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AULA 02

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Aula 2: Direito do Trabalho 
O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO: Definição e campo de atuação
O Direito é, de fato, para ser da coletividade. Nesse caso em especial, o Direito Coletivo do Trabalho estuda as relações coletivas a serem observadas no contrato de trabalho, suas aplicações sobre esse pacto e as consequências advindas deste.
Para o Direito Coletivo do Trabalho, todas as denominações atuais são válidas (como Direito Sindical ou Direito das Relações Coletivas do Trabalho). Sendo assim, o Direito Coletivo do Trabalho trata das regras coletivas que serão observadas pelas partes contratantes, em decorrência do contrato individual do trabalho e da Organização Sindical a que essa atividade venha a pertencer. Por isso, o Direito Coletivo do Trabalho está inserido no segmento do Direito do Trabalho.
O Direito Coletivo do Trabalho passa a ser, portanto, um instrumento para a melhoria das condições de trabalho do empregado e para a segurança, inclusive patrimonial, do empregador.
Princípios específicos do Direito Coletivo do Trabalho 1. Princípio do plurarismo jurídico: o processo de produção de normas jurídicas não é monopólio do Estado. Há entidades autorizadas pelo Estado a produzir normas. As convenções coletivas atingem os trabalhadores já contratados e os que vierem a ser contratados durante sua vigência para aquela determinada categoria. Isso vale para os trabalhadores e para os empregadores. Sem o reconhecimento do plurarismo jurídico, não é sequer possível falar em Direito Coletivo do Trabalho.
2. Princípio da liberdade sindical: é genérico e compreende uma série de valores abstratos. Trata-se do princípio que deve ser observado em toda tarefa interpretativa do Direito Coletivo do Trabalho.
3. Princípio da autonomia privada coletiva: é reconhecida a autonomia de vontade titularizada para os grupos de trabalhadores e de empregadores. A autonomia privada coletiva corporifica e complementa o princípio do plurarismo jurídico.
Regras sobre o Direito Coletivo do Trabalho
• Estática: conjunto de regras que disciplinam a organização, a criação e a extinção das entidades sindicais. Regras de natureza tanto constitucional quanto infraconstitucional ou administrativa. A estática refere-se ao sujeito do ponto de vista abstrato
• Dinâmica: conjunto de regras que disciplinam as atuações dos sujeitos coletivos. A dinâmica inclui a negociação coletiva do contrato de trabalho, que busca produzir a CCT (Convenções Coletivas, Acordos Coletivos, Contratos Coletivos e pactos sociais) e a legitimação processual.
Veja um exemplo:
A legitimação da ADIN está totalmente prevista (quem pode propor etc.) na Constituição Federal. 
A confederação sindical de âmbito nacional não é um simples sindicato nacional ou uma simples associação nacional, mas uma entidade constituída na forma da CLT. 
O STF afirma que só as confederações sindicais constituídas na forma da CLT podem produzir normas válidas.
O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO NO BRASIL
No Brasil, essa convenção de liberdade de filiação ainda não foi ratificada pelo governo, inclusive porque a atual Constituição estabelece a existência do sindicato único e da Contribuição Sindical, o que torna  a Convenção de São Francisco incompatível. 
A Declaração Universal dos Direitos do Homem também assegura, em seu Artigo XX, o “direito à liberdade de reunião e associações pacíficas”. O conceito de liberdade sindical está expresso como o direito de os trabalhadores e empregadores se organizarem e constituírem, livremente, as agremiações que desejarem, no número por eles idealizado, sem que sofram qualquer interferência ou intervenção do Estado, nem uns em relação aos outros, visando à promoção de seus interesses ou de grupos que irão representar. 
Essa liberdade sindical também compreende o direito de ingressar e retirar-se dos sindicatos. Sendo assim, os interesses profissionais ou econômicos serão dos empregados, dos empregadores e dos trabalhadores autônomos, como se observa no Artigo 511da Consolidação das Leis Trabalhistas brasileira (CLT).
Os trabalhadores em serviço público também têm direito de constituir, livremente, sindicato. A exceção à regra diz respeito aos membros das Forças Armadas.
O direito de se filiar ao sindicato comporta dois aspectos: o de ingressar na agremiação e o de se retirar do sindicato.
Conforme recepcionado no Artigo 8º, Inciso V, da Constituição Federal Brasileira, não pode, portanto, haver qualquer constrangimento ou coação para a pessoa ingressar ou não no sindicato.
A liberdade sindical* implica a possibilidade de livre criação de sindicato, inclusive a criação de mais de um sindicato para a mesma categoria. Além disso, a liberdade sindical garante o direito de aderir ou não ao sindicato e à liberdade de auto-organização sindical, sem qualquer ingerência governamental. 
A liberdade sindical caracteriza-se pela impossibilidade de intervenção estatal na organização, criação e dissolução do sindicato.
*Liberdade sindical é autonomia sindical. Portanto, não se impõe qualquer determinação de vontade à pessoa de se associar ou não ao sindicato.
A liberdade sindical foi consagrada, universalmente, como direito fundamental da pessoa humana, por sua inclusão em várias constituições nacionais e, principalmente, em normas internacionais, tais como:
ORIGENS DO SINDICATO NO BRASIL
A origem do Sindicalismo no Brasil remonta os últimos anos do século XIX e está vinculada ao processo de transformação de nossa economia, cujo centro agrário era o café. Nessa época, prevaleciam:
• A substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado;
• A transferência do lucro do café para a indústria;
• O poder político nas mãos dos cafeicultores.
As primeiras formas de organização do Sindicalismo foram: as sociedades de socorro e ajuda mútua; e a união operária, que, com o advento da indústria, passou a se organizar por ramo de atividade, dando origem aos sindicatos.
NATUREZA JURIDICA:
Para uma corrente, o sindicato é ente de direito privado, pois é criado em razão do interesse de um grupo de pessoas (trabalhadores ou empresários), com o objetivo de defender seus interesses. "O sindicato é pessoa de direito privado, que exerce atribuições de interesse público, em maior ou menor amplitude, consoante à estrutura política do país e segundo o papel, mais ou menos saliente, que lhe seja atribuído". 
Em geral, o sindicato tem natureza de pessoa jurídica de direito público nos regimes totalitários, em que há controle do Estado sobre as associações sindicais, pois essas são criadas pelo Estado e defendem os interesses deste: "Pela teoria do fim, o sindicato será de interesse público se destinado a cumprir interesses peculiares do Estado.
Pela teoria da funcionalidade, leva-se em conta a atividade da pessoa: se toda ela estiver controlada pelo Estado, é inafastável a natureza pública da instituição. A teoria eclética combina caracteres das duas anteriores (vigilância e controle do Estado; atingimento de fins políticos etc.)". 
Na doutrina nacional, prevalece a opinião de considerar a natureza do sindicato como de direito privado.
Quando o regulamento contiver disposições menos vantajosas do que a Convenção Coletiva, a sentença normativa ou a lei, não prevalecerão as cláusulas desfavoráveis, diante do princípio da hierarquia das normas jurídicas trabalhistas. 
O regulamento pode ser alterado pelo empregador, mas as cláusulas regulamentares que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento (Enunciado nº 51 do TST). No Brasil, os regulamentos de empresas são facultativos, privados, não dependem de homologação (embora os quadros de carreira sim) e, geralmente, unilaterais.
SINDICATO:
No Direito Romano, a palavra síndico (do grego, sundyke) designava os mandatários encarregados de representar a coletividade. Em francês, o termo syndic designa o sujeito diretivo de grupos profissionais.
A CLT não define o conceito de sindicato, apenas afirma,em seu Artigo 511, o seguinte:
“[...] é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais, de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas”.
Dessa forma, podemos definir que sindicato é uma associação de pessoas físicas ou jurídicas que têm atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria.
Sindicato não se assemelha à associação desportiva, porque esta tem por atividade-fim a reunião de pessoas para a prática de esportes.
O Artigo 8º, Inciso VI, da Constituição Federal de 1988 impõe participação obrigatória dos sindicatos, por ocasião das negociações coletivas. De acordo com o Artigo 22, Inciso I, da Carta Magna, cabe à União Federal a competência de legislar sobre o Direito do Trabalho. A Lei Complementar, entretanto, poderá autorizar os Estados da Federação a legislarem sobre questões específicas de Direito do Trabalho.
Os sindicatos podem ser de empregados e de empregadores (ou patronais), caso seus associados sejam, respectivamente, da mesma profissão (sindicatos de determinada categoria profissional) ou empregadores do mesmo ramo de atividade.
Os órgãos diretivos do sindicato são: a Diretoria, a Assembleia e o Conselho Fiscal. Conforme o disposto no Decreto-Lei nº 771/69, a Diretoria do sindicato terá mandato de 3 anos, permitida a reeleição.
O dispositivo constitucional expresso no Artigo 8º, Inciso II, da Constituição Federal limita somente um sindicato por categoria na mesma base territorial – norma que recebe críticas de grande parte da doutrina, que a considera obstáculo à ampla negociação coletiva.
Após a Constituição Federal de 1988, a representação do sindicato passou a ser de toda a categoria, independentemente de associação de todos os empregados ao sindicato – embora cada um pudesse intervir no processo, afastando o sindicato. Além disso, em seu Artigo 8º, Inciso VI, a Constituição Federal de 1988 tornou obrigatória a presença do sindicato nas negociações coletivas de trabalho.
• Colaborar com os Poderes Públicos no desenvolvimento da solidariedade social;
• Manter serviços de assistência judiciária para os associados;
• Promover a conciliação nos dissídios de trabalho;
• Manter, se possível, um assistente social em seu quadro, para promover a cooperação operacional na empresa e a integração profissional na classe.
Além dos deveres gerais, os sindicatos dos empregados têm a obrigação de criar cooperativas de consumo e de crédito, fundar e manter escolas de alfabetização e escolas pré-vocacionais.
A competência para julgar as ações judiciais sobre eleições sindicais e dos conflitos dos sindicatos com seus associados é da Justiça Comum, e não da Justiça do Trabalho.
O empregado deverá efetuar o pagamento da Contribuição Sindical no mês de março de cada ano. Caso não esteja empregado nesse mês, a contribuição deverá ser paga no primeiro mês subsequente ao mês do reinício do trabalho.
Os sindicatos que observam a unidade sindical são reconhecidos e constituídos na forma da lei, de modo que podem entrar com ação judicial e provocação administrativa. Trata-se da prerrogativa de impor contribuição parafiscal a todos os integrantes da categoria, associados ou não. Estes não podem se opor à contribuição.
A partir da Constituição Federal de 1988, o sindicato foi constituído diretamente e registrado no arquivo da entidades sindicais.

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