Buscar

Apostila Contabilidade de Custos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 139 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 139 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 139 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 TEÓRIA E PRÁTICA DE 
CUSTOS 
2.020 
APOSTILA 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 APOSTILA 
 
 
 
CONTABILIDADE DE 
CUSTOS 
 
 
 
 
CEZIMAR GOMES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
AGOSTO DE 2020 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
Autor 
Cezimar Gomes da Silva 
Professor Universitário nos cursos de graduação de Administração e 
Contabilidade. 
Membro Efetivo da Universidade Estadual do Paiui - UESPI 
pós-graduação: Especialização em Contabilidade pela PUC-MG; em Administração 
pela Universidade Salgado Oliveira-RJ; e Ensino a Distancia pela FACID_THE. 
Mestrado em Administração pela UFPB, e Doutorado em Administração pela 
Universidad San Carlos – Asunción – PY. 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2020 compilação de Texto. 
Esta publicação foi compilada de várias bibliografia via meio 
eletrônico, fotográfico, mecânico ou outros, préviamente Catalogados. 
 
 
 
. 
 
 4 
ÍCONES 
Prezado(a) Acadêmico (a), 
 
Ao longo dos seus estudos, você encontrará alguns direcionadores os quais 
denominamos de “ícones”, como pode ser observado na coluna lateral do 
material didático. 
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de 
lin- guagem e facilitar a organizac ̧ão e a leitura hipertextual. 
 
 Atenc ̧ão: indica pontos de maior releva ̂ncia no texto. 
 
Saiba mais: oferece novas informac ̧ões que enriquecem o 
assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao 
 tema estudado. 
 
 
Importante: O conteúdo indicado com esse ícone tem bastante 
importa ̂ncia para seus es- tudos. Leia com atenc ̧ão e, tendo 
dúvida, pergunte ao seu tutor. 
 
 
Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, 
filmes, músicas, sites, programas de TV. 
 
 
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em 
diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa 
realizá-las e con- ferir o seu domínio do tema estudado. 
 
Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever 
so- bre pontos importantes e/ou questionamentos. 
 
Bons estudos! 
	
	
 
 5 
MENSAGEM	AO	ALUNO(A) 
	
	
	
	
	
	
 
Prezado(a) aluno(a) 
Este é o novo momento dedicado a disciplina de Contabilidade de Custos 
A competitividade atinge atualmente todo tipo de empresa: indústria, 
comércio e servic ̧os. 
O consumidor, de um modo geral, está mais inteligente e, em 
consequência, mais exigente, buscando aliar qualidade e preço, enquanto 
a empresa necessita de rentabilidade e os fornecedores de boas ven- das. 
As empresas têm de estar atentas a essas demandas se quiserem se 
manter no mercado. 
Assim, com o intuito de aprimorar as informações dentro das empresas, a 
contabilidade de custos está voltada para o cálculo e para a interpretação 
dos custos dos bens fabricados ou comercializados ou dos serviços 
prestados, com o intuito de fornecer elementos para a melhor tomada de 
decisão. 
Ao longo dessa etapa de quatro semanas, você terá oportunidade de 
compreender melhor e utilizar os conceitos básicos de custos e aprender a 
contabilizar e gerenciar este instrumento. 
Espero que as atividades propostas nesse período motivem seu interesse 
pelo estudo da matéria. Uma equipe estará à sua disposição para ajudar a 
superar suas ansiedades e dificuldades. 
OLA. 
SEJAM TODOS BEM 
VINDOS A DISCIPLINA 
CONTABILIDADE DE CUSTOS!!! 
 
 6 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
A área contábil está presente no cotidiano da compra, transformação e venda de 
produtos e serviços, no qual devemos no momento da venda compreender quanto 
custa o que esta sendo negociado em produtos e serviços. 
Para melhor compreender o que existe por tras das vendas de um produto ou serviço, 
contamos com a contabilidade de custos para dá as informações necessárias para se 
tomada as decisões de venda. 
Esta Disciplina levará o aluno a entender o que é custo utilizando os conhecimentos 
necessários desde os seus fundamentos básicos, assim como, o processo de analise 
quanto ao nível de alavancagem operacional para realização das vendas. 
 
	
	
	
	
	
	
	
	
..	
 
 7 
Sumário 
 
 ........................................................................................................................................................... 8 
Introduc ̧ão................................................................................................................................................... 9 
1. Fundamentos da Contabilidade de Custos ....................................................................... 10 
1.1. Considerac ̧ões Iniciais ............................................................................................................. 10 
1.2. Conceitos, elementos e nomenclaturas de Custos .................................................. 13 
2. Classificação dos Custos ............................................................................................................ 22 
3. Relac ̧ões Custo X Volume X Lucro ......................................................................................... 47 
3.1: Ponto de Equilíbrio ..................................................................................................................... 48 
3.6: Margem de Seguranc ̧a ............................................................................................................. 59 
3.7. Alavancagem Operacional ..................................................................................................... 63 
3.7.1 Alavancagem Operacional ................................................................................................... 63 
3.7.1.2 GAO (Grau de Alavancagem Operacional) ............................................................ 64 
3.7.1.3 Demonstrac ̧ão e Interpretac ̧ão do GAO ................................................................. 64 
 ......................................................................................................................................................... 70 
4. Métodos de Custeio ........................................................................................................................ 71 
4.1 Método de Custeio ........................................................................................................................ 71 
4.2: Custeio por Absorc ̧ão ................................................................................................................ 77 
4.3: Custeio Pleno (ou Integral) .................................................................................................. 83 
4.4: Custeio ABC .................................................................................................................................... 88 
4.5. Custeio UEP ..................................................................................................................................... 96 
4.6. Custeio Variável ......................................................................................................................... 102 
4.7. Custeio Direto .............................................................................................................................. 107 
5: Sistemas de Apurac ̧ão e Acumulac ̧ão de Custos ........................................................ 112 
5.1: Aspectos Gerais.......................................................................................................................... 112 
5.2 Tipos de Sistemas ...................................................................................................................... 112 
5.3 Sistema de custos por Ordens de Produc ̧ão ............................................................... 112 
5.5 Sistema de custos por Processo Produtivo .................................................................115 
5.7 Sistema de custos Conjuntos .............................................................................................. 119 
6: Sistemas de Custeio .................................................................................................................... 122 
6.1: Aspectos Gerais.......................................................................................................................... 122 
7. Referências ....................................................................................................................................... 139 
 
 
. 
 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
Parte 1 
 Neste tópico iremos tratar das seguintes abordagens: 
 
 
 
1. Introdução, Fundamentos da Contabilidade de 
Custos; 
2. Classificação dos Custos; 
3. Relação do Custo / Volume / Lucro 
 
 
 9 
Introduc ̧ão 
 
 
A sobrevivência da empresa dentro do mercado financeiro tem sido um grande desafio. 
Devido à crise econômica e à má administração, muitas empresas fecham as portas 
antes de completarem um ano de vida, isso ocorre muitas vezes pelo simples fato de 
o empresário ou administrador não possuírem conhecimento de algumas informações 
contábeis necessárias que ajudariam as empresas a se manterem dentro de um 
mercado tão competitivo. É importante conhecer e entender o planejamento de custo, 
o que necessário ter o controle de todos os custos, despesas, lucros e receitas de uma 
empresa que são pontos cruciais para que a empresa sobreviva e tenha sucesso e, 
dessa forma, conquiste um lugar privilegiado no campo empresarial. 
Cada empresa deve ter seus produtos, sua tecnologia de produção aperfeiçoados de 
acordo com os parâmetros institucionais mais adequados para mantê-la atualizada, 
bem como uma análise da situação econômica interna e externa, de grande importância 
para a competitividade e rentabilidade da empresa. Uma empresa precisa dar atenção 
especial a seu patrimônio e principalmente a seus custos para que permaneça no 
mercado altamente competitivo. As decisões gerenciais são tomadas a partir das 
informações contábeis, pois propiciam às empresas respostas para vários 
questionamentos e mutações ocorridas com uma velocidade cada vez maior na 
economia, obrigando as empresas a fazerem revisões periódicas em seu processo de 
gestão. 
Por fim, para que a empresa tenha sucesso no mercado, o empresário precisará estar 
atento a tudo que ocorre dentro e fora dela. 
 
 
 
.. 
 
 10 
 
 
1. Fundamentos da Contabilidade de Custos 
 
1.1. Considerac ̧ões Iniciais 
 
 Contabilidade de custos é um campo das Ciências Contábeis que atua 
junto à gerencia no levantamento de informações que auxiliarão nas 
tomadas de decisões e planejamentos quanto aos custos de produção e 
estabelecimento de metas de vendas. 
 
 Contabilidade Financeira X Contabilidade de Custos 
 A contabilidade de custos: trata-se da parte da Contabilidade 
que lida com todos os gastos gerados na produção de bens ou de 
serviços. 
 
1.1 A Contabilidade Financeira tem por objeto o patrimo ̂nio das 
empresas e entidades. Registra as transac ̧ões de natureza econo ̂mica 
visando apresentar a posic ̧ão patrimonial no final de cada período contábil 
e evidenciar o resultado econo ̂mico alcanc ̧ado. 
 Destina-se principalmente a usuários externos, tais como: 
fornecedores, bancos, governo, acionistas etc e é orientada pela legislac ̧ão 
societária e fiscal. 
 Mas também pode ser orientada para usuários internos, tais como 
gerentes, supervisores, diretores etc. Neste caso, recebe novos contornos 
e denomina-se Contabilidade Gerencial. 
 Esta segue os princípios gerais da contabilidade financeira, mas utiliza 
regras próprias aprovadas pela administrac ̧ão. 
 
1.2 Já a Contabilidade de Custos é uma especializac ̧ão da contabilidade 
financeira e destina-se a usuários internos, tendo tem por objetivo 
registrar os custos e a produc ̧ão de bens e servic ̧os. 
Aula1: Introdução à Contabilidade de Custos 
ula1: 
 
 11 
 Com relação a seu campo de aplicação, ela abrange quatro 
tipos de empreendimentos: 
1. Indústria: onde determina o custo de produtos vendidos e o estoque 
de produtos em fabricação, acabados e de insumos. 
2. Comércio: determina o custo de mercadorias vendidas, assim como 
seu estoque, e também o que tem estocado de bens que não são 
destinados à venda. 
3. Prestadoras de serviços: indica o custo dos serviços vendidos e o 
estoque dos que estão em andamento. Também apura o custo de todo 
material adquirido e que não foi incorporado ao serviço que está em 
andamento. 
4. Empresas extrativistas de produção primária: apura os custos dos 
produtos explorados e o estoque de produção primária e de materiais que 
não foram usados na produção primária ou na extração. 
 
1.3 As principais finalidades da Contabilidade de Custos estão 
relacionadas às seguintes func ̧ões: 
• avaliac ̧ão de estoques; 
• controle das operac ̧ões; 
• subsídio à tomada de decisões. 
 
1.4 A avaliac ̧ão de estoques refere-se à mensurac ̧ão do custo dos bens 
e servic ̧os produzidos e vendidos, que constitui o principal item de despesa 
na base de apurac ̧ão do lucro do período. 
 
1.5 O controle das operac ̧ões refere-se ao registro individualizado dos 
gastos orc ̧ados e realizados com a produc ̧ão de bens e prestac ̧ão de 
servic ̧os. Como os gastos são identificados, classificados e registrados em 
contas específicas de custos, isso facilita o controle quantitativo e 
financeiro em relac ̧ão à elaborac ̧ão e execuc ̧ão do orc ̧amento. 
 
 
 12 
1.6 Conhecendo o custo para fabricar os bens e prestar servic ̧os a 
terceiros, em relac ̧ão aos insumos, à mão de obra direta e aos processos 
industriais, a empresa poderá tomar decisões eficientes sobre: 
• opc ̧ão entre produzir ou terceirizar; 
• planejamento de volumes, datas, locais etc; 
• formatac ̧ão do mix de produc ̧ão; 
• elaborac ̧ão de política de prec ̧os baseados nos custos internos; 
 
 
 Contabilidade de Custos X Legislação Fiscal 
 
1.7 Os Custos dos produtos e servic ̧os são mensurados com base em 
regras ditadas pela contabilidade de custos e o processamento dos cálculos 
é feito com auxílio de ferramentas integradas com a contabilidade 
financeira ou utilizadas apenas para fins gerenciais. 
 
1.8 As informac ̧ões geradas pelo sistema de custos somente são aceitas 
pela legislac ̧ão aplicada ao imposto de renda, nas empresas tributadas pelo 
lucro real, se o sistema de custos for integrado e coordenado com a 
escriturac ̧ão contábil. 
 
1.9 Caso contrário, as informac ̧ões geradas pelo sistema de custos são 
utilizadas somente para fins gerenciais e a apurac ̧ão do resultado contábil 
obedece às regras previstas na legislac ̧ão fiscal. 
Informac ̧ões Complementares 
Para complementar o estudo desta disciplina, recomendamos leitura dos 
livros citados na bibliografia informada na sec ̧ão links de apoio do ambiente 
virtual e em outros materiais publicados em livros, artigos e trabalhos 
científicos. 
 
 
. 
 
 13 
1.2. Conceitos, elementos e nomenclaturas de Custos 
 
1.2.1 Gastos: 
 São sacrifícios financeiros consumidos para a realizac ̧ão das diversas 
atividades das empresas e entidades, nas áreas administrativa, comercial, 
produc ̧ão, servic ̧os, distribuic ̧ão, suprimento etc 
 
1.2.2 Os gastos são subdivididos em 4 (quatro) espécies, a saber: 
• Investimentos • Custos 
• Despesas 
• Perdas 
 
1.2.3 Investimentos: 
 São gastos relativos a aquisic ̧ões de ativos que produzirão receitas 
no futuro. Por exemplo: 
a) compras de insumos para formac ̧ão de estoques; 
b) compras de bens para o imobilizado; 
c) aplicac ̧ões financeiras. 
 
1.2.4 Custos: 
 São gastos relativos ao consumo de bens e servic ̧os para a produc ̧ão 
de novos bens e servic ̧os. Porexemplo: 
a) consumo de insumos; 
b) consumo de energia elétrica na fábrica; 
c) salários e encargos sociais atribuídos ao pessoal que presta servic ̧o na 
 fábrica. 
 
1.2.5 Despesas: 
 São gastos realizados com a finalidade de gerac ̧ão de receitas. Por 
exemplo: 
 
 14 
a) comissões sobre vendas; 
b) consumo de material de expediente no escritório; 
c) consumo de energia elétrica no escritório; 
d) salários e encargos sociais atribuídos ao pessoal que presta servic ̧o 
 administrativo e financeiro. 
 
1.2.6 Perdas: 
 São gastos de natureza excepcional, já que ocorrem de forma anormal 
e involuntária. Por exemplo: 
 
a) extravio de estoques; 
b) consumo anormal de insumos; 
c) danificac ̧ão de bens por acidente; d) perda de direitos por prescric ̧ão. 
 
1.2.7 Custo das vendas 
 Corresponde ao valor de compra das mercadorias vendidas no 
exercício, bem como o custo industrial dos produtos fabricados e o custo 
dos servic ̧os prestados que foram vendidos no período contábil. 
 
1.2.8 Dependendo do tipo de atividade realizada pela empresa, o 
custo das vendas pode receber as seguintes denominac ̧ões: 
 
 • CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) 
 → na atividade comercial 
 
 • CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 
 → na atividade industrial; 
 
• CSP (Custo dos Servic ̧os Prestados) 
→ na atividade de prestac ̧ão de servic ̧os; 
 
 
 
 
 
. 
 
 15 
1.2.9 CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) 
 Refere-se ao custo de compra das mercadorias que foram vendidas 
durante o exercício e é determinado pela seguinte fórmula: 
 
 CMV = EI + C – EF 
 Onde: 
 
EI = Estoque Inicial de mercadorias 
C = Compras de mercadorias 
EF = Estoque Final de mercadorias 
 
1.2.10 CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 
 Refere-se ao custo dos produtos fabricados pela empresa que foram 
vendidos durante o exercício e é determinado pela seguinte fórmula: 
 CPV = EIPA + CPA – EFPA 
 Onde: 
EIPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados 
CPA = Custo da Produc ̧ão Acabada 
EFPA = Estoque Final de Produtos Acabados 
 
1.2.11 CSV (Custo dos Servic ̧os Vendidos) 
 Refere-se ao custo dos servic ̧os prestados pelas empresas prestadoras 
de servic ̧os que foram vendidos durante o exercício e é determinado pela 
seguinte fórmula: 
 CSV = EISA + CSP – EFSA 
 Onde: 
 
EISA = Estoque Inicial de Servic ̧os Acabados 
CSP = Custo dos Servic ̧os Prestados 
EFSA = Estoque Final de Servic ̧os Acabados 
 
. 
 
 16 
1.2.12. Para ilustrar o papel dos principais itens de gastos na 
formac ̧ão do lucro das empresas, segue uma DRE 8 
 
 (Demonstrac ̧ão do Resultado do Exercício) destacando o custo das 
vendas e as despesas operacionais. 
 
 
 
 
1.2.13. Elementos do custo 
 
1.2.13.1 O custo dos produtos fabricados e dos servic ̧os prestados é 
formado pelos seguintes elementos: 
 
a) insumos; 
b) mão de obra direta; 
c) custos indiretos de fabricac ̧ão ou prestac ̧ão de servic ̧os. 
 
 
 17 
a) O item insumos (ou materiais diretos): 
 Abrange matéria prima, material de embalagem e material 
secundário, na indústria, e os materiais diretamente aplicados na 
prestac ̧ão dos servic ̧os. 
 
b) O item mão de obra direta: 
 Abrange os salários, os encargos trabalhistas e os benefícios sociais 
concedidos espontaneamente pela empresa, complementando o salário, 
tais como uniforme, plano de saúde e auxílio refeic ̧ão. 
 c) O item CIF (Custos Indiretos de Fabricac ̧ão ou prestac ̧ão de servic ̧os) 
abrange os demais itens de custos não classificados como insumos ou mão 
de obra direta. 
 
 Outras nomenclaturas de custos com a formac ̧ão de estoques 
 
1.2.13.2 Durante o registro contábil dos custos com a formac ̧ão de 
estoques na atividade industrial e de prestac ̧ão de servic ̧os, os custos são 
acumulados em contas ao longo do processo industrial e recebem 
nomenclaturas específicas em cada fase, assim conceituadas: 
I) O custo com insumos refere-se ao valor de compra dos materiais diretos 
consumidos na fabricac ̧ão ou prestac ̧ão de servic ̧os e é determinado pela 
seguinte 
fórmula: 
 MD = EI + CL - EF 
 Onde 
 EI = Estoque Inicial de Insumos 
 CL = Compras Liquidas de Insumos 
 EF = Estoque Final de Insumos 
 
II) O custo de produc ̧ão do período refere-se ao total do custo contábil 
registrado no período e resulta do somatório dos seguintes itens: 
 
 18 
fórmula: 
 CPP = MD + MOD + CIF 
 Onde 
CPP = Custo de Produção do Periodo 
MD = Custo com Materiais Diretos (Insumos) 
MOD = Custo com a mão de obra direta 
CIF = Custo Indireto de Fabricac ̧ão 
 
 
III) O custo da produc ̧ão em Elaboração no período refere-se ao custo 
contábil dos produtos que estão sendo elaborados na linha de produção 
para serem concluídos no período e que não foram concluídos, é 
determinado pela seguinte: 
fórmula: 
 CPE = EIPE + CPP - EFPE 
 Onde 
CPA =Custo da Produção em Elaboração 
EIPE = Estoque inicial de produtos em elaborac ̧ão 
CPP = Custo de Produc ̧ão do Período 
EFPE= Estoque final de produtos em elaborac ̧ão. 
 
 
IV) O custo da produc ̧ão acabada no período refere-se ao custo contábil 
dos produtos que foram concluídos no período e é determinado pela 
seguinte: 
fórmula: 
 CPA = EIPE + CPP - EFPE 
 Onde 
CPA =Custo de Produção Acabada 
EIPE = Estoque inicial de produtos em elaborac ̧ão 
CPP = Custo de Produc ̧ão do Período 
EFPE= Estoque final de produtos em elaborac ̧ão. 
 
 19 
V) O custo dos Produtos Vendidos no período, refere-se ao custo contábil 
dos produtos que foram produzidos e vendidos e determinado pela 
seguinte: 
fórmula: 
 CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 Onde 
CPV =Custo dos Produtos Vendidos 
EIPA = Estoque inicial de produtos Acabados 
CPA = Custo da Produc ̧ão Acabada 
 EI = Estoque Inicial de Insumos 
 COMPRAS = Compras de matéria prima no período 
 EF = Estoque Final de Insumos 
 MOD = Mão de Obra Direta 
 CIF = Custos Indiretos de Fabricac ̧ão 
EFPA= Estoque final de produtos Acabados. 
 
*OBS: 
CIF = Custos Indiretos de Fabricac ̧ão 
EIPE = Estoque Inicial de Produtos em Elaborac ̧ão 
EFPE = Estoque Final de Produtos em Elaborac ̧ão 
EIPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados 
EFPA = Estoque Final de Produtos Acabados 
 
 
1.2.13.3. Resumo das espécies de custos relativos ao estoque de produtos 
e servic ̧os, acompanhado de suas respectivas fórmulas de apurac ̧ão. 
 
 
 20 
1.12.14. Nomenclaturas Diversas 
 
a) Custo Primário 
 Representa o somatório dos custos com insumos e com a mão de 
obra direta. 
fórmula: 
 CP = MD + MOD 
 Onde: 
CP = Custo Primário 
MD = Materiais diretos e ou insumos 
MOD = Mão de Obra Direta ( salários e encargos da Produção) 
 
b) Custo de Transformac ̧ão 
 Representa o esforço da empresa para transformar insumos em 
produtos acabados ou realizar servic ̧os. 
 Compreende o somatório do custo com a mão de obra direta e os 
custos indiretos de fabricac ̧ão. 
fórmula: 
 CT = MOD + CIF 
 Onde: 
CT = Custo de Transformação 
MOD = Mão de Obra Direta ( salários e encargos da Produção) 
CIF = Custos Indiretos de Produção 
 
c) Co-produtos 
 São produtos extraídos de uma mesma matéria prima e surgem 
simultaneamente. Todos os produtos te ̂m participac ̧ão relevante no 
faturamento da empresa. 
 Por exemplo: 
 
 21 
 a) farinha e farelo, resultantes do beneficiamento do trigo; 
 b) óleo e farelo, resultantes do beneficiamento da soja; 
 c) pluma e semente, resultantes do beneficiamento de algodão; 
 d) Carne e couro, resultantes do abate de animais. 
 
d) Subprodutos 
 São produtos gerados de forma normal no processo produtivo, sendo 
originadodos desperdícios. Existe mercado para venda, mas tem ínfima 
participac ̧ão no faturamento da empresa. 
 Por exemplo: 
 
 a) serragem, em relac ̧ão à serraria; 
 b) crueira, em relac ̧ão ao beneficiamento de algodão; 
 c) aparas, em relac ̧ão à retífica. 
 
e) Sucatas 
 São sobras de produc ̧ão ou comercializac ̧ão. Possuem venda 
esporádica e tem ínfima participac ̧ão no faturamento da empresa. 
 Não recebem custos e são tratadas como outras receitas operacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 22 
 
 
 
2. Classificação dos Custos 
 
2.1. Quanto à Variabilidade 
 
2.1.1 Classificac ̧ão dos custos sob o aspecto econo ̂mico, também 
denominada “quanto à variabilidade”: 
a - Fixos; 
b – Variáveis; e 
c - Mistos. 
 
2.1.2 Custos Fixos 
 São custos que ocorrem independentemente da quantidade de 
produtos fabricados no período e permanecem constantes dentro de um 
intervalo determinado de volume de atividades. 
Exemplos: aluguel do prédio e manutenc ̧ão de máquinas. 
 Os custos fixos referem-se a períodos determinados de tempo e são 
apurados em relac ̧ão ao período completo. Por isso, são considerados 
custos de períodos. 
2.1.3 Variáveis 
 São custos que só ocorrem na hipótese de haver produc ̧ão e cujos 
valores oscilam na mesma proporc ̧ão das quantidades produzidas de bens 
ou servic ̧os. Estão diretamente relacionados com o volume de produc ̧ão. 
 Exemplos: consumo de matéria prima e salário vinculado à 
produtividade. 
 Os custos variáveis referem-se aos produtos fabricados e aos servic ̧os 
realizados. São mensurados unitariamente e claramente identificados com 
os produtos ou servic ̧os. Por isso, são considerados custos de produtos. 
 
Aula2: Classificação dos Custos 
 
 23 
Custos Fixos X Custos Variáveis 
 
 
 
2.1.4 Mistos 
 
 São custos que possuem uma parte fixa e outra variável. 
 Exemplos: consumo de energia elétrica e aluguel de máquina com 
teto franqueado. 
 
 
 
 
 
 24 
2.1.5 Representação Gráfica dos Custos 
 
 
 
2.1.6 Dados dos custos de produção 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
2.1.7 Exercício 1 Enunciado 
 Uma pizzaria produz um único tipo de pizza e fez orc ̧amentos para 
produzir 3.000 e 5.000 unidades do seu tamanho grande, no me ̂s de 
Marc ̧o/2015, cujo resultado está apresentado a seguir. 
 Pede-se: 
 Com base nos dados apresentados, calcular o custo variável de cada 
pizza e o custo fixo do me ̂s. 
 
 Resoluc ̧ão do Exercício – 1 
 
 “ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO” 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
Custos Unitário de Produção – aos dois Produtos 
Demonstração do custo total e o custo unitário para os dois níveis de 
atividades orc ̧ados: 3.000 e 5.000 unidades de pizzas. 
 
Custos VARIAVEL Unitário de Produção 
 
o custo variável, ou seja: 
• 	massa, queijo e tomate; e 
• 	consumo de embalagem. 
Como se observa, os custos unitários apresentam valores iguais para 
os dois níveis de produc ̧ão, ou seja, o custo unitário é sempre o 
mesmo, não importando se a produc ̧ão cresceu ou decresceu. 
Isso confirma uma das características do custo variável que é ser 
“unitário” e variar proporcionalmente ao volume de produc ̧ão. 
C.U.P.= CT / Qtd TP 
 
 27 
Custos FIXOS Unitário de Produção 
 
o custo fixo, ou seja: 
• 	salário e encargos sociais de ajudantes; e 
• 	aluguel do prédio. 
Como se observa, os custos totais apresentam valores iguais para os dois níveis 
de produção, ou seja, o custo total é sempre o mesmo, não importando se a 
produção cresceu ou decresceu. 
Isso confirma uma das características do custo fixo que é ser “total”, pois se 
refere a períodos de tempo e não está relacionado aos níveis de produção. 
 
Custos MISTOS Unitário de Produção 
 
o custo misto, ou seja: 
• salário e encargos sociais do pizzaiolo (fixo + produtividades); 
• 	Consumo de energia elétrica; e 
• 	Consumo de lenha. 
Como se observa, os custos totais e unitários apresentam valores diferentes para 
os dois níveis de produção, não se observando características individuais, nem 
custos fixos, nem dos custos variáveis. 
C.F.P.= CT / Qtd TP 
C.M.P.= CT / Qtd TP 
 
 28 
2.1.8 Aprofundando o conceito de Custo Misto 
 
• Os custos mistos são formados por uma parcela de custo fixo contido nos 
seus valores totais e pelos custos variáveis relativos à fabricac ̧ão das 
pizzas, quer no orc ̧amento para 3.000 unidades ou para 5.000 unidades. 
 
• Os custos mistos são formados por uma parcela de custo fixo contido nos 
seus valores totais e pelos custos variáveis relativos à fabricac ̧ão das 
pizzas, quer no orc ̧amento para 3.000 unidades ou para 5.000 unidades. 
 
• Os custos mistos são expressos pela mesma fórmula do custo total, ou 
seja: 
 CM = CF + CV * x 
 Onde: 
CF = custo fixo total 
cv = custo variável unitário x = volume de atividade 
• Vamos, agora, realizar os cálculos visando separar a parcela do custo fixo 
e o custo variável unitário contido em cada unidade de pizza produzida nos 
itens de custos mistos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.. 
 
 29 
 ANÁLISE DA VARIABILIDADE DE CUSTOS 
Destacando, temos: 
Custo variável: R$ 1,00 por pizza; 
Custo Fixo: R$ 2.400,00 por me ̂s. 
 
 
 
Destacando, temos: 
Custo variável: R$ 0,00 por pizza; 
Custo Fixo: R$ 1.900,00 por me ̂s. 
 
 30 
 ANÁLISE DA VARIABILIDADE DE CUSTOS 
 
Destacando, temos: 
Custo variável: R$ 0,20 por pizza; 
Custo Fixo: R$ 650,00 por me ̂s. 
 
Destacando, temos: 
Custo variável: R$ 0,10 por pizza; 
Custo Fixo: R$ 1.000,00 por me ̂s. 
 
 31 
ANÁLISE DA VARIABILIDADE DE CUSTOS 
Destacando, temos: 
Custo variável: R$ 0,00 por pizza; 
Custo Fixo: R$ 5.000,00 por me ̂s. 
 
Destacando, temos: 
Custo variável: R$ 0,50 por pizza; 
Custo Fixo: R$ 0,00 por me ̂s. 
 
 32 
SEGREGAÇÃO DOS CUSTOS 
 
RESPOSTA FINAL AO EXERCICIO 
 O custo para fabricar as pizzas é de R$ 10.950,00 por mês: 
 A título de custo fixo, acrescido de R$ 6,80 por cada pizza 
produzida, independentemente do volume ser 3.000 ou 5.000 
pizzas. 
 Dependendo das quantidades produzidas, o custo total será: 
 Para 3.000 unidades: 3.000 * R$ 6,80 + R$ 10.950,00 = R$ 31.350,00 
 Para	5.000 unidades: 5.000 * R$ 6,80 + R$ 10.950,00 = R$ 44.950,00 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 33 
2.1.9 Exercício 2 Enunciado 
 Um hotel apresenta custos com energia elétrica e a quantidade de 
pessoas hospedadas num determinado período, de acordo com o quadro 
abaixo do consumo verificado. 
 Pede-se 
 Quanto de energia elétrica representa custos fixos e custos 
variáveis. 
 
 
 NT.: observar as datas efetivas das leituras mensais feitas pela empresa 
de energia elétrica. 
 
 
 
.. 
 
 34 
ANALISE DOS DADOS 
 O custo da energia elétrica, por ser um custo “misto”, é 
formado por uma parte fixa e por outra variável que é impactado 
pela quantidade de pessoas hospedadas no hotel. 
 Esse método consiste em comparar as variac ̧ões de custo e o 
volume de produc ̧ão (quantidade de hóspede, neste caso) 
ocorridas entre os períodos de maior (JULHO) e menor (JUNHO) 
custo e considerar a variac ̧ão no custo total como sendo, por 
conceito, “custo variável”. 
 
Resolução 
 O custo de energia elétrica é composto de uma parte fixa e outra 
variável. Para segregar as parcelas que correspondem a cada tipo de custo, 
será utilizado o método Matemático. 
 Esse método consiste em comparar as variac ̧ões de custo e o volume 
de produc ̧ão (quantidade de hóspede, neste caso) ocorridas entre os 
períodos de maior e menor custo e considerar a variac ̧ão no custo total 
como sendo, por conceito, “custo variável”, conforme quadri de 
segregação. 
Segregac ̧ão dos custos fixos e variáveis 
 
 
 35 
CONCLUSÃO DA ANALISECom base nos dados apresentados e utilizando-se o método 
matemático, apurou-se que: 
a) o custo fixo é de R$ 58.483,80 por ano, correspondendo a uma 
média mensal de R$ 4.873,65 (= 58.483,80 -:- 12m), e 
 
b) R$ 1,88 de custo variável, calculado com base na quantidade 
media de hóspedes (3.036=36.440 -:- 12). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.. 
 
 36 
2.2. Quanto à Forma de Apropriac ̧ão 
 
2.2.1 Classificac ̧ão dos custos sob o aspecto contábil, também 
denominada sob a forma de apropriac ̧ão. 
 a - Custos Diretos 
 b - Custos Indiretos 
 
2.2.2 Custo Direto 
• Conceito 
 São os custos facilmente identificados com os produtos, processos ou 
departamentos. 
 • Exemplos 
a) consumo de matéria prima; 
b) consumo de material de embalagem; 
c) mão de obra diretamente vinculada à produc ̧ão dos bens ou 
 prestac ̧ão de servic ̧os. 
• Características 
 Qualquer item de custo pode ser classificado como custo direto, desde 
que haja condic ̧ões de identificá-lo a um produto específico, a um processo 
ou a um departamento. Por exemplo: se uma máquina é utilizada 
exclusivamente para produzir um certo produto, todos os custos dessa 
máquina serão classificados como custo direto desse produto. Não importa 
se é mão de obra do operador da máquina, energia elétrica, manutenc ̧ão 
ou depreciac ̧ão. 
• Forma de apropriac ̧ão 
 Os custos diretos são apropriados aos produtos, processos ou 
departamento mediante a utilizac ̧ão de documentos internos da empresa, 
tais como: 
a)Requisic ̧ão de Material (para matéria prima, material secundário e 
material de embalagem); 
b) Ficha de Apontamento de Horas para a mão de obra; 
c)Ficha Técnica para controle de consumo de energia elétrica. 
 
 37 
2.2.3 Custo indireto 
 
• Conceito 
São custos comuns a vários produtos, processos ou departamentos e que 
necessitam de critérios matemáticos para seu rateio entre os produtos, os 
processos ou os departamentos. 
• Exemplos: 
a) aluguel da fábrica onde são fabricados vários produtos; e 
b) manutenc ̧ão de máquinas e equipamentos comuns a vários produtos, 
processos ou departamentos. 
 
• Características 
A principal característica do custo indireto é que haja a necessidade de uso 
de critérios matemáticos para ratear (dividir) o custo total entre os 
produtos, os processos ou os departamentos. 
 
• Critérios de rateio 
O uso desses critérios, por mais elaborados que sejam, produzem 
resultados sempre irreais com relac ̧ão à mensurac ̧ão do custo industrial. 
• A seguir, são apresentados alguns critérios de rateio disponíveis na 
literatura. 
Custo Indireto Versus Critérios. De. Rateio 
 
 
 
 38 
2.2.4 Departamento 
• A materializac ̧ão dos custos indiretos requer a estruturac ̧ão do fluxo de 
atividades ou processos homoge ̂neos em departamentos ou centros de 
custos. 
 
• Departamento é uma unidade administrativa que reúne pessoas e 
processos, com papel especificado no organograma da empresa. 
 
• Centro de Custo é uma divisão do Departamento e que, às vezes, assume 
o papel do próprio departamento, quando não comportar divisão. 
 
2.2.4.1 Departamentos Produtivos são os departamentos nos quais são 
realizadas atividades diretamente relacionadas com a manipulac ̧ão dos 
produtos. Por exemplo: departamentos de corte, costura, acabamento e 
embalagem. 
 
2.2.4.2 Departamentos de Servic ̧os são departamentos auxiliares da 
fábrica. Por exemplo: almoxarifado, oficina meca ̂nica, controle de 
qualidade e expedic ̧ão. 
 
Exercício 3 - Enunciado 
Uma empresa de confecc ̧ão utiliza os Departamentos Produtivos de Corte, 
Costura e Acabamento e os Departamentos de Servic ̧os de Almoxarifado, 
Controle de Qualidade e Manutenc ̧ão Predial. 
Durante um me ̂s de 2019, incorreu nos seguintes custos indiretos: 
Pede-se: 
a) ratear os custos indiretos entre os Departamentos Produtivos e de 
Servic ̧os (Auxiliares); 
b) transferir os custos dos Departamentos de Servic ̧os (Auxiliares) para os 
Departamentos Produtivos; 
c) calcular a taxa horária dos Departamentos Produtivos. 
 
 39 
 ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS 
 
 
 
Resoluc ̧ão - Exercício 3 
 O primeiro passo é identificar os critérios de rateio que serão 
utilizados e as bases quantitativas para realizar os cálculos. 
 
 
 
 O próximo passo é preencher o mapa de rateio dos custos indiretos 
com as informac ̧ões reunidas. Conforme Mapa abaixo. 
 
 
 
 
 40 
 ELABORAR MAPA RATEIOS DOS CUSTOS INDIRETOS 
 
Procedimentos de Calculo do Aluguel Depto de CORTE 
 
 
 
2.2.5 Transfere ̂ncia dos custos indiretos entre os Departamentos 
• Prosseguindo com o rateio dos custos indiretos, o próximo passo é 
transferir os custos dos Departamentos de Servic ̧os para os 
Departamentos Produtivos. 
 
• Essa transfere ̂ncia é feita mediante utilizac ̧ão de outros critérios de 
rateio específicos para esse fim. 
 
• A seguir, são apresentados alguns critérios de rateio disponíveis na 
literatura. 
 
 
 
 
 41 
 
CRITÉRIOS DE RATEIOS DOS CUSTOS INDIRETOS 
 
 
 
 
 
O passo seguinte é identificar os critérios de rateio que serão utilizados e 
as bases quantitativas para realizar os cálculos. 
 
• A seguir, descreve-se as bases de rateio; 
 
 
 
 
 Pede-se: 
 b) transferir os custos dos Departamentos de Servic ̧os 
(Auxiliares) para os Departamentos Produtivos; 
 
 NT. Observa o critério de rateio estabelecido para 
transferência do departamento de serviço. 
 
 
 
 42 
• Logo Após elabora-se o Mapa de Rateio de Custos, são registrados os 
valores transferidos entre os Departamentos, partindo do TOTAL apurado 
no Quadro Mapa de Rateio, e aplicac ̧ão utilizando o Quadro das Bases de 
Rateio. 
 
MAPA DE RATEIOS DE CUSTOS 
 
 
Procedimentos de Calculo do Almoxarifado Depto de CORTE 
 
 
 
 
2.2.6 Apropriac ̧ão dos custos indiretos aos produtos fabricados 
 
• Como se observa, os custos indiretos estão totalizados nos 
Departamentos Produtivos e serão consumidos pelos produtos fabricados, 
com base no tempo necessário para fabricar cada produto em cada 
departamento. 
• Para exemplificar o cálculo, serão utilizados os dados do exercício 3 e 
considerado que a empresa produziu no me ̂s em refere ̂ncia os produtos 
Alfa, Beta e Cromo, sendo: 16.500, 20.000 e 15.200 pec ̧as, de cada 
produto, respectivamente. 
• Com base em apontamento de tempo médio necessário para produzir 
cada produto em cada Departamento Produtivo, faz-se o levantamento do 
 
 43 
tempo trabalhado nos Departamentos em func ̧ão da produc ̧ão efetiva do 
período. 
 
MAPA - TEMPO MEDIO FABRICAÇÃO 
 
• O Quadro que descreve o MAPA do tempo médio para fabricac ̧ão dos 
produtos com base no apontamento feito 
 
• O Quadro que demonstra o MAPA do tempo total em horas-homem 
trabalhado em cada Departamento. 
MAPA - TEMPO TOTAL TRABALHADO POR DEPARTAMENTO 
 
 
 Pede-se: 
 c) calcular a taxa horária dos Departamentos Produtivos 
 
 44 
 2.2. Taxa Horaria: 
 
 Taxa Horária é o custo médio de trabalho em cada 
Departamento. 
 
§ Para calcular basta dividir o custo total de cada 
departamento pelo tempo trabalhado no período 
 
MAPA – DE APURAÇÃO DO VALOR DA TAXA HORARIA 
 
 
Procedimentos de Calculo do Custo do Depto de CORTE 
 
 
§ O Quadro que demonstra o MAPA DE RATEIO do valor da taxa 
horária de cada departamento no mês de referência. 
 MAPA – MAPA DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS AOS PRODUTOS FABRICADOS 
 
 
 45 
 
MAPA – MAPA DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS AOS 
PRODUTOS FABRICADOS: “ ALFA – BETA – CROMO” 
 
 
 
 
 
 46 
 
MAPA RESUMO – CUSTOS INDIRETOS RATEADAS ENTRE OS 
PRODUTOS FABRICADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 47 
 
 
3. Relac ̧ões Custo X Volume X Lucro 
 A Análise de custo, volume e lucro 
 “Utilizando a ferramentade análise de Custo/Volume/Lucro (CVL), 
pode-se obter dados importantes para as tomadas de decisões. 
 As in- formac ̧ões extraídas desta análise são: 
a) Margem de Contribuic ̧ão; 
b) Ponto de Equilíbrio, 
c) Margem de seguranc ̧a e 
d) Grau de Aavancagem. 
 
Portanto, é de fundamental importância 
para o processo de planejamento do lucro” 
(GARRISSON; NORENN, 2001). 
 Devido às exigências do mercado e ao alto nível 
de competitividade e concorre ̂ncia, a importa ̂ncia 
da análise de custo/volume/lucro nas empresas propõe 
um gerenciamento mais dinâmico e eficaz de seus custos 
e projec ̧ões de lucros futuros. 
 A correta aplicac ̧ão dessa análise terá a possibilidade 
de prever os impactos nos lucros e resultados projetados 
quando ocorrer alterac ̧ões nos volumes vendidos, nos 
preços de vendas e nos valores de custos e despesas, e 
são relativamente fáceis de serem aplicados e 
compreendidos. 
 Entender as relac ̧ões entre custo, volume e lucro 
passa a ser um ponto vital na maioria das decisões 
contábeis empresariais e possibilita a identificac ̧ão de 
quais produtos fabricar ou vender, quais as políticas de 
prec ̧o a seguir, quais estratégias de mercado adotar e quais tipos de 
instalac ̧ões produ- tivas devem ser adquiridas. 
 Além disso, tem como principais utilidades a previsão da receita de 
venda e do lucro, otimizac ̧ão do lucro pelo planejamento, melhoria da 
política de prec ̧o, elaborac ̧ão de orc ̧amentos adequados e planejamento da 
expansão da empresa e dos processos administrativos. 
Aula-3 Relação:Custo x Volume x Lucro 
 
 48 
 
3.1: Ponto de Equilíbrio 
Conceito 
 É o nível de atividade no qual se verifica equilíbrio no resultado contábil, 
econo ̂mico ou financeiro, podendo ser medido em volume de produc ̧ão ou 
valor monetário da receita de vendas. 
 E 
 O Ponto de equilíbrio é a diferenc ̧a entre o prec ̧o de venda unitário do 
produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto, ou seja, 
para cada unidade vendida, a empresa terá um determinado valor de lucro. 
 
 
 
3.2 Tipos de Ponto de Equilíbrio 
 Existem tre ̂s pontos de equilíbrio: 
 Veremos a seguir cada um desses pontos e suas respectivas fórmulas 
de cálculo. 
 - Contábil 
 - Econo ̂mico 
 - Financeiro 
. 
 
 
O ponto de equilíbrio significa o faturamento 
mínimo que a empresa precisa atingir para não 
ter prejuízo. É de grande importância o 
conhecimento desse indicador para a 
sobrevivência de um empreendimento, pois 
muitas pequenas e microempresas não 
conseguem completar um ano de vida, devido 
ao descontrole administrativo. 
 
 49 
 
 
 
 NT: No	gráfico	acima,	podemos	ver	que	o	ponto	de	equilı́brio	é	o	ponto	onde	a	linha	da	receita		
																								cruza	com	a	linha	do	custo	total,	ou	seja,	é	o	ponto	que	decide	se	a	empresa	vai	gerar	receita		
																								ou	prejuı́zo.		
 
 Para calcular o ponto de equilíbrio é preciso conhecer o conceito de margem 
 de contribuição, querepresenta o lucro variável. 
 
3.2.1 Margem de Contribuic ̧ão Unitária 
 “Margem de contribuic ̧ão (MC) representa os lucros variáveis da 
organizac ̧ão, ou seja, conside- rando o montante total de receitas de uma 
empresa, a margem de contribuic ̧ão é a receita total após a deduc ̧ão das 
despesas variáveis” (ATKINSON, 2000). 
 Quando se fala de um produto unitário, podemos afirmar que a MC 
é a diferenc ̧a entre o prec ̧o de venda unitário do produto, os custos e 
despesas variáveis por uma unidade do produto. 
 Margem de contribuic ̧ão: 
 É a diferenc ̧a entre o prec ̧o de venda unitário (PVu) do produto e os 
custos e despesas variáveis por unidade (CDVu) de produto, isso significa 
que em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor. 
 Explicando melhor: a cada produto produzido dentro da empresa, é 
calculado tudo que foi gas- to, desde a matéria-prima até o fim da mão de 
obra, para a conclusão do produto, isso por valor unitá- rio. Por meio desse 
cálculo, é possível obter o lucro que a empresa poderá apurar sobre cada 
unidade do produto. 
 
 50 
 Então a margem de contribuic ̧ão (MC) é nada mais do que os resultados 
positivos obtidos pela receita menos os custos variáveis, o resultado 
deverá ser igual aos custos fixos que chegam ao ponto de equilíbrio, ou 
seja: 
 MC=R-CV 
. 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITARIA - (Mcu) 
 
 
 É também considerado o valor da contribuic ̧ão individual dos produtos, 
mercadorias ou servic ̧os utilizada para pagar os custos e as despesas fixas 
e, havendo excedente, gerar lucro para a empresa. 
 E calculada pela diferente entre o prec ̧o de venda e a soma dos 
custos e despesas variáveis. 
 
3.3 Ponto de Equilíbrio Contábil 
 Ponto de equilíbrio contábil é o mínimo de quantidade de produto que 
se deve vender num de- terminado período de tempo para que as 
operac ̧ões não deem prejuízo. Para definir essa quantidade, divide-se o 
gasto fixo total (custo fixo) pela margem de contribuic ̧ão unitária 
(diferenc ̧a entre o prec ̧o venda e o gasto variável). 
 A divisão do custo fixo pela margem de contribuic ̧ão unitária 
demonstra a quantidade de produtos que deve ser fabricada e vendida 
para cobrir os custos fixos. 
 
 51 
 Obviamente que também não estaremos conseguindo lucro, mas 
também não teremos prejuízo. No caso da em- presa X, o ponto de 
equilíbrio seria: 
 É o nível de atividade onde a empresa apresenta resultado contábil 
nulo, ou seja: Lucro Contábil = zero. 
 É calculado pela seguinte fórmula: 
 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PECq = Custos Fixos / $ M.C. 
PECq = $ 28.000,00 / 7,00 
PECq. = 4.000 unid 
PECq = Custos Fixos / $ M.C. è M.C.=(PVu – CDVu) 
PEC$ = Custos Fixos / % M.C. 
PEC$ = $ 28.000,00 / 35%. 
PEC$. =$ 80.000,00 
 
 52 
3.4. Ponto de Equilíbrio Econômico 
 É o nível de atividade onde a empresa apresenta resultado contábil 
positivo ou seja: apresenta Lucro Contábil maior que zero. 
 
 É calculado pela seguinte fórmula: 
 
 PEEq = (Custos Fixos) + C.O./ $ M.C 
 PEE = (custo fixo + despesa fixa + custo de oportunidade)/margem 
de contribuic ̧ão unitária. 
 
 
3.4.1 Custo de Oportunidade 
 
 Conceito 
 É a remunerac ̧ão mínima exigida pelos acionistas sobre seu 
investimento na empresa. Ou seja: o Lucro Desejado. 
 Exemplo: 
 existem 3 opc ̧ões para aplicac ̧ão financeira. 
 Pela ordem: uma rende 8% líquido ao ano; 
 a 2a rende 7,6%; e a 
 a 3ª rende 7,2%. 
 
 Se o investidor decidir aplicar os recursos no capital de uma empresa, 
haverá um custo anual de 8% sobre o valor aplicado, que deverá ser 
tratado como custo do negócio, cuja finalidade é remunerar o capital 
investido. 
 
 
 53 
 Ou seja, antes de apurar o lucro é necessário computar como encargo 
financeiro o custo de oportunidade, de 8% sobre o valor investido na 
empresa pelos sócios ou proprietário individual. 
 
 Neste caso, somente será apurado lucro se a margem de contribuic ̧ão 
for suficiente para pagar os custos e despesas fixas e remunerar o capital 
próprio. 
 
. 
Exemplo 
 PEEq = (Custos Fixos) + C.O./ $ M.C 
 PEE = (custo fixo + despesa fixa + custo de oportunidade)/margem 
de contribuic ̧ão unitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEE$ = Custos Fixos + CO / % M.C. 
PEE$ = $ 35.000,00 / 35%. 
PEE$ =$ 100.000,00 
PEEq = (Custos Fixos) + L.D./ $ M.C. 
PEEq = $ 35.000,00 / $ 7,00 
PEEq. = 5.000 unid 
 
 54 
 
3.5. Ponto de Equilíbrio Financeiro 
 Ponto de equilíbrio financeiro é a quantidade de vendas que deve ser 
efetuada para cobrir to- dos os custos e despesas fixas, deixando de lado 
os aspectosfinanceiros e não operacionais, assim, a empresa apresenta 
prejuízo e saldo de caixa zero. Dentro dos custos fixos existem variac ̧ões 
patrimo- niais, e essas variac ̧ões devem figurar no resultado do exercício, 
sendo confrontados com as receitas, pois contribuíram para a sua 
constituic ̧ão. 
 Logo: 
 É o nível de atividade onde a empresa apura resultado financeiro 
nulo, ou seja: Saldo de Caixa = zero 
 
 É calculado pela seguinte fórmula: 
 PEFq = (Custos Fixos) + Gastos Não Desembolsavel/ $ M.C 
 
 PEF = desembolsos fixos (custos + despesas + amortizac ̧ões de 
passivos)/margem de contribuic ̧ão unitária. 
 Temos como exemplo clássico a depreciac ̧ão. 
 Usando como exemplo: 
 A empresa “X”, sem lucro desejado, imagine que dentro dos custos 
fixos exista um valor de R$2.002,00 referente à depreciac ̧ão. 
 Então, ficaria assim: 
 
 PEFq = (Custos Fixos) + Amortz/Deprec/Exaustao/ $ M.C. 
 PEFq = $ 28.000,00 + $ 2.002,00 / $ 7,00 
 PEFq = $ 4.286 unid. 
 
 
 55 
 
 
 
3.5.1. Ponto de Equilíbrio em Valor Monetário 
 
 Todos os tipos de ponto de equilíbrio podem ser calculados em 
valor monetário de receita bruta da empresa, bastando utilizar a margem 
de contribuic ̧ão unitária em forma de percentual. 
 A Margem de Contribuic ̧ão Unitária em percentual é igual ao seu 
valor monetário dividido pelo prec ̧o de venda do produto/servic ̧o. 
 
 
 
 
Exercício 4 Enunciado 
 
 Calcular os diversos tipos de ponto de equilíbrio com base nos 
seguintes dados relativos ao único produto fabricado pela empresa num 
período determinado: 
 M.C.=(PVu – CDVu) 
 
 56 
a) prec ̧o de venda do produto:.. R$ 60,00. 
b) impostos sobre venda:............. 20%. 
c) custos variáveis: ..................R$ 14,30. 
d) despesas variáveis:.............. R$ 8,20. 
e) custo fixo anual:.................. R$ 320.000,00. 
f) despesa fixa anual:............... R$ 160.000,00. 
g) custo de oportunidade:......... R$ 150.000,00. 
h) amortizac ̧ão de empréstimos: R$ 90.000,00. 
 
 
OBS: 80% do custo fixo e 90% da despesa fixa são monetários. 
 
 
Resoluc ̧ão – Exercício – 4 
 
 Cálculo da Margem de Contribuic ̧ão Unitária 
a) em valor monetário: 
 
MCu (R$) = (PVu – DVv – CVu – DVu) 
MCu (R$) = (60,00 – 12,00 – 14,30 – 8,20) 
MCu (R$) = R$ 25,50 
 
 
b) em percentual: 
MCu (%) = Mcu -:- PVu 
MCu (%) = R$ 25,50 / R$ 60,00 
MCu (%) = 42,50% 
 
 Cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil – PEC 
 
a) em volume de produc ̧ão: 
 PEC (q) = (CF + DF ) / Mcu $ 
 PEC (q) = (320.000,00 + 160.000,00) / 25,50 
 PEC (q) = 18.823,5294 pec ̧as 
 
 57 
 b) em valor de receita bruta: 
 PEC (R$) = (CF + DF ) / Mcu % 
 PEC (R$) = (320.000,00 + 160.000,00) / 42,5% 
 PEC (R$) = R$ 1.129.411,76 
 
 Cálculo do Ponto de Equilíbrio Econômico 
 
 a) em volume de produc ̧ão: 
 PEE (q) = (CF + DF + CO ) / Mcu $ 
 PEE (q) = (320.000,00 + 160.000,00 + 150.000,00) / 25,50 
 PEE (q) == 24.705,8824 pec ̧as 
 
 b) em valor de receita bruta: 
 PEE (R$) = (CF + DF + CO ) / Mcu % 
 PEE (R$) = (320.000,00 + 160.000,00 + 150.000,00) / 42,5% 
 PEE (R$) = = R$ 1.482.352,94 
 
 Cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro 
 a) em volume de produc ̧ão: 
 PEF (q) = (CF + DF + CO ) / Mcu $ 
 PEF (q) = (256.000,00 + 144.000,00 + 90.000,00) / 25,50 
 PEF (q) = = 19.215,6863 pec ̧as 
 
 b) em valor de receita bruta: 
 PEF (R$) = (CF + DF + CO ) / Mcu % 
 PEF (R$) = (256.000,00 + 144.000,00 + 90.000,00) / 42,5% 
 PEF (R$) = R$ 1.152.941,18 
 
 
 58 
 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS 
 Consolidação dos Resultados 
Nota1: O quadro: são apresentadas as demonstrações de resultado, para os 
volumes de vendas relativos aos níveis previstos para os três tipos de ponto de 
equilíbrio, com vistas à apuração do lucro que atende aos conceitos que embasam o 
assunto. 
Nota2: Análise do Quadro: 
 Com relação ao ponto de equilíbrio contábil: A receita bruta será de R$ 1.129.411,76, 
se forem vendidas 18.823,5294 peças, e o lucro contábil nulo, comprovando a ocorrência do 
ponto de equilíbrio contábil. 
 Com relação ao ponto de equilíbrio econômico: Vendendo 24.705,8824 peças a receita 
bruta será de R$ 1.482.352,94 e o lucro contábil de R$ 150.000,00, ou seja, o valor do custo 
de oportunidade. 
 Significa que haverá lucro em valor que seria adequado para remunerar o capital próprio 
investido no negócio. 
 Com relação ao ponto de equilíbrio financeiro: Vendendo 19.215,6863 peças a receita bruta 
será de R$ 19.215,6863 e o lucro contábil de R$ 90.000,00, ou seja, o valor correspondente 
às amortizações de passivos. Significa que haverá lucro em valor que seria adequado para 
pagar os débitos provenientes de empréstimos de terceiros. 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 59 
3.6: Margem de Seguranc ̧a 
 
 A margem de seguranc ̧a é utilizada para representar o quanto um 
determinado volume de vendas pode cair sem que a empresa passe a 
operar com prejuízo, sendo esse volume em unidades ou em valor. 
 Ao aplicar essa margem na empresa, haverá mais seguranc ̧a por parte 
do empresário na quantidade de produto a fabricar e no volume de vendas 
que pode alcanc ̧ar, estando ele preparado para quando a empresa obtiver 
algum prejuízo. 
 
3.6.1 Margem de Seguranc ̧a 
 É o nível de atividade em que a empresa está operando acima do 
ponto de equilíbrio contábil. 
 
 Pode ser calculada em volume, valor monetário e em percentual da 
receita bruta. 
 
3.6.2 Margem de Seguranc ̧a em Volume 
 Calcula a quantidade de produtos ou servic ̧os realizados, em 
quantidade além do ponto de equilíbrio contábil. 
 
 Isso demonstra a quantidade de produtos ou servic ̧os que pode 
deixar de ser vendida e, mesmo assim, a empresa não apresentará 
prejuízo contábil. 
 
3.6.3 Margem de Seguranc ̧a em Valor Monetário 
 Calcula o valor da receita bruta de venda de produtos ou servic ̧os, 
além da receita no ponto de equilíbrio contábil. • Isso demonstra o valor 
de receita bruta que pode ser reduzido e, mesmo assim, a empresa não 
apresentará prejuízo contábil. 
 
 
 60 
3.6.4 Margem de Seguranc ̧a em Percentual 
 Calcula o percentual da receita bruta de venda de produtos ou 
servic ̧os, além da receita no ponto de equilíbrio contábil. 
 
 Isso demonstra o percentual de receita bruta que pode ser reduzido 
e, mesmo assim, a empresa não apresentará prejuízo contábil. 
 
Fórmula para cálculo da margem de seguranc ̧a: 
 
Exercício 5 - Enunciado 
 Uma empresa apresenta os seguintes dados anuais: 
Custo Fixo + Despesa Fixa:............ R$ 200.000,00; 
Custo Variável + Despesa Variável:. R$ 40,00; 
Prec ̧o de Venda dos produtos:......... R$ 90,00; 
Produc ̧ão/Venda: .......................... 5.000 pec ̧as. 
 
Pede-se: 
 Calcular a Margem de Segurança em: 
a) volume de produc ̧ão, 
b) valor monetária e 
 c) valor percentual. 
 
 Resoluc ̧ão 
 
 I - Calculo da Margem de Contribuic ̧ão Unitária 
 MCu = PVu - CVu 
 MCu = (90,00 – 40,00) 
 MCu = R$ 50,00 
 
 61 
 
 
 II - Cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil 
 PEC(q) = CF + DF / MCu 
 
a) PEC(volume) 
PECq = CF + DF /. MCu 
PECq = 200.000,00 / 50,00 
PECq = 4.000 pec ̧as 
 
 III) Cálculo da Margem de Seguranc ̧a 
a) MS (em volume) 
MS(q) = Qt Prod Vd. - PEC Prod(q) 
MSq = 5.000 pçs - 4.000 pçs 
MSq = 1.000 pçs 
 
b) MS (em valor monetário) 
MS(R$) = Qt MS x PVu 
MS$ = 1.000 pçs x $ 90,00 
MS$.= $ 90.000,00 
 
 
c) MS (em percentual) 
MS(%) = Qt MS(q) -:- Qt Prod Vd 
MS% = 1.000pçs / 5.000 pçs 
MS% = 20% 
 
 
COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS 
 
 62 
3.6.5 Outra utilizac ̧ão da Margem de Seguranc ̧a 
 Outra importante utilidade da Margem de Seguranc ̧a é a simplificac ̧ão 
no cálculo do lucro da empresa, mediante a utilizac ̧ão da seguinte fórmula: 
 LUCRO = MS * MCU 
 Onde: 
 MS = margem de seguranc ̧a 
 MCu = margem de contribuic ̧ão unitária 
3.6.6 Comprovac ̧ão do cálculo simplificado do lucro 
 Utilizando os dados do Exercício 6, temos: 
 MS = 1.000 pec ̧as 
 MCU = R$ 50,00 
 LUCRO = MS x MCu 
 LUCRO = 1.000 pec ̧as X R$ 50,00 
 LUCRO = R$ 50.000,00 
 
COMPROVAÇÃO DO CÁLCULO 
Simplificado do Lucro da Empresa 
 
 
 
 63 
3.7. Alavancagem Operacional 
 
 Existem dois tipos de grau de alavancagem: 
1) operacional e 
2) financeiro. 
 Mas antes vamos co- nhecer o conceito alavancagem: é o uso de 
ativos ou recursos com um custo fixo que tem o objetivo de aumentar os 
retornos para os proprietários da empresa. 
 
3.7.1 Alavancagem Operacional 
 É a potencializac ̧ão de lucro de um produto, uma atividade ou até 
uma empresa. 
 O Grau de Alavancagem Operacional (GAO). 
 Mede a sensibilidade de variac ̧ões do LAJIR e as variac ̧ões das 
vendas. 
 Quando o GAO for maior que 1, existirá alavancagem operacional. 
 Fórmula do grau de alavancagem operacional (GAO) 
 %Variac ̧ão de LAJIR 
 GAO = _____________________ 
 %Variac ̧ão de vendas 
 
 Imagine que uma empresa projete suas vendas para o próximo 
mês de 10%e após a apuração do resultado no final do período foi de 35%. 
 Calcule o GAO dessas projeções. 
 
 %Variac ̧ão de LAJIR 
 GAO = ___________________ 
 %Variac ̧ão de vendas 
 
 35 % 
 GAO = ________. è GAO = 3,5 % 
 10 % 
 
 
 
 
 64 
3.7.1.2 GAO (Grau de Alavancagem Operacional) 
 É a medida da potencializac ̧ão do lucro, determinado pela variac ̧ão 
da atividade. 
 É determinado pela relac ̧ão entre a variac ̧ão do lucro e a variac ̧ão 
do volume de atividade, numa data-base. 
 É expresso numa relac ̧ão percentual que demonstra o impacto no 
resultado decorrente da variac ̧ão percentual no nível de atividade. 
 Por exemplo: 
 Se houver aumento/diminuic ̧ão de 1% na atividade, qual a variac ̧ão 
percentual correspondente no lucro do objeto em estudo? 
 Esse objeto pode ser um produto, uma atividade ou uma empresa. 
3.7.1.3 Demonstrac ̧ão e Interpretac ̧ão do GAO 
 Para demonstrar o cálculo e sua interpretac ̧ão, serão utilizados os 
seguintes dados: 
GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL 
 
 GAO = % LUCRO -:- % RBT ou 
 GAO = % LAJIR -:- % VENDAS 
 GAO = 120% -:- 20 %. è GAO = 6,0 
 
 
 65 
 ANÁLISE – Isso quer dizer que haverá variação de 6 
pontos percentuais de lucro para cada 1 ponto percentual 
na variação de atividades – para mais ou para menos. 
 
 
Exercício 6 - Enunciado 
 
 A EMPRESA – PRESTADORA DE SERVIÇOS 
DELIVERY NO RAMO DE NEGOCIOS DE VENDA DE 
MASSAS, CONHECIDA COMO: “PIZZARIA ITALIANA” 
DESEJA OBTER A SEGUINTE INFORMAÇÃO. 
 
 Determine e analise o grau de alavancagem operacional 
da pizzaria. italiana, na qual apresentou na sua estrutura 
econômica, o seguinte resultado. 
 
 GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL 
 FORMULA DE CÁLCULO 
 GAO = % LUCRO -:- % RBT 
 GAO = 300% -:- 50 % 
 GAO = 6,0% 
 ANÁLISE – Isso quer dizer que haverá variação de 6 pontos 
percentuais de lucro para cada 1 ponto percentual na variação de 
atividades – para mais ou para menos 
 
 66 
Exercício 7 - Enunciado 
 
 A EMPRESA – PRESTADORA DE SERVIÇOS 
DELIVERY NO RAMO DE NEGOCIOS DE VENDA DE 
MASSAS, CONHECIDA COMO: “PIZZARIA ITALIANA” 
DESEJA OBTER A SEGUINTE INFORMAÇÃO. 
 CALCULAR O GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL DE UMA 
EMPRESA EM QUE APRESENTA OS SEGUINTES DADOS. 
1. RECEITA BRUTA NA DATA BASE......$ 100,00; 
2. RECEITA BRUTA NA DATA OBSERVADA(D3) ..$ 140,00 
3. CUSTOS FIXOS.......$ 30,00 
4. CUSTOS VARIAVEIS .......60% DA RECEITA BRUTA. 
 
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA - GAO 
I) ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO COM BASE 
NOS DADOS FORNECIDOS. 
 
II) CALCULE E ANALISE DOS DADOS DO GAO 
 FORMULA DE CÁLCULO 
 GAO = % LUCRO -:- % RBT 
 GAO = 160,0% -:- 40,0 % 
 GAO = 4,0% 
 
 67 
 ANÁLISE – Isso quer dizer que haverá variação de 4 pontos 
percentuais de lucro para cada 1 ponto percentual na variação de 
atividades – para mais ou para menos. 
 
Exercício 8 - Enunciado 
 
 A EMPRESA – PRESTADORA DE SERVIÇOS 
DELIVERY NO RAMO DE NEGOCIOS DE VENDA DE 
MASSAS, CONHECIDA COMO: “PIZZARIA ITALIANA” 
DESEJA OBTER A SEGUINTE INFORMAÇÃO. 
 UTILIZANDO OS DADOS DO ITEM 6, DO EXERCICIO DADO. 
CALCULAR E DEMONSTRAR O O LUCRO NA DATA(4), CONSIDERANDO QUE 
A RECEITA BRUTA FOI REDUZIDA PARA $ 95,00. 
1. RECEITA BRUTA NA DATA BASE......$ 100,00; 
2. RECEITA BRUTA NA DATA OBSERVADA(D4) ..$ 95,00 
3. CUSTOS FIXOS.......$ 30,00 
4. CUSTOS VARIAVEIS .......60% DA RECEITA BRUTA. 
 
 RESOLUÇÃO DO PROBLEMA – G.A.O. 
 
a) Variação da Atividade. 
 Receita Bruta na Data Base....$ 100,00 
 Receita Bruta na Data(4)........$ 95,00 
 
 VRB = 95,00 / 100,00 è VRB = - 5% 
 
b) Variação no Lucro. 
 VLB = VRB x G.A.O. 
 VLB = - 5% x 4,0%. è. VLB = -20% 
 
 
 
 68 
c) Elaboração da Demonstração de Resultado do Exercicio 
 
 
 
d) Analise a situação em decorrência da que ocorrida nas vendas. 
 
 ANÁLISE – Isso quer dizer que, quando houver uma queda no 
volume de vendas implicara também na redução do lucro. 
 
 Quando ocorrer uma queda de 1 ponto percentual 
no nível de atividade (vendas), implicara em uma queda de 4 
pontos percentuais correspondente ao lucro. 
 
 
3.7.2. O Grau de Alavancagem Financeira (GAF). 
 
 O Grau de Alavancagem Financeira (GAF) mede a sensibilidade de 
LPA das variac ̧ões de LAJIR. 
 
 Quando o GAF for maior que 1, existirá alavancagem financeira. 
 
 Esse tipo de alavancagem só existe em empresas que usam capital 
de terceiros ou outras formas de financiamento com custo fixo. 
 
 69 
 
 Em geral, quanto maior o GAF, maior a alavancagem financeira e 
mais alto será o risco financeiro. 
 
 Fórmula do Grau de Alavancagem Fperacional (GAF) 
 %Variac ̧ão do LPA 
 GAF = _____________________ 
 %Variac ̧ão do LAJIR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As abordagens a serem tratadas, neste tópico da 
apostila, são as mais importantes para a análise e das 
decisões empresariais 
 
 
4. Métodos de Custeio; 
5. Sistema de Apuração e Acumulação de Custos; 
6. Sistema de Custeio; 
 
 
 
 71 
 
 
 
 
4. Métodos de Custeio 
4.0. Introduc ̧ão 
4.0.1 Método de Custeio 
É o método usado para a apropriac ̧ão de custos aos objetos de custos. 
É a regra que orienta o direcionamento dos elementos do custo para 
os objetos de custos. 
Objetos de custos são: produtos, servic ̧os, processos, departamentos 
ou centros de custos. 
 
4.0.2 Os métodos mais usuais são: 
4.0.2.1 Custeio de produtos 
Custeio por Absorc ̧ão 
Custeio Pleno (ou Integral) 
Custeio ABC 
Custeio UEP 
4.0.2.2 Custeio de períodos 
Custeio Variável 
Custeio Direto 
4.0.3 Custeio de Produto X Custeio de Período 
4.0.3.1Custeiode Produtos 
 Nesse custeio, o método objetiva acumular os custos nos produtos, 
com vistas a orientar a política de fixac ̧ão de prec ̧os de venda baseados 
nos custos internas das empresas. 
 
Aula-4 Método de Custeio 
 
 72 
4.0.3.2 Custeio de Períodos 
 Nesse custeio, o método objetiva acumular os custos nos períodos, 
visando também a política de prec ̧os de venda baseada na contribuic ̧ão 
econo ̂mica individual de cada produto. 
 
4.0.4 Influe ̂ncia do método na apurac ̧ão do resultado na DRE 
 Qualquer que seja o método adotado, o custo dos produtos vendidos 
é impactado pelo valor dos elementos do custo, apurado pela tradicional 
fórmula: 
 CPV = EI + CPP – EF, 
 onde, temos: 
 CPV = custo dos produtos vendidos 
 EI = estoque inicial 
 CPP = custos de produc ̧ão do Período 
 EF = estoque final 
 
 Havendo estoque (inicial ou final), dependendo do método escolhido, 
haverá diferenc ̧a no valor do CPV, pois o custo dos produtos/servic ̧os é 
formado por critérios diferentes, como será estudado individualmente nos 
blocos seguintes. A saber: 
 
a) Custeio por absorc ̧ão: custo fixo + custo variável; 
b) Custeio pleno: custo fixo + custo variável + despesas; 
 c) Custeio ABC: custo fixo + custo variável + despesas; 
 d)Custeio UEP: custo fixo + custo variável; 
 e) Custeio variável: custo variável; e 
 f) Custeio direto: custo variável + custo fixo direto. 
 
 Porém, se a empresa produzir dois ou mais produtos ou servic ̧os, o 
resultado individual será impactado pelo método utilizado, pois a divisão 
dos custos e despesas indiretas entre os produtos e servic ̧os será feita com 
base em critérios diferentes adotados pelos respectivos métodos de 
custeio. 
 
 
 
 73 
 Outro item relevante que impacta o custo dos produtos é o volume 
de produc ̧ão, quando é adotado um dos métodos de custeio de produtos, 
em virtude dos custos fixos, uma vez que o valor total permanece 
inalterado para diferentes quantidades produzidas, dentro de certas faixas 
de volume de produc ̧ão. 
 Não havendo estoque (inicial ou final), o valor do CPV será o mesmo 
em qualquer método utilizado. 
 Por exemplo: 
 
DADOS DA EMPRESA INDUSTRIAL 
 
 Durante o me ̂s de abril/19, uma empresa apresentou o custo fixo 
de R$ 50.000,00 e o custo variável de R$ 750,00. 
 
 Considerando a produc ̧ão mensal de 300 unidades e a utilizac ̧ão do 
método de custeamento por absorc ̧ão. 
 
 PEDE-SE: 
 
1. Qual o custo unitário dos produtos; 
2. Qual o impacto no custo unitário da produção, se houvesse um 
aumento no volume das quantidades produzidas para 400 
unidades do produto, ao utilizar o mesmo método. (Absorção) 
 
 
 RESOLUÇÃO 
 
 
“1. Cálculo dos custos unitario” 
 
 
 
 
 
 
 74 
2. Na hipótese de aumento no volume da produção. 
 
 
 “2.Calculo dos custos unitario” 
 
 
 
 Analise do impacto pelo aumento das quantidades; 
 Quanto maior forem as quantidades, menor será o preço unitário de 
produção ou seja menor será o Custo. 
 
4.0.5 Escolha do Método na Mensuração do CPV 
 A escolha do método está associada a vários fatores ligados aos 
objetivos determinantes da realizac ̧ão da contabilidade de custos, tais 
como: 
 Conhecer o custo unitário dos produtos ou servic ̧os, para fins de 
avaliac ̧ão de estoques ou para fixac ̧ão do prec ̧o de venda baseado nos 
custos internos ou para confrontac ̧ão com o custo dos concorrentes ou para 
confrontac ̧ão com o custo-padrão etc; 
- Apurar o lucro unitário e setorial; 
- Apurar o lucro periódico, a partir da margem de contribuic ̧ão unitária 
 dos produtos ou servic ̧os; 
- Apurar o lucro tributável; 
- Produzir informac ̧ões para apoiar decisões gerenciais; 
- Outras decisões de natureza gerencial, tributária, Controle interno 
etc 
 
 
 75 
 É preciso, também, considerar a disponibilidade de dados confiáveis 
e o resultado econo ̂mico obtido com o benefício da informac ̧ão e o custo 
para obtê-la. 
 
4.0.6 Estruturac ̧ão das informac ̧ões contábeis e auxiliares 
 O sucesso para implantac ̧ão de um bom sistema de custos está 
fundado na correta classificac ̧ão dos custos e despesas e na certeza 
quanto à obtenc ̧ão de dados quantitativos e financeiros para construir 
indicadores basilares na aplicac ̧ão da metodologia adotada. 
 
4.0.7 Classificac ̧ão dos Custos e Despesas 
 Os custos e as despesas devem ser classificados, tanto em relac ̧ão 
ao aspecto contábil como em relac ̧ão ao aspecto econo ̂mico, ou seja: 
 - diretos e indiretos; e, 
 - fixos e variáveis. 
 
 
4.0.8 O Esquema Básico da Contabilidade de Custos 
 Considerando que o mais antigo e mais requerido objetivo da 
Contabilidade de Custos refere-se a sua utilizac ̧ão para fins de avaliac ̧ão 
de estoques, principalmente nas empresas que realizam atividades de 
transformação de insumos em produtos ou servic ̧os, o esquema básico da 
contabilidade visa traçar o fluxo dos gastos – custos e despesas – da 
origem até à DRE. 
 Ratificando que os critérios de apropriac ̧ão dos gastos seguem 
regras preconizadas no método de custeio escolhido, os gastos podem ser 
acumulados no estoque, até a venda do produto ou servic ̧o, ou então ser 
diretamente registrado na DRE, sem transitar pelo estoque, conforme 
demonstrado no Quadro abaixo. 
“Esquema Básico da Contabilidade de Custos” 
 
 76 
Demonstração dos Custos e Despesas 
 O esquema básico da contabilidade de custos está demonstrado na 
Figura 1. 
 
 “Esquema Básico da Contabilidade de Custos” 
 
 Nota - De acordo com o método utilizado, os gastos realizados poderão ser registrados diretamente na DRE, sem 
transitar pelo o Estoque. 
 
 
 
 
 
.. 
 
 77 
4.1: Custeio por Absorc ̧ão 
4.1.1 Caracterizac ̧ão do método 
 Por este método, os custos dos produtos e servic ̧os são formados 
pelos custos diretos e pelos custos indiretos. 
 Todas as despesas são transferidas integralmente para o resultado 
do período. 
 
4.1.1.2 Representac ̧ão gráfica 
• A figura 1 apresenta o fluxograma do método. 
 
 
Nota – FLUXO DO MÉTODO DE CUSTEAMENTO POR ABSORÇÃO 
 
 
4.1.1.3 Modelo conceitual da DRE para o método de custeio por 
absorc ̧ão 
 
 O modelo a seguir contempla empresa que vende vários produtos e 
destina-se a apurac ̧ão de resultado verificado por produto ou servic ̧o, em 
relac ̧ão a um período de tempo qualquer, individualmente ou acumulado, 
utilizando o método de custeamento por absorc ̧ão. 
 
. 
 
 78 
 
 
Exercício – 10 - Enunciado 
 Uma empresa fabrica tre ̂s produtos (A, B e C) e apresentou os 
seguintes dados relativos a um determinado período: 
 Dados do Problema: 
 Produc ̧ão e venda: 
Produto A: 1.200 peças 
Produto B: 1.500 peças 
Produto C: 1.000 peças 
 Estoques: inicial e final = zero 
 Custo Direto (custo variável por pec ̧a fabricada): 
Produto A: R$ 40,00 
Produto B: R$ 45,00 
Produto C: R$ 32,00 
 Custo Indireto (total do período): 
 R$ 40.000,00. 
 
 
 79 
 Despesas: 
 Impostos: 25% sobre a receita bruta 
 Indiretas: R$ 35.000,00 
 Diretas: comissão de venda = 5% do valor da receita 
Prec ̧o de venda dos produtos: 
Produto A: R$ 100,00 
Produto B: R$ 90,00 
 Produto C: R$ 85,00 
Pede-se: 
 Elaborar a DRE demonstrando o resultado líquido de cada 
produto. 
 
Resolução do Exercício 
 O primeiro passo é escolher os critérios que serão utilizados para 
rateio dos custos e das despesas indiretas. 
 A escolha é orientada conforme o tipo de custo a serrateado e 
pelas informac ̧ões disponíveis. 
 Critérios Para os Custos Indiretos 
 Será adotado o critério das horas máquina consumidas para a 
fabricac ̧ão dos produtos, cuja informac ̧ão detalhada foi obtida junto à área 
de produc ̧ão, cujos dados são: 
 
 
 80 
Será adotado o critério de proporcionalidade ao valor 
do custo direto apurado para os produtos. 
 CIT -:- T h/m x Qt H/M de cada Produto 
 
Produto A: ($ 40.000,00 -:- 7.000h) x 3.200 h/m 
Produto B: ($ 40.000,00 -:- 7.000h) x 1.400 h/m 
Produto C: ($ 40.000,00 -:- 7.000h) x 2.400 h/m 
 
 
 Critérios Para as Despesas Diretos 
 
 
 CRITÉRIOS DE CALCULO DAS DESPESAS DIRETAS TOTAL 
 DDT = 5% X RBV 
 
 
 81 
 
 
Produto A: ($ 35.000,00 -:- 147.500,00) x 48.000,00 
Produto B: ($ 35.000,00 -:- 147.500,00) x 67.500,00 
Produto C: ($ 35.000,00 -:- 147.500,00) x 32.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CALCULO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
 CPV = CDT + CIT 
 
 
 
 
 82 
 FINALMENTE TEM-SE OS ELEMENTOS NECESSARIOS PARA A 
 Elaboração da Demonstração de Resultado do Exercício 
 Para todos os Produtos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 83 
4.2: Custeio Pleno (ou Integral) 
4.2.1 Caracterizac ̧ão do método 
 Por esse método, os custos dos produtos e servic ̧os são formados 
por todos os custos e todas as despesas. As despesas variáveis somente 
ocorrem por ocasião das vendas, por isso não compõem o estoque de 
produtos/servic ̧os. 
 Representac ̧ão gráfica 
 
 
 
 
 
4.2.2 Modelo conceitual da DRE para o método de custeio 
pleno ou integral. 
 O modelo a seguir contempla empresa que vende vários produtos e 
destina-se a apurac ̧ão de resultado verificado por produto ou servic ̧o, em 
relac ̧ão a um período de tempo qualquer, individualmente ou acumulado. 
 
 
 84 
Exercício – 11 - Enunciado 
 
 Uma empresa fabrica tre ̂s produtos (A, B e C) e apresentou os 
seguintes dados relativos a um determinado período: 
 Produc ̧ão e venda: 
 Produto A: 1.200 pec ̧as 
 Produto B: 1.500 pec ̧as 
 Produto C: 1.000 pec ̧as 
 Estoques: inicial e final = zero 
 Custo Direto (custo variável por pec ̧a fabricada): 
 Produto A: R$ 40,00 
 Produto B: R$ 45,00 
 Produto C: R$ 32,00 
Custo Indireto (total do período): 
 R$ 40.000,00. Despesas: 
 Despesas: 
 Impostos: 25% sobre a receita bruta 
 Indiretas: R$ 35.000,00 
 Diretas: comissão de venda = 5% do valor da receita 
Prec ̧o de venda dos produtos: 
Produto A: R$ 100,00 
Produto B: R$ 90,00 
 Produto C: R$ 85,00 
 
Pede-se: 
 Elaborar a DRE demonstrando o resultado líquido de cada 
produto. 
 
 
 
 
. 
 
 85 
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO – 11 
 O primeiro passo é escolher os critérios que serão utilizados para 
rateio dos custos indiretos e das despesas indiretas. 
 A escolha é orientada conforme o tipo de custo a ser rateado e 
pelas informac ̧ões disponíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 86 
 Será adotado o critério das horas máquinas consumidas para a 
fabricac ̧ão dos produtos, cuja informac ̧ão detalhada foi obtida junto à área 
de produc ̧ão, cujos dados são: 
 
 
Produto A: (40.000,00 -:- 6.500,00) x 3.000 h/m 
Produto B: (40.000,00 -:- 6.500,00) x 1.500 h/m 
Produto C: (40.000,00 -:- 6.500,00) x 2.000 h/m 
 
 
 
 CRITÉRIOS DE CALCULO DAS DESPESAS DIRETAS TOTAL 
 DDT = 5% X RBV 
 
 
 
 87 
 
 
 
 
 
 
 
 88 
4.3: Custeio ABC 
 
4.3.1 Caracterizac ̧ão do método 
 
 Por este método, os custos dos produtos e servic ̧os são formados 
por todos os custos e todas as despesas. 
 
 Os custos e as despesas são consumidos pelas atividades e são 
apropriados com base nos indutores de custos e de atividades. 
 
 Indutores, também denominados direcionadores de custos, são 
as variáveis que explicam a existe ̂ncia dos custos consumidos pelas 
atividades e servem de base para a quantificac ̧ão dos valores que devem 
ser atribuídos a cada produto ou servic ̧o. 
 
 Por exemplo: quantidades de lotes de produc ̧ão, kw/h de energia 
elétrica, ac ̧ões ou impulsos etc. 
 Representação gráfica 
 
. 
 
 89 
4.3.2 Modelo conceitual da DRE para o método de custeio ABC. 
 O modelo a seguir contempla empresa que vende vários produtos e 
destina-se a apurac ̧ão de resultado verificado por produto ou servic ̧o, em 
relac ̧ão a um período de tempo qualquer, individualmente ou acumulado. 
 
 
 
 
 
 Exercício – 12 - Enunciado 
 Uma empresa fabrica tre ̂s produtos (A, B e C) e apresentou os 
seguintes dados relativos a um determinado período: 
 Produc ̧ão e venda: 
Produto A: 1.200 pec ̧as 
Produto B: 1.500 pec ̧as 
Produto C: 1.000 pec ̧as 
Estoques: inicial e final = zero 
 Custo Direto (custo variável por pec ̧a fabricada): 
Produto A: R$ 40,00 
Produto B: R$ 45,00 
Produto C: R$ 32,00 
 
 90 
 Custo Indireto (total do período): 
 R$ 40.000,00, 
 sendo: 
 → energia elétrica: R$ 32.000,00 
 → mão de obra associada à engenharia: R$ 8.000,00 
 Despesas: 
 Impostos: 25% sobre a receita bruta 
 Indiretas: R$ 35.000,00, 
 sendo: 
 → mão de obra associada à atividade comercial: 
 R$ 35.000,00 
 Diretas: frete de entrega de vendas = 5% do valor da 
 receita 
 
 Prec ̧o de venda dos produtos: 
 Produto A: R$ 100,00 
 Produto B: R$ 90,00 
 Produto C: R$ 85,00 
 Pede-se: 
 Elaborar a DRE demonstrando o resultado líquido de cada 
produto. 
 
 
 RESOLUÇAO DO EXERCÍCIO 12 
 O primeiro passo é escolher os critérios que serão utilizados para 
cada indutor dos custos e das despesas indiretas. 
 A escolha é orientada conforme o tipo de custo e despesa a ser 
rateado e pelas informac ̧ões disponíveis. 
 
 Para os Custos Indiretos 
 Serão adotados os seguintes indutores para as respectivas 
atividades: 
 
 91 
 
 
 Quantificação dos indutores 
 
 
 
 
 
 
 Para as Despesas Indiretas 
 Será adotado o indutor: Realizar ações comerciais 
 
 
 92 
 
 
 
 
 
 Mapa de apropriação dos custos direto 
 
 93 
 
 
 
 
 
 
 Mapa de apropriac ̧ão dos custos indiretos 
 
 
 
 
 
 
 
 94 
 Mapa de apropriac ̧ão das despesas diretas 
 
 CRITÉRIOS DE CALCULO DAS DESPESAS DIRETAS TOTAL 
 DDT = 5% X RBV 
 
 Mapa de apropriação das despesas indiretas 
 
 
 
 
 
. 
 
 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 96 
4.4. Custeio UEP – UNIDADE DO ESFORÇO DA PRODUÇÃO 
4.4.1 Caracterização do método 
 Por este método, os custos dos produtos e servic ̧os são formados 
pelos custos diretos e pelos custos indiretos. 
 Todas as despesas são transferidas integralmente para o resultado 
do período. 
 O método toma por base a concentrac ̧ão dos custos nas horas 
máquina. Por isso, é recomendado para as atividades que utilizam 
intensivamente máquinas para produzir bens ou prestar servic ̧os. 
 
 Representação gráfica 
 
 
 
 
 
 
 
 97

Continue navegando

Outros materiais