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O que é a Psicologia Social? Psicologia social é um ramo de estudo da psicologia que se foca na análise do comportamento do indivíduo perante as suas relações sociais. O que a Psicologia Social estuda? Estuda a interdependência entre os indivíduos, assim como o condicionamento humano, ou seja, como estímulos externos vividos em sociedade podem interferir no pensamento e, consequentemente, no comportamento da pessoa. Qual propósito da Psicologia Social? É identificar os traços que ligam os indivíduos aos grupos. De acordo com este ramo de estudo, todas as pessoas teriam um comportamento distinto quando estão inseridas numa esfera social, diferente daquele apresentado quando estão sozinhas. Entrevista com a Psicóloga atuante na área social. 1. Qual a sua especialização, onde se formou? Sou psicóloga pela Estácio e mestre em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ 2. Como funciona sua relação com outros profissionais dentro da comunidade? É uma relação pautada em respeito ao conhecimento de cada área específica. Apesar de ser uma atuação ampla e interdisciplinar, cada especialista tem sua especificidade de trabalho onde todos se respeitam e se complementam em prol de um atendimento cada vez mais abrangente. 3. Na sua opinião, qual o papel que você exerce dentro do grupo? Meu trabalho é focado nas questões emocionais que atravessam as pessoas, tanto o público quanto os profissionais. É uma prática que, muitas vezes, se estabelece no papel de desconstruir conceitos, dogmas e qualquer rótulo limitador ou opressor. 4. Como funciona o planejamento das atividades propostas para essa comunidade? De acordo com a demanda que é apresentada, há uma reunião com a equipe onde se verifica qual a melhor forma de atuar dentro daquele contexto apresentado. 5. Como é feita a intervenção relativa à demanda? Esse é um grande cuidado que todos os profissionais devem ter. A demanda é espontânea, por isso, não devemos entrar com propostas prontas e enquadrar as pessoas dentro de moldesprontos. É uma ilusão achar que um profissional vai entrar na comunidade e trazer soluções. Ele precisa estar na comunidade, ser aceito e reconhecido por ela através de sua disponibilidade em ouvir e conhecer os problemas daquele grupo, depois ele deve bolar estratégias de intervenção em conjunto com a comunidade e com a equipe de trabalho. Gosto de trabalhar conforme a Análise Institucional, com assembleias e desconstruindo o papel do especialista, atuando como mediador de um conhecimento que já faz parte daquele grupo. 6. Como é feito o desenvolvimento da autonomia dentro da comunidade? Quando o psicólogo assume uma postura de acolher aquelas realidades, entender as questões, mediar os problemas e empoderar aquelas pessoas para desenvolver soluções, a autonomia surge espontaneamente. Para isso é fundamental que o profissional não se coloque numa posição de especialista, de detentor de verdades e conhecimentos. É necessário viabilizar o despertar do conhecimento que existe naquela perspectiva social. A comunidade continua para além do psicólogo. 7. Você tem supervisão e como funciona? Sim. Faço parte de um grupo autogerido que debate suas questões profissionais e, principalmente, problematiza as atuações profissionais coletivamente. Temos uma pessoa que se coloca como mediador. 8. Você faz terapia? Já fiz e pretendo voltar, mas nesse momento não faço. 9. No seu ponto de vista tem alcançado seus resultados? Sim, inclusive recebo feedback das pessoas com relação a melhora que elas próprias percebem em suas relações e, consequentemente, em suas vidas. 10. Qual o objetivo da atividade profissional que você exerce? Para mim, a psicologia é um meio de colaborar para o bem-estar das pessoas. Meu trabalho emancipa, dá autonomia, fortalece e empodera as pessoas em suas relações e vida. 11. Qual a maior dificuldade encontrada no seu dia a dia dentro do atendimento feito a comunidade que exerce seu trabalho? O preconceito e a adesão ao tratamento. Para muitos, a psicologia ainda é uma ciência para loucos ou mimo de gente rica. No trabalho em grupo, maior parte do trabalho da psicologia social, ainda existe também o medo de expor seus problemas coletivamente e que isso se torne público. São questões que o próprio psicólogo precisa desmistificar na sua pratica. 12. Dentro da área de trabalho que você exerce temos mercado de trabalho acessível? Para o trabalho direto com a população não. As ONGs e OSs tem um sistema de seleção que não é amplo, a oferta de concursos públicos está restrita por conta da situação política do país e no âmbito privado há uma desvalorização do trabalho do psicólogo relacionado a esta área. Atualmente, meu foco é na clínica, trabalhando com micropolítica, clínica ampliada e esquizoanálise. Este campo me parece um pouco mais possível. 13. Qual habilidades você julga ser essencial nessa área? Desconstrução dos “especialismos”, disponibilidade, empatia, mente aberta, respeito... 14. Qual a média salarial, você acha compatível com o trabalho exercido? Quando existem vagas na área, a oferta é razoável, compatível com o resto da equipe multidisciplinar, exceto a medicina. Algo em torno de 3 mil reais. Na clínica os rendimentos são bastante variados, de acordo com a demanda, a forma de atuação, reconhecimento profissional, tempo de serviço... A vantagem do trabalho em psicologia é que há a possibilidade de várias atividades concomitantes. 15. Pretende continuar nessa área? Sim, é extremamente gratificante em muitos outros sentidos que não o financeiro. 16. Nome e lugar onde trabalha atualmente Espaço de Acolhimento Materno e Escola Estadual Antônio Houaiss
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