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O filme “Os Amantes do Café Flore” (2006), relata a trajetória de Simone e Sartre, mostrando a história das dificuldades e contentamentos da relação dos dois. Pode-se dizer, que o relacionamento dos dois ocorreu devido a filosofia existencial e as ideias que tinham sobre o que era ser livre na época: a fórmula "ser livre" não significa "obter o que se quer", e sim "determinar-se a escolher", segundo Sartre o êxito não importaria então, em absoluto à liberdade, ou seja, sendo livres somos responsáveis por nossas ações consequentemente somos livres para pensar e conceber nossos próprios paradigmas, não sendo então aquilo que fizeram de nós e sim nos criando a partir do que fizeram de nós.- e as ideias que tinham sobre o que era ser livre. Relacionar-se dessa forma, também era uma forma de demonstrar um descontentamento dos dois em relação a moral da época. 
“Você é livre, escolha, quero dizer, invente. Nenhuma moral geral pode indicar-vos o que há a fazer; não há sinais no mundo” (SARTRE, 1978, p.11). Sobre o homem pesa a inteira responsabilidade proveniente da escolha livre”.
No entanto, se pensarmos no casal Simone e Sartre é comum que venha algo idealizado da relação de ambos, como se os dois, por se relacionarem dessa forma “livre”, foram capazes de lidar facilmente com os embaraços e angustias do modo de se relacionar humano. Entretanto a intenção é outra, o filme desconstrói essa ideia, a relação dos dois possuía sim dificuldades que são comuns (brigas, intrigas, carência, etc.). 
Os erros acontecem, pois acima de tudo são humanos e estavam em um relacionamento baseado na liberdade e na verdade, contudo, quando refletem sobre as dificuldades, confessam terem se esquecido de considerar os outros, esqueceram de considerar os sentimentos dos outros e nem sempre a verdade encontrou lugar e hora entre eles. Isso demonstra que a liberdade, no existencialismo, possui a capacidade de o sujeito encaminhar o que será de sua vida, responsabilizando-o por seus atos. 
-Impressões pessoais e opinião sobre o filme: é possível, perceber como a proposta de uma forma de relacionamento diferente e “nova” entre os dois provocou uma grande repercussão, para o modo de vida e de relacionamentos da época. Entretanto, existencialismo ainda hoje é mais associado a Sartre do que a Simone. Ela ainda é vista como uma espécie de “primeira dama do existencialismo”. Apesar de ter insistido mais tarde que o existencialismo não dá conta de definir a ela ou ao seu pensamento. O filme mostra o começo dessa tomada de posição de Simone, quando mostra-a insinuando que o existencialismo não dá conta da liberdade das mulheres.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Tradução de Vergílio Ferreira. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 11 p.

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