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1 
 
Centro Universitário do Distrito Federal – UDF 
Departamento/Faculdade de Direito 
Graduação Direito 
 
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito 
Profª. Mestra: Andréa Peixoto 
Turmas: 2º/2017 
 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: 
FERRAZ JUNIOR, Tersio Sampaio. Introdução ao estudo do 
direito: técnica, decisão, dominação. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
MESQUITA JR, Sidio Rosa. Axiologia jurídica. Artigo publicado 
nos blogs do Professor, 2015. Links: http://www.sidio.pro.br 
http://sidiojunior.blogspot.com 
MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do direito. 32ª ed. 
rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. 
 
1. AXIOLOGIA JURÍDICA. 
- André Franco Montoro inicia perguntando: 
“Mas, que é a justiça?”, “Quais as suas características, sua natureza, 
suas espécies, seu fundamento?” (p. 160). 
- Em seguida, Montoro salienta que o estudo da justiça é na 
atualidade conhecido como “axiologia jurídica, teoria dos valores 
jurídicos, deontologia jurídica, estimativa jurídica, etc” (p. 161). 
 
- Montoro começa então pela premissa “o que é devido por justiça” 
(“dar a cada um o seu direito”), afirmando que focalizará o direito 
como exigência de justiça (p. 162). 
2 
 
 
- Nesse sentido, iniciará o percurso pelo positivismo jurídico vindo, 
sobretudo de Hans Kelsen e demais legalistas. 
“[...] o direito se reduz a uma imposição da força social, e a justiça é 
considerada um elemento estranho à sua formação e validade” (p. 
162). 
 
- E prossegue citado Kelsen: “os critérios da justiça são 
simplesmente emocionais e subjetivos e sua determinação deve ser 
deixada à religião ou à metafísica” (idem). 
 
- O Prof. Sidio Mesquita, como já visto, inicia o caminho pelo 
jusfilósofo Gustav Radbruch a partir de uma perspectiva filosófica. 
 
- Radbruch por sua vez dividirá o tema em: Dualismo 
metodológico e relativismo. 
 
- Dualismo metodológico: 
- Hipostasiar1: 
 
1 O verbo vem de "hipóstase", palavra é de origem grega, via latim, empregada 
principalmente em Filosofia. Originalmente, significa "substância", sendo este o 
sentido adotado também no Aurélio. Logo, o verbo significa "tornar algo uma 
substância" (tb. Aurélio) ou fazer de algo, falsamente, uma substância. A palavra 
"hipóstase" também é usada em medicina e química como sinônimo de "sedimento", 
logo o verbo significaria "produzir ou gerar sedimentos". 
Visto em: http://www.dicionarioinformal.com.br/hipostasiar/ 
3 
 
- Concordando em parte com Gustav Radbruch, Montoro ao citar 
outros teóricos ou pensadores, conclui que é necessário reconhecer 
que “um [dos] elemento constitutivo de todo direito, é um elemento 
ideal, a JUSTIÇA” (p. 163). 
 
- E prossegue ao citar Lévy-Ullmann: “Direito e Estado serão 
criações ininteligíveis, arbitrárias e inoperantes, se não houver um 
princípio ideal que legitime sua existência, organização e 
conteúdo. Esse princípio é a justiça. A noção de justo é 
fundamental ao direito. Daí, a necessidade de um exame a que 
nossa consciência não pode se subtrair e que constitui a tarefa 
suprema da filosofia do direito” (idem). 
 
A simbologia do direito. 
Destaca o Prof. Térsio Sampaio que o direito se vincula a diversos 
símbolos “alguns mais eloquentes, outros menos, e que 
antecederam a própria palavra” (2016, p. 12). 
 
- Um dos símbolos mais importantes é representado por uma 
balança com dois pratos colocados no mesmo nível, com o fiel no 
meio – quando este existia – em posição perfeitamente vertical. 
 
Último acesso em: 29/03/16. 
 
 
4 
 
 
- E prossegue: “Havia, ainda, outra materialização simbólica, que 
varia de povo para povo e de época para época. Assim, os gregos 
colocavam essa balança, com os dois pratos, mas sem o fiel no meio, 
na mão esquerda da deusa Diké, filha de Zeus e Themis, em cuja 
mão direita estava uma espada e que, estando em pé e tendo os 
olhos bem abertos, dizia (declarava solenemente) existir o justo 
quando os pratos estavam em equilíbrio (íson, donde a palavra 
isonomia). Daí, para a língua vulgar dos gregos, o justo (o direito) 
significar o que era visto como igual (igualdade)”. (idem). 
 
- Romanos: “Já o símbolo romano, entre as várias representações, 
correspondia, em geral, à deusa Iustitia, a qual distribuía a justiça 
por meio da balança (com os dois pratos e o fiel bem no meio) que 
ela segurava com as duas mãos. Ela ficava em pé e tinha os olhos 
vendados e dizia (declarava) o direito (jus) quando o fiel estava 
completamente vertical: direito (rectum) = perfeitamente reto, reto 
de cima a baixo (de + rectum)” (p. 12). 
 
- Na comparação entre os olhos das Deusas, diz Ferraz Jr: “a deusa 
grega tinha os olhos abertos. Ora, os dois sentidos mais intelectuais 
para os antigos eram a visão e a audição. Aquela para indicar ou 
simbolizar a especulação, o saber puro, a sapientia; esta para 
mostrar o valorativo, as coisas práticas, o saber agir, a prudência, o 
apelo à ordem etc. Portanto, a deusa grega, estando de olhos 
5 
 
abertos, aponta para uma concepção mais abstrata, especulativa e 
generalizada que precedia, em importância, o saber prático. Já os 
romanos, com a Iustitia de olhos vendados, mostram que sua 
concepção do direito era antes referida a um saber-agir, uma 
prudentia, um equilíbrio entre a abstração e o concreto” (p. 12-13). 
 
1.1 Analogia da relação. 
- Repetindo o que já havia dito nas páginas iniciais, Montoro afirma 
que “justiça” é conceito análogo, em razão de “certa variedade de 
significações” ou “múltiplos significados” (p. 163). 
 
- O autor então afirma que interessa ao jurista a concepção objetiva 
de justiça (“ordem social objetiva”). Assim, o jurista “vê na justiça, 
em primeiro lugar, uma exigência da vida social” (p. 164). 
 
- Montoro assegura que no sentido direito, “justiça” quer dizer 
“virtude2” ou “a vontade constante de dar a cada um o seu direito” 
(idem). 
- Por “virtude da convivência humana”, “significa 
fundamentalmente, uma atitude subjetiva de respeito à dignidade 
de todos os homens” (p. 165). 
 
2 De acordo com Marcus Faro de Castro, uma das origens de “virtude”, do grego 
arcaico “areté” significa “[...] aptidão para governar sua vida [a própria vida] e a 
dos outros” sendo reconhecida apenas aos homens, pois as mulheres não a 
possuíam (2012, p. 25-26). 
6 
 
 
- E prossegue o autor: “Definida como vontade ou disposição do 
espírito, a justiça exige uma atitude de respeito para com os outros, 
uma presteza em dar ou deixar aos outros aquilo que tenham o 
direito de receber ou conservar” (idem). 
 
- Nessa última acepção afirma que “é de caráter verdadeiramente 
universal e válido de modo geral” (p. 165). 
 
- Para existir, “a justiça requer a libertação dos impulsos 
exclusivamente egoísticos”. 
 
- E embora utilize a acepção objetiva de justiça, afirma não haver 
oposição entre esse e o sentido subjetivo de justiça, porque 
“estamos na presença de dois aspectos de uma mesma realidade. 
Justiça, no sentido subjetivo, é a virtude pela qual damos a cada um 
o que lhe é devido” (p. 166). 
 
- Opta o autor por conceituar o sentido estrito (ou próprio) de 
justiça, citando São Tomás: “A essência da justiça consiste em dar a 
outrem o que lhe é devido, segundo uma igualdade” (p. 167-168). 
 
7 
 
- Assim, segundo Montoro,são três as características essenciais da 
justiça em sentido estrito: 
a) Alteridade ou pluralidade de pessoas – “A primeira condição 
para que ela [a justiça] se realize é a existência de uma pluralidade 
de pessoas ou pelo menos uma outra pessoa (alteritas). Em sentido 
próprio, ninguém pode ser justo ou injusto para consigo mesmo” 
(p. 168); 
b) O devido – a obrigatoriedade ou exigibilidade (debitum) – pode 
ser exigido e legalmente imposto (debitum legale) – “o devedor tem o 
dever estrito ou legal de efetuar o pagamento da dívida e o credor, o 
direito de exigi-lo. Há no caso rigorosa relação de justiça: um 
homem dá a outro o que lhe é „devido3‟”. E ainda “quando o 
respeito a determinado dever é necessário ao bem comum, a lei o 
torna exigível, isto é, atribui ao credor o poder de exigi-la” (p. 170-
171); 
c) A igualdade – Segundo o autor, “a igualdade é elemento essencial 
e básico”. E citando Aristóteles: “a justiça é uma igualdade e a 
injustiça uma desigualdade” (p. 172). 
 
- Ainda segundo o autor, a igualdade é uma relação cuja explicação 
se encontraria na filosofia e se referiria à mesma quantidade entre 
 
3 Acerca do “devido” explana o autor que há também o devido moral que, 
diferentemente do legal, não é necessário à existência vida política (ad esse). 
Nesse sentido, o devido moral “apenas contribui para a perfeição dessa vida (ad 
melius esse)” (p. 170). A violação do devido moral, por exemplo, do reconhecimento 
de gratidão “[...] consistirá uma ingratidão, mas não uma injustiça propriamente dita” 
(idem). 
8 
 
duas realidades: “Iguais, quando têm a mesma quantidade” 
(aequale, vero unum in quantitate) (p. 173). 
 
- “A igualdade é, pois, uma equivalência de quantidades. Na 
justiça, de forma analógica e adaptada à natureza moral das relações 
humana, é essa também a significação da igualdade” (idem). 
 
- E prossegue: “A quantidade de que se trata no direito é moral. E a 
relação correspondente é uma relação de igualdade moral” (p. 174). 
 
- Finaliza com a citação: “Todos são iguais perante a lei” que é a 
medida escolhida pelo “Princípio da igualdade” de natureza 
(formal). 
 
- Assim, “[...] o critério absoluto da justiça, [é o] que decorre da 
natureza humana” (p. 176). 
Obs:. Quando Montoro explana sobre as diferenças entre o “devido 
legal” (composto por “normas de garantia”) e “devido moral” 
(“normas de aperfeiçoamento”), seleciona a qualidade da 
“atributividade”, nos dizeres de Goffredo Telles Jr. 
 
- A partir das ideias daquele autor define: “[...] as normas de 
garantia são as que visam a conferir ao grupo social a forma 
9 
 
condizente com sua razão de ser. São as que garantem a ordem 
necessária à consecução dos objetivos sociais” (p. 171). 
Ex:. As normas do Código Civil; as do estatuto de empresa; as de 
contrato pré-nupcial. 
 
- Já as normas de aperfeiçoamento “são as que visam a aprimorar a 
comunhão humana de um grupo social, grupo este já ordenado 
pelas normas de garantia” (idem). 
Ex:. “Amarás teu próximo como um ser igual a ti”; “Praticarás a 
caridade”, etc. 
 
- Assim, a “norma atributiva” é chamada de norma jurídica e 
“diferentemente de todas as outras normas, a norma jurídica 
atribui, a quem seria lesado pela sua violação, a faculdade de fazê-
la cumprir pelo violador, ou de exigir deste a reparação do mal por 
ele causado” (Telles Jr apud Montoro, p. 171). 
2. ESPÉCIES DE JUSTIÇA: 
- Após uma análise panorâmica, passa o autor a distinguir e 
especificizar a Justiça Geral (ou social ou legal, que tem por objeto 
o bem comum) da justiça particular e suas variações (comutativa e 
distributiva – que visam a regular o bem particular) (p. 177). 
 
10 
 
- Prossegue Montoro ao identificar a justiça particular dividindo-a 
em dois grupos (p. 177): 
a) Um particular dá a outro particular o bem que lhe é devido; 
chama-se, então, justiça comutativa; 
b) A sociedade dá a cada particular o bem que lhe é devido; chama-
se, nesse caso, justiça distributiva. 
- Por fim, a justiça geral é regulada pelas partes da sociedade, “isto 
é, governantes e governados, indivíduos e grupos – que dão à 
comunidade o bem que lhe é devido” (idem). 
 
Esquematicamente: 
JUSTIÇA { Particular { - Comutativa e 
 { - Distributiva; 
JUSTIÇA { Geral, Social ou Legal. 
- Adverte o autor que essa classificação remonta os estudos de 
Aristóteles feito por autores como: Duguit, Dabin, Lachance, entre 
outros. 
 
- E que Renard divide justiça em: “justiça individual” – regulando 
as trocas e demais relações interindividuais, cujo correspondente 
seria a justiça comutativa; e “justiça institucional” – que serve à 
regulamentação “da atividade social dos homens em relação às 
11 
 
comunidades, como a nação, a família, a universidade etc.; neste 
caso, se a justiça institucional desce da autoridade aos membros da 
comunidade, ela constitui a justiça distributiva; se ela sobe destes 
para a comunidade, temos a justiça geral, legal ou social” (idem).

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