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12 Gestaltismo e a Organizacao Perceptiva

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Gestaltismo e a Organização Perceptiva
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O Conceito de Figura e Fundo
Para se ver o mundo de uma forma organizada, em que os objetos e as superfícies estão fisicamente separados, é fundamental que a cena apreciada contenha algumas partes que se destaquem das demais. 
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Como já foi apontado em 1915 pelo psicólogo dinamarquês Edgar Rubin, a parte que se apresenta como possuindo uma forma distinta e nitidamente definida é conhecida como figura, e o restante se chama fundo. 
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Sendo assim, figura é uma forma definida por um contorno que se destaca em um campo perceptivo.
Nosso sistema visual aperfeiçoou-se de modo a perceber objetos tridimensionais dispostos em cenas reais - ou seja, de modo a fazer tanto com que um objeto se destaque de outro objeto quanto do fundo comum aos dois, evitando assim a possibilidade de que tanto os objetos quanto os fundos fossem todos vistos numa mesma superfície bidimensional, como numa fotografia ou num desenho. 
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O que determina qual parte será vista como figura e qual parte será vista como fundo?
O princípio fundamental envolvido na organização de figura-fundo é o seguinte: "Se, entre dois campos homogêneos e de cores diferentes, um for maior do que o outro e o envolver, há uma grande probabilidade de que o campo menor e circundado seja considerado como sendo a figura" (Rubin, 1915/1958, p. 202)
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No entanto, qualquer parte bem assinalada do campo visual pode ser vista como figura, deixando o restante como fundo.
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Figuras Ambíguas ou Reversíveis
Figuras ambíguas são configurações onde a figura e o fundo são reversíveis por meio da mudança de atenção.
Se você muda o foco da atenção, muda também a região vista como figura.
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Devemos nos dar conta, no entanto, que normalmente não temos problema algum em distinguir uma figura do seu fundo. As cenas ambíguas raramente ocorrem no mundo real - e certamente não na natureza. 
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Propriedades do Campo Perceptivo
As principais diferenças perceptuais entre figura e fundo são:
1) A figura possui a qualidade de uma "coisa" que possui um contorno delimitando sua forma. Por outro lado, o fundo tem a qualidade de uma "substância", aparecendo relativamente sem forma.
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	2) A figura parece estar mais perto do observador e se situar na frente do fundo, ao passo que este parece ter uma localização menos precisa, estendendo-se continuamente por detrás ela figura. 
	3) Comparada com o fundo, a figura parece causar maior impressão, exercer maior dominância e ser mais lembrada. Além disso, a figura sugere mais associações de formas significativas do que o fundo.
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A Abordagem da Gestalt
Wertheimer pôde provar experimentalmente que diferentes formas de organização perceptiva são percebidas de forma organizada e com significado distinto por cada pessoa. O todo é maior do que a soma das partes que o constituem. Por exemplo: uma cadeira é mais do que quatro pernas, um assento e um encosto. Uma cadeira é tudo isso, mas é mais que isso: está presente na nossa mente como um símbolo de algo distinto de seus elementos particulares.
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Max Wertheimer (1880-1943) publicou o primeiro trabalho considerado iniciador dos estudos da Gestalt em 1912, num estudo sobre a percepção visual, com seus colegas Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940). 
Os três são considerados iniciadores do movimento da Gestalt. Estes consideram os fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado na sua configuração, organização e lei interna, que independem da percepção individual e que formulam leis próprias da percepção humana.
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O sentido da palavra Gestalt adotada por Kohler, e pelos outros representantes da Escola de Berlim, expressa o caráter da organização. 
Na língua alemã, a palavra Gestalt possui dois significados: “além do sentido de forma ou feitio como atributo de coisas, tem a significação de uma unidade concreta...” (Kohler, 1980:104). 
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A Psicologia da Gestalt versus 
Estruturalismo 
Estruturalismo: abordagem psicológica que pretendia decompor a percepção em sensações elementares através da introspecção (auto-observação).
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O estruturalismo define a psicologia como ciência da consciência ou da mente, definição herdada de Wundt. Mostra-nos que a mente seria a soma dos processos mentais. 
Edward Titchener afirmava que cada totalidade psicológica compõe-se de elementos. O objetivo da psicologia seria a tarefa de descobrir quais são os elementos mentais, o conteúdo e a maneira pela qual se estrutura. 
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Três parâmetros estão em relação ao objeto: "o que é?" - através da análise se chega aos componentes da vida mental; "o como?" - a síntese mostra como os elementos estão associados e estruturados e que leis determinam essas associações; e "o por quê?" - investiga a causa dos fenômenos. Titchener afirma que, embora o sistema nervoso não seja a causa da mente, pode ser usado para explicá-la.
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Titchener considera que os elementos ou as unidades que compõem o conteúdo da mente são as sensações, as imagens, as afeições e os sentimentos. Usa-se a introspecção 
 	para chegar a eles, através de uma observação treinada e preparada para garantir os dois pontos essenciais de toda a observação: a atenção e o registro do fenômeno.
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Psicologia da Gestalt:acreditava que a percepção não pode ser compreendida pela sua decomposição em componentes ele elementares.
Princípio da Gestalt: “o todo é diferente da soma de suas partes”
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Os Princípios de Agrupamento da Gestalt
Propriedades das figuras que nos permitem perceber as formas.
A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras. 
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Proximidade
De acordo com este princípio, os
	elementos podem se agrupar conforme a proximidade que se percebe entre eles. Elementos que parecem estar próximos uns dos outros tendem a ser agrupados juntos. Essa proximidade que se percebe e que cria os efeitos de agrupamento pode ser espacial ou temporal. 	
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Similaridade
Se os elementos se igualam em termos de proximidade, os que fisicamente se assemelham tendem a ser agrupa- dos juntos. Agrupamentos com base na similaridade (e na proximidade) também se aplicam à modalidade auditiva. As notas musicais que se assemelham entre si em freqüência (altura) e que se sucedem logo uma após a outra se agrupam percentualmente para formar uma melodia. 
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Conectividade Uniforme 
O agrupamento com base na conectividade uniforme refere-se à percepção de uma única unidade quando os componentes dessa unidade parecem estar fisicamente conectados. 
A conectividade uniforme responde pela observação familiar de que, normal- mente, os objetos que nos aparecem fisicamente conectados são percebidos como se formassem uma unidade perceptual. 
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Boa Continuidade 
Os elementos que parecem seguir numa mesma direção, como os que acompanham uma reta ou uma curva, facilmente são percebidos como formando um grupo. 
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Destino Comum 
Segundo o princípio do destino comum, agrupam-se perceptualmente os elementos que se movem na mesma direção. Tal agrupamento se dá com base na similaridade, porém aplicada a elementos móveis. 
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Dessa forma, se um certo número de elementos é visto em movimento, aqueles que parecem se mover paralelamente tendem a ser agrupados juntos, de modo a formar um padrão coerente. Por exemplo, um grupo de pessoas correndo ou um bando de pássaros, quando vistos indo na mesma direção, se apresentam aos nossos olhos como se fossem unidades. Similarmente, a familiar "onda" criada pelos movimentosde braços dos torcedores nos estádios ilustra o princípio do destino comum.
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Simetria 
De acordo com a simetria, as figuras mais naturais, equilibradas e simétricas são preferencialmente agrupadas em comparação com as assimétricas. 
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Fechamento
No fechamento, o agrupamento ocorre de forma a favorecer a percepção das figuras que se apresentam mais encerradas ou completas. Dentro de certos limites, figuras fisicamente incompletas tendem a ser percebidas como um todo. Isso se verifica particularmente em situações em que os estímulos são apresentados por um tempo curto. 
 	
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Em diversas situações concretas do cotidiano os princípios de agrupamento da Gestalt não atuam isoladamente ou funcionam independentemente uns dos outros, mas costumam interagir entre si de modo a promover uma percepção coerente e significativa. 
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CONTORNOS SUBJETIVOS 
Também conhecido como contornos aparentes ou ilusórios.
Refere-se a um processo semelhante ao de fechamento pode ocorrer através de uma porção vazia do campo visual, produzindo o surgimento de bordas ou contornos.
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Propuseram-se muitas explicações para os contornos subjetivos mas nenhuma delas tem-se mostrado completa ou totalmente aceita. Por exemplo, propôs-se que um contorno subjetivo é a borda aparente de uma superfície vista em profundidade (Coren, 1972; Tse, 1998). Então, o contorno serviria para simplificar um complexo arranjo bidimensional de elementos em um conjunto tridimensional mais simples de elementos significativos. No entanto, como Rock (1986) salienta, o efeito de profundidade geralmente aparece depois da percepção da figura com os contornos subjetivos. 
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Bradley e Dumais (1975; Bradley & Petry, 1977; Dumais & Bradley, 1976) propuseram uma explicação cognitiva baseada na Gestalt para a diferença de luminosidade entre o fundo e a forma aparente delineada pelo contorno subjetivo. Essa explicação se baseia num efeito de organização figura-fundo, a figura geralmente parece mais luminosa ou mais intensa do que o seu fundo de igual refletância. Em resumo, o efeito da luminosidade é secundário à percepção de uma figura. 
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Superposição Aparente 
A formação dos contornos subjetivos se deve provavelmente a diversas variáveis relativas ao observador e ao estímulo. No entanto, um aspecto preponderante na formação dos contornos subjetivos parece ser a percepção de uma figura central parcialmente cobrindo ou se sobrepondo a elementos situados em suas bordas.
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Quanto mais esse aspecto de sobreposição - a sobreposição aparente feita por uma superfície ou figura central - aparecer na configuração, mais imediata e concludente é a formação dos contornos subjetivos. 
Por outro lado, quando os elementos indutores do contorno são eles próprios identificáveis como figuras completas e coerentes, a formação do contorno subjetivo é fraca ou não ocorre. 
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Nesse caso, a forma completa ou aparentemente sem interrupção, dos elementos, indutores do contorno é inconsistente com a percepção de uma figura central de superposição.
O contexto (isto é, os elementos sobrepostos) no qual surge o estímulo provoca a percepção de uma forma específica. Isso sugere fortemente que a maioria dos contornos subjetivos é produto de um processamento top-down. (Percepção resultante direto da sensação).
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A sobreposição aparente gera a percepção das bordas na figura, e essas bordas, por sua vez, geram os contornos aparentes. Dessa forma, a organização global leva à percepção de uma forma específica. Similarmente, Rock 1986) refere-se ao efeito de luminosidade resultante, que produz contornos subjetivos, como sendo uma invenção cognitiva, com a função de dar sentido à percepção de uma figura. 
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A superposição aparente pode não ser o único fator cognitivo que nos permite perceber os contornos subjetivos e as figuras ilusórias. Diversas outras variáveis cognitivas têm sido propostas: por exemplo, a familiaridade com forma específicas e a atenção seletiva.
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