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Psicologia Social I
Carla Pires
 Mendes
Revisão 2
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Conteúdo
Aula 6- 
Preconceito, Estereótipos e Discriminação
Aula 7- 
Dissonância Cognitiva
Aula 8- 
Atração Interpessoal
Aula 9- 
Conformidade, Conformismo e Persuasão
Aula 10- 
Aspectos Éticos da Intervenção Social
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Psicologia Social I
Aula 6
Estereótipo
Nossa percepção agrupa pessoas em grupos para poder interagir com elas, o que favorece a tomada de decisões “certas” em diversos momentos.
Ex.: Devo confiar em desconhecidos? Que relação estabelecer com eles? 
Nosso comportamento seria o mesmo se um médico estivesse vestido com roupas floridas? 
São crenças e os atributos compartilhados por um grupo. 
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Preconceito
Aronson e cols. (2002): o preconceito é onipresente, um fenômeno generalizado e perigoso, que pode levar ao ódio extremo e até o genocídio. 
Preconceito reduz a autoestima daqueles que são seu alvo. 
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“Especificamente, preconceito é definido como uma atitude negativa ou hostil contra pessoas de um grupo identificável, baseada exclusivamente na sua condição de membro do grupo. Os traços ou o comportamento do indivíduo alvo do preconceito não são percebidos ou são desconsiderados” 
(ARONSON, 2002, p. 294).
É uma atitude que leva a comportamentos discriminatórios.
Preconceito 
Julgamento desses grupos.
Estereótipo
Agrupamento de pessoas em grupos.
Discriminação 
Apresentação de comportamos condizentes com o julgamento quando diante de pessoas que fazem parte desses agrupamentos julgados.
Todo dia a vida nos oferece oportunidades para sermos pessoas melhores e para sermos pessoas piores.
Ex.: Abrir ou não a porta do elevador para alguém? Dar passagem no trânsito? Estacionar na calçada? Poupar dinheiro? Praticar atividade física? Parar de fumar? Trabalhar menos? Furar fila? Avançar o sinal? Comer salgado e tomar refrigerante no café da manhã? Burlar o imposto de renda? Piratear? Faltar o trabalho? Faltar a academia? Fofocar?
Psicologia Social I
Aula 7
Dissonância Cognitiva e suas aplicações 
Cognição: “qualquer conhecimento, opinião ou crença acerca do ambiente, acerca da própria pessoa ou acerca de seu comportamento.” 
(FESTINGER, 1957, p.3)
Leon Festinger (1957): “Theory of Cognitive Disssonance.” Ponto central da teoria: procuramos estados de harmonia com nossas cognições.
Temos frequentemente elementos cognitivos incongruentes
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Dissonância Cognitiva
É um estado cognitivo desagradável que deve ser evitado e reduzido ou eliminado.
Quanto mais a dissonância contar com elevado número de elementos cognitivos e grau de importância de cognições, maior e severidade da dissonância vivida.
Resolver a dissonância pode exigir que se crie novas cognições ou mude as existentes.
Conflito x Dissonância
Conflito= estado vivido antes de uma pessoa tomar uma decisão por uma de suas cognições, sendo um período pré-decisional de avaliação das alternativas, de modo objetivo e não tendencioso.
Tomada a decisão, deve ocorrer uma supervalorização dos elementos cognitivos consonantes e, concomitante a isso, os elementos cognitivos dissonantes com a alternativa rejeitada são desvalorizados.
Experimento Clássico de Festinger e Carlsmith com tarefa monótona e enfadonha seguida de recompensa de 1 ou 20 dólares para admitir a tarefa como interessante.
Quanto menor o incentivo, maior a magnitude da dissonância para engajamento em comportamento contrário a de seus valores.
Paradigma da Recompensa Insuficiente: o primeiro grupo acreditava nas mentiras que contava ou buscava se justificar e reduzir seu sofrimento?
Dissonância por Aquiescência Forçada
Dissonância como resultante do esforço ou do sofrimento não recompensado_ Elliot Aronson e Judson Mills (1959)
Alunos de Stanford, voluntários no estudo foram convidados a tomar parte de um grupo que “discutiria Psicologia e sexo”. 
* O grupo controle: apenas tiveram de ler palavras de conotação sexual de um dicionário comum.
* O grupo experimental: recitar em público as passagens mais picantes e explícitas de "O amante de Lady Chatterley”, extremamente pornográfico para a década de 50.
Solicitados a avaliar a gravação ouvida, de acordo com vários aspectos, os que passaram pelo ritual de iniciação mais leve (ler o dicionário) indicaram terem detestado a experiência “aborrecedora e sem sentido”, tendo se arrependido pela participação.
Grupo experimental >>> muito interessante e empolgante. 
Seria este um comportamento apresentado apenas tentando se justificar e reduzir o sofrimento pelo qual haviam passado?
Grupo controle >>> tédio, monótono. 
Psicologia Social I
Aula 8
O isolamento provoca ansiedade no ser humano, para reduzi-la, ele procura por outros.
Schachter (1959) _ As pessoas se associam a outras porque:
Isolamento e desagradabilidade;
2) No isolamento tendemos à alucinação;
3) A ocupação no estado de isolamento diminui o sofrimento e apatia.
Razões para as pessoas preferirem associar-se a outras quando ansiosas:
Possibilidade de Escape;
Clareza Cognitiva;
Redução Direta da Ansiedade;
Redução Indireta da Ansiedade;
Autoavaliação.
Schachter (1959)
Determinantes do Interesse por Relacionamentos
SEMELHANÇA
AUTOESTIMA
APARÊNCIA FÍSICA
PROXIMIDADE FÍSICA
TEORIA DA TROCA SOCIAL: 
Se apoia numa relação custo-benefício: o que ganho com essa aproximação? 
TEORIA DA EQUIDADE: 
Os custos e benefícios precisam ser aproximadamente iguais para as pessoas que se relacionam.
Relacionamentos Íntimos
“Atitude mantida por uma pessoa em relação a uma outra pessoa em particular, a qual envolve predisposições para pensar, sentir e comportar-se de determinadas maneiras relativamente àquela pessoa.” 
(RUBIN; apud: RODRIGUES, ASSMAR e JABLONSKY, 2000, p. 324)
Manutenção e Encerramento dos Relacionamentos Íntimos
Alguns elementos são comuns a todas as ligações amorosas: compreensão mútua, dar e receber apoio, valorizar e apreciar a companhia da pessoa amada.
No amor romântico, acrescenta-se: afeição física, expectativa de exclusividade e intenso fascínio pela pessoa amada.
Psicologia Social I
Aula 9
Influência Social
É a essência da Psicologia Social (ARONSON, WILSON e AKERT, 2007): Influenciamos e somos influenciados.
Os conceitos de conformidade e persuasão se apoiam no fato de que uma pessoa induz outra a comportar-se de tal ou qual maneira: mudança comportamental.
Mudar comportamento não necessariamente reflete uma mudança de atitudes, mas se mudamos atitudes, há grande chance de mudarmos também comportamentos ligados a estas.
Mudança de Atitudes x 
Mudança Comportamental 
Influência Social Informativa: por necessidade de saber o “certo”.
Pessoas se conformam ao comportamento do outro porque acreditam que esses outros estão certos. A norma é fonte da estabilidade.
 Sherif (1969): O fenômeno da ilusão autocinética, mostra que tendemos ao conformismo, à aceitação privada.
2) Confiança nos outros para uma definição de uma dada realidade social, o que interfere sobre nossas emoções.
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Conversão:
Ocorrência de uma mudança abrupta no significado da vida em função de um novo conhecimento recebido do grupo.
Fazemos o que os outros fazem para não atrair a atenção, zombaria e rejeição.
Conformismo e Isolamento
 Prisioneiros isolados de seus quadros de referência, tendem a adotar os conjuntos de referência do novo grupo. A princípio faz com que se transformem as normas e os valores de um indivíduo.
Técnicas de Persuasão
Psicologia Social I
Aula 10
A multiplicidade na Psicologia Social 
A Psicologia Social precisa alinhar-se com a ideia de diversidade e pluralidade de realidades: qual é a concepção de sujeito e de sociedade pressuposta nas bases de toda e qualquer prática psicológica?
Afinal, não é possível falar em justiça com um significado em si mesmo, em termos absolutos de tempo e lugar.
Não há um padrão idealizado de justiça.
Qual o paradigma de justiça sustentado pela Psicologia Social, orientador de suas práticas?
“[...] grandes parcelas da humanidade vivenciam, hoje, um sentimento geral de injustiça social, econômica, cultural e até mesmo religiosa. [...] questões de justiça estão presentes, direta ou indiretamente, na dinâmica das relações interpessoais e intergrupais [...]” 
(RODRIGUES, ASSMAR E JABLONSKY, 2010, p. 270)]
Justiça como preocupação teórico-conceitual da Psicologia Social
É importante repensar a dimensão ética (valorativa) subjacente a esses paradigmas sobre os quais a Psicologia Social se apoia na busca de compreender a realidade e os seres humanos.
Paradigmas não são neutros, nem inofensivos, representam um modo de subjetivação. 
Qual o referencial usado pelo psicólogo social para suas práticas diante de diferenças sociais ou injustiças? O que deve ou não ser transformado? O que é justo? O que é aceitável?
Paradigmas da Psicologia Social
Ética vem do grego "éthos" 
Moral, do latim "mos". 
Tanto "ethos" quanto "mos" significam a mesma coisa: 
hábito, costume.
Ética x Moral
Ética
É um conjunto de valores e princípios que tem uma tentativa de ser universal. Usamos para decidir três coisas fundamentais:
Quero? Devo? Posso?
Moral
Ocupa-se mais exatamente do “respeito que devo aos outros”, com os limites que todos temos que respeitar em função dos fins buscados: 
“Quais são os atos que devo obrigatoriamente praticar e que devo obrigatoriamente evitar?”
Ética e Paradigmas
Paradigmas = estratégia de produção de conhecimento socialmente compartilhada, passando a ser identificado como um modelo, um padrão a ser seguido. Tem uma dimensão ética implícita, já que representa valores compartilhados por um grupo. Ainda, tem uma função política: de representar um determinado processo de subjetivação.
Guareschi (2008): três paradigmas fundamentais aos valores éticos também implicados na Psicologia Social: “lei natural”, “lei positiva” e “ética como instância crítica”.
* Lei Natural
Paradigma apoiado na ideia de uma ordem imutável estabelecida por Deus-Criador.
* Lei Positiva
Paradigma fundamentado no relativismo cultural refutando a existência de leis naturais, universais, absolutas e transculturais, radicado no texto de uma lei escrita e promulgada. Oposta ao paradigma da lei natural, supõe uma negociação social visando reduzir as arbitrariedades dos ditames das leis naturais. 
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* Ética como Instância Crítica
Dimensão crítica e propositiva>>> A ética não é algo dado pronto e estável, está sempre se fazendo. 
Dimensão das relações >>> Está presente nas relações.
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A noção de Justiça na Psicologia Social
Justiça: do latim, “jus”, que significa “direito”.
 Para ser justo, e preciso estabelecer relações justas que passem pelo outro, não dando para ser justo em relação a si mesmo. 
A Psicologia Social voltada à justiça se preocupa em demonstrar o papel crucial que os sentimentos, os valores e as crenças tem sobre o que é justo ou injusto.
Uma pessoa isolada não pode ser justa: a justiça supõe relação.
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O psicólogo social lida com a realidade social tal como ela é percebida pelos indivíduos que a integram, procurando afastar-se da ideia da justiça como entidade abstrata mas sim investigando como as pessoas interpretam as situações sociais como justas ou injustas, conferindo-lhes significados cognitivos e afetivos e respondendo de forma socialmente apropriada ou inapropriada.
O Interesse da Psicologia Social 
pela Justiça
Enorme é o sentimento de injustiça social que perpassa as relações interpessoais e intergrupais. 
Mostra-se importante questionar a legitimidade das normas e valores que regulamentam os processos de interação social e a justiça.
A justiça é algo que se relaciona estreitamente com a condutas sociais, sendo de interesse da Psicologia Social. 
Marco: Obra de George C. Homans, 1961.
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Histórico da teoria e pesquisa 
sobre Justiça 
(RODRIGUES, ASSMAR E JABLONSKY, 2010)
1ª Fase
Privação
Relativa
Justiça
Distributiva
Justiça
Processual
Justiça
Retributiva
2ª Fase
3ª Fase
4ª Fase
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Justiça Distributiva
Analisa as situações sociais diante da questão de distribuição de recursos sob dois aspectos:
A percepção da justiça: como as pessoas concebem a justiça? Como decidem se estão ou não diante de uma distribuição de recursos justa para elas e para os outros? 
 Parece existir a ideia de “troca”, suas participações sociais carregam expectativas, levando em conta tempo e recursos investidos na relação, esperando-se algum retorno.
A reação à justiça: como as pessoas se comportam diante do injusto? Se há igualdade relativa entre resultados e investimentos de troca de ambas partes, há satisfação. A percepção da justiça ocorre por observação do que outras pessoas obtém das relações.
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Abordagens da Justiça Distributiva
Teoria da Equidade (HOMANS, 1961)
Teoria da Adams, 1965
Unidimensional
Multidimensional
Deutsch, 1985
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Teoria da Equidade, Homans (1961)
Ex.: Trabalhos em grupo na universidade: é justo que aquele que só teve participação ao colocar a capa no trabalho, receba a mesma nota?
“Coloca meu nome no trabalho?”
O justo é o proporcional, a justiça é feita quando o que mais contribuiu para uma tarefa recebe uma recompensa maior do que aqueles que contribuíram menos.
Abordagem Unidimensional
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Formalizando as ideias de Homans, ampliou o estudo da justiça distributiva ao enfocar as consequências da falta de equidade nos relacionamentos de troca.
A percepção da inequidade é geradora de tensão tanto quanto a percepção de equidade é geradora de satisfação. Essa tensão pode ser motivadora à eliminação ou redução da injustiça percebida.
Teoria de Stacy Adams (1965) 
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Principais postulados da 
Teoria da Equidade: justo como 
algo proporcional.
A percepção da falta de equidade cria tensão na pessoa;
A quantidade de tensão é diretamente proporcional à extensão da percepção da não equidade; 
A tensão criada na pessoa irá motivá-lo a reduzir esta falta de equidade; 
A força da motivação para reduzir a falta de equidade é diretamente proporcional à percepção dessa falta de equidade.
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A contribuição de Morton Deutsch (1985)
Coexistência de múltiplas formas de fazer-se justiça em certa distribuição de recurso, podendo cada uma delas ser igualmente justa em função do tipo de situação social envolvida.
Ex.: o que entender como justo na oferta de bolsas de estudo? 
Abordagem Multidimensional
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Deutsch amplia as possibilidades de se fazer justiça não apenas pela equidade. Tudo dependeria também da natureza das relações sociais e dos objetivos sustentados pelos grupos.
Dentre outros aspectos, destaca que o conceito de justiça pode referir-se à distribuição de condições e bens que afetam o bem-estar individual, incluindo os aspectos psicológicos, fisiológicos, econômicos e sociais. Estaria também ligado ao funcionamento da sociedade.
O conceito de cooperação é chave em sua abordagem.
O comportamento de justiça seria situacionalmente determinado.
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Referência
BRAGHIROLLI, Elaine Maria. PEREIRA, Siloé; RIZZON, Luís Antônio. Temas de psicologia social. 7.ed. Petrópolis: Vozes, 2005. 
JACQUES, Maria da Graça Corrêa et al. Psicologia social contemporânea: livro-texto. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
 
BOCK, Ana Maria Mercês; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
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Referência
RONSON, E.; WILSON, T.D. - AKERT, R.M. Psicologia Social. LTC, 2002. Rio de Janeiro – Capítulos 1 e 2. KRÜGER, H. Introdução a Psicologia Social. Vozes. Petrópolis, 1985. 
PEREIRA, M. (org.) Estereótipos, preconceitos e discriminação: perspectivas teóricas e metodológicas. Salvador: EDUFBa, 2004. vol. 1.
 
RODRIGUES, A. Psicologia Social para principiantes. 10.ed.
São Paulo: Vozes, 2005.
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