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CONTESTAÇAO AÇÃO DE ALIMENTOS

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CONTESTAÇÃO - AÇÃO DE ALIMENTOS
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DO PRIMEIRO OFÍCIO CÍVEL DA COMARCA DE __________ - UF.
Autos do Processo de Código nº __________
Intermediado por seu mandatário ao final subscrito - instrumento procuratório acostado aos autos principais, comparece com lhaneza e acatamento perante sua Excelência, (Nome, prenome, estado civil, profissão, CPF ou CNPJ, e-mail, endereço - cf. art. 319, II do CPC/2015), com objetivo de apresentar
CONTESTAÇÃO 
Expondo para tanto, as razões fáticas, que embebidas nos sustentáculos e, secundados pelos pedidos, darão azo ao requerimento final, na forma que se explana: 
BREVE ESCORÇO, DAS QUESTÕES NORTEADORAS DO FEITO
1 - O Alimentante é pai do menor __________, nascido em __/__/__.
2 - O Alimentante sempre prestou auxílio ao filho, desde seu nascimento, tais como alimentos, vestuários, plano de saúde, seguro de vida em nome do Alimentado. 
3 - O Alimentante, sempre contribuiu para as despesas e os gastos necessários de uma sobrevivência digna do menor, dentro é claro, de suas possibilidades. 
4 - Diz-se isso, porque, desde quando o menor nasceu, SEMPRE TEVE O ACOMPANHAMENTO PATERNO. 
5 - De outro lado, a inicial não aponta, de forma objetiva, quais seriam as necessidades do menor (que acabara de fazer um ano de idade __/__/__), sendo assim, deve-se ser limitado a pensão no valor de 10% (dez por cento), sobre o salário mínimo.
6 - Ora Excelência, existem diversas formas de calcular quanto se gasta mensalmente com uma criança de um ano de idade. Do cotejo dos autos, verifica-se que a mãe do menor, ora Alimentado, não indica, sequer aproximadamente, qual seria as despesas que possuem com o menor (recém feito 1 ano de idade), vez que o menor RESIDE EM CASA PRÓPRIA, OS GASTOS DE ALIMENTAÇÃO COM O MENOR SÃO MÍNIMOS, NÃO TEM PROBLEMAS DE SAÚDE, NÃO ENCONTRA-SE ESTUDANDO EM NENHUMA ESCOLA.
DAS NECESSIDADES DO MENOR
7 - Na questão de fundo, melhor sorte não assiste a mãe do menor, pois caso contrário, à obrigação alimentar será imposta única e exclusivamente para si própria, fazendo-se letra morta de todo ordenamento jurídico, sobretudo das disposições legais e constitucionais que atribuem AOS PAIS (leia-se, pai e mãe) o dever de prover o sustento do filho, ora menor.
8 - Importante ressaltar que, a inicial não aponta, de forma objetiva, QUAIS SERIAM AS NECESSIDADES DO MENOR, sendo assim, deve-se ser limitado a pensão em 10% (dez) por cento, sobre o salário mínimo.
9 - PARA FAZER JUS AOS ALIMENTOS, NÃO BASTA COMPROVAR A POSSIBILIDADE QUE TEM O ALIMENTANTE DE PRESTÁ-LOS. ANTES, DEVE RESTAR DEMONSTRADA A NECESSIDADE DO ALIMENTADO, sob pena de transformar-se o instituto, que é um dos mais nobres do direito privado, em permanente e inesgotável fonte de renda. 
10 - OS ALIMENTOS DEVEM SER FIXADOS NA PROPORÇÃO DAS NECESSIDADES E POSSIBILIDADES DAS PARTES ENVOLVIDAS.
11 - QUAIS SERIAM OS GASTOS DE UMA CRIANÇA DE COLO, QUE RECÉM COMPLETARA UM ANO DE IDADE?
1º - ALIMENTOS; 
2º - VESTUÁRIOS; 
3º - DIVERSÃO; 
4º - FRALDAS; 
5º - PEDIATRA; 
6º - VACINAS; 
7º - REMÉDIOS; 
8º - CORTE DE CABELO; 
9º - MAMADEIRAS E;
10º - CHUPETAS
12 - Do cotejo dos autos, verifica-se que NÃO EXISTEM DESPESAS ALÉM DAS NECESSÁRIAS DO DIA A DIA, pois certamente tais despesas são baixíssimas, a verdade é tanta que a mãe do menor sequer as juntou para fazer provas dos gastos com o menor. 
13 - O Alimentado é bastante simples, de despesas comedidas que se resumem, praticamente, à alimentação e vestuário, pois possui uma vida simples sem luxo algum.
14 - O ALIMENTADO, NÃO POSSUI QUALQUER TIPO DE DOENÇA QUE REQUEIRA TRATAMENTO MÉDICO OSTENSIVO, OU GASTOS COM MEDICAMENTOS.
15 - Importante ressaltar ainda que a menor reside na casa de seus AVÓS MATERNOS. Não há gastos diferentes da alimentação oferecida por sua morigerada mãe.
16 - Como já dito alhures, o Alimentado, não possui despesas alguma, além da necessária para as crianças de colo.
17 - O Alimentado, possui um padrão de vida simples. 
18 - Nas palavras sempre seguras de YUSSEF SAID CAHALI, com a autoridade que se lhe reconhece, preleciona sobre o mesmo tema:
"Na determinação do quantum, há de se ter em conta as condições sociais da pessoa que tem direito aos alimentos, A SUA IDADE, SAÚDE e outras circunstâncias particulares de tempo e de lugar, que influem na própria medida". (Dos Alimentos, Ed. Revista dos Tribunais, 1.ª ed. p. 481) (grifos e destaques inovados)
19 - Os alimentos devem ser fixados de forma que correspondam, realmente, aos fins a que se destinam.
20 - O ALIMENTANTE, EM NENHUM MOMENTO DISCORDA DA SUA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS A SEU FILHO QUE MUITO ESTIMA, MAS DESDE QUE ESTA OBRIGAÇÃO ESTEJA DENTRO DA NECESSIDADE DE SEU FILHO, E DE SUA PRÓPRIA POSSIBILIDADE FINANCEIRA!!!
21 - Pelo entendimento doutrinário e jurisprudencial, depreende-se que o Poder Judiciário deve apenas “TOSQUIAR” o rendimento do pai a fim de satisfazer as necessidades do filho - dentro da necessidade e real possibilidade - “JAMAIS ESFOLÁ-LO” a ponto de retirar-lhe a dignidade e prejudicar o seu próprio sustento. 
22 - A obrigação de prestar alimentos, portanto, repousa no princípio da SOLIDARIEDADE EXISTENTE ENTRE OS MEMBROS DE UMA FAMÍLIA, cujo dever de ajuda é MÚTUA E RECÍPROCA, já que suas necessidades são presumidas. TEM OS PAIS o dever de proporcionar ao seu filho máximas condições de crescimento físico e intelectual, RESPEITANDO O NÍVEL SOCIAL DOS GENITORES, com o fornecimento do necessário à boa educação, alimentação, vestuário, moradia, saúde, lazer, enfim, todo o necessário a adequada formação daquele que passa pela fase mais importante para o resto de sua vida.
DA POSSIBILIDADE FINANCEIRA DO ALIMENTANTE
23 - O Alimentante é trabalhador como qualquer um recebendo salário um pouco acima do mínimo legal. (Provado através de documentos anexos) 
24 - O valor que aufere mensalmente mal cobre as despesas de seu dia a dia.
25 - É importante verificar que as despesas do Alimentado são as mínimas, já que a Alimentado é criança de “COLO” não havendo nenhum luxo ou extravagância, ALÉM É CLARO DE RESIDIR NA CASA DOS AVÓS MATERNOS E, NÃO SER UMA CRIANÇA DOENTE.
26 - Aquele que presta os alimentos tem que estar em condições de fornecê-los, cumprindo com o seu dever sem, contudo, DESFALCAR O NECESSÁRIO AO SEU PRÓPRIO SUSTENTO. 
27 - Isso porque não é razoável exigir sacrifícios e privações de alguém quando os alimentos podem ser pleiteados a outro familiar com maiores condições. Engordando a fila de entendimentos, Sílvio Rodrigues, explicando o disposto no § 1º do art. 1.694 do CC, acentua que:
Não significa que, considerando essas duas grandezas (necessidades e possibilidade), se deva inexoravelmente tirar uma resultante aritmética, como, por exemplo, fixando sempre os alimentos em um terço ou em dois quintos dos ganhos do alimentante. Tais ganhos, bem como as necessidades do alimentando, são parâmetros onde se inspirará o Juiz para fixar a pensão alimentícia. 
O legislador daqui, como o de alhures, quis deliberadamente ser vago, fiando apenas um Standard jurídico, abrindo ao Juiz um extenso campo de ação, capaz de possibilitar-lhe o enquadramento dos mais variados casos individuais. (RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Vol. 6. 27 ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 230).
DA POSSIBILIDADE FINANCEIRA DA MÃE DO MENOR
28 - O PROGRESSO DA CIVILIZAÇÃO FEZ APAGAR OS MITOS DA INFERIORIDADE FEMININA, E SUPEROU A CRENÇA MEDIEVAL DA DECANTADA FRAGILIDADE DA MULHER, DANDO-LHE, OS MESMOS DIREITOS DO ALIMENTANTE, ORA PAI DO MENOR.
29 - A MÃE DO MENOR CONTA HOJE COM 33 (TRINTA E TRÊS) ANOS, É PESSOA JOVEM E, SAUDÁVEL, TOTALMENTE APTA AO TRABALHO, ASSIM TAMBÉM TEM O DEVER DE PROCURAR NO MERCADO DE TRABALHO, UM EMPREGO PARA AJUDAR NA CRIAÇÃO DE SEU FILHO.
30 - É INACEITÁVEL A ACOMODAÇÃO AO PENSIONAMENTO DO PAI DO MENOR, COMO SE FOSSE APENAS DELE A RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DA PENSÃO DO MENOR. 
31 - NÃO SE CONFUNDEM FALTA DE VONTADE DE TRABALHAR COM IMPOSSIBILIDADE. NÃO É ADMISSÍVEL QUE A MÃE DO MENOR, nãoportanto nenhum defeito físico ou deficiência mental, pretenda permanecer indefinidamente sem trabalhar e ajudar na manutenção do menor.
32 - Noutro norte, também compete a mãe do menor, de seu turno, AO MENOS APONTAR A ORIGEM DAS NECESSIDADES DO MENOR, de modo a fundamentar seu pedido, pois a responsabilidade e obrigação NÃO É SOMENTE DO PAI, MAS SIM DA MÃE. 
33 - Usando das palavras sempre seguras e sábias do eminente e saudoso DESEMBARGADOR NILDO DE CARVALHO, o qual sempre dizia em suas decisões “OCEÂNICA É A JURISPRUDÊNCIA”, assim só nos resta trazer decisões que aniquilam a meteria objeto deste litígio:
Os alimentos devem ser fixados na medida da real necessidade do alimentando e das disponibilidades do alimentante. (TJMS Ap.541/86 "s", Rel. Des. JESUS OLIVEIRA SOBRINHO).
"ALIMENTOS. MANUTENÇÃO DA PROLE. DEVER MÚTUO. É dever de ambos os cônjuges contribuir para a manutenção da prole. Ação de alimentos procedente. Sentença confirmada" (TJCE, Apel. Cível n. 21.472, DJ 17.06.2003).
"ALIMENTOS. RESPONSABILIDADE DOS CÔNJUGES. A responsabilidade pela manutenção dos filhos é comum aos pais que, se dispuserem de recursos, entre eles deve ser partilhada." (TJRJ, Apel. Cível n. 2.238/88, DJ 29.12.2001).
"A manutenção dos filhos, atualmente, não é mais da responsabilidade exclusiva do pai. A mulher também deve contribuir. (RT 597/189)
34 - Donde, esquadrinhadas as peculiaridades que manietam o alimentante, mormente, atendo-se a seus ganhos mensais, veicula-se impossível, a concessão da verba alimentar deferida provisoriamente.
35 - Nisto consiste o caderno processual.
DOS REQUERIMENTOS FINAIS
36 - Pelo fio do exposto, diante de tudo o que foi explanado nesta suada, é que se requer o recebimento e o processamento desta, para que ao final, seja julgada a presente ação de alimentos da seguinte forma:
37 - PRIMEIRAMENTE QUE SEJA REVOGADA A PORCENTAGEM ARBITRADA PROVISORIAMENTE NA PROPORÇÃO DE 30 % (trinta por cento) sobre o salário mínimo; 
38 - QUE OS ALIMENTOS SEJAM FIXADOS DE ACORDO COM A REAL NECESSIDADE DO MENOR, O QUAL RECÉM ACABOU DE COMPLETAR 01 ANO DE IDADE;
39 - Na remota hipótese de não vingar a composição amistosa da lide, postula pelo DEPOIMENTO PESSOAL da representante legal do Alimentado, sob pena de confissão quanto à matéria de fato aqui articulada;
40 - Seja concedida ao Alimentante as BENESSES DA GRAÇA;
41 - Requer a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, já que aqui é da mãe do menor, pois somente a ela, competia de seu turno, ao menos apontar a origem das necessidades de uma criança de UM ANO DE IDADE, de modo a fundamentar seu pedido;
42 - Seja dada vista da presente demanda ao AGENTE PARQUETIANO;
43 - Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direitos, em especial pelo DEPOIMENTO PESSOAL DA MÃE DO MENOR;
44 - Requer sejam ouvidos os mesmos ROL DE TESTEMUNHAS, arrolados pela mãe do menor; 
45 - Ao final, requer seja julgada PARCIALMENTE procedente a presente ação de alimentos, em relação ao quantum reclamado; 
____________, ___ de __________ de 20__.
p.p. ____________
OAB-UF/
Modelo cedido por Vinícius Mendonça de Britto - Escritório Britto Advocacia - Aquidauana - MS

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