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1 
 
 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA – CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROF. RAFAEL LARÊDO. 
 
 
MÉTODO DE CUSTEIO: 
Custeio significa apropriação de custos, ou seja, apropriar, alocar custos ao produto, 
para que consigamos identificar o valor de custo de cada produto e assim conseguir tomar 
decisões. 
Existem vários métodos de custeio, porém, academicamente, os mais utilizados são: 
Custeio por absorção e Custeio Direto/Variável. É importante lembrar que os métodos de 
custeio são aplicados aos custos indiretos e buscam a melhor forma de levá-los ao custo total 
do produto, já que os custos diretos são plenamente identificáveis por produto. 
 
1 - CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
Você se lembra? 
Você já levantou o balanço patrimonial e a demonstração de resultados de uma 
empresa brasileira de capital aberto? Ou já viu no site de alguma empresa SA tais 
demonstração? A seguir, tem-se uma parte da Demonstração de Resultados da Companhia 
Vale: 
 
 
Figura 1: Demonstração de Resultados da Companhia Vale. 
 Fonte: http://www.vale.com.br 
2 
 
 
Na demonstração de resultados da Vale tem o saldo, em milhões, do Custo dos 
Produtos e Serviços vendidos no ano de 2008. Você sabia que este valor é encontrado 
utilizando o Sistema de Custeio por Absorção? Para todas as empresas de capital aberto, há 
exigência legal de que estes valores sejam calculados por meio deste sistema de custeio. 
 
 
1.1 - Custos diretos e custos indiretos 
 
Segundo Dutra (2003) os custos diretos e indiretos são classificados de acordo com a 
possibilidade de alocação de cada custo diretamente a cada tipo diferente de produto e, à 
impossibilidade de sua alocação no momento da ocorrência do custo. 
Para Martins (2003) a aplicação dos custos aos produtos feitos ou serviços prestados e, 
não à produção em geral ou dos departamentos dentro da empresa, pode ser direto ou 
indireto. Apresentamos a seguir as definições de cada um desses custos. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Custos Diretos: são os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos havendo 
uma medida de consumo. 
 Exemplos: quilogramas, materiais consumidos, horas de mão-de-obra utilizadas etc. 
Custos Indiretos: são os custos que não oferecem condições de uma medida objetiva e 
qualquer tentativa de alocação tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes 
arbitrária. 
 Exemplos: aluguel, salário da supervisão e das chefias. 
 
A classificação de direto e indireto é usada apenas para custo. 
Há também outra classificação dos custos que leva em consideração a relação entre o 
valor de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo. Que se divide em Custos 
Fixos e Variáveis em relação ao volume de produção. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Custos Variáveis: são aqueles que quanto maior a quantidade fabricada, maior seu 
consumo. Portanto, varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos são 
custos diretos. 
 Exemplo: matéria-prima 
 
Graficamente, os custos variáveis se comportam da seguinte maneira: 
3 
 
 
Figura: Comportamento dos Custos Variáveis 
 
Percebam que com o aumento da atividade ou do volume produzido maior o custo. Se 
o volume de uma atividade fosse, por exemplo de 50 unidades, o custo variável total seria de 
100$; se a produção fosse de 70 unidades, o custo variável total seria de 140$; se a produção 
fosse de 25 unidades, ele seria de $50, e assim sucessivamente. Portanto, ele varia com a 
variação do volume de produção. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Custo Fixo: são aqueles que independentemente de aumentos ou diminuições do 
volume produzido permanecerão constantes, seja por um período de tempo. 
 Exemplo: aluguel da fábrica. 
 
Graficamente tem-se o comportamento dos Custos Fixos: 
 
 
Figura: Comportamento dos Custos Fixos no Curto ou Médio Prazo 
Ou seja, se o aluguel da área de produção for, por exemplo, de R$500, esse valor não 
varia com a unidade produzida, nem tende a variar no curto prazo, como dois meses, três ou 
mais. Se a empresa produzir 100 unidades terá que pagar o valor integral do aluguel, se 
produzir 1 unidade também. 
Outra coisa, percebam que o custo fixo não se inicia no zero. Isso porque 
independente de qualquer volume produzido ele vai existir (como falamos, produzindo ou não 
Custo VariávelCusto ($)
Volume de Atividade
 
Custo Fixo
Custo ($)
Volume de Atividade
4 
 
terá que pagar o aluguel; vendendo ou não o doce de abóbora, teremos que pagar o aluguel 
no final do mês). Diferentemente do variável, que pode começar do zero, por exemplo, se não 
produzir doce, não tem consumo de matéria-prima, ou seja o consumo de açúcar é zero. 
Mas num médio ou longo prazo o dono do imóvel poder resolver aumentar o valor do 
aluguel; ou então, vamos supor que para supervisionar uma produção de 200 itens a empresa 
precise de um supervisor (que será sua mão-de-obra direta); mas se a produção se elevar para 
500 unidades, ela vai precisar de dois supervisores, então seu custo fixo com mão-de-obra se 
eleva, mas ele se mantém para mais um intervalo de produção. Nesse caso, o comportamento 
do CF seria: 
 
Figura: Comportamento dos Custos Fixos no Médio ou Longo Prazo 
 
Mas e as despesas? A classificação em Direto e Indireto é usada apenas para custos e 
não para despesas. A classificação em Fixa ou Variável pode ser aplicado para os custos e para 
as despesas. Por exemplo: 
Despesa Fixa: salário do gestor; aluguéis; seguros, etc. 
Despesa Variável: comissão dos vendedores com base nas vendas; impostos sobre 
faturamento, fretes, etc. 
Os custos variáveis são sempre diretos por natureza, embora possam às vezes ser 
tratados como indiretos por razões de irrelevância e economia. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Afinal, qual a característica que diferencia o custo direto do indireto e o variável do 
fixo? 
O que distingui os custos diretos e indiretos a capacidade de alocação aos produtos. Os 
custos diretos nos permitem uma alocação direta, clara e objetiva; com os custos indiretos não 
é tão fácil assim, pois não temos essa medida direta, mas devemos utilizar formas subjetivas 
de critérios de rateios. 
Quanto aos custos variáveis e fixos, essas duas classificações estão relacionadas com o 
volume produzido. Os custos variáveis variam conforme a produção enquanto que os custos 
fixos independem do volume produzido. 
 
Custo Fixo
Custo ($)
Volume de Atividade
5 
 
2 - CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
A contabilidade de custos gera informações para auxiliar a empresa em tomadas de 
decisão. Uma das informações é encontrar quanto custou para a empresa a produção do 
produto ou da prestação de um serviço. Com essa informação a empresa pode calcular seu 
resultado ou mesmo o preço mínimo que devemos cobrar pelo seu produto. Para encontrar o 
custo de uma produção, devemos identificar quanto custou o produto. No nosso caso do doce 
de abóbora, nós identificamos quanto eles custaram quando conseguimos mensurar o que ele 
consumiu de recursos. 
Os métodos de custeio, entre eles o absorção consistem em metodologias para alocar 
custos aos produtos. Cada um possui uma metodologia diferente, caracterizando-os. 
De acordo com Martins (2009) o Custeio por Absorção é o método derivado da 
aplicação dos Princípios da Contabilidade geralmente aceitos. Consiste na apropriação de 
todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos 
relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços 
realizados. 
A regra no custeio por absorção é: 
 
BOX EXPLICATIVO - REGRA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO: 
Apropriar TODOS os custos de produção (sejam eles fixo, variáveis, diretos ou 
indiretos),e somente estes aos produtos. Ou seja, tudo que for classificado como custo fará 
parte do custo da produção. 
Apresentamos a seguir o custeio de absorção para empresas de manufatura e 
empresas prestadoras de serviços. 
 
 
Figura: Custeio por Absorção- Empresa Industrial 
 
 
CUSTOS
ESTOQUE DE
PRODUTOS
DESPESAS
Demonstração de Resultados
RECEITA
(-) CPV
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas
(=) LUCRO OPERACIONAL
6 
 
 
Figura: Custeio por Absorção- Empresas Prestadoras de Serviços 
 
O registro dos encargos financeiros é tratado na Contabilidade como despesas e não 
como custo. Os encargos financeiros não são, custos de produção, mesmo que facilmente 
identificados com financiamentos para aquisição de matérias-primas ou outros fatores de 
produção. Assim, são gastos de falta de capital próprio e não gastos de produção (custos). 
 
 
Figura: Sistema de Custeio por Absorção e o problema da alocação dos custos indiretos - rateio 
 
2.1 Análise dos critérios de rateio 
A apropriação dos custos indiretos é feita de forma indireta aos produtos, isto é, 
mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento dos custos etc. 
Essas formas têm maior ou menor grau de subjetividade, devido à arbitrariedade que 
existi nessas alocações. 
Os custos comuns a vários departamentos são rateados em função da sua natureza. 
Quanto aos custos indiretos devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados 
Demonstração de Resultados
RECEITA
(-) Custo Serviços Prestados
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas
(=) LUCRO OPERACIONAL
CUSTOS
PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS
DESPESAS
Custos
IndiretosDiretos
Produto A Produto B Produto C Estoque
C P V
Despesas
Resultado
Vendas
7 
 
para relacioná-los aos produtos em função dos fatores mais relevantes que se conseguir, como 
por exemplo, aluguel, a depreciação dos edifícios, a energia consumida etc. 
Para uma devida alocação dos Custos Indiretos de Produção é necessário proceder a 
uma análise de seus componentes e verificação de quais critérios melhor relacionarem esses 
custos com os produtos. 
Critérios bons numa empresa podem não ser em outras em virtude das características 
especiais do próprio processo de produção. É absolutamente necessário que as pessoas 
responsáveis pela escolha dos critérios de rateio conheçam bem o processo produtivo da 
empresa. 
Quando alteramos o critério de rateio adotado, poderemos provocar mudanças no 
valor apontado como custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra modificação 
tenha ocorrido no processo de produção. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Seguindo o raciocínio de Ribeiro (2009, p. 305), a empresa deve levar em consideração 
a relação custo-benefício no momento de decidir sobre a escolha da base de rateio a ser 
utilizada para evitar cálculos e detalhes desnecessários, uma vez que são inúmeras as bases de 
rateio que podem ser adotadas. 
 
Os critérios de rateio adotados devem estar nas notas explicativas e quando houver 
mudanças nesses critérios, deverá constatar também nas notas explicativas com a justificativa 
da mudança de critério. A mudança de critério é permitida, porém deve-se manter um padrão 
para não ferir o princípio contábil da Consistência. A Consistência é de extrema importância 
para avaliação homogênea dos estoques em períodos subseqüentes, de forma a não 
artificializar resultados. 
Vamos fazer um exemplo de rateio dos custos indiretos: 
A Padaria Paladar produz dois tipos de produto, Pão Francês e Bolo de Fubá, cujo 
volume de produção e de vendas e custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam: 
 
 Pão Francês Bolo de Fubá 
Produção (un.) 4.000 1.000 
Venda (un.) 4.000 1.000 
CIF ($) 2.000 
 
8 
 
Em determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade 
(em $/un.): 
 Pão francês - 
Unidade 
Pão francês – 
Total 
Bolo de Fubá - 
Unidade 
Bolo de Fubá – 
Total 
Mão-de-obra direta $ 0,75/un. (4.000*0,75) 
$3.000,00 
$ 1,75/un. (1.000*1,75) 
$1.750,00 
Matéria-prima $0,05/un. (4.000*0,05) 
$200,00 
$1,50/un. (1.000*1,50) 
$1.500,00 
 
Com base nos dados anteriores, pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de 
Produção (CIF) de cada produto, utilizando: 
a) o custo da MOD como base de rateio; 
b) o custo da matéria-prima como base de rateio. 
 
Resolução: 
a) o custo da MOD como base de rateio: 
Produtos MOD Volume de Produção MOD total % CIF 
Pão Francês 0,75 4.000 3.000 63% 1.263 
Bolo de Fubá 1,75 1.000 1.750 37% 737 
 4.750 100% 2.000 
 
b) o custo da matéria-prima como base de rateio: 
Produtos MP Volume de Produção MP total % CIF 
Pão Francês 0,05 4.000 200 12% 235 
Bolo de Fubá 1,5 1.000 1.500 88% 1.765 
 1.700 100% 2.000 
 
 
9 
 
Percebam que o uso da MOD como critério de rateio mostra que o Pão Frances é o 
produto de maior custo; mas quando utilizamos a Matéria-Prima como critério de rateio, o 
Bolo de Fubá torna-se o produto de maior custo. Estes resultados evidenciam que o uso 
subjetivo do critério de rateio pode levar a empresa a gerar informações diferentes, as quais 
podem influenciar certas tomadas de decisão. 
 
BOX CONEXÃO: 
Para compreender um pouco mais a questão dos métodos de custeio e o rateio fica a 
sugestão do artigo “Os métodos de custeio variável e por absorção e o Inconsciente coletivo na 
contabilidade de custos” dos autores: Valmor Slomski, Igor Veloso Colares Batista e Erasmo 
Moreira de Carvalho. Este artigo foi publicado na Revista de Contabilidade do Mestrado em 
Ciências Contábeis da UERJ, volume 8, número1 do ano de 2003, tratando de aspectos da 
Psicologia Analítica de Jung e o inconsciente coletivo de grupo dos profissionais da 
Contabilidade. 
 
2.2 Aplicação o Custeio por Absorção 
 
Para facilitar a aplicação do custeio por absorção, podemos seguir alguns passos, 
conforme sugerido por Martins (2009): 
 
1º Passo: separar custos/despesas; 
2º Passo: lançar despesas diretamente para o resultado; 
3º Passo: separar custos diretos/indiretos; 
4º Passo: alocar os custos diretos aos produtos; e 
5º Passo: atribuir os custos indiretos aos produtos via rateio. 
 
Vamos seguir os passos anteriores e resolver o exercício da Padaria Paladar 2: 
A Cia Paladar abriu uma filial no início deste ano, com foco na venda de doce de 
abóbora e doce de leite. No final do ano apresentou as seguintes informações: 
 
10 
 
Gastos do Período 
Matéria-prima $ 2.000 
Comissão dos Vendedores $ 500 
Mão-de-obra Direta $ 600 
Energia da Fábrica $ 80 
Honorário da Diretoria $ 3.000 
Manutenção da Fábrica $ 300 
 
A porcentagem de matéria-prima e mão-de-obra consumida por produto e o preço de 
venda de cada lote de doces é: 
 Doce Abóbora Doce de Leite 
Matéria-Prima 40% 60% 
MOD 55% 45% 
Preço de Venda $ 1.500 $ 2.000 
 
Com base nas informações anteriores vamos aplicar o sistema de Custeio por 
Absorção, encontrar o Custo dos Produtos Vendidos e montar a Demonstração de Resultados 
da Padaria Paladar 2. Para isso, os custos indiretos de fabricação devem ser rateados aos 
produtos seguindo a proporção de mão-de-obra consumida pelos produtos. 
1º Passo: separar custos/despesas: 
 
Custos 
Matéria Prima $2.000 
Energia da Fábrica $80 
MOD $600 
Manutenção da Fábrica $300 
 
Despesas 
Comissão dos Vendedores $500 
Honorário da Diretoria $3.000 
11 
 
2º Passo: lançar despesas diretamente para o resultado: 
 
 Doce Abóbora Doce de Leite Resultado Total 
Receita de Venda 
(-) CPV 
 Custos Diretos 
 MP 
 MOD 
 Custos Indiretos 
 Energiada Fábrica 
 Manutenção da Fábrica 
 Despesas 
 Vendas -500 
 Administrativas -3.000 
(=) Resultado -3.500 
 
 
3º Passo: separar custos diretos/indiretos: 
Custos 
Matéria-prima $ 2.000 
Custo Direto 
Mão-de-obra Direta $ 600 
Energia da Fábrica $ 80 
Custo Indireto 
Manutenção da Fábrica $ 300 
 
 
 
12 
 
4º Passo: alocar os custos diretos aos produtos: 
 
 Doce Abóbora Doce de Leite Resultado Total 
Receita de Venda 
(-) CPV 
Custos Diretos -1.130 -1.470 -2.600 
MP -800 -1.200 -2.000 
MOD -330 -270 -600 
Custos Indiretos 
Energia da Fábrica 
Manutenção da Fábrica 
Despesas 
Vendas -500 
Administrativas -3.000 
(=) Resultado -6.100 
 
13 
 
5º Passo: atribuir os custos indiretos aos produtos via rateio: 
Lembrando que os custos indiretos foram atribuídos aos produtos utilizando a 
porcentagem de consumo de mão-de-obra. 
 
 Doce Abóbora Doce de Leite Resultado 
Receita de Venda 1.500 2.000 3.500 
(-) CPV -1.339 -1.641 -2.980 
Custos Diretos -1.130 -1.470 -2.600 
MP -800 -1.200 -2.000 
MOD -330 -270 -600 
Custos Indiretos -209 -171 -380 
Energia da Fábrica -44 -36 -80 
Manutenção da Fábrica -165 -135 -300 
Despesas -3.500 
Vendas -500 
Administrativas -3.000 
(=) Resultado -2.980 
 
Assim, chegamos à demonstração de resultados da Padaria Paladar com base no 
custeio por absorção. 
 
Atividades 
 
(1) A classificação dos Custos em Diretos e Indiretos é feita com relação a quê? 
 
(2) Qual a diferença entre Custo Fixo e Custo Variável? 
 
(3) Custo Fixo é aquele que é Fixo por produto? 
14 
 
(4) Qual a importância gerencial da separação entre Custo Fixo e Variável? E entre Direto e 
Indireto? 
 
(5) O que significa a expressão Rateio na Contabilidade de Custos? 
 
(6) Classifique os itens adiante em Custo, Despesa, Perda ou Investimento e, quando for 
cabível, classifique ainda em Direto ou Indireto e em Fixo e Variável. Se mais de uma 
alternativa for válida, assinale todas ou a (s) que considerar mais predominantes (s). 
 Compra de Matéria Prima em uma Fazenda 
 Consumo de Energia Elétrica em uma Metalúrgica 
 Mão de Obra Direta 
 Consumo de Combustível em Veículos 
 Conta Mensal de Telefone 
 Aquisição de Equipamentos 
 Depreciação da Caldeira em uma Usina de Açúcar e Álcool 
 Consumo de Água Industrial 
 Consumo de Materiais diversos na Administração 
 Pessoal do Financeiro (salário) 
 Honorário da Administração 
 Honorário do Encarregado em uma Agroindústria 
 Depreciação do Prédio da Sede da empresa 
 Deterioração do estoque de materiais por enchente 
 Tempo do pessoal em greve prolongada (remunerado) 
 Sucata no processo produtivo (desperdício normal) 
 Lote de material danificado acidentalmente em uma operação industrial 
 Orelhões depredados em uma empresa de Telefonia 
 Aquisição de Embalagens 
 Consumo de materiais para manutenção dos equipamentos da Fábrica 
(7) Assinale a classificação mais adequada para os seguintes custos: 
Custos incorridos Fixo Variável 
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de turismo. 
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de uma 
indústria petroquímica. 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias públicas. 
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas. 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifícios. 
Peças para manutenção dos veículos em uma locadora. 
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de sorvete. 
Madeira utilizada em uma fábrica de caixotes. 
Aluguel do prédio de uma clínica dentária. 
 
15 
 
(8) A Natura SA é uma empresa que produz diversos produtos de higiene (como xampu, 
sabonete), maquiagem (batom, blush, rímel etc.) e cremes hidratantes (de maracujá, cupuaçu, 
castanha-do-pará entre outros.). Abaixo estão descritos os custos que a Natura incorre para a 
produção de sabonetes de maracujá. Classifique os elementos de custos da empresa em: Custo 
Direto ou Custo Indireto e Custo Variável ou Custo Fixo. 
Gastos Relação ao Produto Relação a Produção 
 Direto Indireto Fixo Variável 
Polpa de Maracujá 
Aluguel da Fábrica 
Aromas artificiais 
Conta mensal de água industrial 
Consumo combustível de veículos de entrega do 
produto 
 
Consumo de água para formulações dos sabonetes 
Consumo de material para máquinas industriais 
Depreciação de máquinas industriais 
Embalagem 
Energia Elétrica para iluminação mensal da fábrica 
Honorários do Gerente Industrial 
Materiais Escritório na fábrica 
Emulsão Hidratante na fabricação 
Salários do Estoquista 
Salários do contador de custos 
Salários dos Diretores Gerais da empresa 
Salários dos operários da Mistura 
Glicerina usada na produção 
Seguro da fábrica 
Conta mensal de Telefone da fábrica 
 
16 
 
(9) A IceBlue é uma empresa que produz três tipos de produtos: Sorvete de chocolate, sorvete 
de morango e sorvete de creme. Em determinado período, o gestor da IceBlue indicou que o 
volume de produção e de vendas de cada sorvete é: 
 
 
Sorvete de 
Chocolate 
Sorvete de 
Morango 
Sorvete de Creme 
Quantidade Produzida 1.000 un. 700 un. 800 un. 
Quantidade Vendida 800 un. 700 un. 500 un. 
 
 
O gestor também indicou que os custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam $20.000 e que, 
em determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $): 
 
 
Sorvete de 
Chocolate 
Sorvete de 
Morango 
Sorvete de Creme 
Mão-de-Obra $5/un. $2,5/un. $4/un. 
Matéria Prima $10/un. $12/un. $8/un. 
 
Pede-se calcular:: 
a) O valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada produto, utilizando o custo da 
MOD como base de rateio; 
b) O valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada produto, utilizando o custo da 
matéria-prima como base de rateio. 
c) Qual produto você incentivaria a venda? Justifique. 
 
(10) A Ser vice é uma empresa que presta serviços de assistência a eletrodomésticos. 
Atualmente, seus serviços são para reparos ou melhorias em notebooks, impressoras e 
aparelhos de Blue Ray. Neste mês, o gestor da Service apresentou o seguinte volume de 
serviços prestados: 
 
 Notebooks Impressoras Blueray 
Quantidade Produzida 300 un. 200 un. 400 un. 
Quantidade Vendida 300 un. 200 un. 400 un. 
17 
 
O gestor também indicou que os custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam $50.000 e que, 
em determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $): 
 
 Notebooks Impressoras Blueray 
Mão-de-Obra $10/un. $5/un. $15/un. 
Peças $10/un. $5/un. $20/un. 
 
Pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada produto, utilizando: 
a) o custo da MOD como base de rateio; 
b) o custo da matéria-prima como base de rateio. 
 
 
Reflexão 
 
Em relação ao rateio, foi visto como calcular e o impacto da arbitrariedade no custo 
dos produtos, conseqüentemente na informação gerada para tomada de decisão. Verificamos 
que os custos indiretos devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados para 
apropriá-los aos produtos em relação aos fatores mais relevantes. Vimos que critérios bons 
numa empresa podem não sê-los em outra, em virtude das características especiais do 
processo produtivo e, que os responsáveis pela escolha dos critérios devem conhecer bem o 
processo produtivo. 
A Consistência é de extrema importância para uma melhor avaliação dos estoques em 
períodos subseqüentes, de forma a não artificializar resultados.Conhecemos ainda os principais aspectos da forma de apuração de custos, entre elas o 
primeiro sistema de apuração dos custos aos produtos, que é o sistema de custeio por 
absorção utilizando a metodologia do rateio simples. 
De forma sintética foi visto nesta unidade: 
 
Assunto Característica 
Custo Direto Locação clara e objetiva 
Custo Indireto Não possui medida locativa 
Custo Fixo Independente do volume de produção 
Custo Variável Varia com o volume de produção 
Custeio por 
Absorção 
Aloca todos os custos aos produtos e somente eles. 
Uso de Rateio com ou sem departamentalização 
Aceito pela Legislação Fiscal e Societária 
 
18 
 
3 - CUSTEIO DIRETO/VARIÁVEL 
Introdução 
Anteriormente verificamos que existem diversos problemas envolvidos na alocação 
arbitrária de custos indiretos (fixos, especialmente) aos produtos, podendo assim resumi-los: 
 Elevado grau de subjetividade no rateio dos custos indiretos; 
 Grande chance de distorção no custo de determinados produtos (ou de todos); 
 Confusão para tomada de decisões gerenciais, entre outros. 
Assim, como forma de minimizar esses problemas surgiu o custeio variável. Nesse 
método, somente são alocados aos produtos os custos variáveis, ou seja, aqueles custos que 
variam em função do volume de produção, enquanto os custos fixos são considerados como 
despesas do período e são lançados diretamente para o resultado do exercício. 
Antes de tudo, vamos relembrar a diferença entre custos variáveis e custos fixos. 
Custos variáveis são aqueles que variam diretamente em função do volume produzido, como 
por exemplo, os materiais diretos. Já os custos fixos são aqueles que não têm relação direta 
com o volume produzido. É o caso do aluguel da fábrica, que não varia em função da 
quantidade produzida. 
 
3.1 - Conceito de margem de contribuição 
 
A margem de contribuição (MC) representa a quantia gerada pelas vendas capaz de 
cobrir os custos fixos e ter como resultado o lucro. A margem de contribuição é expressa em 
unidades monetárias (reais (R$), por exemplo) e pode ser apresentada na forma unitária ou 
total. 
A margem de contribuição (MC) é calculada pela diferença entre a receita e os custos e 
despesas variáveis. Acompanhe: 
 
 Unitária Total 
 Receita de Vendas unidade unitária x quantidade 
( - ) Custos e despesas variáveis unidade unitária x quantidade 
( = ) Margem de contribuição (MC) unidade unitária x quantidade 
( - ) Custos e despesas fixas custos e despesas fixos 
( = ) Resultado do exercício resultado do exercício 
 
Podemos perceber que a margem de contribuição torna mais claro o potencial de cada 
produto, serviço ou até mesmo de departamentos, unidades etc. demonstrando como cada 
um contribui (daí o nome contribuição) para a amortização dos custos (e despesas) fixos e, 
depois, para a geração do resultado. 
19 
 
 
BOX EXPLICATIVO 
Margem de Contribuição representa a potencialidade de um ou vários produtos em 
cobrir os gastos fixos (custos e/ou despesas) de uma empresa, e ainda contribuir para a 
geração de resultados. 
 
Vamos fazer um exemplo de aplicação do conceito de Margem de Contribuição. 
A Shoes SA é uma indústria de calçados responsável pela fabricação de botas e sapatos 
na região de São Paulo. O gesto da empresa apresentou a você em determinado período os 
seguintes dados: 
 
 Botas Sapatos 
Quantidade produzida e vendida 5.000 4.000 
Preço de venda $ 100/un. $ 80/un. 
Material Direto $ 40/un. $ 30/un. 
Mão-de-Obra direta $ 5,5/un. $ 5,5/un. 
Custos fixos $ 2,1/un. $ 1,5/un. 
 
O gestor possui uma verba para aplicar no marketing nos produtos, mas não pode 
aplicar nos dois, precisa escolher apenas um deles. Com base nos dados anteriores o gestor 
pediu que você lhe ajudasse a definir qual produto deveria ter a venda incentivada pela 
campanha de Marketing. Para isso, responda as seguintes questões: 
a) Calcule a Margem de Contribuição unitária de cada produto. 
b) Calcule a Margem de Contribuição Total de cada produto. 
c) Qual produto deve ter sua venda incentivada? Por quê? 
 
20 
 
Seguindo a metodologia de cálculo da Margem de Contribuição, temos: 
a) Margem de Contribuição unitária de cada produto: 
 
 Botas Sapatos 
Preço de venda $ 100/un. $ 80/un. 
(-) Custos Variáveis $ - 45,5/un. $ - 35,5/un. 
Material Direto $ - 40/un. $ -30/un. 
Mão-de-Obra direta $ - 5,5/un. $ - 5,5/un. 
(=) Margem de Contribuição unitária $ 54,5/un. $ 44,5/un. 
 
b) Margem de Contribuição Total de cada produto: 
Para encontrar a Margem de Contribuição Total, basto multiplicar os valores de 
Margem de Contribuição unitária pela quantidade produzida e vendida. 
 
 Botas Sapatos 
Preço de venda 500.000 320.000 
(-) Custos Variáveis - 227.500 - 142.000 
Material Direto - 200.000 - 120.000 
Mão-de-Obra direta - 27.500 - 22.000 
(=) Margem de Contribuição Total. 272.500 178.000 
 
Diante dos resultados você poderia dizer ao gestor para ele incentivar a venda das 
Botas, pois é o produto com maior potencialidade para contribuir com a absorção dos custos 
fixos e gerar resultado (maior margem de contribuição!) 
3.2 - Custeio direto/variável 
 
Vimos até agora que a grande diferença com os sistemas tradicionais é a atenção 
voltada para a alocação dos custos indiretos. Na metodologia do Custeio por Absorção, os 
custos indiretos são alocados por meio de critérios de rateio subjetivos. 
 Contudo, para fins gerenciais não tem grande utilidade, principalmente por motivos 
como envolver a questão da alocação dos custos fixos, os quais existem independentemente 
21 
 
da fabricação das unidades e pelo fato de a alocação de tais custos ser arbitrária com base em 
critérios de rateio o que pode mais confundir a empresa e levá-la a tomar decisões de modo 
errôneo. 
Em função destes aspectos surgiu o Custeio Direto/Variável, o qual filtra alguns 
aspectos criticados do sistema por Absorção, conforme ilustração a seguir: 
 
 
Figura 2: Surgimento do Custeio Variável 
O custeio variável é o método de custeio em que somente os custos variáveis de 
produção são considerados nos custos inventariáveis (estoques). Assim, todos os custos de 
produção fixos são excluídos dos custos inventariáveis: eles são custos do período em que 
ocorreram. 
 
BOX EXPLICATIVO - REGRA DO CUSTEIO VARIÁVEL: 
Apropriar os CUSTOS VARIÁVEIS, e somente estes! 
Portanto NÃO inclui os CUSTOS FIXOS OU DESPESAS! 
 
Ou seja, no Custeio Variável somente os custos variáveis de produção (aqueles que 
variam com a produção) são considerados custos do produto. Isto normalmente abrange 
materiais diretos, mão-de-obra direta e a parte variável dos custos indiretos de fabricação. 
Nesse método, o custo indireto de fabricação fixo não é considerado custo do produto, mas 
sim custo do período e é confrontado integralmente com as receitas do período (como é feito 
com as despesas no custeio por absorção). 
 
BOX EXPLICATIVO – Mas e os Custos Fixos? 
São lançados totalmente no resultado do período! 
Tomada de 
decisões 
errôneas
Subjetividade 
no rateio
Chances de 
distorção no 
custo do 
produto
Custeio Variável
22 
 
Algumas empresas e autores denominam este custeio como Custeio Direto, no 
entanto é uma terminologia que expressa de forma equivocada o uso desse custeio, pois o 
mesmo não considera todos os custos diretos, mas apenas os custos diretos variáveis. A 
literatura contábil esclarece que quaisquer custos de fabricação fixos diretos e quaisquer 
custos diretos que não sejam de fabricação (como os de marketing) não são considerados para 
a avaliação dos estoques e o custeio variável consideracomo custos dos produtos, custos 
diretos e indiretos. 
O custeio variável utiliza a margem de contribuição para evidenciar resultado, que 
demonstra o valor que cada unidade do produto excede a receita e o custo que de fato 
provocou. 
BOX EXPLICATIVO – NÃO CONFUNDIR: 
O cálculo da Margem de Contribuição considera Custos e Despesas Variáveis; mas o 
conceito de Custo Variável considera, apenas, Custos Variáveis! 
 
Em outras palavras, no custeio variável só são agregados aos produtos seus custos 
variáveis e os custos fixos são tratados como despesas. É importante ressaltar que este 
método não é aceito para fins externos (Fisco), porém fornece informações importantes como: 
 Margem de Contribuição: que segundo Santos (1995, p. 7): “é a diferença entre as 
receitas e os custos variáveis, representa a quantia gerada pelas vendas capaz de 
cobrir os custos fixos e ter como resultado o lucro. A margem de contribuição pode ser 
expressa em sua forma unitária, no total ou em índice”. 
 Ponto de Equilíbrio: Indica a capacidade mínima que a empresa deve operar para não 
ter prejuízo, por Martins (2003). 
 Margem de Segurança: conforme Martins (2003), demonstra o quanto à empresa 
pode reduzir suas receitas sem ter prejuízo. 
 
3.3 Exemplo de aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de Contribuição 
 
Para aplicação do custeio variável, assim como do Custeio por Absorção e ABC, 
podemos estabelecer alguns passos: 
1º Passo: Separar custos e despesas 
2º Passo: Separar o que são Custos Fixos e o que são Variáveis 
3º Passo: Os Custos Variáveis devem ser apropriados diretamente aos produtos 
4º Passo: Os Custos Fixos devem ser tratados conforme as Despesas e lançados 
diretamente no Resultado do período. 
Esquematicamente teríamos: 
 
23 
 
 
 
Figura 3: Esquema de aplicação do Custeio Variável 
Agora, vamos fazer um exemplo da aplicação do Custeio Variável. 
A ViaCouro SA. é uma empresa que produz malas. Em determinado período 
apresentou os seguintes dados: 
 
Quantidade produzida 1.000 un. 
Quantidade vendida 800 un. 
Couro $ 15/un. 
MOD $ 40/un. 
Custos Indiretos $ 1.000 
Despesas Administrativas $ 1.500 
Preço de Venda $ 90 
 
Com base nos dados anteriores, vamos calcular o resultado da empresa com base no 
conceito do Custeio por Absorção: 
 
 
Custos
FixosVariáveis
Produto A
Produto B
Produto C
Estoque
C P V
Despesas
Resultado
Vendas
FixasVariáveis
24 
 
1º Passo: Separar custos e despesas 
Das informações anteriores temos: 
 
Couro Custo 
MOD Custo 
Custos Indiretos Custo 
Despesas Administrativas Despesa 
 
2º Passo: Separar o que são Custos Fixos e o que são Variáveis 
 
Couro Custo Variável 
MOD Custo Variável 
Custos Indiretos Custo Fixo 
 
 
3º Passo: Os Custos Variáveis devem ser apropriados diretamente aos produtos 
fabricados 
 
 Mala 
Couro R$ 15.000 
MOD R$ 40.000 
Custos Variáveis Totais R$ 55.000 
 
 
4º Passo: Os Custos Fixos devem ser tratados conforme as Despesas e lançados 
diretamente no Resultado do período. 
25 
 
Um aspecto fundamental para elaborar a Demonstração de Resultados, dentro do 
Conceito de Custeio Variável, é lembrar-se de considerar, para os Custos Variáveis, apenas a 
quantidade de unidades vendidas. Assim, a Demonstração de Resultados da ViaCouro SA. é: 
 
Receita de Vendas $ 72.000 
(-) CPV $ 44.000 
Couro $ 12.000 
MOD $ 32.000 
(=) Resultado Bruto $ 28.000 
(-) Custos Indiretos $ 1.000 
(-) Despesas Administrativas $ 1.500 
(=) Resultado Líquido $ 25.500 
 
 
3.4 Distinção entre o custeio por absorção e custeio variável 
 
A grande diferença entre a utilização do custeio variável e do custeio por absorção está 
nos resultados causados pela forma de contabilização nos estoques. Quando as vendas são 
iguais, a única diferença que pode existir entre eles é o valor do custo indireto de fabricação 
reconhecido como despesa na demonstração de resultado. 
Por outro lado, quando a produção é maior que as vendas, o lucro líquido apurado 
pelo custeio por absorção geralmente será maior que o lucro líquido do custeio variável. No 
custeio por absorção, parte dos custos indiretos fixos de fabricação do período é diferida no 
estoque. Contudo, no custeio variável todos os custos indiretos fixos são lançados contra o 
resultado como custo do período. 
Nesse caso, quando a produção é menor que as vendas, o lucro líquido apurado pelo 
custeio por absorção geralmente será menor do que o apurado pelo custeio variável. Isso 
acontece porque os estoques são reduzidos e os custos indiretos fixos neles previamente 
diferidos pelo custeio por absorção são baixados do estoque e levados contra o resultado – 
conhecido como custo indireto fixo de fabricação transferido do estoque. 
Assim, o custeio variável difere do custeio por absorção à medida que considera como 
custo do produto apenas os custos de produção que variam com a quantidade produzida, o 
que normalmente abrange materiais diretos, mão-de-obra direta e parte variável do custo 
indireto de fabricação. 
26 
 
Mas vamos verificar essa diferença com números: primeiro faremos uma distinção na 
forma de apuração do custo (1) e depois vamos comparar os impactos destas diferenças no 
resultado do período (2). 
Acompanhe: 
 
(1) Apuração do custo 
 
Dados 
Unidades vendidas no ano 6.000 unidades 
Custos variáveis Custos Fixos 
 Mão-de-obra direta 2,00 CIF´s 30.000 
 Mão-de-obra indireta 4,00 Desp. Vendas e Adm 10.000 
 CIF´s 1,00 
 Desp. Vendas e Adm 3,00 
 
Custeio por Absorção Custeio Variável 
Custo unitário 12,00 Custo unitário 7,00 
 
 mão-de-obra direta 2,00 mão-de-obra direta 2,00 
 mão-de-obra indireta 4,00 mão-de-obra indireta 4,00 
 CIF´s variáveis 1,00 CIF´s variáveis 1,00 
 CIF´s fixos 5,00 
 
 
27 
 
(2) Apuração do resultado do período 
 
Dados 
Preço de venda 20,00 
Unidades vendidas 5.000 
 
Custeio por Absorção Estoque inicial - 
Vendas 100.000 (+) produção 72.000 = 6000* $12 
 (-) Custo (60.000) (-) venda (60.000) = (5000)* $12 
 = Lucro Bruto 40.000 Estoque final 12.000 
 (-) Despesas Operacionais 
 Venda/Adm fixas (10.000) 
 Venda/Adm variáveis (15.000) 
 = Lucro Operacional 15.000 
 
Custeio Variável Estoque inicial - 
Vendas 100.000 (+) produção 42.000 = 6000* $7 
 (-) Custo variáveis (35.000) (-) venda (35.000) = (5000)* $7 
 (-) desp. V/Adm Variáveis (15.000) Estoque final 7.000 
 = Lucro Bruto 50.000 
 (-) Despesas Operacionais Desp. Variável = (5000) *$ 3 
 Venda/Adm fixas (10.000) 
 CIF`S fixos (30.000) 
 = Lucro Operacional 10.000 
 
 
 
28 
 
As principais vantagens deste método: 
 Elimina as flutuações de lucros causados pelas diferenças entre volumes de venda e 
produção; e 
 Fornece informações importantes para tomada de decisão e planejamento do lucro; 
facilita a preparação dos instrumentos de controle como custo-padrão, orçamento 
flexível e análise do custo-volume-lucro. 
E as desvantagens deste método: 
 Os relatórios internos diferem dos relatórios externos requerendo um sistema paralelo 
de informações; os inventários tendem a sersubavaliados; 
Na prática, a não é tão fácil separar os custos fixos dos variáveis (existem alguns custos 
que possuem comportamento híbrido: semi-fixos ou semi-variáveis, como quiser!) 
 
3.5 Exercício Resolvido: Aplicação da Margem de Contribuição1 
 
A Empresa Brasileira de Móveis Ltda produz móveis de luxo por encomenda. Seus 
custos fixos totalizam $ 9.600,00 por semana e suas despesas fixas de administração e vendas 
$ 4.200 por semana. 
Os custos e as despesas variáveis estimados são os seguintes, por unidade (em $): 
 
 Material Comissão Frete 
Carteiras 150 50 25 
Mesas 500 150 55 
 
No início de outubro, a empresa recebe duas propostas de clientes: 
A primeira é para fabricar 200 carteiras, ao preço unitário de $550. Nesse caso, a 
produção demandaria três semanas. A segunda é para 110 mesas a $1.400 cada, e quatro 
semanas de trabalho da fábrica. 
Consultado, o gerente de produção informa que só tem capacidade para aceitar um 
pedido, pois a partir de novembro deverá se dedicar ás outras encomendas já programadas 
para o próximo trimestre. 
 
Pede-se para calcular: 
 
1
 Adaptado de Martins (2003, p. 186) 
29 
 
 
(a) o lucro da empresa no mês de outubro, para cada alternativa; 
(b) o lucro operacional projetado de cada uma das encomendas; 
(c) a margem de contribuição unitária (MC/unid) de cada encomenda; 
(d) a margem de contribuição total (MCTotal) de cada encomenda. 
 
Resolução: 
 
Custo Fixo 9.600 por semana 
Despesas Fixas 4.200 por semana (administração e venda) 
 13.800 
 
 Custos e Despesas Variáveis 
 Material Comissão Frete Total 
Carteiras 150 50 25 225 
Mesas 500 15 55 705 
Total 650 200 80 930 
 
 
1a Proposta 
Carteiras 200 unidades 
Preço de Venda 550 por unidade 
Duração 3 semana 
 
30 
 
 
Lucro da empresa 
Custos e Despesas 
Variáveis = 225 x 200 45.000 
Custos Fixos = 13.800 + (13.800 x 3) 55.200 
Custo Total 100.200 
Receita de Venda= 200 x 550 110.000 
Lucro da empresa 9.800 
 
Lucro Operacional 
Custos e Despesas 
Variáveis = 225 x 200 45.000 
Custos Fixos = 13.800 x 3 41.400 
Custo Total 86.400 
Receita de Venda= 200 x 550 110.000 
Lucro da empresa 23.600 
 
Margem de Contribuição Unitária 
Receita de Venda 550 
(-) Custos e Despesas Variáveis 225 
Margem de Contribuição Unitária 325 
 
Margem de Contribuição Total 
Receita de Venda= 200 x 550 110.000 
(-) Custos e Despesas Variáveis 45.000 
Margem de Contribuição Unitária 65.000 
 
 
31 
 
 
2a Proposta 
Carteiras 110 unidades 
Preço de Venda 1.400 por unidade 
Duração 4 semana 
 
Lucro da empresa 
Custos e Despesas Variáveis = 705 x 110 77.550 
Custos Fixos = 13.800 + (13.800 x 4) 69.000 
Custo Total 146.550 
Receita de Venda= 110 x 1.400 154.000 
Lucro da empresa 7.450 
 
Lucro Operacional 
Custos e Despesas Variáveis = 705 x 110 77.550 
Custos Fixos = 13.800 x 4 55.200 
Custo Total 132.750 
Receita de Venda= 110 x 1.400 154.000 
Lucro da empresa 21.250 
 
Margem de Contribuição Unitária 
Receita de Venda 1.400 
(-) Custos e Despesas Variáveis 705 
Margem de Contribuição Unitária 695 
 
32 
 
 
Margem de Contribuição Total 
Receita de Venda= 110 x 1.400 154.000 
(-) Custos e Despesas Variáveis 77.550 
Margem de Contribuição Unitária 76.450 
 
 
3.6 Exercício Resolvido: Aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de 
Contribuição 
 
A CarNews fabrica três modelos de carros: Alpine, Blande e Cris. Os gestores da 
empresa: Willian Lopes e Pedro Gonçalves precisão escolher entre dois cenários de produção e 
venda: 
 
Cenário 1 
Venda dos três veículos nas seguintes condições: 
 
 Alpine Blande Cris 
Preço de Venda 35.000 80.000 20.000 
Motor $7.000/un. $9.000/un. $5.000/un. 
Peças $4.000/un. $5.000/un. $2.500/un. 
MOD $2.500/un. $4.000/un. $1.500/un. 
Comissão de Vendas 13% 
Custos Fixos Gerais R$500.000 
Salário dos Engenheiros da produção R$ 60.000 
Despesa com Marketing R$ 20.000 
 
 
 
33 
 
Cenário 2 
Venda apenas do Blande e Cris com redução de 30% dos Custos Fixos Gerais, 
permanecendo as demais condições constantes. 
 
A posição de ambos é: Pedro defende a prática do segundo cenário, dizendo que a 
empresa conseguirá reduzir seus custos variáveis e seus custos fixos, Willian insiste na prática 
do primeiro cenário. Com base em seus conhecimentos sobre Margem de Contribuição e 
Custeio Variável, diga qual gestor está correto. Justifique sua posição. 
Para resolver esta questão é necessário aplicar o conceito do Custeio Variável e da 
Margem de Contribuição para elaboração da Demonstração de Resultados para os dois 
cenários e comprar o valor total da Margem e o Resultado Líquido. 
 
Cenário 1 
 
 Alpine Blande Cris Total 
Receita de Vendas 525.000 1.200.000 700.000 2.425.000 
(-) CPV -202.500 -270.000 -315.000 -787.500 
(-) Motor -105.000 -135.000 -175.000 -415.000 
(-) Peças -60.000 -75.000 -87.500 -222.500 
(-) MOD -37.500 -60.000 -52.500 -150.000 
(=) Resultado Bruto 322.500 930.000 385.000 1.637.500 
(-) Comissão de Vendas -68.250 -156.000 -91.000 -315.250 
(=) Margem de Contribuição 254.250 774.000 294.000 1.322.250 
(-) Custos Fixos Gerais -500.000 
(-) Salário do Engenheiro -60.000 
(-) Despesa com Marketing -20.000 
(=) Resultado Líquido 742.250 
 
 
 
34 
 
Cenário 2 
 
 Alpine Blande Cris Total 
Receita de Vendas 0 1.200.000 700.000 1.900.000 
(-) CPV 0 -270.000 -315.000 -585.000 
(-) Motor 0 -135.000 -175.000 -310.000 
(-) Peças 0 -75.000 -87.500 -162.500 
(-) MOD 0 -60.000 -52.500 -112.500 
(=) Resultado Bruto 0 930.000 385.000 1.315.000 
(-) Comissão de Vendas 0 -156.000 -91.000 -247.000 
(=) Margem de Contribuição 0 774.000 294.000 1.068.000 
(-) Custos Fixos Gerais -350.000 
(-) Salário do Engenheiro -60.000 
(-) Despesa com Marketing -20.000 
(=) Resultado Líquido 638.000 
 
Agora temos de condições de identificar o cenário mais interessante para a empresa. O 
cenário 1 gera uma Margem de Contribuição Total no valor de R$ 1.322.250; enquanto que o 
cenário 2, embora tenha uma redução de 30% nos Custos Fixos, possui uma Margem de 
Contribuição menor. Desta forma o cenário 1 apresenta Resultado Líquido maior que o cenário 
2; portanto, o cenário 1 deve ser escolhido de modo que Willian está correto. 
 
 
BOX CONEXÃO: 
Para se aprofundar e se atualizar na disciplina de Contabilidade de Custos é importante 
ler o CPC 16 – Estoques, baseado no IAS 2 (International Accounting Standard), já aprovado 
pela provado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários; o qual trata de algumas alterações 
ocorridas dentro da Contabilidade de Custos. Este CPC está disponível em: 
http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_16_R1.pdf 
 
35 
 
 
Atividades 
 
1) Depois de conhecer os três sistemas de custeio, complete o quadro a seguir com as 
principais características de cada um deles: 
 
 Absorção Variável 
O que alocar aos produtos? 
Como alocar? 
De acordo com os PCGA? 
Aceito Pela Legislação Societária e 
Fiscal? 
 
Foco em qual usuário? 
 
 
2) A Star S.A é uma empresa de bijuterias, sendo seus principais produtos: brincos, 
colares e pulseiras. No mês de janeiro, Gislaine Cintra levantou as seguintes 
informações: 
 
 Brinco Colar Pulseira 
Quantidade Produzida 800 un. 500 un. 600 un. 
Quantidade Vendida 750 un. 300 un. 500 un. 
Preçode Venda $ 10/ un. $ 20/ un. $15/ un. 
Vidrilhos $ 1/un. $ 8/un. $ 4/un. 
Cordão $ 0,5/um. $ 2/un. $ 1/un. 
MOD $ 3/un. $ 4/un. $ 3/un. 
Comissão de Vendas 10% 
Aluguel da Loja $ 800 
Energia Elétrica $ 200 
Salário do Administrador $ 3.000 
36 
 
 
Com base nestes dados: 
(a) Calcule o Resultado Bruto e o Resultado Líquido utilizando o método do 
Custeio Variável, destacando a Margem de Contribuição. 
(b) Qual produto você incentivaria a venda? Justifique. 
 
 
Reflexão 
 
A principal vantagem observada no custeio variável é que os resultados da empresa 
acompanham melhor a direção das vendas, não sendo muito influenciado pelo volume de 
produzido. Além disso, o custeio variável tem condições de propiciar informações muito mais 
rápidas para o processo de tomada de decisões. 
Por outro lado, não devemos esquecer-nos de suas desvantagens: o custeio variável 
fere as normas e os Princípios Contábeis. 
Devido a esse problema, os auditores e principalmente o Fisco não aceitam o uso da 
metodologia do custeio variável e, assim sendo, as demonstrações contábeis não podem ser 
elaboradas segundo esse critério. 
Entretanto, devemos lembrar que essa não aceitação do custeio variável não impede 
que a empresa o utilize internamente para fins gerenciais, ou até mesmo que o formalize 
completamente na contabilidade durante todo o período. 
Você deve estar se questionando: muitas empresas ainda utilizam método de 
apropriação de custo visando atender as necessidades legais (mesmo porque são obrigadas, 
como é o caso do custeio por absorção) se esquecendo das informações para fins gerenciais. 
Verdade! E mais: algumas utilizam os métodos de custeio para estabelecer preços aos 
produtos (absorção) e outras utilizam esses métodos para tomada de decisões através de 
diretrizes globais. Na realidade a escolha do método de custeio vai estar atrelada a suprir as 
necessidades imediatas da empresa. 
 
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Leituras Recomendas 
 
CREPALDI, S. A. Contabilidade Gerencial. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
 
LEONE, G. S. G. Custos-Planejamento: Implementação e Controle. 3ºed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
MEGLIORINI, E. Custos: Análise e Gestão. São Paulo, Pearson Prantice Hall; 2006. 
 
 
Referências 
 
ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo, Atlas: 2000. 
FROSSARD, Afonso Celso Pagano. Uma Contribuição ao Estudo dos Métodos de Custeio 
Tradicionais e do Método de Custeio Baseado em Atividades – ABC quanto à sua Aplicação 
numa Empresa Pesqueira Cearense para fins de Evidenciação do Resultado. 2003. 237f. 
Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Curso de Pós-Graduação em 
Controladoria e Contabilidade, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da 
Universidade de São Paulo – FEA/USP, São Paulo, 2003. 
GARRISON, R.H. & NOREEN, E.W. Contabilidade Gerencial. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 
HANSEN, Don R. & MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos: contabilidade e controle. São 
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. 
HORNGREN, Charles T; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de Custos. 9ª ed. 
São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2001. 
LEONE, G.S.G. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2000. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
MOTTA, Flávia Gutierrez. Fatores Condicionantes na Adoção de Métodos de Custeio em 
Pequenas Empresas: Estudo Multicasos em Empresas do Setor Metal Mecânico de São 
Carlos/SP. 2000. 205f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Curso de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade 
de São Paulo – USP, São Carlos, 2000. 
SANTOS, R. V – Modelagem de Sistemas de Custos – Revista de Contabilidade do CRC SP, ano 
II, n.4, 1998, 9. 62-74

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