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Pratica simulada 3 Penal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CIDADE DE NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
PEDRO, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador da carteira de identidade número, CPF número, residente à rua, vem por seu advogado devidamente constituído conforme procuração em anexo perante vossa Excelência oferecer:
QUEIXA CRIME
Em face de HELENA, brasileira, profissão, estado civil, identidade número, CPF número, residente à rua, com base nos artigos 30 e 41, do CPP e 100 § 2º do CP, pelos fatos abaixo expostos: 
No dia 14/09/2016, Sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. 
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo! 
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada.
Assim agindo, a querelada encontra-se incurso nas penas prevista nos artigos 139 e 140, combinado com 141, III, na forma do artigo 70 todos do código penal.
JURISPRUDENCIA
 Recurso Especial 2017/0018900-9 
Relator(a)
Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
18/05/2017
Data da Publicação/Fonte
DJe 26/05/2017
Ementa
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE DANOS MORAIS. REDE SOCIAL.
FACEBOOK. OFENSAS. PESSOA JURÍDICA. HONRA SUBJETIVA. IMPERTINÊNCIA.
HONRA OBJETIVA. LESÃO. TIPO DE ATO. ATRIBUIÇÃO DA AUTORIA DE FATOS
CERTOS. BOM NOME, FAMA E REPUTAÇÃO. DIREITO PENAL. ANALOGIA.
DEFINIÇÃO DOS CRIMES DE DIFAMAÇÃO E CALÚNIA.
1. O propósito recursal é determinar se as manifestações da
recorrida na rede social Facebook têm o condão de configurar dano
moral indenizável à pessoa jurídica recorrente.
2. Ao disponibilizarem informações, opiniões e comentários nas redes
sociais na internet, os usuários se tornam os responsáveis
principais e imediatos pelas consequências da livre manifestação de
seu pensamento, a qual, por não ser ilimitada, sujeita-lhes à
possibilidade de serem condenados pelos abusos que venham a praticar
em relação aos direitos de terceiros, abrangidos ou não pela rede
social.
3. Os danos morais podem referir-se à aflição dos aspectos mais
íntimos da personalidade ou à valoração social do indivíduo no meio
em que vive e atua. A primeira lesão reporta-se à honra subjetiva, a
segunda à honra objetiva.
4. A pessoa jurídica, por não ser uma pessoa natural, não possui
honra subjetiva, estando, portanto, imune às violências a esse
aspecto de sua personalidade, não podendo ser ofendida com atos que
atinjam a sua dignidade, respeito próprio e autoestima.
5. Existe uma relação unívoca entre a honra vulnerada e a modalidade
de ofensa: enquanto a honra subjetiva é atingida pela atribuição de
qualificações, atributos, que ofendam a dignidade e o decoro, a
honra objetiva é vulnerada pela atribuição da autoria de fatos
certos que sejam ofensivos ao bom nome do ofendido, sua fama e sua
reputação no meio social em que atua. Aplicação analógica das
definições do Direito Penal.
6. Na hipótese em exame, não tendo sido evidenciada a atribuição de
fatos ofensivos à reputação da pessoa jurídica, não se verifica
nenhum vilipêndio a sua honra objetiva e, assim, nenhum dano moral
passível de indenização.
7. Recurso especial conhecido e não provido.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por
unanimidade, conhecer do recurso especial e negar-lhe provimento,
nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros
Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Aurélio
Bellizze e Moura Ribeiro votaram com a Sra. Ministra Relatora.
 CP-40CÓDIGOPENAL
 ART:00139 ART:00140
Ante o exposto, requer a vossa Excelência seja recebida apresente QUEIXA CRIME em face da querelada, para que citada exerça o seu direito de defesa, para, ao final seja condenada pelos crimes cometidos.
A querelante requer também que a querelada seja condenada a reparar o dano causado, de acordo com o artigo 387, IV, do código processual penal e a apagar as custas e demais despesas processuais.
Ficam indicadas as seguintes testemunhas a serem notificadas para prestarem depoimento:
1 – Marcos – qualificação completa
2 – Miguel – qualificação completa
3 – Manuel – qualificação completa
			
Nestes termos,
pede deferimento.
Niterói, 18 de outubro de 2016
ADVOGADO
OAB número

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