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RINS, SUPRA RENAIS, URETERES E BEXIGA

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TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
RINS, SUPRA-RENAIS, URETERES E BEXIGA 
RINS 
 
O aparelho urinário contribui para a manutenção da homeostase, 
produzindo a urina, através da qual são eliminados diversos resíduos do 
metabolismo, além de água, eletrólitos e não-eletrólitos em excesso no meio 
interno. Consta de dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. A urina 
produzida nos rins passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao exterior por 
meio da uretra. Além de sua função reguladora do equilíbrio de água e eletrólitos 
no organismo, os rins secretam hormônios, como a renina, que participa da 
regulação da pressão sanguínea, e a eritropoietina, que estimula a produção de 
eritrócitos. 
 
Localização 
 Retroperitonealmente na parede abdominal posterior. 
 Nível de T12-L3. 
 Rim Direito: ligeiramente abaixo do rim esquerdo (por causa do tamanho 
do fígado). 
 Superiormente, separa-se das cavidades pleurais pelo diafragma. 
 Inferiormente, a face posterior do rim se relaciona com o músculo quadrado 
lombar. 
 Os vasos subcostais e os nervos subcostal, ílio-hipogástrico e ílio-inguinal 
descem diagonalmente através das faces posteriores dos rins. 
 
Envoltórios 
De mais interno para mais externo: 
 Cápsula Renal: membrana fibromuscular, delgada, brilhante e quase 
inextensível, frouxamente aderida ao parênquima renal subjacente e, por 
isso, facilmente destacável. Reveste o seio renal e está fortemente 
aderida às estruturas que passam pelo hilo. 
 Gordura Perirrenal: é uma camada de tecido adiposo situada logo 
externamente à cápsula renal. Envolve o rim tanto anterior quanto 
posteriormente e se expande para o seio renal. 
 Fáscia Renal: É uma bainha fibro-areolar formada por um espessamento 
do tecido conjuntivo extraperitoneal que envolve anterior e 
posteriormente o rim e a supra-renal. Entre o rim e a supra-renal, às 
vezes, emite um septo que separa as duas estruturas. 
 Gordura Pararrenal: é uma camada de tecido adiposo que envolve tanto 
anterior como posteriormente o rim e também a glândula supra-renal. 
Quando a cápsula renal está aderida ao rim, pode ser sinal de patologia renal. 
 
Hilo Renal 
 Veia Renal (anterior) 
 Artéria Renal 
 Pelve renal (posterior) 
 Nervos e Linfáticos 
O hilo renal esquerdo situa-se num plano transpilórico 
Inervação 
 Nervo Vago 
 Nervo Esplâncnico Menor 
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RINS, SUPRA-RENAIS, URETERES E BEXIGA 
Esqueletopia 
 Rim direito: L1-L4 
 Rim esquerdo: T12-L3 
 
Seio Renal 
Espaço em forma de C sitado no centro da parte medial de cada rim, 
revestido por uma expansão da cápsula renal que penetra no hilo. 
Estruturas encontradas no seio renal: 
 Pelve Renal 
 Cálices Maiores e Menores 
 Artérias Segmentares (Divisões da Artéria Renal) 
 Tributárias da Veia Renal 
 Nervos 
 Linfáticos 
 Gordura Perirrenal (= Gordura do Seio Renal) 
 
Estrutura 
 Pirâmide Renal: local onde penetram os túbulos coletores (vindos do 
córtex). 
 Papila Renal: situados no ápice de cada pirâmide renal, projetam-se no 
interior dos cálices menores. 
 Colunas Renais: projeções de tecido cortical. 
 Lobo Renal: formado por uma pirâmide mais o tecido cortical que recobre. 
 
Vascularização 
 Aorta Abdominal  Artéria Renal  Artérias Segmentares  Artérias 
Interlobares  Artérias Arqueadas  Artérias Interlobulares  Arteríola 
Aferente  Arteríola Eferente  Plexo Capilar Cortical. 
 Arteríolas Retas são responsáveis pela irrigação da medula renal. 
 
Drenagem 
 Plexo Capilar Cortical / Veias Estreladas  Veias Interlobulares  Veias 
Arciformes  Veias Interlobares  Veia Renal  Veia Cava Inferior. 
 Vênulas Retas, que drenam a zona medular, podem desembocar nas veias 
arqueadas ou nas veias interlobulares. 
 VR ESQUERDA recebe: Veia Uretérica Superior VSR Esquerda + Veia Frênica 
Inferior Esquerda, Veia Gonadal (Testicular ou Ovárica) Esquerda, Veia 
Lombar Ascendente. A VRE passa anteriormente a Aorta e posteriormente 
a Mesentérica Superior. 
 VR DIREITA recebe a Veia Uretérica Superior e desemboca direto na Cava 
Inferior. 
A VRE pode ser comprimida se a Artéria Mesentérica Superior descer em um 
ângulo muito agudo ou, ainda, se houver hipertensão ou ateroma. Uma das 
principais consequências é inchamento testicular esquerdo. 
 
Segmentação 
As artérias segmentares são distribuídas para os segmentos do rim: 
Superior, Ântero-superior, Anteroinferior, Inferior e Posterior. 
 
 
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Figura 1: anatomia do rim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Envoltórios Renais. Ventral = Esquerda, Dorsal = Direita. 
 
 
 
Córtex Renal 
Pirâmides Renais 
Colunas Renais 
Papila Renal 
Cálice Menor 
Cálice Maior 
Gordura do Seio Renal 
Artéria Renal 
Pelve Renal 
 
Artéria Segmentar 
Artéria Interlobar 
Artéria Arqueada 
Artéria Interlobular 
Gordura Pararrenal 
 
Fáscia Renal 
 
Gordura Perirrenal 
 
12º Costela (Post) 
 
Medula Renal 
 
Córtex Renal 
 
Cápsula Renal 
 
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SUPRA-RENAIS 
 
Retroperitoneal. Localizadas entre as faces súpero-mediais dos rins e os 
pilares do diafragma. São envolvidos pela Fáscia Renal por meio da qual elas são 
fixadas aos pilares do diafragma. 
A glândula direita triangular situa-se anteriormente ao diafragma e faz 
contato com a veia cava inferior ântero-medialmente e com o fígado ântero-
lateralmente. 
A glândula esquerda semilunar se relaciona com baço, estômago, pâncreas 
e com pilar esquerdo do diafragma. 
 
Vascularização Arterial 
 ASR Superior: ramo da Artéria Frênica Inferior, que sai da Aorta 
 ASR Média: direto da Aorta 
 ASR Inferior: ramo da Artéria Renal 
 
Vascularização Venosa 
 VSR Direita: direto para a Cava Inferior. 
 VSR Esquerda: junta-se com a Frênica Inferior e desemboca na VRE. 
 
URETERES 
 
São ductos musculares (25-30cm de comprimento) com lúmens estreitos 
que conduzem urina dos rins para a bexiga urinária. Retroperitoneais. Curvam-
se antero-medialmente, acima do músculo levantador do ânus, e entram na parte 
póstero-superior da bexiga urinária. 
Nos homens, o ureter situa-se póstero-lateralmente ao ducto deferente. 
Nas mulheres, o ureter passa medialmente à origem da artéria uterina e 
continua até o nível da espinha isquiática, onde é cruzado superiormente pela 
artéria uterina e inferiormente pela artéria vaginal. 
 
Vascularização é segmentar 
 Abdominal: ramos da Artéria Renal, da Gonadal, da Aorta, da Ilíaca Comum 
 Pélvica: ramos da Ilíaca Comum, da Ilíaca Interna e da Ovárica 
 Terminal: ramos da Artéria Uterina ou, em homens, da Vesical Inferior 
 
Constrições (região de maior probabilidade de cálculo renal) 
 Na junção pieloureteral (entre a pelve renal e os ureteres). 
 Onde cruzam a margem da abertura superior da pelve (coincide com a 
passagem sobre as artérias ilíacas comuns). 
 Na parede da bexiga (onde penetram obliquamente). 
 
Drenagem Venosa e Linfática 
 As veias dos ureteres acompanham as artérias e possuem nomes 
correspondentes. A linfa drena sequencialmente, da região superior para a 
inferior, até os linfonodos lombares (cavais/aórticos) e ilíacos comuns (parte 
abdominal) e os linfonodos ilíacos externos e internos (parte pélvica). 
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Inervação 
 Plexos autônomos adjacente (renais, aórticos, hipogástricos superiores e 
inferiores). Os ureteres estão situados superiormente a linha de dor pélvica. As 
fibras aferentes (de dor) seguem as fibras simpáticas em direção retrógrada para 
atingiremos gânglios sensitivos espinhais e os segmentos da medula espinhal de 
T11-L1 ou L2. 
 A dor ureteral geralmente é referida no quadrante inferior ipsilateral do 
abdome, principalmente na região inguinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Visão geral do sistema urinário. 
Figura 3: Representação da entrada 
do ureter na bexiga. A passagem 
“oblíqua” evita refluxo de urina 
durante a contração da bexiga. 
Parede da Bexiga 
 
Ureter 
 
Veia Cava Inferior 
Glândula Supra-renal 
Aorta Abdominal 
Veia Renal Direita 
Gordura Pararrenal 
Ureter Direito 
A. Ilíaca Comum Direita 
Ureter (passando sobre A. 
Ilíaca Comum Direita) 
 
Bexiga 
 
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BEXIGA 
 
Antero-peritoneal. A bexiga é um reservatório músculo-membranoso 
interposto entre os ureteres e a uretra, com a exclusiva função de acumular a 
urina nos intervalos entre as micções. Assim, o produto excretado pelos rins não 
sofre qualquer alteração físico-química no seu trajeto de eliminação. 
No homem está situada entre a sínfise púbica e o reto e, na mulher, entre 
a sínfise púbica e o útero. Todavia sua forma, posição e tamanho variam 
conforme a quantidade de urina que contenha. 
A parede da bexiga é composta principalmente pelo músculo detrusor 
(faces: superior, ínfero-laterais, inferior). Trígono vesical é a região desprovida 
de mucosa, os óstios dos ureteres e o óstio interno da uretra estão nos ângulos 
do trígono. 
 
Vascularização (ramos das Ilíacas Internas) 
 Artéria Vesical Superior: parte ântero-superior 
 Artéria Vesical Inferior: fundo e colo 
 Artéria Vaginal: fundo e colo, ramos para parte póstero-inferior 
 Artérias Obturatória e Glútea Inferior também emitem ramos 
 
Drenagem Venosa e Linfática 
As veias da bexiga têm nomes correspondentes às artérias e são tributárias 
das veias ilíacas internas. 
Em homens, o plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso 
prostático, e este intricado plexo associado envolve o fundo da bexiga e da 
próstata, as glândulas seminais, os ductos deferentes e as extremidades 
inferiores dos ureteres. Também recebe sangue da veia dorsal profunda do pênis, 
que drena para o plexo venoso prostático. O plexo venoso vesical está mais 
associado à bexiga, drenando majoritariamente, através das veias sacrais para 
os plexos venosos vertebrais internos. 
Em mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte pélvica da uretra e o 
colo da bexiga, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e comunica-se com o 
plexo venoso vaginal ou uterovaginal. 
Em ambos os sexos, os vasos linfáticos das faces súpero-laterais da bexiga 
seguem até os linfonodos ilíacos externos, enquanto aqueles do fundo e do colo 
seguem até os linfonodos ilíacos internos. Alguns vasos do colo da bexiga frenam 
para os linfonodos sacrais ou ilíacos comuns. 
 
Inervação 
 Fibras simpáticas: são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar 
superior da medula espinhal até os plexos vesicais (pélvicos) principalmente 
através dos plexos e nervos hipogástricos. 
Fibras parassimpáticas: dos níveis sacrais são conduzidas pelos nervos 
esplâncnicos pélvicos e pelo plexo hipogástrico inferior. São motoras para o 
músculo detrusor e inibitórias para o esfíncter interno da uretra da bexiga 
masculina. Quando as fibras aferentes viscerais são estimuladas por estiramento, 
a bexiga contrai reflexamente, e o EI da uretra relaxa (em homens); com 
treinamento, aprendemos a segurar o xixi. 
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A inervação simpática que estimula a ejaculação simultaneamente causa 
a contração do EI da uretra, para evitar o refluxo. Há resposta simpática para 
contração do EI da uretra em outros momentos além da ejaculação como, por 
exemplo, autoconsciência em frente a uma fila no banheiro. 
As fibras sensitivas da bexiga são viscerais; as fibras aferentes reflexas 
seguem o trajeto das fibras motoras parassimpáticas, como aquelas que 
transmitem sensações de dor (hiperdistensão) da parte inferior da bexiga. A face 
superior da bexiga é coberta por peritônio e, portanto, é superior à linha de dor 
pélvica; assim, as fibras de dor da parte superior da bexiga seguem as fibras 
simpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos espinhais torácicos 
inferiores e lombares superiores (T11-L2 ou L3) 
 
Quando vazia, a bexiga assume uma forma triangular, de onde pode-se 
individualizar: 
 
 Fundo: dirigido caudal e posteriormente, relaciona-se com a parede anterior 
da vagina nas mulheres e, nos homens, com o reto. 
 Ápice: dirigido para a porção superior da sínfise púbica. 
 Corpo: entre o ápice e o fundo. 
 Colo: local de encontro entre o fundo e as faces ínfero-laterais. 
 
Óstios e Esfíncteres 
 Óstios ureterais: onde desembocam os ureteres. São circundados por alças 
da musculatura do detrusor, que se contraem quando a bexiga se contrai, 
para ajudar a evitar o refluxo de urina no ureter. 
 Óstio uretral interno: saída para a uretra. 
 Esfíncter interno da uretra involuntário: formada pelas fibras internas. Ele 
se contraí durante a ejaculação para evitar ejaculação retrógrada (refluxo 
ejaculatório) do sêmen para a bexiga. 
 
 
 
Figura 5: Bexiga e estruturas relacionadas. 
 
Fundo 
 
Corpo 
 
Ápice 
 
Óstio Uretral Interno 
 
Colo 
 
Uretra 
 
Óstio Uretral Externo

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