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* DAS INCAPACIDADES Capacidade absoluta (art. 3º) Capacidade relativa (art. 4º) > 16 e < 18. Causa transitória/permanente menores de 16 anos Ébrios/viciados tóxicos. Incapazes: portadores de capacidade de direito ou de aquisição de direitos, mas não de capacidade de fato ou de ação. Têm capacidade limitada. Pródigos ** Indígenas: lei especial ** * A lei não lhes permite o exercício pessoal de direitos (representação ou assistência). * Incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. A capacidade é a regra. Somente por exceção EXPRESSAMENTE consignada na lei sonega-se ao indivíduo a capacidade de ação. ** Absolutamente incapaz representação ausência: nulidade ato (art. 166, I); ** Relativamente incapaz assistência ausência: anulabilidade ato (art. 171, I); * * Incapacidade absoluta * Proibição total do exercício do direito; * Requer representante legal se não, nulidade. * 13.146/15 (EPD): alterou substancialmente art. 3º e 4º, CC. (críticas**) * art. 1º EPD: “condições de igualdade” o deficiente tem uma qualidade que os difere, mas não uma doença! é excluído do rol dos incapazes, equiparando-se à pessoa capaz. * O deficiente é pessoa capaz, salvo se não puder exprimir a sua vontade. * art. 6º e 84, EPD: a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. * Pretensão do legislador: princípios constitucionais igualdade e dignidade humana. * Incapacidade relativa * Permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido se não, anulabilidade. * Prática de atos sem assistência: testemunha, testamento, eleitor, ... * Situação intermediária entre a capacidade plena e a incapacidade total. 1. Os > 16 e < 18 * Para o absolutamente incapaz, a proteção é incondicional. * Os > 16, para merecer a proteção, devem proceder de forma correta. * Art. 180, CC: “invocar a idade de dolosamente a ocultou” se não houve maldade por parte do menos, anula-se ato, para protegê-lo. * A incapacidade arguida incapaz ou seu representante art. 105, CC. * Art. 928: “incapaz responde pelos prejuízos que causar” art. 932, I Solidariedade subsidiária e mitigada dos incapazes. * 2. Ébrios habituais e os viciados em tóxico * Os viciados em tóxico com redução da capacidade de entendimento, dependendo do grau de intoxicação e dependência, poderão, excepcionalmente, ser colocados sob curatela art. 84, §§, EPD; * Art. 1772, CC alterado EPD limites da curatela 3. Os que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua vontade * A expressão não abrange os portadores de doença ou deficiência mental permanentes (antigo art. 3º, II, CC) hoje são plenamente capazes, salvo se não puderem exprimir a sua vontade (causa permanente ou transitória). A surdo-mudez deixou de ser causa autônoma de incapacidade * 4. Os pródigos * É o indivíduo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente. * É um desvio de personalidade, ligado alcoolismo (dipsomania) e à prática de jogo. * Justifica-se a interdição do pródigo pois encontra-se sob o risco de reduzir-se à miséria. Serve para protegê-lo, tão somente. * Pode administrar seus bens, mas fica privado de praticar determinados atos art. 182, CC (emprestar, transigir, vender..) * Os atos do art. 182, CC dependem da assistência do curador. * Crescente influência da lei mesmo nos países que predominam o direito consuetudinário. Legislação: processo de criação das normas jurídicas escritas, de observância geral. Fonte jurídica por excelência. A Lei, em sentido estrito, não seria fonte de direito, mas sim produto da legislação. A Lei, a sentença, o costume e o contrato constituem formas de expressão jurídicas resultantes do processo legislativo, da atividade jurisdicional, da prática consuetudinária e do poder negocial. A curatela de pessoas capazes (deficientes) e incapazes * Capacidade de direito: atribui-se a todas as pessoas, sem exceção, a possibilidade de tornarem-se titulares de direitos e deveres na ordem civil (art. 1º, CC). Capacidade de fato (de exercício): consiste na aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Se todas as pessoas têm capacidade de direito, nem todas têm de gozo ou exercício. A curatela de pessoas capazes (deficientes) e incapazes artigos 747 a 763, do CPC ** Art. 1.767, ss, CC. * Pessoas capazes: plena capacidade de fato. Pessoas incapazes: não têm plena capacidade de fato. Absolutamente incapazes: art. 3º, CC. Relativamente incapazes: art. 4º, CC. A partir dos 16 anos é possível requerer a interdição. Caberá a interdição para que seja declarada a incapacidade absoluta, o que exige, na prática dos atos da vida civil, a representação e não a assistência. Pessoas com deficiência: art. 84, §1º, Lei nº 13.146/2015 Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas. § 1o Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei. * A interdição presta-se à declaração de incapacidade daquele que está em alguma das situações previstas no art. 4º, do CC, ou na hipótese do art. 84, §1º, da Lei nº 13.146/2015. O juiz fixará o grau de incapacidade e os limites da curatela, conforme o que for apurado. * Procedimento * Deve ser requerida no foro do domicílio do interditando (vara da família); * O requerimento poderá ser feito pelos pais ou tutor, pelo cônjuge ou companheiro ou por qualquer parente, ou pelo MP (MP: restrita aos casos de doença menta grave ou se demais legitimados não existirem) art. 1.768 a 1.770, CC // art. 747 e 748, CPC. * Petição inicial: interessado comprova a sua legitimidade (comprovante parentesco/casamento), indica os fatos em que fundamenta o pedido especificando aqueles que demonstram que o interditando não têm condições de exprimir a sua vontade - art. 319, CPC + art. 749 e 750, CPC. * Citação, interrogatório do interditando e perícia. * Se petição inicial em termos, o juiz designa data para ouvir o interditando, determinando que ele seja citado e intimado para comparecer. Tanto as perguntas como as respostas são reduzidas a termo. A audiência ocorre antes de o interditando ter a oportunidade de impugnar o pedido. Para o interrogatório deve ser intimado o MP, mas não o requerente art. 751, CPC. Se não for possível ao interditando deslocar-se, o juiz, o MP e o escrivão dirigir-se-ão ao local em que ele esteja e lá o ouvirão. * * A entrevista pode ser dispensada em circunstâncias excepcionais. * Após a audiência, o interditando poderá impugnar o pedido, no prazo de 15 dias, constituindo advogado para defendê-lo, se não o fizer, deverá ser nomeado curador especial art. 752, CPC. * O MP sempre intervirá como fiscal da ordem jurídica. * * A falta de defesa não produz os efeitos da revelia, sequer faz presumir verdadeiros os fatos narrados na inicial, relativos à incapacidade. É preciso certificar-se que o interditando é mesmo incapaz. * Apresentada ou não a resposta, o juiz determinará a realização da prova pericial, nomeando perito que examine o suposto incapaz e constatem qual o problema e seu grau. * As partes e o MP formularão quesitos e indicarão assistentes técnicos art. 753 e 754, CPC. * Audiência de instrução, sentença e recursos. * Encerrada a prova pericial, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, quando for necessário. * Para esta audiência aplicam-se as regras estabelecidas para os procedimentos de jurisdição contenciosa. * Encerrada a instrução o juiz profere a sentença. Em caso de procedência declarará a interdição e assinará os limites da curatela art. 755, CPC. * Na sentença, além de estabelecer os limites da curatela, o juiz indica quem será o curador art. 1.775 e 1.775-A, CC. Sentença (efeito ex nunc): natureza mista (declaratória – declara a incapacidade – e constitutiva (nova situação jurídica quanto à capacidade da pessoa). * Entre as atribuições do curador, além de representar ou assistir o incapaz, está a de promover o tratamento do interditando-> art. 758, CPC . Cessada a causa que determinou a interdição, será requerido o seu levantamento (pedido apensado aos autos da interdição) O pedido pode ser feito pela mesma pessoa que a requereu, pelo MP ou pelo interditado art. 756, CPC. * Da nomeação e remoção de tutor ou curador. Inicialmente trata a lei do procedimento de investidura do tutor ou curador nomeado. Feita a nomeação, eles serão intimados para, no prazo de 05 dias, prestar compromisso. O prazo corre da nomeação ou da intimação do despacho que mandar cumprir o testamento art. 759, CPC. Prazo para a escusa do curador 05 dias (art. 760, do CPC) * Procedimento da remoção do tutor ou curador. Na petição de remoção deverão estar expostas, de forma especificada, as causas pelas quais a remoção deve ser deferida Contestação 05 dias (art. 761, caput e p.u.) Em casos de extrema gravidade o juiz pode conceder liminar, suspendendo de imediato o exercício das funções e nomeando substituto interino art. 762, CPC. O tutor e o curador estão obrigados a exercer seu encargo por 02 anos art. 1.765, CC. art. 763, CPC: finalização das atividades do tutor/curador * * Art. 123, VII, EPD: revogou o art. 1780, do CC (concedia curador) incluiu art. 1.783-A * A pessoa elege 2 pessoas idôneas para prestar apoio nas decisões. * Aplica-se às hipóteses que se tem algum tipo de deficiência mas podem exprimir a sua vontade (Ex.: Down) Constitui um 3º gênero (pessoas com alguma deficiência, mas que exprimem sua vontade), ao lado das pessoas não portadoras de deficiência. * O pedido de TDA é requerido pela pessoa a ser apoiada (art. 1.783-A, §2º) Tomada de decisão apoiada * * CC/1916: silvícolas * CC/2002: Índios ** EPD: indígenas * Dec. 5.484/1928 (1º diploma regulamentar o regime tutelar dos índios). * Seguiram-se: Dec.-Lei 736/1936; Dec. 10.652/42; Lei 5.371/67 (criação FUNAI); Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio); Dec. 76.999/76; Dec. 88.118/83. CF (art. 231 e 232): reconhece constumes, língua, crenças, … * Atual diploma que regula a situação jurídica dos índios: Lei 6.001/73 índios ficarão sujeitos à tutela da União até adaptarem-se à civilização. Nulos negócios celebrados entre índio e 3º estranho que n1ao tenha participação da FUNAI. * Considera-se ato válido se índio demonstrar-se ciente do ato praticado. * Índio incapaz do nascimento até que tenha a idade mínima de 21 anos (art. 9º, Estatuto Índio) maioridade CC 18 anos, Índio: 21! A situação jurídica dos índios * * Arts. 115 e 120, CC (representação legal e voluntária). * Art. 1.634, VII e art. 1.690, CC: pais, representação e assistência. * Art. 1.747, I, CC: < 16 anos representados, > 16, assistidos. Incapacidade absoluta: proibição total, pelo incapaz do exercício do direito atos praticados pelo rep. legal, sob pena de nulidade (art. 166, I). Incapacidade relativa: incapaz pratica atos da vida civil desde que assistido pelo rep. legal, sob pena da anulabilidade (art. 171, I) Ambos assinam o documento, sob pena de ser anulável. Modos de suprimento da incapacidade * * * * * * * * * * * * * * * *
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