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AULA 1- Adolesc e criança RESUMO

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Saúde da Família V
Aula 1 - 	Saúde da criança e do adolescente
CONTEXTO HISTÓRICO:POLÍTICO E SOCIAL
 Os direitos das crianças e dos adolescentes estão assegurados mundialmente pela convenção dos direitos humanos e pelos protocolos facultativos reafirmados pelo Brasil na constituição federal (1988) e no Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (Lei nº 8.069/1990)
 Segundo a OMS e o Ministério da Saúde, a adolescência é delimitada como o período entre os 10 e 20 anos incompletos; o período de 10 a 24 anos é considerado como juventude. Para dados estatísticos, divide-se a juventude em 10 a 14 anos, 15 a 19 anos e 20 a 24 anos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) delimita adolescentes entre 12 e 18 anos, percebendo-se então que, por um período, adolescência e juventude coincidem.
 
 Esses direitos estãoameaçadosem virtude da violência que é difundida em todoo tecido social, causando grande impacto na saúde da população, além de altos custos econômicos e sociais para o estado e para as famílias, com anos potenciais de vida perdidos.
 Inserida no contexto mundial de consolidação dos direitos humanos, a Constituição Brasileira de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 estabelecem uma base sólida para o desenvolvimento de políticas para a juventude no Brasil.
 Em 21 de dezembro de 1989, por meio da portaria nº 980/GM, o Ministério da Saúde criou o PROSAD – Programa de Saúde do Adolescente, que se fundamentou numa política de promoção de saúde, identificação de grupos de risco, detecção precoce dos agravos com tratamento adequado e reabilitação, respeitando as diretrizes do Sistema Único de Saúde, garantidas pela Constituição Brasileira de 1988.
 O acréscimo populacional do contingente jovem reflete a mudança na estrutura etária da população brasileira, constituindo uma das maiores populações jovens da história do Brasil e causando em 2.000, um alargamento da pirâmide etária nesta faixa.
 A caracterização do estado de saúde de adolescentes tem motivado a realização de muitas pesquisas , PORQUE:
-Comportamentos de risco; com ameaça a saúde
-Situações de risco em idades mais precoces;
-Aumento de causas externas na mortalidade dos adolescentes e jovens.
 A ausência de oportunidade para refletir, construir um projeto de vida e concretizá-lo pode colocar qualquer adolescente em situação de risco, independente da situação social em que se encontre.
Mortalidade por Causas Externas - Acidentes e Violências
 As causas externas (acidentes e violências) foram responsáveis por 124.935 óbitos em 2006, representando 13,7% do total de óbitos por causas definidas. É a terceira maior causa de mortalidade na população geral. Apresenta-se como a primeira causa entre os adolescentes e crianças a partir de um ano de idade.
Crianças de 0 a 9 anos
 Os acidentes de transporte(31,5%),afogamentos(22,7%) e os riscos à respiração(16,5%) se configuram como as principais causas de óbito. Nessa faixa etária as agressões (violências) aparecem como a quarta causa de mortalidade.
Adolescentes de 10 a 19 anos
 As violências(52,9%), seguidas pelos acidentes de transporte(25,9%) eafogamentos(9,0%), são as principais causas de óbito nessa faixa etária. Esse perfil se repete nos adolescentes de 15 a 19 anos, no qual 58,7% dos óbitos foram por violências. Na faixa de10 a 14 anos, as principais causas de óbitos foram os acidentes de transportes(35,9%).
Morbidade por Agravos-Violências
 Em 2006, o Ministério da Saúde implantou em vinte e sete municípios brasileiros, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Módulo de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), a partir da ficha de notificação de violência doméstica, sexual e outras violências.
 Os dados coletados no período de 2006 a 2007 pelo VIVA mostraram que a violência sexual foi a principal causa de atendimentos nos serviços de referência de violências. Dos 1.939 registros de violência contra crianças, 845 foram por violências sexuais (44%).
 Assim como na infância, a violência sexual nos adolescentes foi a principal causa de atendimento nos serviços de referência de violência. Dos 2.370 registros de violência contra os adolescentes, 1.335 (56%) foram por violências sexuais.
 As adolescentes mulheres foram as principais vítimas com 78% do total.
Mortalidade proporcional por idade
 Indição peso dos óbitos em cada idade ou faixa etária, em relação ao total de óbitos.
 Altas proporções de óbitos de menores de um ano estão associadas a más condições de vida e de saúde.
 O deslocamento da concentração de óbitos para as faixas de idade mais elevadas sinaliza o aumento da expectativa de vida da população.
 Outras variações de concentração de óbitos sugerem correlação com afrequênciae a distribuição de causas de mortalidade específica por idade e sexo.
Como enfrentar esse grave problema de saúde pública ?
1-Promover ações de sensibilização e mobilização na defesa de tão importante causa.
2- Conversar com crianças e adolescentes orientando-as sobre os riscos da violência no cotidiano e suas formas de prevenção.
3-Adotar posturas proativas frente a qualquer situação de violência.
4-Debater o assunto nas escolas, comunidades, família, serviços de saúde, dentre outros setores da sociedade.
No conjunto de políticas formuladas e implementadas pelo SUS, o Ministério da Saúde desenvolve programas, ações e estratégias para todas as faixas etárias, em especial para crianças e adolescentes.
Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (Portaria nº 737/2001)
Política Nacional de Promoção da Saúde (Portaria nº 687/2006).
Política Nacional de Saúde da Mulher-violência sexual e doméstica
Notificação de violência contra crianças e adolescentes na rede do SUS (Portaria nº 1968/2001).
Saúde da Criança e do Adolescente - Objetivos:
Organizar a atenção integral à saúde da criança e do adolescente através de linhas de cuidado que garantam o acesso a todos os níveis de atendimento;
Diminuir a mortalidade Infantil;
Diminuir a morbidade na infância e adolescência;
Contribuir para uma boa  qualidade de vida das crianças, adolescentes e suas famílias;
Acompanhar o crescimento e desenvolvimento em todas as suas fases ( 0-18 anos).
Atendimento que possibilite a atenção integral à criança (direito à educação, à saúde física, mental e emocional), estimulando o seu pleno desenvolvimento.
Desenvolvam ações para a promoção da cidadania da criança, como a identificação legal (registro civil), matrícula e permanência na educação básica;
Práticas preventivas pré e pós-natais de detecção precoce de doenças (teste do pezinho, triagem auditiva, entre outros), contribuindo para um parto seguro e o melhor desenvolvimento físico e mental da criança
Estimulo a amamentação, inclusive pelas mães trabalhadoras e mães detentas.;
Compreender a desnutrição como conseqüênciade diversas causas (infra-estrutura, renda das famílias etc.), propondo intervenções a elas relacionadas.
Princípios Norteadores do Cuidado na Saúde da Criança e do Adolescente
Acesso universal: deve ser entendido como o direito receber assistência de saúde e a responsabilidade da unidade de saúde em receber todos os que procuram a unidade, propiciando uma escuta de suas demandas ou problemas de saúde e avaliação qualificada de cada situação.
Acolhimento: receber toda criança e adolescente que procura o serviço de saúde com escuta qualificada, estabelecendo uma relação cidadã e humanizada, definindo o encaminhamento mais adequado para a resolução das demandas identificadas.
Responsabilização: definição da população sob a responsabilidade da equipe, estabelecimento de vínculo entre o profissional de saúde e o usuário, garantindo a continuidade da assistência, com a responsabilização dos profissionais e da unidade de saúde sobre a saúde integral e sobre os problemas colocados, até a sua completaresolução.
Assistência integral: abordagem global, contemplando todas as ações de saúde adequadas para prover resposta satisfatória na produção do cuidado,
não se restringindo apenas às demandas apresentadas.
Eqüidade: com a definição das prioridades para atuação no processo de organização da assistência à saúde da criança, com maior alocação dos recursos onde é maior a necessidade.
Atuação em equipe: articulando os diversos saberes e intervenções dos profissionais da unidade de saúde, efetivando-se o trabalho solidário e compartilhado e produzindo-se resposta qualificada às necessidades em saúde da criança.
Desafios do Cuidado a Saúde da Criança e do Adolescente
 Estabelecer Sistema de Referência eContra-Referência: Primária, Secundária e Terciária
 Acompanhar todos os segmentos: Crescimento / Desenvolvimento
 Atender a todas as demandas
 Manter as parcerias/ garantir aintersetorialidade
 Vigilância à saúde pela equipe de atenção básica
 Identificar situações que se configuram como de RISCO para os adolescentes:
• Adolescentes na faixa etária dos 10 aos 14 anos de idade;
• Tenham iniciado a atividade sexual precocemente, sem proteção para DST/Aids e gravidez;
• Estejam faltando com freqüência à escola, com evasão escolar e com problemas escolares;
• Residam em áreas de riscos à saúde e onde há aumento de violência;
• Inseridos em famílias desestruturadas;
• Estejam sofrendo ou em risco de sofrer violência doméstica;
• Tenham riscos nutricionais: anemia ferropriva, hipovitaminoses, obesidade e desnutrição;
• Adolescentes com doenças crônicas e necessidades especiais.
 Identificar situações que se configuram como de ALTO RISCO para os adolescentes, DEVENDO SER PRIORIZADO O ATENDIMENTO:
 • Adolescentes com doenças sexualmente transmissíveis ouAids;
 • Adolescentes com gravidez precoce não planejada;
 • Adolescentes com transtornos alimentares: bulimia e anorexia;
 • Estejam fazendo uso/abuso de substâncias lícitas ou ilícitas (com destaque ao uso do tabaco e do álcool);
 • Sejam vítimas de exploração sexual ou que tenham sofrido abuso sexual;
 • Com quadros de depressão;
 • Tenham transtornos mentais e/ou risco de suicídio;
 • Fogem com frequência de casa ou se encontrem morando nas ruas.

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