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NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL

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Introdução
A neuroplasticidade é definida como qualquer modificação do sistema nervoso que não seja periódica e que tenha maior duração que poucos segundos. Ou ainda a capacidade de adaptação do Sistema Nervoso Central (SNC), especialmente a dos neurônios, às mudanças nas condições do ambiente que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos, um conceito amplo que se estende desde resposta a lesões traumáticas até sutis alterações resultantes dos processos de aprendizagem e memória.
Pode-se citar que ocorre processo de neuroplasticidade mais acentuado em crianças pequenas, nelas percebe-se que existe um processo de aprendizado mais acentuado que ocorre desde o nascimento e se dá de maneira grandiosa nos primeiros anos de vida com maior crescimento neuronal, proporcionando uma grande capacidade de aprendizagem.
A plasticidade neural é maior durante a infância, e declina gradativamente sem extinguir a vida adulta, e ocorre tanto no hemisfério intacto como no lesionado. Há várias formas de plasticidade, regenerativa, axônica, dendrítica, somática e habituação que é umas suas formas mais simples. (3).
O SNC demonstra que existem capacidades adaptativas para modificar a sua organização estrutural própria e funcionamento. E suas propriedades permitem o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta às experiências, e como adaptações a condições mutantes e estímulos repetidos.
Controle motor é um processo no qual visa maximizar um estímulo inicial ou adquirido, tornando um aprendizado. A integração da neurociência demonstra que o SNC é adaptável não somente durante o desenvolvimento, mas também por toda vida. E pode ser melhorada com o enriquecimento do estudo da neuroplasticidade para melhora do controle motor que é estimulado por influências ambientais e comportamentais (4).
Para Borella e Sacchelli (1) a reorganização neural guiada pode ser uma facilitação a recuperação da função se tornando um objetivo essencial no controle motor. Essa reorganização pode ser estimulada incorporando treinamento repetitivo, prática de tarefas específicas, treinamento sensorial e prática mental, todas integradas às estratégias de reabilitação e auxílio na melhora do controle motor.
O controle motor se desenvolve a partir de um conjunto complexo de processos neurais, físicos e comportamentais que governam a postura e o movimento. Durante muito tempo acreditou-se que a lesão cerebral seria permanente, com pouco reparo e recuperação cerebral limitando o controle motor, porém nos dias de hoje é possível verificar a influência do processo plástico na reabilitação do controle motor. (5). Partindo desta premissa, o objetivo principal deste trabalho é revisar os estudos que apontam a influência da neuroplasticidade no controle motor.
A neuroplasticidade refere-se à capacidade do sistema nervoso de alterar algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações do ambiente, é a adaptação e reorganização da dinâmica do sistema nervoso frente às alterações. 
A plasticidade nervosa não ocorre apenas em processos patológicos, mas assume também funções extremamente importantes no funcionamento normal do indivíduo. 
Graças a esta capacidade é que, crianças que sofreram acidentes, às vezes gravíssimos, com perda de massa encefálica, déficits motores, visuais, de fala e audição, vão se recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta sem sequelas. 
Formas de plasticidade: 
Regenerativa: consiste no recrescimento dos axônios lesados. É mais comum no sistema nervoso periférico. 
Axônica: ou plasticidade ontogenética, ocorre de zero a 2 anos de idade, é a fase crítica, fundamental para desenvolvimento do SN. 
Sináptica: Capacidade de alterar a sinapse entre as células nervosas. 
Dendrítica: Alterações no número, no comprimento, na disposição espacial e na densidade das espinhas dendríticas, ocorrem principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento do indivíduo. 
Somática: Capacidade de regular a proliferação ou morte de células nervosas. Somente o sistema nervoso embrionário é dotado dessa capacidade. 
 Plasticidade e Desenvolvimento 
 	O grau de plasticidade neural varia com a idade do individuo. Durante o desenvolvimento o sistema nervoso é mais plástico, principalmente as fases denominadas de períodos críticos que é mais susceptível a transformações. 
Ao nascimento os órgãos do sistema nervoso já estão praticamente formados anatomicamente, embora as sinapses não estejam estabelecidas. 
Daí a importância da maturação nervosa para a aprendizagem: aprender significa ativar sinapses normalmente não utilizadas de determinada atividade ou a somente prática da mesma, desde que não seja simples repetição de movimentos, induza mudanças plásticas e dinâmicas no sistema nervoso central (SNC). 
 
Plasticidade Cerebral 
 
O SNC é altamente “plástico”, essa característica permanece durante toda a vida, em condições normais ou patológicas. 
O córtex motor pode reorganizar-se em resposta ao treinamento de tarefas motoras especializadas depois de uma lesão isquêmica localizada. 
Acredita-se que regiões corticais não lesadas assumam a função perdida da área danificada. 
 O fisioterapeuta irá atuar treinando as funções motoras para prevenir futuras perdas de tecido de áreas corticais adjacentes à lesada, e direcionar o tecido intacto a assumir a função do tecido danificado. 
Os exercícios estimulam a sinaptogênese e promover crescimento de espinhos dendríticos no córtex;
O exercício pode então aumentar a neurogênese, a plasticidade sináptica e o aprendizado. 
 
Conclusão 
O cérebro humano está em constante mudança, sendo esta capacidade conhecida como plasticidade, ou neuroplasticidade. Alguns neurônios individualmente são capazes de sofrer diferenciações por várias razões (durante o desenvolvimento, em resposta a danos cerebrais, no processo de aprendizagem, na juventude, etc.).
Dentre os mecanismos de plasticidade, a plasticidade sináptica é a mais importante (como os neurônios alteram sua capacidade de intercomunicação). papel fundamental em ocasiões de danos ao cérebro. Mesmo em casos de acidentes que causam a morte de certos neurônios existe certa recuperação, gerada por neurônios que se adaptam e podem assim funções similares ao dos que foram perdidos. Este processo, de aprendizagem, mostra a capacidade do cérebro de recuperar ou adaptar-se a ocasiões específicas.
A estimulação repetida de vias somatos sensoriais pode causar aumentos em neurotransmissores inibitórios, ocasionando menor resposta do córtex sensorial à estimulação excessiva. A estimulação insuficiente, em contraste, pode ter o efeito contrário, tornando o córtex mais sensível até mesmo a estímulos sensoriais fracos. A atividade reduzida também pode promover o crescimento axônico, para restaurar os níveis normais de atividade neuronal.
	As últimas investigações da neurociência demonstram que o cérebro só pode se regenerar mediante o uso de sua potencialidade. A chave para acessá-lo se chama “NEUROPLASTIC IDADE”, que é moldar a mente e o cérebro através da atividade. 
 O cérebro troca de forma segundo as áreas que mais utilizamos, de acordo com a atividade mental. 
O exercício físico protege nossa saúde cardiovascular, o exercício cognitivo protege nossa saúde mental, que é um fator contra a demência e a senilidade. O moderno estudo da Neuroplastia demonstra que o s cérebros das pessoas mai s velhas não degeneram, mas têm u ma evolução particular, de acordo com a atividade realizada, convertendo estas pessoas em pessoas “sábias” quando chega à velhice. O CÉREBRO MUDA DE F ORMA SEGUNDO AS ÁR EAS QUE MAIS SÃO UTILIZADAS. 
 	Nas pessoas, à medida que avançam de idade, se dá um deteriora mento maior no cérebro direito do que no esquerdo. Isto ocorre porque usa mais o hemisfério esquerdo, que é encarregado de agilizar as tarefas aprendidas e consolidadas. 
Para aprender algo, necessita mos mais do hemisfério direito, porque quando alcançamos certo nível de especialização, essas atividades passam a ser controladaspelo hemisfério esquerdo. 
 	Ao longo da vida, acumulamos um repertório de destrezas cognitivas - habilidades e capacidades para reconhecer padrões que nos permitem fazer em face de novas situações familiares. 
 
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais:
A lesão promove no SNC vários eventos simultâneos: Num primeiro momento, as células traumatizadas liberam seus aminoácidos e neurotransmissores, os quais, em alta concentração, tornam os neurônios mais excitados e mais vulneráveis à lesão. Neurônios muito excitados podem liberar o neurotransmissor glutamato, o qual alterará o equilíbrio do íon cálcio e induzira seu influxo para o interior das células nervosas, ativando varias enzimas que são tóxicas e leva os neurônios à morte, o que é chamado de excitotoxicidade. 
Após o evento lesivo, ocorre também a ruptura de vasos sanguíneos e/ou isquemia cerebral, diminuindo os níveis de oxigênio e glicose, que são essenciais para a sobrevivência de todas as células. 
A falta de glicose gera insuficiência da célula nervosa em manter seu gradiente transmembrânico, permitindo a entrada de mais cálcio para dentro da célula, ocorrendo um efeito cascata. 
 A lesão promove três situações distintas: uma em que o corpo celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo, neste caso, o processo irreversível; o corpo celular esta integro e seu axônio esta lesado ou o neurônio se encontra em um estagio de excitação diminuído. 
 Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais 
As variáveis que afetam a recuperação funcional são: localização de lesão; extensão e severidade do comprometimento neuropsicológico, etiologia e curso de progressão do processo patológico, idade de inicio, tempo transcorrido desde o inicio do quadro, variações na organização cerebral das funções, condições ambientais, estilo de vida, fatores agravantes internos ou externos. 
A reorganização neural é um objetivo preliminar da recuperação neural para facilitar a recuperação da função e pode ser influenciado pela experiência, comportamento, prática de tarefas em resposta as lesões cerebrais. Um consenso na literatura sobre a plasticidade cerebral é que o aprendizado de determinada atividade ou a somente prática da mesma, desde que não seja simples repetição de movimentos, induza mudanças plásticas e dinâmicas no sistema nervoso central (SNC). 
Estudos que explanassem sobre neuroplasticidade, podendo ser descrito como plasticidade neuronal ou plasticidade cerebral e relacionando com controle motor.
Pesquisas de campo, estudos que apontassem a plasticidade neural e controle motor em fase que estavam disponíveis completo.
Foram combinadas as seguintes palavras-chave: neuroplasticidade, plasticidade neural, controle motor, neural plasticity neuroplasticity, motor control nos idiomas português e inglês.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Fonte:http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/neurology/1990892-neuroplasticidade-cerebral/#ixzz1KXGdQLiR

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