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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
Mariluci Novais 
POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL
Salvador
2016
Políticas Públicas no Brasil
Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico. 
A formulação das Políticas Públicas apresenta as seguintes fases:
Formação da Agenda -  Processo de definição da lista dos principais problemas da sociedade que serão tratados pelo governo
Planejamento - Fase de definição das linhas de ação a serem adotadas para a solução do problema.
Escolha das ações - Momento da definição dos recursos e prazos de ação da política
Execução - Momento do agir é a transformação do planejamento e das escolhas em atos.
Avaliação - contribui para o sucesso da ação das Políticas Públicas e a maximização dos resultados
Atores das Politicas Públicas
Os políticos são eleitos, dentre outros motivos, com base em suas propostas de políticas e tentam realizá-las. As Políticas Públicas são definidas no poder Legislativo, o que insere os parlamentares (vereadores e deputados) no processo. E o Poder executivo as colocam em prática. Nesse processo, cabe aos servidores públicos oferecer decisão dos políticos e posteriormente executar as políticas públicas definidas. 
Podemos dividir os atores das Políticas Públicas em dois grupos:
– os ‘estatais’: são aqueles que exercem funções públicas no Estado;
– os privados: não possuem vínculo direto com a estrutura administrativa do Estado, mas trazem demandas a ele.
Políticas Públicas na Educação
No Brasil, as políticas educacionais têm foco mais específico nas questões escolares, mas sabemos que a educação vai além do ambiente escolar. Ela abrange tudo o que se aprende socialmente: na família, na vizinhança, nos centros religiosos, na rua. Porém, a educação só é escolar quando ela for passível de delimitação por um sistema que é fruto de políticas públicas.
Política Educacional – é um processo que só existe quando a educação assume uma forma organizada, sequencial, ditada e definida de acordo com as finalidades e os interesses que se tem em relação aos aprendizes envolvidos nesse processo. 
Sistema Educacional - é a forma de como se organiza a educação regular no Brasil. Essa organização se dá em sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Estrutura do Sistema Educacional:
Educação Básica – educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. 
Conforme a legislação vigente, os municípios atuam prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Os Estados e o Distrito federal, no ensino fundamental e médio. 
Educação Superior - o governo federal exerce função redistributiva e supletiva. Compete prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Cabe ao governo federal organizar o sistema de educação superior.
Programas educacionais
Alguns dos programas atuais, que se referem basicamente à estruturação de objetivos setoriais e objetivos gerais. É o documento que detalha por setor a política, diretrizes, metas e medidas:
Programa Caminho da Escola: foi criado com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o acesso e a permanência na escola dos estudantes matriculados na educação básica da zona rural das redes estaduais e municipais.
Projovem Campo – Saberes da Terra: oferece qualificação profissional e escolarização aos jovens agricultores familiares de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental.
Programa Brasil Alfabetizado: voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a municípios que apresentam alta taxa de analfabetismo.
TOPA – Todos Pela Alfabetização: criado pelo Governo da Bahia traz parceria com prefeituras municipais e entidades dos movimentos sociais e sindicais, universidades públicas e privadas para promover a redução do analfabetismo e da pobreza.
PROUNI – Programa Universidade Para Todos: é um programa do Ministério da Educação, criado pelo Governo Federal em 2004, que concede bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma de nível superior.
- Projetos que são caracterizados pela sistematização e estabelecimento da ordem das ações que serão tomadas para a execução das propostas:
Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE: tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.
Ações Educativas Complementares: tem como objetivo proporcionar atividades de caráter pedagógico e sócio educativo, a fim de que os alunos possam desenvolver habilidades, potencializando-se como indivíduos capazes e atuantes na sociedade. 
EJA – Educação Para Jovens e Adultos: é uma modalidade da educação básica destinada aos jovens e adultos que não tiveram acesso ou não concluíram os estudos no ensino fundamental e no ensino médio.
Conselho Nacional de Educação - (CNE) Lei nº 9.294 de 1996.
Políticas Públicas na saúde
No Brasil da passagem do século XIX para o XX, a preocupação com a saúde, na verdade, não se traduzia necessariamente pela questão do direito social ou da dignidade humana, mas estava ligada aos interesses econômicos das elites em manter o trabalhador sadio para manutenção da produção, principalmente naquele contexto agrário.
O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas voltadas para a promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.
É função de o ministério dispor de condições para a proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as enfermidades, controlando as doenças endêmicas e parasitárias e melhorando a vigilância à saúde, dando assim, mais qualidade de vida ao brasileiro.
A Constituição Federal de 1988 deu nova forma à saúde no Brasil, estabelecendo-a como direito universal. A saúde passou a ser dever constitucional de todas as esferas de governo sendo que antes era apenas da União e relativo ao trabalhador segurado. O conceito de saúde foi ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas, a assistência é concebida de forma integral (preventiva e curativa).
A lei nº 8.080/1990, em seu artigo 2º elenca os princípios do programa de proteção à saúde, instituídos no artigo 196 da Constituição Federal de 1988, quais sejam:
Art. 2º: “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.
Datas que marcaram o longo caminho da constituição do SUS como a principal política pública de saúde brasileira: 
- 1923 - Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP). Lei Eloy Chaves cria as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), visando garantir pensão em caso de algum acidente ou afastamento do trabalho por doença, e uma futura aposentadoria.
- 1932 - Criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). Os IAPs foram criados no Estado Novo de Getúlio Vargas. 
- 1964 - Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Resultou da unificação dos IAPs, no contexto do regime autoritário de 1964.
- 1977 - Criação do SINPAS e do INAMPS. Em 1977 foi criado o Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS), e, dentro dele, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS).
- 1982 - foi implementado o Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS), que dava particular ênfase na atenção primária.- 1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde. A realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, com intensa participação social, deu-se logo após o fim da ditadura militar iniciada em 1964.
- 1987 - Criação dos SUDS. Nesse ano foram criados Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) que tinham como principais diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; integralidade dos cuidados assistenciais; descentralização das ações de saúde; implementação de distritos sanitários.
1988 - Constituição Cidadã. Foi aprovada a “Constituição Cidadã”, que estabelece a saúde como “Direito de todos e dever do Estado”. 
1990 - Criação do SUS. A Criação do Sistema Único de Saúde (SUS) se deu através da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
- 1991 - Criação da Comissão de Intergestores Tripartite (CIT). Criada a Comissão de Intergestores Tripartite (CIT).
- 1993 - Neste ano foi publicada a NOB-SUS 93, que procura restaurar o compromisso da implantação do SUS e estabelecer o princípio da municipalização, tal como havia sido desenhada. 
A população foi a grande beneficiada com a incorporação de itens de alta complexidade, que antes eram restritos aos contribuintes da previdência. Com a grande extensão de programas de saúde pública e serviços assistenciais, deu-se o início efetivo do processo de descentralização política e administrativa, que pode ser observado pela progressiva municipalização do sistema e pelo desenvolvimento de organismos colegiados intergovernamentais.
Sistema Único de Saúde – SUS 
O Sistema Único de Saúde trata-se de uma política pública de saúde, com princípios compatíveis aos descritos na Constituição Federal de 1988. O SUS é uma forma de política pública implantada através da Lei nº 8.080/1990, que traz um rol de princípios, objetivos e garantias inerentes à efetivação da saúde, garantindo assim a aplicação do direito fundamental de proteção à saúde. O SUS cumpre o seu objetivo de prestar atendimento de saúde pública à sociedade a partir da verba pública nele aplicada.
Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários: 
Universalidade – É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. 
Equidade – É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. 
Integralidade - “O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde”.
Os Princípios Que Regem a Organização Do SUS: Regionalização e Hierarquização - Resolubilidade - Descentralização 
Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob-responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. 
Ações Desenvolvidas
Ações de promoção e proteção de saúde: esses grupos de ações podem ser desenvolvidos por instituições governamentais, empresas, associações comunitárias e indivíduos. Tais ações visam à redução de fatores de risco, que constituem ameaça à saúde das pessoas, podendo provocar-lhes incapacidades e doenças. 
Ações de recuperação - esse grupo de ações envolve o diagnóstico e o tratamento de doenças, acidentes e danos de toda natureza, a limitação da invalidez e a reabilitação. 
A reabilitação - consiste na recuperação parcial ou total das capacidades no processo de doença e na reintegração do indivíduo ao seu ambiente social e a sua atividade profissional. 
Elementos fundamentais dos Serviços de Atenção Básica: Capacidade para organizar os serviços e a rede de atenção - Prestação de serviços - Desempenho clínico - Resultados da atenção.
Saúde da Família - Constitui uma estratégia para o fortalecimento e organização da APS no Brasil. Possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde para contemplar os pontos essenciais de qualidade na APS mantendo o foco da atenção nas famílias da comunidade.
A estratégia Saúde da Família na APS - Busca o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde no modelo de Promoção da Saúde.
Conclusão - As políticas públicas de saúde são projetos elaborados pelo Poder Público, com o auxílio de entes públicos e privados, com o objetivo de preservar o direito à saúde.
A Lei Complementar 131 de e 27 de maio de 2009, também conhecida como Lei da Transparência ou Lei Capiberibe, é uma lei brasileira, sancionada pelo Presidente Lula, que obriga a União, os estados e os municípios a divulgarem seus gastos na Internet em tempo real.
De acordo com esta Lei, todos os poderes públicos em todas as esferas e níveis da administração pública, estão obrigados a assegurar a participação popular. Esta é uma obrigação do Estado e um direito da população.
Atuação do Psicólogo nas Políticas Públicas
A política pública tem um caráter universalista do ser humano, isso acaba por não levar em conta as diferenças culturais, e subjetividades do sujeito, não traz na sua estrutura o entendimento de que subjetividade está ali. As práticas psicológicas lidam com as diferenças dos sujeitos, entretanto precisa desviar do caráter privatista de como é tomado o sujeito se pretender atuar na área de políticas públicas.
A Psicologia, assim sendo, assume um poder de gerir a vida do trabalhador, não como um poder que se apropria do poder do outro, mas um poder que vai investir no corpo, na vida do trabalhador, ou como diria Foucault (1999), “a era de um bio-poder”. Pensar na viabilidade da Psicologia nas políticas públicas é tentar desprender-se das armadilhas das diferenças entre público e privado, que produzem determinados modos de subjetivação que acabam por controlar a vida e não por afirmá-la. 
A saúde tem como atores determinantes e condicionantes, o trabalho, moradia, saneamento básico, meio ambiente, renda, transporte, lazer, etc. Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país, o psicólogo compreende os fatores biológicos comportamentais e sociais aplicando seus princípios, técnicas e conhecimentos científicos para avaliar, diagnosticar, tratar, modificar e prevenir os problemas físicos, mentais ou qualquer outro relevante para os processos de saúde doença.
Referências:
- DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 
- FOCAULT, Michel. O retorno da moral. In: ESCOBAR, Carlos Henrique. O dossier: últimas entrevistas. Rio de Janeiro: Livraria Taurus Editora, 1984.
- BOCK, Ana Maria B. (2003). Psicologia e o compromisso social. São Paulo: Cortez.
- COELHO, Simone de Castro T. (2000). Terceiro setor: um estudo comparado entre Brasil e Estados Unidos. São Paulo: SENAC.
- FIGUEIREDO, Luís Claudio M. (1992). A invenção do psicológico. Quatro séculos de subjetivação. São Paulo: EDUC/Escuta
- MIRANDA, Jorge. “Manuel de Direito Constitucional”, 2 ed. Coimbra, 1998.
- VIEIRA-DA-SILVA, L. M; ALMEIDA FILHO, N. Equidade em saúde: uma análise crítica de conceitos. Cadernos de Saúde Pública, v. 25, supl. 2, p. 217-226, 2009.
<http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/455-rodape/acoeseprogramas/programas-deaa-z/forum-da-saúde?start=10> Acesso em 24/03/2017.
< https://helenadmab.jusbrasil.com.br/artigos/190097706/politicas-publicas-de-saude-no-brasil> Acesso em 26/03/2017.

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