma sociedade oral, embora ainda existam algumas sociedades que só conheçam a forma falada da comunicação e se mantenham não alfabetizadas. Também é realidade que a grande maioria utiliza a escrita e os veículos da mídia. A capacidade de utilizar a linguagem organizou as palavras, os números e outros símbolos e desenvolveu as regras de linguagem e da lógica. O indivíduo com habilidades desenvolvidas para utilizar os sistemas simbólicos, foi capaz de abstrair, sintetizar, analisar, classificar e especular. Puderam transmitir, receber e entender as mensagens, fossem elas sutis, extensas ou complexas.
 
· Os primórdios
Na atualidade ainda existem teorias sobre as origens mais remotas dos códigos da comunicação humana. Porém a capacidade comunicativa não é restrita para os seres humanos, é complexa e presente em vários outros momentos da vida animal.
 Ancestrais primitivos denominados pela ciência como Homo habilis, e que viveram há cerca de dois milhões de anos atrás foram considerados de muita importância para o processo da evolução humana, pois inovaram quando souberam aproveitar o uso do fogo e passaram a manufaturar e utilizar ferramentas da pedra lascada na tentativa de sobreviver. Certamente foram estas ações que separaram o Homo habilis dos outros animais e foi o ponto de partida para o desenvolvimento da cultura humana.
 Arqueólogos e outros eruditos reúnem esforços para descrever a espécie humana do Planeta dividindo-a em eras ou idades, na tentativa de encontrar cada vez mais importantes significados para a complexa evolução da cultura humana. São exemplos: as idades do Bronze e do Ferro ou as Idades da Pedra Antiga, Média e Nova. Mas a reconstrução da influência do processo de comunicação primitivo naquele momento da vida é imensamente difícil. A necessidade de expressar o que vê, o que sente ou o que deseja compõe o esforço do homem em se comunicar desde o início dos tempos. O ser que ficou conhecido como homem das cavernas, aprendeu a transmitir mensagens por meio de gritos, grunhidos, ruídos e sinais na tentativa de se comunicar com as pessoas de sua tribo ou de expor o resultado de sua última caçada. Então o homem passou a viver em sociedade quando constituiu a família, mas ele somente conseguiu trocar suas idéias e experiências quando percebeu que era necessário compreender e ser compreendido.
Entretanto, as pesquisas demonstram que a linguagem visual teve seu início antes da propagação de qualquer tipo de som, com os desenhos no interior das cavernas habitadas na pré-história, como ocorre na caverna de Altamira, região da Espanha, onde as pinturas que foram descobertas revelam muitas informações sobre o período a que pertenceu. Esses desenhos foram denominados como pictogramas (símbolos ou desenhos) e ideogramas (sinal que exprime idéia) e considerados pelas pesquisas antropológicas como um meio efetivo de comunicação.
A história mostra que os homens encontraram formas de associar o gesto ou o som a algum objeto ou acontecimento, portanto, deixaram para trás os sons guturais para expressar sensações quando criaram os signos, isto é, qualquer coisa que faz referência à outra coisa ou idéia, e a significação, que consistiria no uso social dos signos e, entretanto, para que a comunicação fizesse algum sentido foi necessário determinar e organizar um processo para combiná-los. E assim, foram encontradas narrativas dos gregos e dos egípcios onde a representação da cultura era feita por meio de desenhos e gravuras registrados nas casas e palácios.
No século IV antes de Cristo a escrita inaugura o início da história, foi desenvolvida pelo homem para vencer distâncias, a mensagem escrita poderia então ser levada de um lugar para outro. O processo evolutivo da escrita fez com que o homem percebesse que as palavras ou nomes de objetos eram compostos por pequenas unidades de som, descobrindo os fonemas e a possibilidade de representar tais objetos por meio dessas unidades. A descoberta permitiu o nascimento da escrita fonográfica, na qual os signos representam sons. Uma vez que os signos fossem combinados em seqüência era possível representar idéias, descrever objetos. A partir de então surgiram os signos gráficos que possibilitaramo início do conceito de letras e com elas o homem formou o alfabeto. Durante esse processo, os chineses inventariam o papel que seria o futuro suporte para a comunicação, que substituiria os anteriores meios de propagação das idéias escritas, os papiros e as superfícies de pedra.
 Mesmo assim, na Idade Média a linguagem escrita era restrita aos monges e as pessoas letradas, pessoas da população consideradas comuns não tinham acesso. As mensagens ainda eram transmitidas por meio das linguagens oral e visual.
O primeiro passo para a democratização da escrita ocorreu entre os anos de 1438 e 1440, na Alemanha por Johann Gensfleish Gutenberg que aperfeiçoou os tipos móveis criados pelos chineses e que foram os primeiros a imprimir livros. Mas foi o aperfeiçoamento dos tipos e a invenção do sistema de prensa tipográfica criado por Gutenberg que permitiu a impressão de livros em grande escala.
Para entender a comunicação humana ainda é necessário reconhecer que a linguagem tem poder. Ter consciência do que esta dizendo e compreender que cada um possui uma forma de decodificação da mensagem. A linguagem é um importante instrumento e sem a comunicação, não seria possível existir a sociedade como ela vive na atualidade.
Um das formas da evolução humana está representada pela evolução dos processos da comunicação, seus feitos desde a pré-história até a pós-modernidade que ainda permanecem em constantes evoluções.
 
Origens da escrita
· Síntese
A escrita foi inventada e reinventada diversas vezes, em locais distantes, em regiões diferentes. As primeiras informações sobre a origem da escrita foram desenvolvidas a partir do conhecimento descoberto sobre a pictografia, estes conhecimentos buscam compreender o desenvolvimento da escrita partindo da pictografia para a ideografia e desta para o sistema alfabético. Cada lugar, região ou povo diversificaram a forma de codificações para reproduzir os sons da sua língua.
A genealogia e o instrumento-memória cada vez mais foram substituídos pelo instrumento-escrita. E com o passar dos tempos, o livro, uma criação dos chineses, recebeu o seu destaque na história e para os povos civilizados. Somente quando os exemplares foram multiplicados e deixaram de ser únicos e fechados nos arquivos e nos santuários, os textos demonstraram o seu poder e adquiriram o seu valor. Mesmo assim, pouco a pouco, a escrita ficou à disposição de parte da humanidade e vagarosamente se tornou prática, e então os documentos escritos passaram a ser matéria de estudo, estimulando a reflexão e a instrução, e tornou-se um instrumento essencial para a evolução geral.
 
· Origens da escrita
 Para os processos da comunicação universal, os gestos e em seguida a fala, são considerados como as primeiras manifestações da humanidade. Mas o uso de objetos como as pedras e as cordas, e o desenvolvimento dos traços como os desenhos e os riscos, surgiram provavelmente da necessidade de conservar e transportar a escrita, dando origem a uma forma de comunicação. Os traços gráficos evoluíram de duas formas: a pictografia, sendo a forma de representação de acontecimentos e objetos, e a escrita que por meio dos sinais representam elementos lingüísticos.
A escrita é classificada conforme o tipo de informação, ela pode ser indireta ou direta: As escritas indiretas são as impressões produzidas por meio dos processos artificiais. E as escritas diretas são os grafismos que surgem por meios de gestos produzidos diretamente pelo homem, eles podem ter a forma de assinaturas, de rubricas, de escritas em cursivo, de escritas em letras de forma, de pictografias e criptografias.
Por volta de 5000 a.C. os egípcios criaram a escrita por meio das letras denominada de hieróglifos, que para eles significava a "escrita sagrada", porém os primeiros hieróglifos eram pictóricos, eram desenhos de imagens, e devido à simplificação transformou-se na escrita hierática, mais tarde, sem ainda considerar o elemento fonético, surgia a escrita demótica,
Os sistemas egípcios e mesopotâmicos foram substituídos com o uso e a predominância da ideografia, assim como o sistema Egeu, que foi exercido durante muito tempo em forma de fonografismo silábico. Os chineses desenvolveram um sistema ideográfico e silabofonográfico simultâneo, que foi exercido até o predomínio do sistema fonográfico alfabético, por meio das formas semíticas, indianas e, principalmente européias.
O primeiro alfabeto foi encontrado em Lataquié, na Síria, onde foram descobertos tijolos gravados contendo sinais que se repetiam em números de 22. Era então, o alfabeto desenvolvido pelos fenícios, que usaram intensamente a escrita por necessidades práticas. Foram grandes navegadores e comerciavam com todos os povos do Mediterrâneo, além de serem comerciantes de cidades com uma administração municipal muito organizada e desenvolvida para a sua época. Esta forma de escrita originou a escrita fonética, e foi propagada pelos povos vizinhos. Ao ser adotada e aperfeiçoada pelos gregos e romanos originou o alfabeto que é utilizado na atualidade.
 Certamente das mais diversas formas, cada povo codificou os sons da sua língua para reproduzi-los. Entretanto, o estabelecimento de um alfabeto representa a última fase na organização da grafia, e sendo que em qualquer língua, as palavras em entidades fônicas sucessivas são em menor número do que as combinações em sílabas de estruturas diversas.
São considerados como documentos escritos as placas de argila cozida, coberta com caracteres cuneiformes de povos assírios e persas que datam de quatro a três mil anos antes de Cristo e também os leques manufaturados em folhas de palmeira da Índia e do Ceilão. Surge então, um importante artesão para o progresso, o copista.
Somente em 11 de maio do ano de 868, na China, foi impresso o primeiro exemplar do livro, uma tradução para chinês da obra indiana de Sutra do Diamante, que se apresenta sob a forma de um rolo de papel e tem gravada a imagem do Buda, seu impressor foi o mestre Van Chi. Tempos depois, em 1455 na Alemanha, seria impresso o primeiro texto ocidental, da prensa de Johann Gutenberg e de Mazarino.
A complexa evolução da civilização diversificou o papel social da escrita. Apenas quando os exemplares foram multiplicados e deixaram de ser únicos e fechados nos arquivos e nos santuários, os textos demonstraram o seu poder e adquiriram o seu valor. Portanto, foram nas mãos de pessoas que sentiram fortes necessidades de estudo e de instrução que os documentos constituíram uma materialização da memória.
Com o desenvolvimento da prensa de Gutenberg, em um dado momento surge o jornal, trazendo a todos uma massa de informações, que anteriormente eram orais, trazidas para as assembléias e que apenas circulavam ao acaso dos encontros.
Na atualidade as invenções modernas fazem concorrência à invenção da escrita, como as comunicações momentâneas o telefone, o rádio, a televisão e o cinema. Os empregos relativamente mais restritos da escrita ainda não estão ameaçados.
 
· Bibliografia
WOLF, Mauro. Teorias da comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BLICKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 1985.
DeFLEUR, Melvin L. e BALL-ROKESCH, Sandra. Teorias da comunicação de Massa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
MATTELART, Armand & Michèle. História das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 1999.
 
Exercícios – Módulo 04
 
Questão 01 – A história da humanidade e a compreensão da sua existência estão em função das diversas etapas do desenvolvimento da comunicação humana e estão relacionadas ao desenvolvimento:
I – da sinalização e da fala.
II – da escrita e da impressão.
III – da comunicação de massa .
 
A. I e II estão corretas 
B. II é a correta
C. I é a correta
D. I, II e III estão corretas
E. III é a correta
 
Questão 02 - Podemos considerar os princípios da comunicação escrita como:
I – Toda a comunicação escrita gera uma resposta de acordo com uma idéia ou necessidade.
II – Somente estará correta a comunicação

Outros materiais