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Aula 08

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DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Cristiane Dupret
Aula 8
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ACESSO À JUSTIÇA
A toda criança ou adolescente, sem distinção, é garantido o acesso à Justiça da Infância e da Juventude. E esse acesso deve ser interpretado de forma ampla, ou seja, não somente à figura do juiz, mas a todos aqueles que fazem parte desta justiça, como a Defensoria Pública e o Ministério Público.
Justiça da Infância e da Juventude e Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos
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As regras do Estatuto da Criança e do Adolescente, por ser este uma lei especial, prevalecem sobre as leis tidas como gerais.
Alguns exemplos dessas regras são: Garantia de assistência judiciária gratuita aos que dela necessitarem, através de defensor público ou advogado nomeado, Isenção de custas e emolumentos para as ações judiciais e da sua competência bem como para os recursos,
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Garantia de sigilo de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional: segundo o disposto no parágrafo único do art. 143, a violação dessa regra configura a prática da infração administrativa prevista no art. 247 do ECA.
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COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
A Justiça da Infância e Juventude é composta pelo juiz, pela equipe interprofissional ou pelo corpo técnico formado por assistentes sociais, psicólogos etc., que desenvolvem trabalhos conjuntos, tais como elaboração de laudos, aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros.
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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
Deve ser analisada sob três critérios:
Em razão da matéria
Territorial
Administrativa
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O art. 148, do ECA, trata da competência em razão da matéria abrangida pela Justiça da Infância e da Juventude, ou seja, define as situações que exigem a atuação desta justiça.
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COMPETÊNCIA TERRITORIAL
A competência do juízo será fixada pelo domicílio dos pais ou responsáveis, desde que a criança ou o adolescente esteja na companhia dos genitores ou acolhido em entidade. E, não havendo pais ou responsável, ou estando eles em local incerto e não sabido, o foro competente será o do local onde se encontra a criança ou o adolescente. 
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COMPETÊNCIA TERRITORIAL EM CASO DE ATO INFRACIONAL
No caso do julgamento da ação socioeducativa, o critério adotado é o do local da prática do ato infracional e não o local do resultado. Esse critério visa facilitar a colheita de provas, em face da proximidade, fazendo com que o processo tenha o curso mais célere.
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COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
É da competência do juiz da Infância e Juventude disciplinar ou autorizar a entrada ou participação de crianças e adolescentes em locais de diversão pública, espetáculos/eventos, atendendo aos princípios do ECA, através de portaria ou alvará.
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RECURSOS
Adoção do Sistema Recursal do CPC, com adaptações. 
As regras relativas aos recursos a serem utilizados nos processos que tenham por objeto matéria regulamentada pelo ECA estão contidas nos arts. 198 e 199. 
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Os recursos não possuem preparo: isto reduz custos e incentiva o acesso à justiça, proporcionando maior efetividade ao direito.
O prazo para interposição e resposta dos recursos é sempre de 10 dias, para o Ministério Público e para a defesa
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Os recursos serão processados com prioridade absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com parecer urgente do Ministério Público. Além disso, têm preferência no julgamento e dispensam revisor: também gera mais celeridade aos processos.
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EFEITOS NO RECURSO DE APELAÇÃO
O recurso de apelação só será recebido no duplo efeito (devolutivo e suspensivo) se tratar-se de adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando: a regra, pelo CPC, é atribuir o duplo efeito à apelação, mas, neste caso, a fim de dar celeridade aos processos, só haverá o duplo efeito nestas situações.
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PROTEÇÃO JUDICIAL DE INTERESSES DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS 
Os interesses individuais, difusos e coletivos correspondem à terceira geração de direitos fundamentais. Assim, na defesa dos direitos previstos no ECA, cabem todas as espécies de ações: Ação Civil Pública, Ação Popular, Mandado de Segurança, Obrigação de Fazer e de Não Fazer, Ação Mandamental etc., aplicando-se as regras do CPC.
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Legitimados para Ação Civil Pública:
I - o Ministério Público;
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territórios;
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam, entre seus fins institucionais, a defesa dos interesses e direitos protegidos por esta lei, dispensada a autorização da assembleia, se houver prévia autorização estatutária.
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Cristiane Dupret Filipe Pessôa
Mestre em Direito Penal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pós Graduada em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra. 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4711074Z6
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